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História Gerard Way, Student Teacher - Capítulo Sete


Escrita por: fronkiero e MarieOGrace

Notas do Autor


Olááá pessoal!
PRIMEIRAMENTE: LEMON.
Era para postar hoje mais cedo, mas não consegui (não tinha terminado de traduzir e tive que sair).
Tô em semana de provas, então me desculpem se eu demorar muito ou não conseguir postar.
Muito obrigada pelos comentários no capítulo anterior, viu?

Capítulo 8 - Capítulo Sete


                Gerard virou uma bagunça depois daquilo, as horas que ele passou se contendo e guardando o segredo sendo despejadas enquanto ele soluçava contra o ombro de Frank.

                Era bem claro que Gerard não era um fã de chorar na frente das pessoas, ele parecia lutar em uma batalha interna durante todo o tempo que passou com a face escondida no pescoço de Frank. Então, Frank insistiu para que eles fossem para algum lugar mais privado, assim Gerard podia chorar em paz e sem a preocupação de alguém o ver.

                Eles saíram pela saída de emergência da sala que, por sorte, não estava com um alarme e então correram até o carro de Gerard quando o estacionamento esvaziou um pouco.

                Gerard ainda chorava baixinho quanto eles entraram no carro, e o barulho de seu choro quebrava o coração de Frank. Ele não conhecia Bert, mas foderia a vida dele.

                “Gerard-” Frank finalmente falou enquanto ele tentava colocar a chave na ignição. “Gerard, não é seguro para você dirigir agora.”

                “Por favor-” Gerard implorou, inclinando sua cabeça para encarar Frank e se sentindo impotente, seus olhos avermelhados. “Eu quero sair daqui.”

                “Nós podemos sair.” Frank acenou positivamente, não querendo magoá-lo mais ainda. “Mas me deixe dirigir, tudo bem?”

                Gerard parecia incerto, mas eventualmente ele concordou e, então, trocaram de lugar.

                Frank não perguntou onde ele queria ir antes de sair do estacionamento da escola, e Gerard não reclamou, então ele decidiu dirigir até o Starbucks mais próximo para pegar algo quente para beber, na esperança de que fosse o acalmar.

                Por sorte, Frank havia pulado o almoço aquele dia, então podia usar o dinheiro que sua mãe deu para o café de Gerard.

                “Me desculpa.” Gerard murmurou, seu olhar longe de Frank enquanto descansava a cabeça contra a janela do carro.

                “Não precisa pedir desculpas.” Frank o assegurou, sua mão distraidamente pousando na coxa de Gerard para confortá-lo.

                Ele tirou a mão assim que percebeu o que fazia, e apertou seu pulso contra sua própria coxa, xingando os pensamentos maliciosos que tentavam ocupar sua mente. Gerard estava chorando e a mente de Frank ainda queria pensar sobre tocar seu pau.

                Ele entrou no Starbucks então, pedindo um café para Gerard da maneira que sabia que ele gostava. Por sorte, ele ainda estava ocupado demais tentando acalmar a si próprio para reclamar por Frank pagar seu café.

                Frank se virou em seu lugar para entregar o café de Gerard. Ele parecia ter esquecido completamente de onde estava, pois quando viu o café, seus olhos se acenderam um pouco.

                “O-Obrigado.” Ele fungou, esticando a mão para pegar o café. “Eu te pagarei depois, eu juro.”

                Frank não respondeu, ele sabia que não deixaria Gerard o pagar, mas também sabia que Gerard argumentaria até que ele cedesse.

                “Você vai me contar o que aconteceu?” Frank perguntou suavemente, esperando que aquilo não trouxesse mais lágrimas ainda. “Porque estou realmente preocupado com você.”

                “Esse café está muito bom.” Gerard murmurou, mantendo a tampa contra os lábios.

                Frank não o pressionou, ele sabia que isso devia ser um assunto sensível e estava disposto a esperar até que Gerard estivesse confortável o bastante para falar sobre. Entretanto, eventualmente ele cedeu, e depois de uns cinco minutos de silêncio, ele falou novamente.

                “Ele ficou bravo pois parei de responder suas mensagens.” Ele falou baixinho, bebendo outro gole do café como se tentasse empurrar a emoção formando em sua garganta. “Ele foi para a minha casa, achou a chave reserva e entrou... ele estava tão bêbado, tão chapado, e- e-” Sua frase foi interrompida por um soluço, suas mãos segurando o copo com tanta força que Frank pensou que estouraria

                “Hey, está tudo bem.” Frank tentou o acalmar, sua mão se esticando até seu braço dessa vez. “Ele não está aqui, você está bem.”

                Gerard fungou novamente e concordou com a cabeça, uma mão indo diretamente para seu rosto para limpar as lágrimas.

                “Ele queria ficar...” Gerard gesticulava bastante com a mão, tentando passar a mensagem sem ter que deixar explícito. “Eu disse não, e ele ficou louco...”

                “Ai, Deus...” Frank balbuciou baixo, pensando no pior. “Por acaso ele…?”

                “Não.” Gerard respondeu imediatamente. “Ele apenas- ele tentou me deixar no clima,” Ele se encolheu. “E quando eu não me animei, ele gritou comigo, me acusou de traí-lo, e então...” Ele apontou para o olho roxo fracamente antes de seu olhar se encontrar com o de Frank.

                “Oh, Gerard...” Frank sussurrou, sua cabeça se inclinando sem que ele percebesse, mas logo voltando antes que colasse os lábios nos de Gerard, então ele fingiu se inclinar para um abraço.

                Gerard aceitou o abraço agradecido, e descansou a cabeça sobre o ombro de Frank pelo tempo que ele permitiu.

                “Ele disse que voltaria.” Ele sussurrou temeroso, fazendo com que Frank se afastasse rapidamente pelo choque.

                “Gerard, porra-” Frank ofegou. “Precisamos fazer algo, uma medida protetiva, algo assim.”

                “Uma medida protetiva não irá pará-lo de vir atrás de mim hoje.” Gerard murmurou, seu olhar indo para o colo. “Isso leva tempo.”

                “Bom, você tem alguém que possa ficar? Família ou amigos?”

                “Não.” Gerard murmurou novamente, dessa vez envergonhado. “Todos os meus amigos são alcoólicos ou viciados, eles ficaram do lado de Bert quando a gente terminou. Meus pais se mudaram para Jersey, e meu irmão está longe na escola.”

                "Porra." Frank suspirou. "Você não pode ficar lá sozinho essa noite."

                “Eu não tenho escolha.”

                "Fica comigo."

                Eles caíram num silêncio total, Frank propondo a ideia sem sequer pensar sobre. Ele não sabia como faria aquilo funcionar, mas ele sabia que não deixaria Gerard em casa naquela noite, especialmente sozinho.

                “Como?” Gerard sussurrou, soando como se estivesse desesperado para encontrar uma maneira do plano funcionar. “E-Eu sou seu professor.”

                “Minha mãe não sabe disso.” Frank tentou, vasculhando seu cérebro e procurando por uma desculpa para que sua mãe deixasse Gerard ficar. “Eu podia te apresentar como um amigo.”

                “Seu amigo de 21 anos?”

                Frank também não havia pensado sobre isso, claro que Gerard parecia novo, mas ele era definitivamente mais maduro que qualquer um dos outros garotos no ensino médio. Sua mãe não tardaria a perceber que eles mentiam sobre a idade.

                Mas, de repente, como se fosse destino ou coisa do tipo, Frank pensou na desculpa perfeita.

                “Eu sei como fazer isso funcionar.” Ele declarou, animado, vendo Gerard ficar mais ansioso e um pouco impaciente para ouvir o que ele tinha a dizer. “Eu tive que ir para essa merda de tour pelo campus da faculdade no verão passado, você é um estudante da faculdade, eu posso te dizer que nós nos conhecemos lá e posso inventar uma desculpa do porquê precisa de um lugar para ficar.”

                A mãe de Frank ficaria extremamente feliz se o filho tivesse um amigo na faculdade, pois Frank não queria ir para lá e ela pensou que era provável que um amigo o influenciaria a ir.

                “Qual seria a desculpa?”

                Eles ficaram no silêncio novamente, os dois tentando achar uma desculpa.

                “Seus dormitórios inundaram?” Frank tentou. “E eles demorarão um pouco para serem limpados…?”

                “Eu não sei...” Gerard suspirou, parecendo ter uma batalha interna em sua cabeça. “Eu sou seu professor, e-”

                “E meu amigo.” Frank interrompeu, sua mão indo distraidamente de encontro a de Gerard. “Por favor? Eu não quero que corra algum tipo de perigo.”

                Frank nem pensava sobre estar segurando a mão de Gerard, seu foco todo estava em mantê-lo seguro. Gerard pensou um pouco sobre isso e logo percebeu estar curvando seus dedos sobre a mão de Frank com lentidão.

                “Okay.”

 

                A mãe de Frank perguntou milhares de coisas, a maioria das quais Frank podia responder com sinceridade e, eventualmente, ela concordou em deixar Gerard ficar por um tempo. Eles foram para a casa dele pegar algumas coisas e Frank o esperou do lado de fora, no carro, para que pudesse vigiar se Bert aparecesse.

                Gerard correu para fazer sua mala, pegando apenas roupa do trabalho e alguns pijamas e, depois de refletir muito, pegou seu ursinho de pelúcia. Ele não conseguia dormir sem ele – mesmo que isso soasse extremamente patético – e ele tinha de levá-lo, mesmo se Frank fosse provocá-lo por causa disso.

                Ele rapidamente pegou outros objetos essenciais como uma escova de dente, seu pente e qualquer outra coisa que precisasse durante a curta estadia. Por sorte, Bert não apareceu enquanto eles estavam lá, então Gerard foi capaz de recolher tudo o que precisava sem uma distração.

                E um pouco mais tarde, eles estavam no caminho para a casa de Frank.

                Gerard estava inquieto pra caralho, ele odiava conhecer os pais de alguém, sempre pensou que o odiariam e não importava de quem eram os pais. No entanto, Frank não interpretou muito bem o seu nervosismo, ele ficou receoso sobre Gerard se sentir desconfortável em ficar com ele.

                “Você está bem?” Frank perguntou suave, olhando para seu colo. “Me desculpe, eu meio que te forcei a ficar comigo...”

                “Não é isso-” Gerard assegurou com pressa, tentando achar as melhores palavras para descrever como se sentia. “Pais me fazem nervoso.”

                “Oh.” Frank suspirou baixinho, o alívio claro em sua expressão. “Bem, podemos ficar apenas no meu quarto- ou, uh-” Frank gaguejou, suas bochechas ficando vermelhas. “Nós não precisamos nos preocupar com eles.” Ele murmurou, tentando se salvar da vergonha que estava se metendo.

                Gerard tentava não rir de seu nervosismo, ele achou a coisa mais fofa do mundo, e estava muito tentado a contar para Frank. Mas, ele recuou e logo chegaram na casa de Frank.

                “Meu olho está normal?” Gerard perguntou nervoso, olhando apressado para a maquiagem pobre que ele havia feito em sua casa.

                “Sim... você só parece cansado.”

                “Okay.” Gerard suspirou, pegando sua mochila. “Obrigado, Frank.”

                “Não é nada.” Frank acenou, saindo do carro e andando até sua casa.

                Gerard o seguiu nervoso, seus olhos curiosos rodando a casa toda quando a adentraram. A mão de Frank apareceu do nada, praticamente assustando os dois.

                “Você deve ser Gerard.”

                “Uh, sim senhora.” Ele saudou apreensivo, estendendo a mão para um cumprimento. “Obrigado por me deixar ficar enquanto limpam meus dormitórios.”

                “Claro, você gosta de lasanha?”

                Gerard concordou com a cabeça e ela disse que o jantar ficaria pronto em uma hora, colocando um prato a mais para ele. Frank mostrou seu quarto então, e grunhiu baixo quando percebeu que deixou uma bagunça durante seu final de semana tedioso.

                “Desculpa.” Ele murmurou, logo pegando os papéis amassados, que eram rascunhos de músicas que ele tentou escrever, e qualquer outra coisa que estivesse pelo chão.

                “Tudo bem.” Gerard assegurou. “Você devia ver meu quarto, é coberto de projetos de arte fracassados.

                Eu morreria para ver o seu quarto, Frank pensou para si mesmo enquanto continuava limpando o lugar.

                Ele deixaria Gerard dormir em sua cama enquanto estivesse ali, já que não tinham um quarto de visitas, e ele não o faria dormir no chão. O único problema era que Frank não havia mudado os lençóis desde seu encontro com Ryan, e o cheiro era bem óbvio quando você deitava na cama.

                “Apenas me deixe pegar lençóis novos.” Frank murmurou, retirando rapidamente o lençol da cama.

                “Frank, está tudo bem. Eu vou dormir no chão, eu não quero pegar sua cama.”

                “Que pena.” Frank sorriu. “Me deixe ser um bom anfitrião e te dar um bom lugar para dormir.”

                Gerard sabia que era inútil discutir com Frank nesse assunto, mas ele insistiu em ajudá-lo. Frank entrou em pânico nesse momento, mas por sorte conseguiu tirar o lençol antes que Gerard sequer se aproximasse.

                Ele não queria parecer suspeito, então deixou Gerard ajudá-lo a colocar os limpos, que por sorte cheiravam a flores – graças ao amaciante da mãe.

                “Prontinho.” Frank sorriu, colocando suas mãos na cintura enquanto olhava para o trabalho deles. “Precisa de outra coisa? Como travesseiro extra ou algo assim?”

                “Não, assim está perfeito, obrigado.”

                Gerard abraçou Frank e ele derreteu, sua cabeça descansando contra o peito do amigo.

                “Não foi nada.” Ele suspirou, não querendo se separar mesmo quando Gerard o fez. “Então, uh, você quer conhecer meu cachorro?”

                Ele não tinha muita certeza do que dizer, então pensou em apresentar o cachorro, pois todos gostam de cachorro, certo?

                “Claro.” Gerard sorriu, seguindo Frank enquanto ele o conduzia até o quintal.

                Um labrador amarelado de tamanho médio apareceu instantaneamente, latindo feliz e pulando em Frank.

                “Hey, Buddy.” Frank sorriu, entrelaçando seus braços ao redor do cachorro que era tão alto quanto ele quando estava nas patas traseiras. “Buddy, esse é Gerard.”

                “Oi, Buddy.” Gerard também sorriu, estendendo a mão para que Buddy cheirasse e o cachorro logo se acostumou com a pessoa nova, cobrindo a mão dele de baba. “Ele é fofo.”

                “É.” Seus lábios abriram outro sorriso. “Eu tenho ele desde meus seis anos.”

                Eles passaram o resto do tempo até o jantar brincando no quintal com Buddy, e Frank estava um tanto surpreso pela afeição do cachorro por Gerard. Normalmente o cachorro perdia o interesse nas pessoas rapidamente, mas ele ficou grudado em Gerard pelo tempo que ficaram brincando.

                Frank pensou que aquilo podia ser um bom sinal, se seu cachorro gostava de Gerard, ele devia ser bem especial. Entretanto, Frank se enciumou um pouco quando Buddy levou a bolinha para Gerad ao invés dele. Buddy sempre ia primeiro para ele, era estranho ver ele indo na direção de outra pessoa.

                “O jantar está pronto!” A mãe de Frank gritou da porta e os dois entraram com pressa para lavarem as maõs.

                A casa cheirava de forma esplêndida pela comida e o estômago de Gerard roncou alto ao cheiro. Fazia bastante tempo que ele não cozinhava nada, o comum era comer pizza ou um miojo em sua casa.

                Então, conheceu o pai de Frank. Mr. Iero parecia impressionado quando Gerard estendeu a mão para cumprimentá-lo, pois nenhum dos amigos de Frank fazia isso.

                “Então, Gerard, o que você está estudando?” Mrs. Iero falou enquanto enchia seu prato. “E como vai a faculdade?”

                “Estou estudando para ser um professor e a faculdade é ótima, melhor experiência da minha vida.”

                Ele sabia que a mãe de Frank queria que ele influenciasse Frank para ir para a faculdade, então ele se esforçaria ao máximo para isso para causar uma boa impressão.

                “Viu, Frank, Gerard acha a faculdade incrível.” Ela sorriu para ele e Frank rolou os olhos. “Você deveria se matricular ano que vem.”

                “Talvez eu vá.” Frank sorriu, sabendo perfeitamente bem que ele estava mentindo e dedicaria seu tempo a fazer música.

                Era a hora de Gerard encher seu prato, mas ele pegou só um pouco, pois não queria parecer guloso.

                “Ah, não precisa ter vergonha, querido.” Mrs. Iero falou, notando que ele tentava se educado. “Nós temos bastante.”

                “Okay...” Ele respondeu suavemente. “Obrigado.”

                “Frankie, Gerard é tão educado, você devia passar mais tempo com ele, tenho esperanças que tire toda essa falta de educação de você.”

                “Eu sou educado pra porra.” Frank bufou, pegando um pedaço do pão de alho. “Esse jantar está bom pra caralho, obrigado, mãe.”

                Ela apenas revirou seus olhos, ignorando seu comentários enquanto ela começava a comer sua comida. Gerard, por sua vez, tentava não rir, e Frank sorriu quando notou aquilo. Ficou bem quieto depois disso e todos comeram suas comidas.

                Gerard não podia acreditar no gosto maravilhoso da comida, pois sendo comparada a miojo ou uma pizza de merda, essa comida parecia preparada por Deus ou algo assim. Seu gosto era um pouco diferente do que ele se lembrava, mas ele percebeu que devia ser algo vegetariano, já que Frank a comia também.

                Ele praticamente limpou o prato, mas da maneira mais educada possível, é claro.

                “Essa comida está deliciosa, Mrs. Iero.” Gerard elogiou enquanto limpava a boca com um guardanapo. “Eu não como comida boa assim já faz tempo.”

                “Bem, muito obrigada.” Ela sorriu. “Eu coloco o meu próprio recheio, já que Frankie não gosta da lasanha tradicional.”

                “Qualquer que seja esse recheio, definitivamente funciona.”

                Frank sorriu para si mesmo enquanto Gerard continuava a falar com seus pais, eles pareceram gostar bastante dele, o que era raro de se acontecer tão rápido. Até seu pai parecia gostar e ele geralmente não gostava de ninguém.

                Para melhorar ainda mais as coisas, Gerard insistiu em lavar a louça depois do jantar, dizendo que era o mínimo que ele podia fazer por eles o deixarem ficar. Frank tinha quase certeza de que sua mãe se apaixonou por ele depois disso, pois lavar a louça era o que ela mais odiava, então ela gostaria de alguém que a livrasse disso.

                Frank até ficou com medo do quanto Gerard ajudava, e não parecia que o fazia apenas para ganhar pontos positivos com eles, e sim porque queria. Depois que limparam tudo, voltaram para o quarto de Frank, onde ele revelou seus pensamentos para Gerard.

                “Não é nada, sério.” Gerard sorriu. “É a coisa certa a se fazer de qualquer modo, então o prazer foi meu.”

                “Bom, eu tenho quase certeza que minha mãe te ama agora.” Frank riu enquanto se jogava na cama.

                “Ela sabe que sou maior de idade, né?” Gerard sorriu malicioso e Frank deixou um som raivoso escapar, jogando um travesseiro nele.

                “É a minha mãe, vai se foder.”

                “Estou brincando!” Gerard riu, girando o travesseiro para jogar novamente em Frank. “Você sabe que só curto pau.”

                Frank teve de se distrair depois disso, já que seu corpo virou uma bomba relógio desde que ficou com Ryan, então pegou outro travesseiro e jogou em Gerard. Apenas em ouvir a palavra “pau” saindo de sua boca, sua mente ficou entretida com pensamentos sujos e nada convencionais.

                Eles acabaram tendo uma guerra de travesseiros clichê, antes que Gerard finalmente se rendesse. Os dois se levantaram rindo e ofegando, tentando ignorar o quão clichê foram. Frank estava um tanto tentado a fazer uma piada de “fique longe do meu pai”, mas só de pensar nisso, ele ficou desconfortável.

                “Então, poderíamos trabalhar na lição sete agora, gostaria?” Gerard ofereceu depois de terminarem de descansar.

                “Não, que se foda. Trabalho de escola fica na escola.”

                “É por isso que está quase reprovando.” Gerard riu, desviando quando Frank tentou dar um tapa em seu braço. “Tem que fazer um sacrifício às vezes.”

                “Eu escolho que ‘às vezes’ seja mais tarde.” Frank murmurou em resposta, voltando a se deitar na cama. “Eu tenho tempo o bastante para recuperar minhas notas de qualquer modo.”

                “Tanto faz.” Gerard revirou os olhos. “Se importaria se eu tomasse um banho?”

                “Que nada.” Frank respondeu, se sentando para que pudesse mostrar o banheiro. “É por aqui.”

                O banheiro era logo do outro lado do corredor. Frank mostrou onde ficavam as toalhas e tudo mais. Ele também mostrou a Gerard como ligar o chuveiro, pois era confuso demais e na metade do tempo ele não conseguia o fazer.

                Depois de deixá-lo sozinho, ele percebeu que precisava de uma distração, já que o cara que ele tinha uma quedinha estava logo do outro lado do corredor e nu. Então ele desceu para ver o que seus pais faziam.

                Eles estavam sentados na sala de estar assistindo um filme, no qual pausaram assim que Frank chegou.

                “Oi, docinho, onde está Gerard?”

                “Ele está no banho.”

                “Ele é um garoto tão bom, como foi que vocês se conheceram mesmo?”

                Frank pensou rapidamente em uma história falsa, pensando em como juntá-la com uma maneira de sair discretamente do armário para seus pais. Eles pensavam que ele era hétero, mas ele queria que soubessem que ele descobriu que não é. Além disso, não queria transformar aquilo em um negócio gigante, então esperou que seu plano funcionasse.

                “Bom, ele se ofereceu para mostrar o campus... e eu achei que ele era bonitinho, então pedi seu número.”

                Ninguém falou nada, apenas o encararam chocados.

                “Oh...” Sua mãe falou então, olhando para o pai antes de voltar a olhá-lo. “V-vocês estão juntos?”

                “Não, não.” Frank respondeu apressado. “Somos apenas amigos, por favor não deixe as coisas estranhas.”

                “Tudo bem, amor.”

                “Você está brava?” Frank perguntou nervoso, mordendo seu lábio inferior.

                “Não, docinho, ai Deus, não.” Ela balançou sua cabeça rapidamente. “É só um pouco chocante, você sempre pareceu tão interessado em mulheres...”

                “Eu ainda sou.” Ele murmurou. “Só percebi que estou interessado nos dois.

                “Bom, de qualquer modo, você será respeitoso, está entendido?” Seu pai falou, pela primeira vez depois da sua pequena confissão.

                Seu pai sempre o ensionou a respeitar as mulheres, mas ele nunca mencionou homens, pois nunca pensou que isso seria relevante de alguma forma.

                “É claro.” Ele murmurou de novo, feliz que aquilo não levava um rumo negativo, mas com vergonha porque sentia que estava quase tendo ‘a conversa’ de novo.

                “Você já-”

                “Eu vou subir, já está tarde.” Frank logo interrompeu sua mão, fugindo antes que eles tivessem a chance de o deixar ainda mais desconfortável. “Boa noite!”

                Ele tentou desesperadamente limpar aquela conversa constrangedora da cabeça, no entanto, as coisas ficaram ainda mais desconfortáveis quando ele entrou em seu quarto.

                Ele deu um pulinho quando viu Gerard ao lado de sua mala, apenas em uma toalha, se inclinando para pegar algumas roupas. Encarar era rude, mas Frank não podia tirar seus olhos dele, não até Gerard levantar e se virar de novo.

                “Oh-” Gerard também deu um pulo, suas bochechas ficando vermelhas. “Desculpa, eu esqueci de levar minhas roupas para o banheiro.”

                “Tudo bem.” Frank encolheu os ombros, seus olhos pousando em qualquer lugar que não fosse Gerard.

                Mesmo que ele lutasse muito, seus olhos ainda focaram em Gerard, aproveitando a vista da sua pele extremamente branca que, agora, estava coberta de gotinhas de água.

                “Você pode se trocar aqui.” Frank gaguejou, forçando seus pés a o tirarem do quarto.

                Gerard era atraente para caralho, Frank sabia que passaria o resto da noite o encarando se ele não saísse. Com um suspiro, ele se jogou contra a parede do corredor, tentando acalmar seu coração e evitar pensar sobre o que estava por baixo da toalha.

                Merda, ele não precisava pensar, ele havia visto um vislumbre do contorno e se tinha a porra de um contorno, isso dizia algo sobre tamanho. Foi uma horrível ideia deixar Gerard ficar com ele, ele perderia sua cabeça assim que ele voltasse para sua casa.

                Tudo bem, talvez não fosse horrível, porque pelo menos ele estava seguro agora, mas ainda assim, Frank estava nervoso para caralho. E ele sabia que faria algo vergonhoso, podia sentir isso.

                Ele fez questão de manter a postura ereta quando a porta do seu quarto se abriu, seus olhos sendo cumprimentados com um sorriso de Gerard.

                “Feito.”

                “Okay.” Frank murmurou nervoso, evitando contato visual enquanto voltava para seu quarto.

                No entanto, Gerard notou sua inquietação e confundiu toda a situação.

                “Eu te fiz ficar desconfortável? Me desculpa, eu não queria esquecer minhas roupas e-”

                “Não, não.” Frank logo o interrompeu, acalmando-o. “Quer assistir um filme?” Ele mudou de assunto, apontando para a coleção de filmes.

                Gerard se distraiu do assunto anterior facilmente, e Frank pediu que ele escolhesse um filme enquanto ele trocasse de roupa. Normalmente, apenas dormiria em uma boxer e, se estivesse frio, sua boxer e uma camiseta. Mas ele decidiu não o fazer dessa vez, não querendo se expôr tanto para Gerard.

                “Porra, se acalme.” Frank resmungou para si mesmo enquanto pegava a escova de dente. “Você tá agindo como um estranho.”

                Gerard era seu professor e, no máximo, seu amigo. Ele precisava parar de ser tão estranho perto dele, pois cedo ou tarde, ele logo notaria. Então, antes de terminar tudo no banheiro, Frank respirou fundo para se acalmar antes que voltasse para o quarto.

                “Podemos assistir Xmen?” Gerard questionou de onde estava sentado, sendo no chão e próximo aos filmes de Frank. “Ou Batman?”

                “Xmen.” Ele sorriu, pegando o filme da mão de Gerard e colocando no DVD.

                Ambos se sentaram na cama de Frank e esperaram pacientemente até que o filme começasse. Porém, o telefone de Gerard não parava de tocar e, adivinhem só, era Bert ligando. Gerard ignorou de primeira, mas não parava de jeito nenhum.

                “Me deixe atender.” Frank pediu, vendo Gerard o lançar um olhar confuso.

                “O que você vai dizer?”

                “Algo que o faça parar de ligar.”

                “Okay...” Gerard respondeu nervoso, entregando o celular para Frank.

                “Frank sorriu e respirou profundamente, forçando a voz mais grossa que ele podia.

                “Ele está ocupado!” Bradou no telefone, desligando na mesma hora.

                “Frank! Ai meu Deus” Gerard ofegou, cobrindo sua boca que se transformava em um sorriso. “Ele vai pensar que estou com alguém!”

                “Você está com alguém.” Frank sorriu um pouco malicioso, mas logo se recompôs. “Digo, provavelmente fará ele parar.”

                “O que você vai fazer se ele ligar novamente? Gemer no telefone?” Gerard riu então, tentando engrossar a voz assim como a de Frank há alguns minutos. “Ugh, sim baby, bem assim?” Ele encenou.

                “Pode funcionar!” Frank se defendeu, tentando se distrair das palavras e dos gemidos que agora rodeavam sua cabeça. “Vamos assistir a droga do filme.

                Ele apertou no play e, por sorte, Bert não ligou de volta. Eles puderam assistir o filme todo em paz e, antes que percebessem, os créditos finais já passavam e era hora de dormir. Gerard já havia dormido, então Frank saiu com cuidado da cama e puxou o cobertor para ele. No entanto, ao fazer isso, notou algo lá.

                O ursinho de pelúcia de Gerard.

                Ele sorriu para si mesmo quando o pegou, escorregando gentilmente por baixo do braço de Gerard e tentando não soltar um “awn” quando Gerard o abraçou contra seu peito.

                Frank fez sua própria cama no chão então, e depois de desligar a televisão e apagar as luzes, ele foi dormir.

 

                “Frankie…” Gerard sussurrou na escuridão, tirando Frank de seu sono. “Frankie, vem dormir aqui, eu não quero que durma no chão.”

                Gerard segurou os cobertores abertos para ele, e quando Frank se deu conta, já estava indo para cama contra a sua vontade.

                “Vem mais perto...” Gerard sussurrou enquanto Frank estava no canto da cama.

                Novamente, Frank sentiu seu corpo se movendo sozinho, acabando com a distância – que já era pequena – entre eles.

                “Muito melhor.” Gerard sorriu, seus dentes brilhando no escuro. “Posso te falar uma coisa?”

                Frank concordou com a cabeça lentamente, se vendo incapaz de dizer algo na hora.

                “Eu gosto de você, Frankie.” Ele se aproximou mais, colocando a mão no quadril de Frank. “Eu realmente gosto de você...”

                “G-gosta?” Frank finalmente conseguiu gaguejar, provavelmente vermelho da cabeça aos pés.

                “Veja você mesmo...” Gerard sussurrou, agarrando a mão de Frank e colocando em sua virilha.

                Frank ofegou quando sentiu o volume de Gerard sob sua mão, seu coração batendo tão forte que ele tinha certeza que iria desmaiar ou morrer.

                “Eu sei que você gosta de mim também.”

                Gerard o beijou antes que ele pudesse responder, suas mãos empurrando Frank pelas costas enquanto ficava sobre ele.

                “Porra- por favor-” Frank implorou sem vergonha alguma, suas mãos na cintura de Gerard, puxando-o para perto.

                Gerard gemeu com o contato, sua boca indo instantaneamente para o pescoço de Frank, sabendo de alguma forma exatamente onde chupar para fazê-lo estremecer. Frank sequer se importava se estava fazendo muito barulho ou não, especialmente quando Gerard colocou sua mão sob sua camiseta e massageou seu peito.

                “Eu vou fazer você se sentir tão bem...” Gerard sussurrou, puxando a camiseta de Frank pela sua cabeça antes de beijar seu corpo.

                Ele não podia acreditar no que estava acontecendo, mas tudo o que ele conseguia se focar era em empurrar a cabeça de Gerard para baixo, seu corpo todo se tensionando quando ele puxou sua boxer...

                De repente, ele estava de volta para o chão, sua camiseta grudando em sua pele pelo suor e uma mancha molhada em sua cueca.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Desculpa pela decepção da lemon AUHUAHUAHU (menos de 10 caps pra lemon REAL, eu juro)
Enfimmm, adoraria comentários, favs, etc.
Quero só ver no que a visita de Gerard vai dar.


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