1. Spirit Fanfics >
  2. Giftword-Garagem das suspensões >
  3. Como as coisas terminam

História Giftword-Garagem das suspensões - Como as coisas terminam


Escrita por: CharBorah

Notas do Autor


Então gente como prometido um novo capitulo!
Cheio de ação e... drama?

Atualizado em 20/03/21

Capítulo 22 - Como as coisas terminam


 Narração: Denise

Hoje eu me sentia mais ousada e confiante que o normal, eu sempre acreditei que confiança era o que nos deixava mais forte e que ousar também significava avançar, mas avançar como pessoa, evoluir. E bem, eu não sou de ficar muito parada.

Pode parecer abusado demais, mas eu não dava a mínima para as palavras de minha mãe. Elas me machucaram? Bastante, porém ela não podia basear seus argumentos nas mentiras daquela víbora, e o meu lado? Os meus sentimentos? Ela procurou entender?

No entanto, o que mais me deixava irritada nessa situação é a Cassandra, eu deveria acabar com a raça dela. Eu sei que nunca fui a pessoa mais boazinha do mundo com ela, mas quando foi que eu agi como uma cobra como ela está fazendo?

Estava indo no banheiro, tentando afastar esses pensamentos que me atormentavam a cada momento. Havia muita coisa acontecendo, e eu normalmente fico feliz por isso porém dessa vez não, e isso está me incomodando muito.

— Ei… — ouvi um chiado irritante me chamar.

Falando na perua…

— O que é que você quer?

— Você sabe. Deveria seguir os conselhos de sua mãe, ela não deixou claro que você afastasse do seu namoradinho?

— Como sempre bisbilhotando minha vida. Cuida da sua, biscate — disse e me virei para ir embora, antes que eu arrancasse todo o cabelo daquelazinha.

— Se eu fosse você, começava a obedecer… — a interrompi.

— Obedecer? Quem? Você? Se ponha no seu lugar!

— Ah, Denise… — debochou — você esqueceu como as coisas terminam?

Meu sangue ferveu, eu vou acabar com a raça daquela palhaça.

— Como é? — a empurrei pelos ombros — Você está ficando louca?

Fui em sua direção mas ela me parou com um outro empurrão.

— Não, você está — saiu andando sem mais nem menos.


Narração: autora

— Mas você tem certeza disso? — a mãe de Denise perguntava angustiada.

A loira bebeu um último gole de seu chá, era amargo, de hibisco, combinava com o clima instalado naquela sala. Ela odiava o líquido mas já estava acostumada com o gosto amargo.

— Total certeza. E o pior era que isso provavelmente a acompanha desde sempre. Já faz anos que eu estou sofrendo nas mãos dela — dizia melancólica. Estendeu o braço com retalhos recentes, o sangue ainda molhado — e ainda que não é só ela, são seus amigos também. Influência, sabe?

Não demorou para a primeira lágrima da mãe cair, seguida de mais e mais. Cassandra deixou a xícara na mesinha ao lado do sofá e se levantou para abraçar a mulher e a consolar.

— Eu entendo que seja dolorido aceitar, mas você viu as fotos que lhe enviei semana passada, crueldades causadas por ela e o grupo de amigos — a loira forçava um chorinho, como se as palavras saídas de sua boca fossem verdades absolutas. — Olhe, eu perdôo ela. Por mais que as cicatrizes não saiam, ela pode melhorar, com o tratamento certo.

A mais velha tremeu em seus braços só de imaginar essa possibilidade.


Denise voltava do shopping com duas sacolas, uma em cada mão, cheia de banalidades, tudo o que o dinheiro da mesada deu para comprar. Ela chamava isso de terapia.

Denise viu de longe uma ambulância parada em frente à sua casa. De imediato ficou preocupada. E se algo grave tivesse ocorrido com sua mãe. Acelerou os passos. O coração na mão.

— Mãe? — chamou assim que abriu a porta.

Ficou estática na porta, por um momento esqueceu que sabia andar. Sua mãe estava no sofá, chorosa, com Cassandra ao seu lado e dois enfermeiros de pé, próximos de sua mãe.

— Mãe, o que aconteceu? Ela te machucou?

— Minha querida… — a mulher já ia levantar, quando Cassandra segurou em sua mão, a impedindo.

— Denise, queira nos acompanhar, por favor — um dos enfermeiros disse, tirando as sacolas de suas mãos e jogando no sofá vago, ao lado.

— O que? Não! Eu não vou a lugar nenhum!

Os dois enfermeiros a seguraram, um em cada braço, e antes que ele pudesse protestar, eles já a arrastavam para fora.

— Me solta! Para! — esperneava e tentava se soltar deles. Sua mãe havia se levantado e a observado de longe. Cassandra também, contudo, portando um discreto sorriso no rosto. — Foi você! Foi você, não foi? — conseguiu soltar um braço e apontou para Cassandra — sua bruxa, sua louca! Eu ainda mato você!

A mãe de Denise se encolheu, se perguntando se aquelas palavras não eram para ela.

Os gritos não se cessaram nem quando foi jogada na ambulância, esperneava, tentava lutar, não aceitava aquilo de jeito nenhum.

— Mas que inferno! — Gritou ao estar amarrada na maca.

“Eles vão ver a louca, quando eu atear fogo neles” pensou.

— Eu exijo ver meu advogado — disse para o enfermeiro ao seu lado.

— Garota, cale a boca — o homem respondeu.

Tudo estava dando errado em sua vida, completamente tudo, começou com a traição de Xaveco, os professores contra ela… Isso instigava ela a investigar sobre o que estava acontecendo, certo é que as coisas nunca foram completamente normais, mas por um curto período de tempo ela viveu em paz e tudo parecia bem, Magali e Marina voltaram a se enturmar, Mônica havia chegado, parecia até que ia voltar a ser como antes, até melhor que antes.

E agora, o que aconteceria? Tinha tanto medo, ela estava tão sozinha e nem sabia o que estava prestes a encarar.

— Por quê? — questionou pra si mesmo. Por que com ela? Por que logo agora?

— Porque as pessoas não se importam com suas mentes, trabalham mais em seu corpo e esquecem que não adianta ter a saúde física de ouro e a mental estraçalhada — o enfermeiro disse atenciosamente — além de que uma casa de repouso não é nenhuma prisão, você não será castigada, nem nada.

Olhou para ele sem expressar reação, ele havia se mostrado diferente do que ela espera, mas sabia que aquilo era só para ganhar confiança.

— Não tenho nenhuma doença mental, nenhum distúrbio, nada. Não sei se isso é crime, mas quando eu sair daqui ela vai pagar, você vai pagar, todos vão.

Ele riu em deboche, a fala mansa e compreensível havia sumido.

— Se coloque no seu lugar, você é só uma garotinha.

Ela chorou, porque a colocaram em uma situação apertada. Sem liberdade e tendo que ouvir dizerem que ela era aquilo que não era, sem poder revidar. Se sentiu indefesa. E a única coisa que estava em seu alcance era orar para que algum a salvasse.


Notas Finais


Bom gente... Sei que muitos querem me matar !
Hoje vimos UM POUCO do que a senhorita Cascuda é capaz (lembrando que eu disse UM POUCO)
Beijos.
-Mel


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...