História Ghost Town - Prólogo

-Tem alguém vindo.-Disse Cami minha irmã mais nova-Soube que ele é parente da Senhora Eliza. Quanto tempo você acha que ele vai durar?
            Observo o garoto. Ele é alto, deve ter a minha idade, uns 15 ou 16 anos, o cabelo castanho bate na sobrancelha, os olhos aparentemente verdes estão grudados no celular e, como eu esperava, eu havia acabado de perceber que aqui não tinha um misero sinal de celular. Mas ele não teve um ataque como todos os outros, apenas o jogou na  mochila. Mas ainda assim ele era um garoto da cidade grande como todos os outros.
            -Eu dou no máximo um mês.
            -Você é cruel Anni.
           Olho para janela de novo. A rua estava deserta como de costume, mas eu sabia que alguém estava nos observando. Na cidade nada acontecia sem que as Ommas soubessem. Ommas eram três irmãs gêmeas que vieram da Coreia ainda pequenas e viram a cidade ser construída bloco por bloco. Eram chamadas assim por que cuidavam das pessoas das cidade como se fossem seus próprios filhos, apesar de nunca terem tido filhos ou se casado. Depois da "praga" elas se tornaram cruéis, impondo graves punições a quem desobedecesse as reg ras.
             -Vamos entrar Cami.
             -Eu dou três meses. Ele parece ser legal, ele tem a mesma idade que você né? Vocês podiam ser amigos.
             -Ele não é da minha conta e você conhece as regras.
             -Mas Anni...
             -Eu já disse que não Camilla!
             Com isso Cami subiu correndo para o quarto. Eu subi também e esperamos nossa mãe nos chamar para o almoço. Apesar dos anos Cami não tinha se acostumado às regras. Mas quanto mais cedo ela aprendesse melhor. Nós nunca, jamais, devíamos nos relacionar com pessoas de fora da cidade. Pelo menos, se queremos continuar "vivas" é assim que tem que ser.