História Giftword-Garagem das suspensões - Saco de batatas

Pov’s Narradora

Eles deixaram a sala do diretor e foram rumo a sua sala de aula, o caminho parecia cada vez mais longo e cansativo. E era horrível estar andando próximo a Cassandra, o silencio dela parecia mais aumentar a raiva deles.

Mas nada era tão agradável para Magali do que ver o roxo no olho da loira. Porém Magali estava se corrompendo de raiva. E Cascão ao seu lado a irritava cada vez mais. Desde quando ela precisava de segurança?

Ele assegurava pelo pulso. Ela achava que era para evitar que ela voasse novamente no pescoço de Cassandra, mas na verdade ele não queria ver ela novamente na diretoria. Pelo menos não pela Cassandra, até porque ele também gostaria de dar uns tapas na loira.

-Pode me soltar, não vou mais bater nela. –Magali disse e ele a soltou receoso.

Depois de um minuto e uns quebrados Magali avança para ir pra cima de Cassandra, mas Cascão foi mais rápido e a segurou pela cintura a levantando do chão.

-Me solta! –Magali gritava. –EU vou acabar com a raça dela! –Ele a segurou e logo Mônica e Cebola viraram para trás e foram em direção dos colegas.

-Achei que deixando vocês dois atrás rolaria outra coisa não isso! –Cebola disse quando se aproximou.

-A única coisa que vai rolar aqui é uns tapas na cara daquela vadia. –Magali disse tentando se soltar de Cascão.

Pode não parecer mais ele era forte, tanto que conseguia segurar Magali e ignorar os arranhões e as marcas roxas que ela estava deixando em seu antebraço.

-Calma aí garota! Já deu por hoje né? –Cascão disse para Magali. –Você vai desistir de bater nessa Cassandra?

-NÃO! –Ela disse na sua falha tentativa de se soltar.

Mônica estavam rindo da cena pois estava sendo até engraçada.

“Esses dois nasceram um para o outro mesmo.”

Ela pensou, não ousou dizer nada a respeito pois isso poderia não seria muito agradável no momento.

-Ok então! –Cascão disse e a jogou em seus ombros como se fosse um saco de batatas.

-Me solta!!!! –Magali gritava, dando muros nas costas de Cascão e batendo as pernas em seus ombro.

Mônica e cebola riam com a cena e quando pararam de rir e se deram conta Cassandra não estava mais lá.

O caminho para a sala foi divertido as piadas que Cascão fazia sobre estar carregando Magali era cada vez mais engraçada. E assim o tempo passou Magali se acalmou e assim que chegaram a porta da sala ele a soltou.

-O passeio foi ótimo! –Ele disse com um sorriso de lado.

Ela apenas o encarrou e lhe mandou a língua, logo em seguida entrando na sala de aula, Cebola passou por Cascão lhe dando leves tapinhas em seus ombros.

Eles sentaram em seus lugares e logo a sala já estava comentando sobre eles.

-E então como foi lá? –Denise perguntou.

-Ele disse que dessa vez passava mas a próxima, agente ia ter oque merece! –Cebola a respondeu.

-Porque vocês não me deixaram bater nela também? –Marina disse.

-Você não sossega não? –Perguntou Cascão rindo. –Daqui a pouco machuca o outro pé também!

Marina apenas mandou a língua para ele.

-Sabe oque eu estava pensando em fazer qualquer dia desses? –Xaveco começou. –Fazermos algo todos juntos como antigamente!

-Verdade faz tempo que agente não sai pra dar um rolê. –Disse Titi.

-Quando? –Perguntou Carmem sorrindo.

-Sei lá? Domingo? –Xaveco perguntou.

-Ah... Não dá! Eu tenho outras prioridades! –Disse Cebola sorrindo para Mônica.

-Vixiiii !-Cascão se pronunciou.

-Querendo ou não vou ter que conhecer meu sogro! –Mônica disse sorrindo.

-Ok! Você esta ferrada seu Cebola é muito bravo, né non? –Denise disse.

-EI! –Cebola se fez de ofendido.

Eles riram com isso, por um momento até esqueceram de seus problemas, de Cassandra e tudo mais!

Do outro lado do bairro...

-Como eu odeio eles! –Cassandra dizia sem para enquanto procurava algo em uma caixa.

Ela não queria ficar mais na escola, então quando entrou na sala deu a breve desculpinha que o diretor a dispensou e foi embora.

E agora vejam onde ela está! Em seu quarto, que por sinal está totalmente bagunça. Varias folhas jogas ao chão, seu notebook em meio a varias coisas espalhadas. E lá estava ela revirando todas as suas caixas a procura de algo que a ajudasse em seu plano maligno.

Quando finalmente encontra a sua faca ela estava um pouco velha pois faz tempo que ela não a usa, mas pelo menos ainda dava para ser usada!

Ela encarrou o objeto em sua mão um pouco até que resolveu a guardar de novo! Parece que dessa vez ela foi forte o suficiente. Pouco a pouco algumas de suas memorias foram voltando.

Ela sentou em sua cama pensando em como a sua vida foi totalmente virada de penas para o ar. Somente por culpa de uns incompetentes que não sabiam fazer seu trabalho direito.

E agora ela está na pior, sem amigos, sem namorado, sem alguém que goste dela. Pois é todos es odiavam mas fazer oque? Esse é seu jeito e não mudaria ele para agradar ninguém.

Logo ela percebeu uma lagrima escorregar pela sua bochecha, a limpou brutalmente e foi até sua mochila, pegando seu estojo e tirando para fora seu apontador, e jogou o estojo novamente na bolsa.

Depois de desmontar totalmente ele, jogou seus restos de plásticos fora, ficando apenas a lamina prateada dele. Pegou ela e se sentou novamente na cama.

Passou a lamina com delicadeza sobre seu pulso, observou um fio de sangue a mostra, e passou novamente a lamina com mais força, passou tantas vezes no mesmo lugar que agora não parecia que era apenas um corte.

Viu o sangue escorrer de seu pulso, e logo já estava com pingos de sangue no chão. Sorriu ao ver seu pulso ensanguentado.

Ver o sangue escorrendo a deixava mais forte a fazia sempre erguer a cabeça e olhar para frente, ela jogou sua lamina manchada de sangue em qualquer canto.

E pelo jeito funcionou, não tinha como falhar era assim desde os treze anos...

Foi novamente a sua caixa e a abriu sorrindo com o conteúdo que havia dentro!