História Giftword-Garagem das suspensões - O passado de Cassandra

 Pov’s Narradora

Estavam todos no quarto de Denise lendo e discutindo sobre os documentos do Sanatório, as outras pastas que haviam ali continha realmente “dados” sobre eles,  mas eram fotos da família deles e pessoas importantes para eles.

—Ela ficou apenas um dia lá, parecia que ela teve um trauma que fez com que ela tivesse surtos psicológicos. –Disse Denise lendo uma folha.

—Aí diz o trauma? –Perguntou Cebola.

—Abuso sexual! –Disse Mônica lendo outra folha também.

—Abuso? Eu conheço ela tempo o bastante para ter certeza que ela não foi abusada! –Cebola disse.

—Realmente ela é muito esperta pra passar por esse tipo de coisa! –Xaveco disse.

—Engraçado que essas folhas não falam nada de útil apenas que ela foi abusada e ficou com trauma. –Disse Denise se estressando.

Mônica se lembrou da carta que havia pegado no quarto e tirou de seu bolso.

—Oque é isso? –Perguntou Cebola.

—Eu encontrei no quarto dela! –Ela respondeu segurando o papel.

—Abre! –Disse Denise.

Mônica abriu, revelando uma carta bem grande.

—Eu vou ler! –Ela disse começado a ler em voz alta:

“Primeiramente quero que saibam que eu não sou uma vadia ou uma péssima mãe, só fiz o necessário!

Meu nome não importa agora, pois se você está lendo está carta eu já estou bem longe. Não estava mais aguentando minha própria filha, aquela garota passou dos limites, se você a conhece já sabe que ela é uma psicopata ou ela está te enganando.

Sei que não é ela que está lendo, ela é bagunceira demais para achar essa carta!

Acho que essa é a oportunidade perfeita para falar sobre ela sem ser interrompida ou correr o risco daquela menina que saiu de mim me matar.

Cassandra era apenas um garotinha quando meu falecido marido começou a abusar dela e não foi só isso, ele me batia e batia nela, ele era um monstro, uma pessoa horrível.

Ela não parecia ser uma pessoa má até os 13 anos a partir dessa idade ela começou a ficar mais agitada e perceber que era totalmente errado o que o pai dela fazia com ela e comigo.

Até o dia em que ela matou ele! Ela o esfaqueou enquanto ele dormia, eu tive que sumir com o corpo, mesmo ela tendo matado ele, ela era apenas uma criança e eu me senti aliviada com o ocorrido!

Mas os problemas só começaram depois disso, ela começou a ter surtos e ficar agressiva, eu tentei conversar com ela, levar em psicólogos mas tudo só piorava. Então eu tive que leva-la á um sanatório.

Eu a deixei lá pensei que seria a melhor opção, mas só piorou. Ela fugiu de lá no mesmo dia e estava ainda mais transtornada.

Eu estava ficando com medo dela, ela realmente era uma psicopata e estava cada vez pior, ela passava grande parte de seu tempo trancada no quarto e algumas vezes eu via sangue no banheiro.

Mas ela era uma garota não deveria me preocupar!

Mas ouve um dia em que ela chegou de noite e a partir daí tudo se tornou mais tranquilo! Ela ficava em seu quarto, não havia reclamação da escola, reclamações por parte dela, tudo estava ótimo.

Mas a alguns meses atrás seu comportamento parecia voltar a ser como era, mas agora ela estava cada vez mais piorando!   Seu quarto tinha sangue no chão e todas as suas coisas estavam dentro de caixas.

Até que um dia eu resolvi abrir uma delas e bem escondida eu achei uma arma! Resolvi que seria a hora de sumir de vez da vida dela, eu a amava, mas isso era preciso.

Não me arrependo, só peço a você que está lendo essa carta tome muito cuidado com ela.”

—Gente me pinta de rosa porque eu estou bege! –Denise disse pasma, assim que Mônica terminou de ler.

[...]

—E é isso... –Cebola terminou de explicar para os outros oque havia na carta.

Todos estavam no quarto de Mônica, e igual aos outros também estavam muitos surpresos com o conteúdo no envelope!

—Eu sinto pena e raiva dela ao mesmo tempo! –Disse Magali.

—Realmente se ela estivesse procurado ajuda mais cedo... –Comentou Cascão.

—Vamos lembrar que ela é doente mental, tipo literalmente! –Disse Denise cruzando os braços.

—Não podemos fazer nada! Ela teve a chance de mudar e desperdiçou oque ela fez com a gente não tem perdão. –Carmem disse com raiva.

—Exatamente! –Concordou Marina. –E quando ela morrer eu vou cantar click click, bang bang!

Todos olharam para ela confusos e ela reviram os olhos.

—Vocês não ouvem BTS!

—Então oque vamos fazer agora? –Perguntou Titi.

—Vamos agir normalmente e caso ela tente algo contra nós, nós... –Cebola tentou procurar uma solução em meio as suas palavras. –Nós a levamos para o sanatório ou faz alguma coisa desse tipo! –Ele disse, realmente pensar sob pressão não fazia o forte dele.

—Será que algum de vocês podem me explicar o porque dela querer “atormentar” justo nós? –Mônica perguntou.

—O Cascão terminou com ela! –Disse Magali simplesmente.

—Mas isso não explica nada! Eu sei que tem algo por trás disso! –Mônica falou nervosa, eles já são amigos o suficiente para ela saber do que haveria acontecido, mas nem seu namorado a contará.

—Tudo bem, eu conto! Ela tem o direito de saber. –Disse Cascão se sentando perto dela na cama.

—Tem certeza? –Perguntou Cebola.

—Tenho, isso é sobre mim. –Ele respondeu e suspirou fundo antes de começar.

—Fala logo! –Disse Mônica impaciente.

—Quando eu ainda namorava com a Cassandra, ela tinha uma certa birra pela Irene, você sabe! –Ele disse gesticulando. –E uma vez ela me pediu que eu tirasse... Fotos nuas dela e fiz isso. –Mônica arregalou os olhos. –Calma! Eu não vazei essas fotos mas é que eu fiquei curioso do por quê dela querer isso, então eu fui perguntar ao Cebola.

—Eu fiquei dias sem falar com ele mas quando eu entendi o lado dele eu disse para ele queimar aquelas fotos e terminar com a Cassandra, e assim ele fez! –Cebola disse continuando a fala do amigo.

—E depois de alguns dias a Irene morreu. –Cascão terminou e abaixou a cabeça.

Porém foi obrigado a levanta-la após o tapa de Mônica que foi transferido para seu rosto.

—Desculpa mas é realmente uma droga saber que minha prima morreu por culpa de algumas fotos e uma birrinha escolar! –Mônica disse com algumas lagrimas em seu rosto.

—Eu me senti nojento por estar fazendo aquilo! –Cascão disse chorando também.

Cebola abraçou os dois também chorando, Magali os abraçou também, Marina fez  o mesmo (N/a: Marina havia sarado do pé.), não demorou muito para que todos estivessem em um abraço coletivo coberto de lagrimas.

Agora, mais do que nunca, precisavam ficar unidos...