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História Get lonely with me - Will keep calling me Storm?


Escrita por: hellodear

Capítulo 3 - Will keep calling me Storm?


-Como foi o retorno? –Minha mãe pergunta quando entro em casa.

-Foi interessante.

-Interessante? – Ela pergunta espantada.

-Quer dizer, foi normal... Teve aquela coisa de apresentação de alunos, apesar de todos serem iguais. –Digo gaguejando um pouco inicialmente.

-Qual é o nome dele? –Minha mãe pergunta sorrindo.

-De quem? Não sei do que está falando! –Minto.

-Você costumava ser uma mentirosa bem melhor.

-Spencer.

-É um menino? –Ela pergunta e eu rio.

-É. Ele já chegou aqui com uma bolsa de especialização em Harvard, muita areia para meu caminhãozinho.

-Mas a bolsa é de especialização, quem disse que ele tem como bancar a faculdade?

-O pai dele é o juiz.

-Oh! Mas não importa, ninguém é areia demais para seu caminhãozinho.

-Obrigada, mãe.

-Eu te amo Mizzle, sinto muito por tudo.

-A culpa é minha, eu também sinto.

 

 

Passo a tarde lendo algumas coisas, então decido pesquisar Spencer no Facebook. Ele até tem um perfil, mas só tem uma foto de perfil, sua foto de capa é ele com uma mulher mais velha, e só tem umas cinco publicações, a última é uma foto só dessa mulher escrito “Mon premier printemps sans toi’’. Oh Deus, a mãe dele está morta.

Uma nova solicitação de amizade: Natalie Brumps.

Quem é essa garota? Olho as fotos dela e ela me parece familiar... Ah, ela foi apresentada hoje na aula de biologia. Aceito o convite e em segundos chega uma mensagem dela.

Natalie: Oi

Mizzle: Oi

N: Eu sei que é estranho te mandar mensagem assim, relaxa, eu não sou lésbica. É que, todos que vieram falar comigo são bizarros, principalmente aquelas asiáticas esquisitas e a galera do clube de xadrez. Você me parece racional!

M: Natalie, eu sei EXATAMENTE o que você está passando nesse momento, passei por isso há exatamente um ano.

N: Sorte minha ter você nesse ano.

M: Nos vemos amanha então?

N: Por favor! Beijos, obrigada.

M: Beijos, obrigada também.

 

Bem, acho que vou ter uma amiga.

 

 

No dia seguinte, 7h25

 

Não consegui dormir direito. Virei tão antissocial ao ponto de passar quase a noite em claro por causa da ideia de finalmente ter uma amiga e ter algum garoto interessante me cumprimentando. Chego na escola mais cedo e vou para meu armário.

-Mizzle? –Viro e vejo Natalie. Ela é baixa, tem cabelos compridos e tingidos de loiro, totalmente meu oposto. Ela é muito bonita.

-Oi Natalie! Como vai? –Pergunto e a abraço.

-É meio louco né? Chegarmos aqui já sendo amigas. Mas eu estou muito bem com isso, e você? –Ela parece entusiasmada.

-Acho que é a necessidade de finalmente ter uma amiga. –Digo rindo. –Eu vou bem!

-Nós parecemos bem diferentes, mas conseguirmos nos entender, engraçado isso. –Ela diz.

-Pois é! Você prefere Mozart ou Beethoven?- Pergunto.

-Quem?- Ela pergunta e eu solto uma gargalhada.

-Deixa pra lá.

-Você gosta de Beyonce? –Ela me pergunta.

-Gosto.

-Então prometo investigar quem são esses ais depois.

-Acredite, eles não tem nada a ver com Beyonce.

-Tudo bem. Sua primeira aula é de Matemática?

-Não, literatura.

-Merda, vamos nos separar!- Ela exclama e eu concordo.

-Sua primeira aula é literatura? –Spencer paira ao meu lado e meu coração acelera.

-S-sim, é sim!- Respondo.

-Pode me acompanhar?

-Claro!- Respondo e lanço um olhar para Natalie que solta um risinho. Nos conhecemos há minutos e já temos olhares que falam por si só.

-Seu nome é M-I-Z-Z-L-E? –Spencer pergunta soletrando meu nome.

-Sim. Por quê?

-Seu nome quer dizer “chuvisco” mesmo?

-Sim.

-E você é calma como um chuvisco?

-Só se virar tempestade depois. – Ele ri com minha resposta.

-Você é interessante, Mizzle Storm. –Ele se refere a mim como “Chuvisco Tempestade”.

-Chegamos à sala de literatura.

-Então é nossa despedida!- Ele diz.

-Você não tem aula de Literatura agora?- Pergunto.

-Claro que não, eu tenho Matemática com sua amiga. –Ele diz e eu sorrio. Inacreditável.

-Mozart ou Beethoven?- Pergunto.

-Mozart. Por quê?

-Me responde você. –Digo falando próximo ao seu ouvido. –Te vejo mais tarde.

-Você é incurável Mrs. Storm. –Ele diz rindo.

-Vai continuar me chamando de Tempestade? –Pergunto e ele se aproxima do meu ouvido.

-Sempre. –Então vira as costas e sai andando pelo corredor. Ele é incurável.

 

Sinal do almoço.

 

-Acho que a aula do seu amiguinho não era de Literatura. –Natalie diz aparecendo ao meu lado.

-Não achava que ele era espertinho assim. – Respondo.

-Afinal, você conhece ele há tanto tempo né? Tipo, umas 24 horas. –Ela debocha.

-Idiota. –Falo pegando uma bandeja e localizando uma mesa vazia fora do refeitório para nós duas.

-Pelo que já vi, dois nerds  que ao mesmo tempo são malandrinhos. Se casem.

-Com prazer. –Respondo rindo.

-Você adora né?

-Um ano sem ao menos flertar. Você tem ideia?

-O que fez antes de chegar a Chicago para se tornar tão reclusa?

-É mais fácil te dizer o que eu não fiz.

-Não consigo imaginar você nessa vibe. –Ela diz.

-Até porque não é minha vibe, foram uns 2 meses de pura revolta que geraram uma possível vida de arrependimento.

-Nada é para sempre. Sem essa de “vida de arrependimento”.

-É verdade. Afinal, é uma chance para recomeçar, não é?

-Exatamente, ai você pode recomeçar perguntando se esse tal Spencer tem amigos gatos e inteligentes, tipo ele.

-Pode deixar, Natalie.  

 

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Notas Finais


Espero que gostem, deixe sua opinião!


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