História Geração Júpiter - Prazer ou diversão?

Fui para minha cabine, deitei em minha cama e fechei as cortinas. Desliguei a luz de leitura, na esperança de conseguir dormir, mas acabou sendo difícil concluir esta tarefa. Mil e um pensamentos estavam em minha cabeça.

"Elize"

"Elize"

"Elize"

E minha mente não parava quieta, até que ouvi uma música. Familiar e com uma melodia leve. Mas eu não estava a fim de ouvir som algum.

Escondi minha cabeça debaixo do travesseiro e percebi que a música havia parado. Tirei minha cabeça debaixo do travesseiro e a música continuava.

Abri uma fenda na cortina, tentando imaginar de onde vinha o som, e logo vi que Kath era a responsável (novamente) pelo equívoco musical.

- Desliga essa merda, eu quero dormir! - Gritei para Kath e fui ignorado. Aumentei meu tom de voz, na esperança de ter meu pedido aceito. - DESLIGA ISSO, PELO AMOR! - E outra vez fui ignorado.

Fechei a fenda na cortina e me ajeitei na cama, colocando as duas mãos na testa e pensando.

"Eu realmente deveria ter vindo? Eu realmente deveria ter abandonado Elize? Será que valeu a pena ter arriscado minha vida em algo que ninguém sabe ao certo onde vai dar?"

- Acho que estou ficando meio depressivo. - Falei para mim mesmo em um tom baixo.

Me virei de lado e finalmente dormi.

***

- Estamos passando ao lado de Fobos, - disse Rodolff com ar de mandão - preparem-se, vamos desacelerar, cuidem caso haja algum movimento brusco.

Estávamos todos na cabine principal, onde comandamos a nave. Fobos é um dos satélites naturais de Marte, junto com Deimos. É claro que, assim como na Lua e em Marte, iríamos tirar algumas fotos dos satélites, mas sem descer em algum deles.

- Nossa próxima parada será Europa, certo? - Will perguntou a todos, mas direcionando o olhar para Rodolff, que sem tirar os olhos do painel e do satélite à sua frente, respondeu sem detalhes:
- Sim, depois vamos para a Lua de Galileu que estiver mais próxima.
- Quantos vão descer? - Dessa vez, a curiosidade partiu de Thalita, que vidrava Rodolff. Admito que, lá no fundo, senti uma pontinha de ciúmes, mas controlei.
- Provavelmente três ou quatro. - Rodolff respondeu em seco.

Três ou quatro? Uma das mulheres irá se arriscar agora. Repetir sempre os mesmos astronautas não é lá uma boa opção.

- Faz tempo que você não fala com Elize, não é? - A voz de Thalita surgiu do nada, o que provocou um leve sustinho em mim.
- Ela não se importa comigo. - Respondi com frieza. Não queria falar sobre Elize.
- Se importa, sim. - Thalita continuava um assunto que eu não queria. - Andei abrindo alguns dos vídeos que ela te mandou. - Apenas revirei os olhos, pensei que estivesse livre desse assunto. - Tem algo lá que você não espera encontrar.
- O que é? - Virei meu rosto para Thalita. Ela conseguiu chamar minha atenção.
- É bom que você mesmo confira isso.
- Não enrola.
- Não posso lhe falar o que é.
- Quando posso ir lá ver o que é então?
- Quando nos liberarem.

Ótimo. Agora a curiosidade estava me matando. Um calor subiu por meu corpo, seguido de um tremendo calafrio, que logo foi substituído por uma nova onda de calor, que chegou a me fazer transpirar.

Por que ela não falou logo o que era? É tão difícil assim? Será que tem alguma coisa errada com Elize?

Eu acho que ainda a amo.

~ 2 horas mais tarde ~

- Agora você vai me dizer o que está acontecendo, - falei para Thalita, enquanto tirava meu cinto e me levantava - ou melhor, vai me mostrar.

Olhei fixo nos olhos dela, que olhava os meus também. Alguns longos segundos se passaram enquanto isso, e ela finalmente fala:

- Então vem, mas é bom estar preparado para tudo. - Thalita me disse isso ainda olhando em meus olhos, quando me roubou um selinho e foi indo. - Venha logo!
- Já estou indo. - Respondi a ela, a seguindo logo depois.

Ela foi indo na frente e eu atrás, o que permitiu que meu campo de visão acompanhasse sua bunda.

- Anda logo! - Thalita falou, tirando minha concentração da sua bunda.

- Ah, sim, - falei meio confuso - já estou indo.

Entramos na sala e eu fechei a porta.
Apenas as luzes fracas estavam ligadas, o que fazia o ambiente ficar muito escuro. Eu via apenas as luzes dos computadores e a silhueta de Elize.

Percebi que ela se aproximou e ficou parada na minha frente.

Senti um clima se formar entre nós, mas, logo percebendo onde isso ia parar, interrompi o momento.

- O que você queria me mostrar de Elize? - Dei um passo pra trás.
- Ah, Elize... - Thalita se mostra distraída. Com certeza acabei com sua alegria. - Sim, venha ver o que ela lhe mandou.
- Eu sei o que você quer, - falei com um tom um pouco mais baixo que o normal. - depois nós acertamos as contas. - Thalita acendeu a luz e eu pisquei o olho esquerdo pra ela.
- Tá bom, vem ver logo então.
- Sim, tô indo.

Thalita mexia em algumas coisas, apertava alguns botões, até finalmente a imagem de Elize surgir na tela.

Sua aparência estava muito diferente. O brilho dourado do seu olhar havia sumido. Sua pele estava enrugada, suas bochechas mais secas e seus lábios sem o tradicional batom rosa claro. A blusa que ela usava não estava bem ajeitada e em seu pescoço algumas marcas roxas e rugas estavam em destaque.

Olhei para Thalita e perguntei:

- O que aconteceu com ela?
- Ouça ela falar.

Thalita deu play no vídeo e eu comecei a prestar atenção.

"John.
Percebo que me esqueceu. Não é só eu, nem só alguns, mas todos estão sabendo do seu romancezinho com Thalita.
Eu não estou nem um pouco chateada, nem triste, não com você. Eu sabia que isso ia acontecer, você não resiste a um flerte.
Mas não é isso que quero te falar, bom, acontece que estou grávida de Évin e gostaria que você ficasse sabendo. Não pra te esnobar, mas pra você entender que também segui minha vida.
Sei que estou feia e diferente, mas não tire conclusões precipitadas, você não sabe o que eu passei enquanto você estava ai, tendo um casinho com Thalita. Espero nunca mais gastar meu tempo aqui com você.
Adeus John"

- E então? - Thalita me perguntou, escorada na mesa do computador e com os braços cruzados.
- Não vou ficar triste, nem nada. Eu sabia que isso ia acontecer. - Dei de ombros - E agora tenho você. - Me levantei e a olhei com desejo.

Fui chegando mais perto até a puxar pela cintura e a envolver em um beijo forte. Ela retribuía da mesma forma. Senti que nosso beijo se encaixou muito bem. Tanto que logo eu estava tirando sua roupa.

Puxei sua blusa pra cima, ela ia me mordendo o meu lábio inferior e rindo. Eu já estava ficando louco de tesão.

- O que você quer? - Perguntei a ela, com desejo até no tom da voz.
- Eu quero você dentro de mim, - ela falava ofegante - agora.

Puxei seu cabelo e a prendi contra a parede. Ela puxou minha blusa e tirou. Abri seu sutiã e abocanhei um de seus seios, minha mão massageava seu clitóris. Sentia o mesmo pulsar.

Ela gemia e eu ria, isso era tão prazeroso pra mim! Seus gemidos funcionavam melhor que viagra. Seus olhos já estavam revirados de prazer quando tirei meu boneco fora da calça e tirei a calça dela. Nem me importei se a peça fosse rasgar ou algo assim. Apenas estava louco de prazer e queria tê-la nua para mim.

Olhei bem em seus olhos e penetrei devagar nela. Seus gemidos, que antes eram altos, agora eram praticamente uma sintonia harmônica para que meu pênis ficasse apenas mais ereto e firme.

Um pouco mais pra dentro e Thalita ja estava ficando sem ar.

- Calma, menina. - Eu ia falando - Já fizemos isso tantas vezes, por que agora está assim?

- Não sei, - ela dizia ofegante, puxando fundo o ar - só sei que quero mais.

Coloquei tudo dentro dela e ela gemia muito, parecia enlouquecer.

Ela colocou algo doce na minha boca e eu apaguei. Não sei o que aconteceu depois disso.