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História Giftword-Garagem das suspensões - Sorveteria


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


Boa leitura amorzinhos!!!!!!
Editado: 02/04/2020

Capítulo 13 - Sorveteria


Narração: Denise

O dia está incrível, almocei com a Magali e a Marina junto com o Titi e o Xaveco. Teria sido melhor se o Cebola e o Cascão não fossem tão chatos e se juntassem a nós, mas infelizmente não foi o que aconteceu.

Eu queria que o Cascão se juntasse a nós naquele momento, mas nem convidei porque sabia a resposta. O Cebola eu sei que demora mais tempo pra tirar essa visão ruim que ele tem sobre ela. Ela também, inclusive, é bem debochada com as coisas que ele diz ou faz. Eu não sei qual a razão pra essa briguinha, mas eu vou descobrir.

Eu me lembro de que há uns anos atrás, quando a Cascuda ainda namorava o Cascão, eu já achava mega tosco e um absurdo esse relacionamento e brincava muito com a Magali para ela tomar ele da Maria Cascuda, já que ela era a única garota sem uma paquerinha do grupo. Era divertido, por mais que a Magá nunca tenha dito o que achava disso.

Já o Cebola, tinha a Irene, e era apenas a Irene. Ele mudou muito depois da tragédia e eu espero que ele arrume alguém. Já tentei arrumar uns dates para ele mas nunca deram certo, acho que falta o querer dele.

Eu não julgo meus dois melhores amigos, não sei o que faria se perdesse o Xaveco para sempre. Mas uma hora a gente tem que fazer as coisas se moverem, né?

Cheguei na minha carteira e sentei. Olhei para traz e vi Cebola com uma cara furiosa.

— Vai ficar me olhando com essa cara feia por quanto tempo mais?

Ele deu um sorriso debochado mas eu sabia que na verdade ele estava nervoso.

— Você ainda fala comigo?

Ri da cara dele, a sombrancelha erguida, o sorriso irônico… Um deboche de quinta categoria. E logo contra mim, é pra rir mesmo.

— Olha, sou tanto amiga dela quanto sua amiga. Você não pode tratar seus amigos como ferramentas, tenho o direito de falar com quem eu quiser.

— Então, vai falar com ela.

— Eu 'tô cansada disso. Você não, Cê?

Ele ficou em silêncio. Ele estava tão exausto quanto eu.

— Na vida nem tudo é vencer!

Ui, filosofei!

— Está certo — ele disse e eu sorri. — Quem sabe ela não pode ser até legalzinha.

Bati palminhas animadas e estendi minhas duas mãos para ele bater, como quando éramos crianças.

— Obrigada, Cebola! Você é o melhor amigo de todos! Só falta ir falar com a Magali!

— Não abusa! — Ele riu.

— Certo, então poderíamos sair todos juntos, como antigamente — sugeri na esperança de promover finalmente um encontro amigável entre a Magali e o Cebola.

— Eu disse para não abusar.

Eu revirei os olhos enquanto ele ria.

— Okay, Okay. Você quer ir com calma, entendi. Então poderíamos pelo menos eu, você e os meninos tomar um sorvete? Está muito calor!

— Eu não sei…

Fiz uma cara pidona, tive que apelar pelo emocional.

— Okay, eu vou fechar a garagem mais cedo.

Comemorei agradecida por parecer que estava tudo correndo bem.


18:00

Me arrumei e esperei Xaveco vir me buscar, estava querendo um tempo com ele e meus amigos. Pode não parecer mas sou muito carinhosa e prezo muito pelos meus amigos, por mais que as vezes eu pareça meio louquinha.

Meu amorzinho chegou e pela primeira vez não se atrasou. Odiava quando ele se atrasava mas parece que está tentando andar na linha agora, ótimo.

Quando cheguei meus amigos já estavam sentados em uma mesa na maior algazarra. Idiotas, adoro eles.

— Hum… Que casalzinho mais bonitinho — Cascão como sempre sendo um crianção.

— Cresce e aparece — comentei me sentando na mesa com eles.

Ficamos escolhendo o que queríamos, eu escolhi um milkshake de morango, eu amo morangos.

— Ei, aquela ali é a Aninha? — Perguntou Titi apontando na direção do balcão.

— Sim! — Respondeu Cascão sem ânimo, todos nós sabíamos aonde aquilo chegaria.

Titi abriu um sorriso e foi até lá. Era sempre assim, ele não tinha limites e sempre que saíamos arrumava alguém para dar uns pegas. É um caso perdido! Pode ter certeza que se algum dia ele ter um relacionamento duradouro com alguém, eu faço questão de ser a madrinha.

— Vocês já decidiram? Vou lá fazer o pedido — Cebola disse impaciente e já se levantando.

Dissemos o que queríamos e quando eu o via ir fazer o pedido, vi Magali que estava do outro lado da sorveteria. Ela parecia não ter me notado também já que estava lotado e ela apenas mexia em seu celular com tranquilidade.

Ih, quando o Cebola ver vai sobrar para mim.

Magali se levantou e foi até o balcão, passou direto por Cebola e foi até a Aninha. Trocou algumas palavras com Titi e pagou seu sorvete para a morena.

Cebola voltou com a cara que eu já imaginava. A cara de quem comeu e odiou.

— A sua…

— Nem olha para mim. Eu não convidei — me defendi o interrompendo.

Olhei para Cascão que estava também mechendo no celular. Ah, essa tecnologia.

— Cascão, duvido você ir falar com a Magali. — Se eu conheço bem meu amigo, ele nunca foge de um desafio.

— Ah, sério?

— Sim — balancei a cabeça assentindo — Du-vi-do.

— E o que eu ganho? — ele questionou arqueando uma das sombrancelhas.

— Te pago o seu sorvete!

Ele nem precisou falar nada, só sorriu convencido e saiu. Comemorei mentalmente.

— O que está aprontando? — Xaveco disse sorrindo cúmplice, ele me conhecia tão bem.

— Nada, amor.

Ele me mandou um olhar como se dissesse “Eu sei que você está aprontando algo”. E eu apenas disse:

— Relaxa, não vou matar ninguém! — Ele arregalou os olhos.

— É brincadeira, meu amor.

Apertei suas bochechas e deixei um selinho em seus lábios, ele ficava corado quando isso acontecia e eu achava muito fofo.


Narração: Cascão

Seguia Magali e pensava no que diria para ela. Não tinha certeza do que Denise queria com esse desafio, mas provavelmente ela queria juntar os grupos para ser como era antes. Eu e a Magali nunca fomos grandes exemplos de amizade mas, pelo que eu me lembro, ela era legal embora fosse bem quieta e na dela.

Ela parou em frente a um muro e tirou uma lata de spray de sua mochila e ergueu a gola da blusa para cobrir seu nariz. Agitou e passou no muro fazendo um desenho que não consegui reconhecer.

Eu me lembro de Magali e Marina serem uma dupla de artistas, mas não fazia ideia de que elas se envolvessem com pintura de rua. Mas não era nenhuma surpresa, é fácil saber que elas nunca foram o tipo de pintoras de exposições chiques.

Cheguei perto com as mãos nos bolsos. Olhando ela fazer sua arte.

— Então você é dessas que anda nas sombras, fazendo as coisas no sentido contrário? Devo me lembrar de nunca te desafiar na contra-mão?

Ela não se deu o trabalho de me olhar, eu também não teria se tivessem me dito algo tão idiota. Meu Deus, isso soou muito ridículo! Droga!

— Não sei bem o que quis dizer mas se quiser um dia me desafiar para um racha, fique à vontade.

— E sobre ser na contra-mão?

— Se você for pagar as minhas multas… — Ela soltou uma breve risada, que foi abafada pela gola da camiseta.

Ela jogou a lata dentro da bolsa e abaixou a camiseta. Ela é linda, mas não posso nem pensar nisso perto da Denise.

Olhei para o desenho incompleto na parede.

— Você não terminou.

— E nem vou, estou torrando aqui! — Realmente estava muito calor.

Ela se virou e saiu andando.

— Ei, a gente se vê por aí?!

Ela não respondeu e nem olhou para trás, porém a pequena conversa que tivemos poderia ser considerada uma vitória, fazia anos que não nos falávamos.

Provavelmente Denise estava influenciando ela a ser mais amigável conosco. A Denise sempre foi a mais mente aberta quanto isso e ela está mudando as coisas. Até agora estava tudo correndo bem. Só espero que não aconteça como antes.

Voltei para a sorveteria pensando em como as coisas poderiam dar certo e errado.


Notas Finais


Beijinhos queridos.


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