História Geração Alice - De volta as origens

Passar uma temporada em Londres não é ótimo? Para muitos poderia se dizer que sim mas não para mim. Meu nome Sarah Kingsley, soa familiar? Então deixa que eu explico o porque, sabe a Alice dos filmes? Aquela do país das maravilhas? Então ela se chamava Alice Kingsley que na visão de todos e principalmente na minha não se passava de uma pessoa com problemas mentais e que eu não quero ser assossiada. Foi por isso que minha avó se mudou para o Texas, fugir de tudo que pudesse ser lembrado e assossiada a louca.

Nunca usei o sobrenome Kingsley, apesar o carregar no meu nome, sempre me apresentei utilizando o Jones do meu pai. Sou hoje uma gerente de marketing de uma empresa do ramou alimentício, super bem sucedida. Tudo ia bem. Ia...

- Você tem que tomar isso como um desafio para sua vida Jones, você vai pegar essa pequena filial e transformar em algo grande. Precisamos que ela volte a dar lucro, não podemos continuar investindo em algo que não dá mais em nada.

- Eu compreendo o seu dilema Tom, mas eu sou gerente de marketing isso não seria um trabalho para o Robert, ou o Edgar? Eles são gerentes desta área, tem mais experiência.

- Eles possuem famílias, mais difícil mudar uma pessoa mais sua família de uma rotina e além do mais você é sozinha. E você vai conhecer de onde seus avós vieram não é mesmo? Qual é mesmo seu sobrenome K...

- Eu vou Tom pode avisar o pessoal.

E aqui estou eu a solteirona do Texas indo inspirar pobres operários de uma fábrica de laticínios falida que podemos prosperar. Claro que ainda tinha que voltar a cidade onde todos conhecem a história famosa da louca, e onde seria mais fácil de me assossiarem a mesma. Otimo!

Londres pode ser mágica para quem não tem nada para se envergonhar, é um lugar maravilhoso. Fui logo instalada em um apartamento minúsculo no centro comercial, não se era o melhor lugar para se morar mas eu não tinha nenhum desejo de me fixar naquele lugar. Já era noite e o frio em Londres era absurdo mal conseguia dormir pois, não havia levado roupa que suprissem esse frio.

- Esse frio de matar, como vou dormir?

Apesar do frio minhas pálpebras acabaram pesando e o cansaço venceu o desconforto...

Estava úmido, era nojento. Onde eu estava? Não queria abrir os olhos, será que havia sido rapitada? Eu tenho certeza que estava no apartamento apertado e congelando em Londres. Tinha folhas, eram folhas úmidas e geladas.

- Alice? Você voltou!!

Isso só podia ser sacanagem, eu abro os olhos e tem exatamente um Coelho Branco com os olhos esbugalhados, com um colete surrado e em suas pata ou sei lá mãos havia um relógio aos pedaços.

- Isso é mentira se eu fechar os olhos vai tudo sumir.
Me levantei forçando a me livrar daquele pesadelo. Só poderia ser isso.

- Você não parece mais a mesma Alice, se bem que nenhum de nós somos.

O Coelho abriu o colete revelando vários hematomas e feridas grandes. Levei as mãos aos olhos, esfreguei bem mas não adiantava ele nao sumia dali.

- Alice venha, precisamos ir!

- EU NÃO SOU ALICE!

Foi um grito que estava sufocado dentro de mim. Eu não era mesmo. O Coelho não se abalou, na verdade continuou a me puxar para adetro daquela floresta escura e estranha.