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História Giftword-Garagem das suspensões - Recomendações


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


Gente voltei e com mais um capitulo para vocês queria agradecer a todos os comentários e favoritos. Tenho um recado importante nas notas finais.
Boa leitura!
Editado: 27/03/2020

Capítulo 10 - Recomendações


Narração: Mônica

O final de semana passou tão rápido que parece que foi em um piscar de olhos. Agora, eu seguia o caminho para o colégio, era relativamente perto, tinha que andar alguns quarteirões mas não era uma longa caminhada. Quero chegar mais cedo porque tinha que levar alguns papéis na diretoria.

Ainda quando estava na diretoria ouvi o sinal tocar, era bem diferente dos tradicionais sinos do internato em que estudava. A secretária com quem conversava pediu para um professor que estava lá me levar para a sala.

No caminho pude observar bem o colégio, ele era velho mas estava conservado, pude perceber que o colégio tinha um segundo andar mas não vi ninguém subir lá e nem descer, teria tempo para descobrir o que seria aquele segundo andar, não irei sair tão cedo desse colégio.

Enfim, cheguei em minha sala junto com o professor, esperei todos entrarem para não tomar o lugar de ninguém. Era constrangedor estar ali, visivelmente deslocada.

A sala não era espaçosa e poucos alunos entraram, provavelmente era uma turma pequena.

— Pessoal, essa é a Mônica, é uma aluna nova. Acabou de chegar na escola… — O professor explicava até ser interrompido por um garoto que sentava no fundo e tinha dentes como os meus.

— Ah, não diga, pensei que a aluna nova estudava aqui há anos!

Não vi graça e nem esbocei nenhuma reação, mas os garotos que sentavam perto dele sim. Foi nesse momento que eu vi o Cebola, o irmão da Maria que ajudei sábado. Isso era estranho.

Me desviei dos meus pensamentos quando percebi a atenção da turma voltada para a porta da sala, lá um casal, que me parecia familiar, estava de mãos dadas e entravam pela sala.

— Sabia que não duraria uma semana! Podem me passar meus dez contos, otários! — um menino que se sentava próximo ao Cebola e ao garoto que fez a piadinha mais cedo disse, apontando para esses dois mesmos.

Cebola revirou os olhos, não sei se estava reparando demais mas ele ficava charmoso fazendo isso.

O casal caminhou para próximo deles e se sentou por ali mesmo. Enquanto o garoto dentucinho como eu novamente voltou a falar:

— Aí, toma cuidado, Xaveco. Se vacilar de novo a Marina te deixar sem chances de ser pai.

Céus, eu não estava entendendo nada.

— Pode se sentar — o professor disse para mim e me sentei na carteira vazia mais próxima.

Me sentei atrás de uma garota loira que estava na primeira carteira da frente.

Havia passado uma bom tempo de aula até a garota loira se virar para mim.

— Desculpe não falar com você antes. Meu nome é Cassandra, prazer. — Ela deu um sorriso amigável e eu sorri de volta.

— Sou Mônica, prazer.

— Então, você veio de onde?

Olhei de forma discreta para os lados antes de responder, não queria que ninguém pensasse que eu era uma riquinha metida.

— Da França.

Ela fez uma cara de espanto.

-Da França? Sério? — Ela subiu seu tom de voz e eu fiz um rápido gesto de silêncio. — Mas… Você fala perfeitamente a minha língua.

— Eu morei na França apenas por uns anos, cresci e vivi por muito tempo aqui.

Ouvimos o sinal tocar e o professor arrumar seu material para trocar de sala.

— Você tem uma cara de francesa mesmo.

Ri com seu comentário, eu não pensava isso.

— Agora são duas aulas de química. Desculpa se eu não ficar me virando para conversar com você, eu quero focar nessa matéria.

— Tudo bem — sorri e pensei em focar também, ela era bem gentil e simpática.

No meio das aulas trocamos poucas palavras, mas consegui me sentir confortável conversando com ela.

— Deve ser difícil se mudar para um lugar totalmente diferente. Se quiser te apresento todo mundo. — Ela disse andando ao meu lado.

Seguia ela até o refeitório, fiz tudo o que ela fez e nos sentamos em uma mesa vazia e um tanto afastada das outras.

— Já vou adiantar que aqui é cheio de grupinhos.

Fiz uma careta, não curtia esse tipo de coisa. Sempre acabava alguém prejudicado com isso.

— Vou te apresentar os da nossa turma, são os mais importantes do colégio. — Ouvia tudo em silêncio enquanto comia. — Sabe aquela mesa com a garota ruiva e os outros garotos? — Ela apontou para a mesa em que Cebola estava. — A ruiva é a Denise e o loiro é o Xaveco, eles namoram. O dentuço é o Titi e o do lado dele é o Cebola. Já o de marquinhas na bochecha é o Cascão. — Ela suspirou apaixonada ao falar desse último.

— Você gosta dele?

— Sim, mas infelizmente ele é só meu ex namorado. Continuando, aqueles lá são unha e carnes, não se separam por nada.

Não sabia porque aquele ponto era relevante mas deixei para lá.

— Naquela outra mesa…

Cassandra me mostrou mais algumas pessoas da nossa sala, eram pessoas que segundo ela não eram nem alunos de destaque, nem péssimos, eram apenas “normais”. Não queria perguntar o porquê dos primeiros que ela apresentou não se enquadrar nesse rótulo. Depois de apresentá-los, ela partiu para os que eram pessoas que eu não deveria nem me aproximar, o que eu achei um tanto exagerado.

— 'Tá vendo aquela menina loira da última mesa?

— Sim, ela é bem bonita.

— O nome dela é Carmem, era popular até algum tempo mas ela ficou com o namorado da Denise, na frente dela… Foi uma briga só, todo mundo achava que a Denise não ia nem olhar na cara do Xaveco mais mas eles voltaram.

Pensei um pouco por qual razão aquilo seria relevante para mim, sinceramente, pouco me importava e deveria ser o mesmo para a Cassandra.

— Nem perca seu tempo com ela, ela é bem falsa mesmo. E também não converse com aquela outra. — Apontou para uma garota de cabelos laranjas e óculos.

— Por quê?

— Ela é ridícula…

A resposta parecia bem murcha para mim mas não pensei em questionar, aquilo estava me cansando e eu queria que terminasse logo, me sentia mal falando sobre as pessoas pelas costas.

— E tem também aquelas duas ali, que é melhor você nem chegar perto.

Olhei as garotas que ela mostrou dessa vez, uma tinha cabelos cacheados e outra com cabelos bem lisos e um piercing no nariz. Elas conversavam de maneira civilizada, a maneira com que Cassandra falava parecia um grande exagero.

— A de marcação de vaca no nariz é a Magali. — Me surpreendi com a agressividade da garota em minha frente, ela parecia cada vez mais diferente de quando me cumprimentou na sala.

— Olha não precisa…

— Confia em mim, essas vacas só vão acabar com sua vida.

O tom ríspido me assustou um pouco, seria o tipo de descrição que eu usaria para definir alguém como a Penha.

— A outra é a Marina, cadelinha da Magali, é o tipo de pessoa que só se disfarça de santa.

Parecia conspiratório demais e eu diria que é mas, dado meu histórico escolar, sei o que um simples aluno pode fazer.

Ainda assim, era bizarro. Qual a necessidade dessas classificações? E onde eu estaria no meio disso? Eu seria uma excessão por ser novata?

— E qual seu grupo, Cassandra?

A resposta demorou um pouco para vir, mas quando veio foi a mais confiante possível.

— Normalmente eu fico com as garotas normais mas hoje quis te acompanhar para não ficar sozinho.

Sorri, apesar de tudo ela não me deixou sozinha e em alguns momentos foi até mesmo muito gentil.

— Obrigada.

Agradeci e continuamos conversando, ela não poderia ser a melhor companhia mas era tudo que eu tinha no momento.


Notas Finais


Recado importante:
Talvez o capitulo demore um pouco para sair, pois estou com uns problemas pessoais. Mas... vou tentar postar o quanto antes.


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