Frank acordou com os raios de sol aquecendo sua face, mas assim que tentou alongar seu corpo cansado, percebeu que Gerard ainda o agarrava por trás.
Ele piscou seus olhos cansados até os abrir, seu olhar descendo para a sua cintura, que estava coberta pelo braço de Gerard. Ele o segurava tão perto de si, tão perto que seus corpos estavam prensados um contra o outro, o peito de Gerard nas costas de Frank e suas pernas entrelaçadas.
Quando ele realmente acordou, percebeu que não era só isso que estava prensado, e que sua bunda estava de fato contra a virilha de Gerard. E não só isso, Gerard também estava duro, muito duro.
Isso excitou e assustou Frank, tipo aí sim, seu pau na minha bunda, mas também merda, o que eu faço?
Ele decidiu fingir que ainda estava dormindo, não queria envergonhar Gerard e não queria se envergonhar. Mas era difícil ficar quieto, especialmente quando se mexeu durante o sono, agarrando Frank com mais força, sua mão se prendendo em seu quadril sem que ele percebesse.
Por sorte, ele parecia estar acordando, pois alongou seu corpo e enfiou o rosto contra as costas de Frank enquanto deixava sons baixos saírem. Ele sabia que Gerard havia notado que tinha uma ereção, pois ele grunhiu em irritação, mas não se moveu, ficou onde estava.
Ele imaginou se Gerard tentaria algo, um toque discreto, se iria encoxá-lo sem querer, algo que mostrasse que Gerard havia interesse nele. Ele queria, mesmo que soasse horrível, ele queria que Frank o tocasse e estava silenciosamente implorando por isso. Mas, ele não o fez, apenas suspirou baixo, se afastando de Frank antes de sair do quarto.
Frank estava desapontado, mas sabia que Gerard não faria algo daquele tipo sem seu consentimento, especialmente se estivesse dormindo.
Ele deixou a respiração – que nem sabia que segurava – escapar quando o chuveiro foi ligado, se virando na cama enquanto tentava ignorar o fato de que Gerard estava nu, provavelmente molhado, e duro no outro cômodo. Ele devia ter rebolado a bunda contra ele ou algo assim, devia ter feito algo para tentar incitar algo, mas perdeu a oportunidade.
Seus pensamentos duraram bem mais do que ele imaginava, pois antes que percebesse, o chuveiro estava sendo desligado. Ele retornou para sua posição anterior, não querendo que Gerard soubesse que ele já estava acordado, e alguns minutos depois ele ouviu Gerard entrando no quarto novamente.
“Frank, está acordado?” Gerard sussurrou enquanto se colocava ao lado da cama. “Frank?”
Frank não respondeu no entanto, ele queria ver o que aconteceria se Gerard pensasse que ele estava dormindo. Talvez ele conheceria um lado novo de Gerard, talvez ele ganharia mais abraços, quem sabe?
Gerard suspirou baixo antes de se inclinar de novo na cama, se aproximando de Frank até que eles estivessem se tocando de novo.
“Espero que não se importe...” Ele sussurrou, seu braço passando lentamente pelo corpo de Frank, o abraçando como fazia mais cedo.
Frank estava gritando por dentro, seu coração batendo forte quando Gerard escondeu o rosto em suas costas, o apertando suavemente antes de deixar um suspiro calmo escapar.
Ele estava fazendo aquilo simplesmente porque queria. Gerard não tentava confortá-lo, não fazia sem querer durante seu sono, ele estava fazendo aquilo pois queria abraçar Frank.
Já que Frank ainda estava “dormindo” e fazer coisas distraidamente em seu sono era uma coisa que realmente acontecia, ele decidiu tomar vantagem disso, inclinando-se contra Gerard e um tanto desapontado quando percebeu que ele não se encontrava mais duro.
Mas seu plano meio que falhou, pois assustou Gerard, que logo tirou os braços que antes seguravam Frank. Que se foda, Frank pensou, e virou seu corpo distraidamente, se encostando contra o peito nu novamente.
Ele podia ouvir seu coração batendo alto, e esperou que aquilo fosse um bom sinal, e não um sinal que indicasse que Gerard estava desconfortável.
Suas preocupações logo acabaram, pois Gerard esticou seus braços de novo, o abraçando, deixando um suspiro – dessa vez de felicidade – escapar quando colocou sua cabeça sobre o topo da cabeça de Frank.
“Que merda.” Gerard riu, empurrando Frank no sofá. “O primeiro Star Wars foi o melhor!”
“Você tem um gosto horrível para filmes!” Ele gritou de volta, rindo quando viu Gerard o mandar o olhar mais ofendido que ele podia fazer.
Ele estiveram discutindo sobre filmes pela tarde toda, pois como não podiam assistir nenhum, decidiram apenas discuti-los. Foi bem divertido, mesmo que discordassem da maioria dos filmes. De qualquer forma, a diversão rapidamente acabou quando batidas raivosas soaram na porta de Gerard.
“Gerard, abre essa porra!” Uma voz rouca chamou, e pela expressão na face de Gerard, Frank sabia que estava quase conhecendo Bert. “Onde está a chave reserva?”
“Vai!” Gerard sussurrou para Frank, o empurrando do sofá na direção do corredor. “Se esconda!”
“Não!” Frank sussurrou de volta, lutando contra Gerard, mas falhando. “Gerard, não é seguro!”
“Ligue para a polícia, eu vou ficar bem, mas se esconda!”
Alguém tinha que chamar a polícia, Frank sabia disso, então com um suspiro derrotado ele deixou Gerard voltar para a sala de estar, sozinho.
“Bert, não era para você estar aqui!” Gerard gritou por trás da porta, tentando segurá-la.
“Uma medida protetiva? Sério, Gerard? Qual é seu problema? Abra a porra da porta antes que eu a derrube!”
911 já estava discado no telefone de celular nesse ponto, mas Bert estava chutando a porta, quase arrancando todas as dobradiças.
“911, qual é sua emergência?”
“Uhh-” Frank gaguejou, olhando pelos cantos para ver a porta quase sendo arrombada. “A-alguém está tentando invadir a casa do meu amigo- ele está violando uma medida protetiva-”
Frank estava distraído demais para descrever de forma apropriada a situação, ele estava focado demais em ter certeza de que Gerard não iria ser machucado.
“Qual é o endereço?”
“Merda- Eu não- Eu não sei, algum lugar na rua Maple?” Frank gaguejou, se xingando por não memorizar o endereço quando chegou no local. “Por favor, rápido, ele vai nos machucar.”
A mulher do outro lado da linha falou que rastrearia a chamada e que a ajuda estaria lá em dez ou quinze minutos. Isso era muito tempo, Bert já estaria lá dentro até essa altura, e quem sabe o que ele podia fazer com todo esse tempo?
“E-ele tem uma arma!” Frank mentiu rapidamente, sabendo que isso aceleraria a polícia.
Mentir assim era meio que contra a lei, mas Frank estava desesperado, ele se arriscaria a se meter em problemas para ter certeza de que Gerard estaria seguro.
“Ajuda está a caminho, por favor não desligue.”
“Bert, não!” Gerard chorou de repente, e pelos sons aquilo indicou que Gerard estava na casa. “Não!”
Frank estava petrificado, ele não sabia o que fazer. Esperar pela polícia? Ver o que estava acontecendo?
“Você me ignora, esconde as chaves- você deixou outro garoto atender seu telefone? Quem diabos é ele, Gerard?!”
“E-Ele é só um amigo-” Gerard gaguejou, estremecendo quando Bert o jogou contra a parede.
“Um amigo que você está fodendo!” Bert gritou na sua cara, o ciúmes preenchendo cada poro quando pensou em alguém fodendo o que era seu. “Você é meu!”
Gerard tentou argumentar isso, mas sua frase foi silenciada quando Bert cobriu sua boca com seus lábios, usando seu corpo para manter Gerard prensado contra a parede enquanto tentava arrancar seu cinto de forma atrapalhada.
Frank não podia ver o que acontecia, apenas ouvir, e quando a gritaria parou de repente, ele temeu o pior. Ele estava assustado demais para se mover e se odiava por isso, mas não conseguia fazer seus pés se moverem.
A polícia estaria lá a qualquer momento, eles parariam Bert e qualquer coisa que ele estivesse fazendo.
Mas tudo isso mudou quando ele ouviu um som baixinho, um pequeno soluço vindo de Gerard, um soluço que fez com que o corpo de Frank se mexesse antes mesmo que ele pensasse sobre.
A visão que ele teve o preencheu de raiva inimaginável: Bert tinha sua mão cobrindo a boca de Gerard, sua calça e boxer estavam na sua coxa, lágrimas escorriam pelo seu rosto.
“Sai de perto dele!” Frank gritou, derrubando o telefone enquanto saltava em suas costas numa tentativa de o afastar.
Bert tropeçou para trás em choque, mas logo se recompôs, vendo que Frank era muito menor que ele e não faria muito estrago.
“Sai de mim sua vadiazinha!” Bert rosnou, tentando jogá-lo para longe de si.
Mas Frank estava bem preso, não o soltaria de jeito nenhum, não até que a polícia chegasse. Mas Bert era esperto e, depois de falhar em tentar tirar Frank de cima dele, ele adotou medidas drásticas: ele empurrou as costas de Frank contra a parede, prensando-o com o peso de seu corpo inteiro.
Frank chorou de dor quando ouviu um estalo em sua caixa torácica, seus braços e pernas amolecendo quando se tornou difícil respirar.
“Era isso que eu pensava.” Bert disse com ira quando Frank caiu contra o chão, erguendo o pulso e levando até o nariz de Frank, outro estalo preenchendo o cômodo enquanto sangue começava a escorrer pelo rosto.
“Frank!” Gerard gritou, se jogando no chão ao lado de onde Frank estava, usando seu corpo para cobrir Frank para que Bert não pudesse o atingir outra vez.
“É sério isso, Gerard?” Bert balançou a cabeça. “Você começou a me ignorar por ele? Sério? Uma porra de uma criança?”
“Vai se foder, seu merda-” Frank murmurou, tentando se levantar, não querendo deixar Bert o derrotar.
No entanto, Gerard o segurou, sussurrando em seu ouvido numa tentativa de acalmá-lo, não querendo que ele se machucasse ainda mais por causa dele.
Porém, Frank começava a desmaiar aos poucos, a dor ficando muito forte para aguentar. A última coisa que viu antes de fechar os olhos, foram os vários homens em uniformes de polícia que apareceram na casa, segurando armas.
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