História Gerard Way, Student Teacher - Capítulo Doze - Parte 3

         Eventualmente eles deixaram a escola, ficando em silêncio até que chegassem na casa de Frank.

         “Meu bebê!” Sua mãe cumprimentou no segundo em que eles passaram pela porta, atacando-o com abraços e beijos. “Como é ser quase um adulto?”

         “Mãe!” Frank grunhiu, se afastando e corando enquanto Gerard ria quietinho para si mesmo.

         Foi só então que ela reparou que havia envergonhado o filho, olhando para os dois antes de começar a rir, se desculpando da maneira mais óbvia possível.

         “Me desculpa, bebê, eu não queria te envergonhar na frente de Gerard.” Então piscou para ele, sua garganta se comprimindo em medo quando olhou para Gerard, que por sorte ria com ela.

         Se tinha uma coisa na qual ele se arrependia em sua vida, era contar para a mãe que achava Gerard fofo. Droga, talvez ele devia ter esperado até se mudar para sair do armário, assim momentos embaraçosos não aconteceriam.

         “Estamos indo para o meu quarto.” Frank murmurou, agarrando o braço de Gerard antes de o puxar naquela direção. “Me avise quando Ryan e Jamia aparecerem.”

         “Deixe a porta aberta!

         “Mãe!” Frank praticamente gritou, seu corpo todo vermelho de vergonha. “Ignore-a.” Frank resmungou, fechando a porta atrás deles de qualquer mesmo assim.

         “Sua mãe é tão incrível.” Gerard gargalhou, e Frank estava aliviado que ele não estava desconfortável.

         “Não era a palavra que eu pensava, mas acho que é também.” Frank suspirou, jogando a mochila na cama antes de abrir e pegar os presentes que havia recebido no dia.

         Jamia havia dado novas palhetas para sua guitarra, um vale presente da sua loja favorita e, claro, um ursinho de pelúcia fofo apenas por causa dela. Ele ainda tinha o presente de Ryan lá, o que foi proibido de ser aberto na escola.

         “Ryan me deu isso...” Ele falou quando tirou da mochila, olhando curioso. “Disse que eu não podia abrir na escola…”

         “Ai meu Deus, abra isso agora-” Gerard pediu com urgência, sentando-se ao lado de Frank na cama. “Ai Deus, e se for um vibrador?”

         “Garotos usam vibrador?” Frank praticamente ofegou, imaginando como caralhos aquilo funcionava.

         Gerard o olhou por alguns momentos, seus olhos arregalados, mas sua face quase expressando dó ou pena.

         “Você é o pior cara gay que eu conheço.” Gerard balançou a cabeça. “Pobre garoto.”

         “Eu não sou gay!” Frank se defendeu, pensando que aquilo justificasse sua falta de conhecimento. “Eu gosto de mulheres também e, em minha defesa, mulheres são tudo que eu conheço.’

         “Você vai aprender um dia.” Gerard piscou, mas logo voltou sua atenção para a caixa. “Agora abra!”

         Frank tentou ignorar a maneira com que seu pau acordou em suas calças quando Gerard piscou para ele, e logo desembrulhou a pequena caixa.

         Tinha uma pequena nota lá, e ele pegou apressado, se virando para que Gerard não pudesse ler no caso de ter algo o mencionando. E foi inteligente da sua parte, pois ele mal havia lido a frase e jogo estava amassando o papel e enfiando em seu bolso para que Gerard não pudesse pegar.

         ‘Para quando você e Gerard finalmente transarem e, se Deus quiser, essa noite, xoxoxo’

         “O que dizia?”

         “Nada.” Frank murmurou, logo pegando o presente para distrair Gerard. “Que porra…?” Ele resmungou outra vez. “Gel íntimo sensação quente sabor maçã?

         “Essa merda é boa.” Gerard balançou a cabeça positivamente e falando sério, levando alguns momentos para perceber que Frank não sabia que porra era aquela. “Ai meu Deus... Frank, é lubrificante.”

         “Lubrificante?” Frank franziu o cenho, demorando cerca de um segundo para a verdade o atingir como um trem. “O-Oh-” Seus olhos se arregalaram de vergonha, suas bochechas se avermelhando novamente. “Eu uh-”

         “E também é sensação quente!”

         “Q-Qual é o objetivo disso?” Frank gaguejou, sua curiosidade dominando.

         “Bem, tipo, tem gente que usa para massagens... sensuais também.” Ele pegou a embalagem então. “A temperatura relaxa seus músculos, vem, eu te mostro.”

         Frank apenas pôde assistir nervoso enquanto Gerard abria o plástico, pegando o pulso de Frank e colocando uma gotinha lá. Então, colocou dois dedos contra sua pele, massageando gentilmente a substância na pele de Frank.

         Provavelmente era coisa dos hormônios, mas ele não podia evitar pensar que a maneira com que Gerard fazia era sexual, tão sexual que Frank teve de apertar uma coxa contra outra enquanto segurava o forte contato visual que, por alguma razão, Gerard o mandava.

         “Isso não é bom?” Gerard sussurrou, ainda sem quebrar o contato visual.

         “S-Sim.” Frank gaguejou novamente, mesmo que não podia reparar na diferença de temperatura considerando que seu corpo estava prestes a explodir.

         “É tão melhor em outros lugares.” Gerard sorriu maliciosamente para si mesmo, assustando Frank quando ele afastou sua mão, lambendo seus dedos e provando o sabor de maçã.

         Tudo bem, Frank estava ficando de pau duro, não tinha jeito de assistir Gerard lamber seus dedos daquele jeito e não ficar duro.

         “É, deve ser.” Frank engoliu em seco, forçando sua atenção para longe de Gerard.

         “Tenta.”

         “O que?” Frank sobressaltou-se, seus olhos arregalados quando voltou a olhar para Gerard, chocado com o que ele pensou que Gerard sugeria.

         “Experimenta.” Gerard riu, apontando para o pulso de Frank. “O gosto é bom.”

         “Eu- o que? Não.” Frank balançou a cabeça, ele não iria lamber o lubrificante de seu pulso de jeito nenhum.

         “Vai deixar ir para o lixo?” Gerard levantou uma sobrancelha e Frank engoliu com sôfrego, eles mal haviam usado uma gota.

         “Se gostou tanto, fica para você.”

         Frank realmente não pensou que Gerard faria isso, mas percebeu estar bem errado quando ele agarrou seu pulso, escorregando sua língua pela pele e lambendo o lubrificante.

         “Porra-” Frank ofegou sem pensar, seus olhos se arregalando quando Gerard mandou um olhar questionador. “Porra, olha a hora-” Frank conseguiu arranjar uma desculpa, olhando para o relógio. “Eu preciso tomar banho antes dos meus amigos chegarem!”

         Ele correu para fora do quarto então, pegando roupas limpas e seu celular. Seu celular porque, vamos ser honestos, não tinha jeito de arrancar aquela ereção dali, e precisava dos vídeos que Ryan o mandou para bater uma.

         Ele estava duro como pedra quando chegou ao banheiro, e o fato de que Gerard não podia mais vê-lo fez com que seus pensamentos mais selvagens escapassem.

         Não demorou muito para se recompor.