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História Giftword-Garagem das suspensões - Um dia quente


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


Olá mores.
tô aqui nesse dia quente(e coloca quente nisso) com um capitulo cheio de hum... Denise é já da para ter uma noção da zueira que vai ser.

Boa leitura.

Editado: 16/04/2020

Capítulo 14 - Um dia quente


Narração: Mônica

Me arrumei sem o maior ânimo para ir à escola. Havia mais de uma semana que eu estava no Limoeiro, as coisas seguiram um ritmo estranho.

Eu só tinha a Cassandra com quem tinha um pingo de amizade, só ela. Até tentei fazer amizade com as amigas dela mas não consegui me encaixar.

Cassandra era bem possessiva e fica muito no meu pé, cheia de surtos e neuras mas sempre dizia que era um deslize ou que se estressava fácil e me garantia que jamais se repetiria, no entanto, se repetia sempre.

Eu sinto que o amor que ela reprime pelo Cascão é que está deixando ela assim. Em um de seus surtos ela me revelou que quando namorava ele, ela tinha o apelido de Maria Cascuda e, apesar de tosco, era muito mais feliz. Foi quase como uma crise de identidade.

Já em outra, ela disse que eu deveria me aproximar do Cebola. Não entendi muito bem o porquê, ela disse algo como ele ser um bom partido ou que nós combinamos. É, sem dúvidas, ridículo demais e chega a ser surreal. Se esse for o tipo de amor que ela tem pelo Cascão, começo a acreditar que esse é o amor mais falso que já vi na face da terra.

Desci para tomar café, ainda pensando na Cassandra, confesso. Encontrei só minha mãe na cozinha, atenta lendo o jornal. Meu pai provavelmente já havia ido trabalhar.

— Bom dia, filha! — Ela desejou com um enorme sorriso, dobrando o jornal e acompanhando meus passos com os olhos.

— Bom dia… — Respondi sem ânimo.

Minha mãe percebeu e puxou a cadeira para próximo de mim.

— O que aconteceu, Mônica? É algo com a escola?

Balancei a cabeça confirmando.

— Não é nada demais, só estou cansada…

— E aquela sua amiga, Cassandra? É ela o motivo de seu cansaço?

— Sim… Ela é um pouco paranóica.

— Eu percebo mesmo, filha, pelo o que você me conta. Se não está confortável, deveria se afastar.

Minha mãe tinha razão. Eu sei que me sentiria culpada por me afastar, mas teria que ser feito.


No caminho para a escola comecei a me sentir um pouco indecisa sobre o que faria em relação a Cassandra. Se eu me afastar dela, o que aconteceria comigo? Ficar sozinha é inevitável mas… Será que não é melhor ficar com a Cassandra?

Saí dos meus pensamentos quando esbarrei em alguém.

— Ei, presta atenção! — A garota arrumou seu cabelo enquanto me encarava.

— Me des… Me desculpe, Denise — minha voz falhou e fiquei com medo da minha fala sair com sutaque francês. Por isso, me desculpei com cuidado.

— Como você sabe meu nome, Mônica?

— Você é popular — menti, quer dizer, era uma meia verdade — e… Como você sabe o meu nome?

— Você mesma já respondeu. Eu sou popular — ela disse rindo, ri junto para disfarçar que não entendi nada.

Tenho que admitir que o jeito como ela foi convencida me fez dar uma pequena risada verdadeira.

— Então, Mônica, já conseguiu se enturmar? Você é bem quieta na sala.

Começamos a andar lado a lado.

— Eu não sou de falar muito, eu só converso com a Cassandra mesmo.

Denise revirou os olhos ao ouvir o nome.

— Então não está muito bem acompanhada, gata! Tem gente melhor no colégio, mesmo não parecendo.

Fiquei em silêncio.

— E o que achou do colégio?

— Eu gostei. Só não gostei muito dos professores.

— Olha, vou te contar, fofa. Aqueles ali… Poucos se salvam. — Não entendi bem o que ela quis dizer com isso.


Narração: Denise

Mônica era uma garota fofa, não sei mas algo nela me era familiar. E a cena do Cebola indo na casa dela, aí tem! Ela tão quietinha e ele tão… Uh! Vocês sabem!

Cebola sempre foi um cara difícil e ainda mais depois do acidente da Irene. E a Mônica metida com a Cassandra, coisa boa não vem daí. Mas provavelmente ela é só mais uma pobre coitada sendo manipulada. A diva aqui (eu mesma) não caí mais nesse truque barato.

Eu vou ficar de olho, esses imaturos sempre precisam da supervisão de uma adolescente bem resolvida como eu. E além do mais, qual foi a última vez que eu cometi um errinho sequer no quesito relacionamento? Ah, me poupem!

Cheguei na escola e logo avistei meus amigos, fui até eles e os cumprimentei. Meu namorado chegaria mais tarde, ele acordou atrasado. Bom, se eu fosse dorminhoca como ele também acordaria tarde, ainda mais depois de ontem de noite. Ele me deixou duas marcas no pescoço daquelas, ainda bem que eu sei esconder bem com maquiagem.

Assim que o vi chegar, ele já veio em minha direção sorrindo. Bastou ele estar próximo o suficiente para eu o beijar. Conseguia ouvir meus amigos reclamando no fundo. Mas eu nem me importava.

Assim que terminamos nosso beijo com selinhos, ele sorriu para mim e disse:

— Bom dia, amor! — Ri.

— Nossa, Xaveco! É muito bom te ver também. Bom dia para você, amigo! — Cascão disse indignado ao meu lado.

— Ei, aquieta! — falei, rindo.

Cascão iria me retrucar mas sua atenção foi atraída para a entrada do colégio.

— Uau… — ele disse baixinho.

Olhei na mesma direção e vi Magali entrando de shorts curto. Sorri. Ela estava se soltando mais. E é melhor vê-la não se esconder embaixo dos panos.

E eu conseguia entender a fascinação de Cascão, ela tinha umas belas curvas.

— A mina é um avião! — disse Cascão.

— Pode ter certeza! Preciso de ar! — reforçou Titi.

Balancei a cabeça negativamente com os comentários deles.

— Ela… — Começou Xaveco e eu o olhei com o cenho franzido. — Que interessante o tênis dela, gostei! Aonde será que ela comprou?

Ri de leve, sabia que ele olharia para ela, todos olhavam e eu não me importava. Mas se ele entrasse na onda dos comentários desagradáveis, ele ouviria algumas palavras minhas.

Observei Cebola que estava em silêncio. Ele olhou para mim e disse:

— Você deixou ela assim, não foi? — Ele cruzou os braços.

— Eu sou inocente nessa história! Está calor, Cebola.

— Sei. Você nunca é inocente, Denise.

— Ah, claro! Venerem Denise, deusa do sol, que fez de hoje um dia quente pra caralho — debochei rindo.

Ele balançou a cabeça e saiu andando. O sinal já havia tocado.


A aula parecia que nunca iria acabar, queria falar com a Mônica mas nada colaborava. Quando o sinal tocou para o recreio, juntei meus matérias rapidamente.

— Vão indo, meninos — disse para os garotos.

Xaveco me olhou de canto de olho.

— Vou ao banheiro — informei, antes que perguntassem algo.

Corri em direção a Mônica. Lá estava ela andando pelo corredor com a Maria Cascuda, só de dizer isso em pensamento eu reviro os olhos. Fui até elas de qualquer modo.

— Cascuda, a Maria Mello está te chamando — menti.

— Mas eu não… — ela começou e eu logo interrompi, a voz dessa garota me dá nos nervos.

— Qual parte do que eu disse você não entendeu? Vai, vai lá com aquela gentalha que você chama de amizade!

Ela fechou a cara e foi embora.

Mônica me olhava em silêncio e com uma sombrancelha erguida.

— Desculpe por isso. Mas preciso falar contigo, Mô — disse e a puxei para o banheiro.

— Okay, eu preciso de explicações também — ela disse em um tom bem baixo.

— Não cochicha não que meu ouvido é bem apurado!

Só soltei do pulso dela quando chegamos ao banheiro. Fui até ao espelho e ela ficou parada na porta.

— Se continuar na porta vai ser levada pelas vacas do colégio, aquelas que não saem do banheiro.

— Você não vai me espancar, né? — ela perguntou, dando passos relutantes até mim.

Ri com o comentário e comecei a retocar meu batom.

— Longe disso, miga! Só queria te convidar para um passeio.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos.

— É sério?

Ela estava mais surpresa do que eu esperava, sei que é um convite repentino mas não seria para tanto… Ah, lembrei, ela anda com a Cascuda, é claro que acharia estranho.

— Olha só, vai eu, o Xaveco, o Cascão, o Cebola, a Magali, a Marina e o Franja, o boy da Mari — listei.

— Legal! — ela disse abrindo um sorriso.

— Vou entender como um sim.

— Obrigada, eu acho… — ela estava sem jeito e parecia muito agradecida.

— Que isso, gata! É só um rolezinho final de semana!

Ela pareceu não entender muito bem, o que me fez rir.

— Me passa seu número — pedi e entreguei meu celular para ela.

Ela salvou o seu contato rapidamente, sem tirar o sorriso de seu rosto.

— Eu te mando o horário, provavelmente vai ser no domingo. Tchau, fofa!

Acenei com os dedos e saí do banheiro, já estava entrando algumas pessoas ali.

Na realidade, eu não conversei com ninguém ainda, essa ideia me surgiu no meio da aula e é claro que daria certo.

Seria muito bom ter todo o grupo reunido. A Mônica parecia legal mas eu não a conhecia muito bem, essa seria uma oportunidade. Esse era meu último ano no colégio e eu queria que fosse o mais agradável possível.

A única coisa estranha sobre a novata é que ela anda com a Cascuda, tenho que ver bem o que está se passando entre elas. Não acredito que a Mônica compartilhe da mesma cara de pau da loira de farmácia, ela parecia muito inocente pra isso.

Ah, mas eu não quero pensar nessas coisas, tudo o que importa são meus amigos.


Notas Finais


E aí gostaram?
beijos.
-Mel


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