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História Giftword-Garagem das suspensões - Entre mente e coração


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


Oi amorecos voltei e com tudo!
O capitulo esta curto mais é por que parte dele quem nara é a Cascuda e não ia dar esse gosto de capitulo grande para ela!
Ah... Tá geral muito bravo com a Cascuda e vão ficar ainda mais HOJE.
Beijos.
-Mel
Editado 31/03/2020 — esse capítulo teve alterações na narração e algumas cenas, não levem a mal, tentei manter a mesma vibe das cenas originais.

Capítulo 12 - Entre mente e coração


Narração: Mônica

Era novamente aula de história, ainda na primeira para piorar. Cheguei no horário e já vi vários alunos com cara de sono e outros de já com a cabeça apoiada na carteira, certamente dormiriam naquele horário.

Cassandra me encarou de maneira esquisita quando eu entrei, em certo momento pareceu um olhar de raiva, em outro de culpa. Não entendi nada mas sentei em meu lugar sem dizer nada.

Vi Cebola entrar por último com a cara fechada. Foi até a mesa da professora e jogou o livro que disse ser meu lá. A professora se assustou e o encarou por baixo dos óculos grossos de grau.

— Que falta de respeito é essa?

— Cale a boca!

— Pois você vai para a diretoria, já! — A professora gritou apontando para a porta.

Cebola nem retrucou, apenas saiu da sala batendo a porta. Talvez, ninguém mais do que nos dois entendia a situação. Porém não acho que esse estresse seja por ontem. Até por que tudo parecia ter ficado muito bem, foi apenas um engano.

— Nossa como é causadeiro esse meu irmão! — Denise falou rindo.

— Pois se você não fechar essa boca vai para o mesmo lugar que ele.

— É melhor do que essa sua aula.

— Só por conta dessas suas brincadeiras você vai assistir a aula.

Alguns alunos riram da confusão da professora. Denise riu alto e começou a digitar em seu celular.

Denise parecia legal, na verdade, todos os amigos do Cebola pareciam. Eles estavam sempre rindo e brincando, deveria ser legal participar dessa panelinha.


Narração: Denise

O Cebola estava muito nervosinho quando entrou na sala e era mais do que o normal dele. Resolvi brincar com a situação, afinal achei engraçada toda a cena.

Depois de fazer a sala rir da professora resolvi perguntar para meu melhor amigo o motivo da raiva dele e que se dane a aula de história.

Digitei uma mensagem para ele e esperei sua resposta enquanto fazia teorias, ele havia batido o dedinho do pé em algum móvel logo cedo? Estava de ressaca?

“O que você tem, hein?”

“Depois eu te conto. Tô levando uma coça do diretor agora.”

Guardei meu celular sem paciência, odeio ficar sem saber o que está acontecendo! Mas logo voltei a fazer teorias.


Narração: Titi

Eu bem sabia do motivo da raivinha do Cebola, só não sabia o porquê dele descontar na professora.

Ele está bravo porque falei que estava conversando com a Magali de novo. Ele ficou bem estressado e disse que estava me juntando ao inimigo, o que era ridículo, não achei que ele levasse o racha tão a sério assim. Pensei que ele só se importasse com a corrida e não com os rivais.

De qualquer forma, ele sempre teve uma birra com a Magali. Ninguém nunca entendeu na verdade porque os dois viviam pegando no pé um do outro, até mesmo quando éramos “amigos”.

Que bobeira…


Narração: Cebola

Nem me dei o trabalho de assistir as outras duas aulas, esperei no pátio até o intervalo para depois ir estudar.

Peguei meu almoço e sentei em uma mesa, observei Mônica de longe e pensei até em acenar mas não queria fazer papel de bobo. Denise e Xaveco se sentaram juntos comigo e depois chegou Titi e Cascão.

— Então, Cebola, vai me falar agora o motivo da sua braveza toda?

— Não estou bravo — respondi simplesmente.

— Aham. Vemos na aula de história — Cascão zombou.

— A criança da quinta série quis ficar bravinho comigo por falar com a Magali — Titi disse em tom de deboche.

— Como é Cebola? — Denise perguntou colocando o cabelo para trás da orelha.

— É isso mesmo, vocês dois ficam de conversinha com aquelazinha enquanto dizem ser meus amigos.

— Isso é tão imaturo. — Denise revirou os olhos.

— Também acho, Dê. Nem parece que já fomos amigos.

— Dentuço, você sabe que eu nunca fui amigo dela.

Cascão me olhou de canto de olho, sabia que ele queria me dizer algo mas preferiu ficar em silêncio. Sabia do que se tratava, não precisava dizer uma palavra.

— Cebola, você deveria parar com essa briga infantil com a Magali, ela é super legal. Inclusive fique a tarde inteira com ela e com a Marina e foi muito divertido.

— Olha, Denise. Se você se lembra bem, sempre fomos um grupo, e elas que saíram fora. E depois que começamos a correr, ela que se tornou uma concorrente.

— Ah, pelo amor de Deus, Cebola! Quem faz essas rivalidades é quem assiste, ela não está nem aí para você! — Titi já tinha uma véia marcada na testa, ele estava tão estressado quanto eu.

— E tem mais, Cebolinha! Como pode falar sobre não se involver com pessoas de fora do “grupo” quando você mesmo faz isso? — A ruiva cruzou os braços. — Eu bem vi você na casa da Mônica ontem. Vai dizer que você pode e nós não?

— Denise isso nem faz sentido… A Mônica acabou de chegar.

— Pois é, quem está virando as costas agora? Quer dizer, a desconhecida tudo bem fazer amizade mas a velha amiga que se afastou porque estava mal demais com o falecimento de uma amiga não, né?

Encarei Denise ainda mais enfurecido, ela sabia que eu odiava esse assunto, que eu odiava lembrar do que havia acontecido.

— Quer saber? Eu vou lá com ela agora! — disse Titi se levantando e indo até a mesa onde Marina e Magali estavam.

Denise se levantou também e convidou Xaveco:

— Você vem, Xaveco?

Ele balançou a cabeça confirmando.

— Não é nada contra você, irmão. É que eu tenho medo da Denise mesmo — o loiro declarou antes de acompanhar a namorada.

— Quer ir também, Cascão? — perguntei com tom irônico ao único que restava na mesa.

Ele negou com a cabeça e comeu em silêncio. Sabia que Cascão também estava incomodado com o assunto e preferi não interferir. Fiquei calado e preso em meus pensamentos durante o dia.


Narração: Narrador onisciente

Cassandra pegou seu almoço e se sentou ao lado de Mônica, que comia sem preocupação nenhuma.

O rosto da loira expressava a mais pura cópia do falso arrependimento. Como quem diz que carregava um fardo de fatos mal interpretados, no entanto, na verdade esses não passavam de mentiras.

— Me desculpe amiga, eu peguei pesado ontem.

— Tudo bem.

Mônica concedeu o perdão sem nem olhar para Cassandra, algo que talvez denunciasse sua nova impressão sobre a loira.

— Então, tem novidades, Mônica?

— Não — respondeu simplória.

Cassandra começou a tremer uma das pernas como sinal de nervosismo. Mônica estava perdendo a confiança nela e isso era ruim para seus planos.

— Então, vi o Cebola olhando para você. O que acha dele? — Mentiu e tentou entrar em um assunto interessante.

— Eu acho ele legal, nos conhecemos há um tempo e conversamos ontem.

Bingo!

— Ele parece ser legal mesmo. Vocês conversaram sobre o que?

— Nada demais, ele foi me entregar algo que esqueci mas no final, não era meu de fato.

Cassandra sentia que Mônica estava cada vez mais recuando dela. Não dizendo as coisas com detalhes, apenas descrevendo o básico e sem mostrar entusiasmo.

Cassandra já preparava sua próxima pergunta mas Mônica foi mais rápida e falou:

— Achei que conhecesse ele também, já que Cascão foi seu namorado.

— Ah, mas isso faz muito tempo. É como se eu não o conhecesse mais! — Deu um falho sorriso.

— E você continua apaixonada por ele? Depois de tanto tempo?

Cassandra tentou avaliar aonde a morena queria chegar com isso. A miserável era tão sorrateira quanto ela, pensou.

Mônica já logo imaginou que Cassandra ficaria desconfiada ou desconfortável com a situação. Ela estava brincando com o perigo e gostando da sensação. Cassandra não parecia alguém agressiva, só um pouco surtada, não seria uma nova Penha em sua vida. Mais cedo ou mais tarde iriam se separar e cada uma para o seu lado, como qualquer rivalidade entre adolescentes.

Cassandra engoliu em seco e olhou para Cascão, focando em sua interpretação.

— O que eu sinto por ele é algo que não consigo explicar. Tivemos algo duradouro e intenso, fomos apaixonados e ele esteve comigo em todos os momentos da minha vida, inclusive quando meus pais se separaram. Ele me ajudou como ninguém ajudou e me amou como ninguém nunca demonstrou. Eu realmente amo ele. Apesar do tempo ter nos separado.

Mônica se sentiu culpada e ainda mais quando a loira abaixou a cabeça e deu uma fungada, em seguida limpando uma lágrima.

Mônica passou a mão sobre as costas dela e não pode dizer uma palavra.

O coração de uma se prescionava em culpa, enquanto a mente da outra se divertia com o rumo que aquela situação estava tomando.


Notas Finais


-Desvia das pedradas-
Calma gente não batem em mim batem na Cascuda ela que é a vila (e todo mundo achando que era a Carmen hueuheehuepeguei vocês)


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