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História Ginger Cookies - Ginger Cookies


Escrita por: PoisonBunny

Notas do Autor


Olar :3
bem hoje (dia que estou postando o capítulo da fic) ainda é 22/09 então dedico o conteúdo aqui para nosso Prince Jinyoung ♥

Boa leitura <3

Capítulo 10 - Ginger Cookies


Fanfic / Fanfiction Ginger Cookies - Ginger Cookies

O teto do quarto de Jaebum refletia uma estreita faixa de luz que entrava pela fresta da cortina mal fechada na noite anterior. Era uma manhã fria, havia neve por toda a cidade e o confeiteiro agradeceu por não precisar abrir a loja naquele dia. Afundado entre suas cobertas, Jaebum ainda tentava apagar da memória a última conversa com Jinyoung, porém mesmo com vários dias tendo se passado, ele ainda lembrava da voz rouca do mais novo o pedindo para ir embora em um looping incansável. Jaebum nunca fora o tipo de pessoa que faz dramas ou perde tempo se auto-flagelando com pensamentos ruins, mas dessa vez as memórias vinham sem que ele pudesse controlar.

Nos primeiros dias após a discussão foi muito difícil para o confeiteiro manter a concentração. Ele ainda não sabe como conseguiu manter tudo em ordem na loja, sem queimar ou estragar as coisas que preparava. Bambam e Jae o observavam o tempo todo e provavelmente arrumaram os possíveis pratos que ele estava fazendo errado sem que percebesse. O atendente tentou animá-lo diversas vezes, mas todas sem sucesso. Os dias passavam lentamente e o confeiteiro criou um vício de olhar a entrada da loja toda vez que o sino tocava indicando que alguém entrou no ambiente, mas a cada badalar era uma decepção. Jinyoung nunca aparecia.

Jackson viajou com a família para sua cidade natal na China para visitar outros parentes e Jaebum não sentia confiança em mais ninguém para compartilhar o que estava acontecendo. Ele poderia até falar pelo telefone com o amigo, mas sabia que iria deixar o chines preocupado a ponto de fazê-lo voltar a Seul e ele não queria tornar os dias do amigo tão angustiantes quantos o dele.

Os dias sem notícias do escritor iam passando e Jaebum só parecia se afundar cada vez mais em suas lamúrias internas.

A noite de de véspera de Natal, Jaebum passou com seus pais em um restaurante do hotel do qual os mesmos estavam hospedados. Na frente deles fingiu que tudo estava bem, sorria e contava as novidades da confeitaria. Ele sabia que sua mãe não acreditava em seu sorriso, mas ela não se manifestou questionando o que poderia estar acontecendo. Apenas o abraçou forte quando se despediram dizendo que a vida sempre trazia coisas boas depois do temporal. Jaebum voltou para casa naquela noite se sentindo um pouco melhor, mas bastou deitar em sua cama para que sua mente o traísse e lhe trouxesse a imagem de Jinyoung nos melhores momentos que tiveram.

O relógio já passava da meia-noite e os dedos do confeiteiro dançavam pela tela em torno do contato de Jinyoung, pensando se deveria ou não enviar uma mensagem de Feliz Natal para o outro. No fim, acabou desistindo e deixou o celular jogado de lado na cama. 

Jaebum se virou na cama evitando a claridade que entrava pela fresta da cortina, agora encarando a porta do quarto. Suspirou de leve tentando tomar coragem para sair do conforto atual e quem sabe fazer alguma coisa de útil do seu feriado. Sua casa estava bagunçada, Nora havia rasgado a caixa de papelão que ele trouxera de presente para ela dormir e agora pequenos pedaços de papel estavam espalhados pelo chão de todo o pequeno apartamento. Aproveitou a lembrança da gata e a cutucou no pé da cama, onde a mesma dormia tranquilamente, e criticou suas atitudes que não eram ideais para uma dama, mas a gata apenas bocejou e se virou para o outro lado ignorando o dono que se sentiu rejeitado até pela companheira de casa.

Uma vibração no celular fez seu coração palpitar um pouco mais acelerado. Virou-se na cama procurando o aparelho abandonado e quando o encontrou digitou rapidamente a senha de desbloqueio. Haviam mensagens de natal do Jackson, Bambam, Jae, Youngjae e outros amigos que trabalharam consigo. Mas nada de quem ele realmente queria.

Jogou o aparelho novamente no canto da cama e com um pulo finalmente saiu da mesma, indo abrir a cortina para iluminar o quarto de forma decente. A luz irritou seus olhos momentaneamente, mas logo se acostumou a claridade e observou a neve cair de forma monótona sobre as ruas, deixando tudo em tons de branco e cinza.

 

Jaebum era um hipócrita. O principal motivo da sua discussão com Jinyoung foi acusar o mais novo de não saber usar as palavras e não ter se declarado ao amigo quando teve oportunidade. Mas agora, enquanto preparava o seu tradicional café, só conseguia pensar que ele não era diferente. Talvez a sua vida seja mesmo repleta de ironias e hipocrisias, ou talvez ele tenha sido lerdo demais para perceber os sinais quando teve a chance.

No dia da festa de fim de ano dos Park, enquanto Jaebum caminhava a passos largos para a estação de metrô com o coração querendo saltar pelo peito, finalmente ele teve a realização dos seus sentimentos perante ao escritor. Era ridículo um homem do tamanho de Jaebum estar tendo um ataque de risos enquanto descia as escadas da estação, mas rir foi o único sentimento que conseguiu expressar ao perceber toda sua imbecilidade.

Era tão óbvio que ele estava apaixonado por Jinyoung que só mesmo um imbecil não teria notado, e enquanto estava sentado no vagão gelado e solitário do metrô conseguiu vislumbrar exatamente desde quando o sentimento surgira. Aquela noite de primavera quando Jinyoung o abraçou para chorar em meio as suas frustrações, foi o mesmo momento que o confeiteiro despertou sentimentos pelo mais novo. Um dia infeliz para se apaixonar por alguém, mas Jaebum teve certeza que naquela noite Jinyoung seria alguém diferente em sua vida.

Depois teve todo o jogo de sedução no qual Jinyoung adorava brincar consigo. Beijos ardentes e poemas que deixariam qualquer um confuso. Todos os atritos e amassos pelos quais passavam só alimentava ainda mais a chama que Jaebum estava tentando manter escondida em seu peito. Mas Jinyoung era o oxigênio que ele precisava e quando se deu conta o fogo já havia se alastrado e não tinha como voltar atrás.

 

Jaebum limpou a sujeira da gata, lavou as louças e organizou alguns itens que estavam fora do lugar. Ele não passava muito tempo no apartamento, por isso não era tão bagunçado quanto se espera de um homem que vive sozinho. Passou os dedos pela sua estante de livros e no canto da prateleira encontrou um que ainda não havia se dado o tempo para ler.

O livro que Jinyoung o entregara meses atrás ainda estava intacto, ele havia guardado para ler em um dia que estivesse tranquilo, mas sempre uma coisa ou outra o atrapalhava. Passou as mãos pela borda do papel e resolveu finalmente ler o conteúdo. Deitou em seu sofá e iniciou o primeiro capítulo.

Poesias eram um estilo de leitura do qual Jaebum gostava, fáceis de ler e de profundo significado. Em pouco tempo Jaebum já havia devorado diversas páginas e a cada estrofe ele parecia assimilar o conteúdo com o que vivenciará com o escritor. Havia alguns poemas felizes e outros melancólicos. Poemas que retratavam uma vida de altos e baixos, sentimentos repreendidos e atitudes explosivas. Não havia muitos poemas de amor, pelo menos não literalmente, mas Jaebum podia sentir as ironias com o sentimento em diversos versos.

 

Jaebum marcou a página na qual parou a leitura e colocou o livro na mesinha ao lado do sofá. Seus pensamentos já não conseguiam mais se concentrar no conteúdo. Passou as mãos pelos cabelos em frustração observando o relógio da parede tiquetaquear lentamente, como se demonstrando o tempo que ele estava perdendo. Ele queria ver Jinyoung. Eles precisavam conversar, nem que fosse pela última vez, mas de uma maneira calma, sem as emoções quentes do momento. Levantou do sofá olhando a sua volta. Precisava fazer algo antes que os sentimentos explodissem dentro de si. Se ele havia falado que Jinyoung era covarde por não conseguir revelar seus sentimentos, ele não faria o mesmo. Virou seu corpo e começou a caminhar em direção ao quarto para se trocar quando uma batida fraca na porta chamou sua atenção.

Seus amigos próximos já haviam mandado mensagens de natal e seus pais haviam voltado para a cidade natal para visitar seus avós, logo não tinha ninguém que pudesse vir lhe visitar em plena tarde de natal. Caminhou calmamente até a porta e a abriu logo quando a pessoa atrás dela começou a bater novamente.

Uma corrente de frio passou por seu corpo vinda das escadas do complexo de apartamentos, porém não foi ela que fez seus pelos arrepiarem, mas sim a pessoa que agora o encarava com os olhos arregalados e com uma das mãos travadas no gesto de bater na porta. 

- Jinyoung? - Jaebum perguntou incrédulo na presença na sua frente.

O escritor endireitou sua postura e corou ao olhar o confeiteiro.

- Oi. - Falou timidamente. - Será que eu posso entrar? Esse corredor é gelado.

Jaebum deu espaço para que Jinyoung entrasse em seu apartamento, fechando a porta logo em seguida. Caminharam em silêncio até o meio da sala enquanto o mais novo observava todos os detalhes a sua volta curiosamente.

- Sente-se. - Falou Jaebum finalmente quebrando o silêncio. - Eu vou trazer algo quente para você beber. 

Jinyoung apenas concordou com a cabeça, tirou o blusão que usava colocando-o no braço do sofá e uma caixinha de presente que Jaebum nem percebera foi parar na mesinha ao lado do seu livro. Jaebum voltou com duas xícaras de café e entregou uma delas para o mais novo. Sentou-se ao lado do escritor e nesse momento percebeu como seu sofá era pequeno, mais do que estava acostumado.

- Jaebum… Eu sei que você deve estar achando estranho a minha presença aqui, mas já faz alguns dias que eu quero falar com você, mas só hoje eu tive coragem. Na verdade eu esperava que você não estivesse em casa, porque agora eu estou bem nervoso para continuar essa conversa. - Jinyoung falou rápido, como o confeiteiro nunca havia visto antes, apenas acentuando o quão nervoso o outro realmente deveria estar.

- Eu não tinha muito o que fazer hoje… - Respondeu apertando a xícara quente entre seus dedos.

Jinyoung observou a TV na frente do sofá depois girou a xícara em suas mãos antes de voltar a falar.

- Eu confessei meus sentimentos para o Mark. - Jinyoung foi direto ao assunto que o levará até lá.

Jaebum quase engasgou com o café em sua boca. O líquido desceu quente pelo seu peito arranhando tudo ali e lhe causando uma leve dor junto com o susto da notícia.

- Oh! - Jaebum falou tossindo de leve tentando aliviar a queimação. - E como foi? - “Por que você quer saber, seu idiota?” - Se perguntou em seguida arrependido.

- Melhor do que eu imaginava. - Jinyoung sorriu - Ele me rejeitou, como esperado.

Jaebum o encarou ainda não entendendo o motivo do sorriso em Jinyoung.

- Desculpe-me por ter te incentivado a se confessar, não deve ser fácil passar por isso sendo que são melhores amigos. - Jaebum respondeu arrependido por ter forçado o outro a se confessar, porém no fundo ele se sentia aliviado pela rejeição.

Jinyoung apenas chacoalhou a cabeça como se não tivesse sido um problema o acontecido. Bebeu um pouco do seu café e encarou o livro na mesinha.

- Você finalmente teve tempo para ler?

- Sim. Confesso que somente hoje eu consegui ter um tempinho para ele.

- Hoje…- Falou baixo. - O que achou?

- Não é de se espantar o motivo de você ser um dos melhores escritores do país. Seus poemas são ótimos.

Jinyoung sorriu em agradecimento. Jaebum queria saber mais detalhes sobre a conversa dele com Mark, mas não sabia como voltar no assunto.

- O Mark… - Jinyoung começou sabendo que o outro não estaria satisfeito com apenas aquelas informações. - Ele é realmente uma das melhores pessoas que eu conheci. - O mais novo sorriu gentilmente olhando sua xícara quase no fim. -  Nós nos encontramos dois dias após a festa, a sós. Quando eu contei sobre meus sentimentos, ele me abraçou forte e sorriu. Nossa amizade sempre foi muito sincera e ele agradeceu por eu expor isso a ele, sabemos que não é algo fácil.

Jaebum ouvia atentamente o mais novo, observando suas expressões mudarem de acordo com o decorrer da história.

- Fico feliz que tenham conversado numa boa. Muitos teriam tido uma discussão fervorosa sobre o assunto. - Falou o confeiteiro tentando continuar a conversa.

- Com certeza. - Jinyoung respondeu olhando Jaebum por cima da xícara como quem quer dizer “nós, por exemplo” de forma subjetiva.

- Mas e você, como está se sentindo?  - Jaebum perguntou querendo saber os sentimentos do outro.

Jinyoung sorriu e colocou a xícara vazia na mesinha, suspirando lentamente antes de continuar.

- Eu achei que iria ficar arrasado. Mais do que fiquei quando me contaram sobre o casamento. Porém não foi isso que aconteceu. Depois que eu contei para o Mark que eu gostava dele desde os tempos do colegial, foi como se eu jogasse fora um peso que me acompanhou por muitos anos. - Jinyoung olhou para o teto calmamente. -  Ele me rejeitou de forma amigável… Na verdade nem sei se posso chamar de rejeição o que aconteceu ali. - Jinyoung riu fraco e olhou para Jaebum. - Na verdade ficou mais parecendo que ele me questionou sobre meus próprios sentimentos.

- Como assim? - Jaebum estava virado de frente para Jinyoung agora, enquanto o outro já estava confortável o suficiente com os pés em cima do sofá encarando o confeiteiro. Pareciam amigos de longa data contando segredos depois de anos sem se ver.

- Ele não questionou de forma literal. Mas o jeito como ele tratou o assunto foi “obrigado por ter gostado de mim no passado” e depois sorriu dizendo que estava feliz por eu ter encontrado alguém que me fizesse ser corajoso. Na hora eu não entendi, mas também não tentei me defender dizendo que não havia um “alguém”.

- E você tem um “alguém”? - Jaebum se acomodou um pouco mais no sofá aguardando a resposta ansiosamente.

Jinyoung apenas riu baixo e levantou os ombros em sinal de dúvida, mas continuou a conversa calmamente.

Depois de conversar com o Mark, eu só pensava em como eu deveria te contar isso tudo. - Os dois se encaravam sutilmente. - Afinal, você foi quem me fez acordar… Mas como eu iria falar com você depois da forma estúpida que eu te expulsei do meu quarto?

Jinyoung escondeu o rosto entre os braços cruzados sobre os joelhos e depois voltou a falar.

- Eu não queria ter agido daquela forma… Naquela noite, tudo deveria ter sido completamente diferente para nós, mas eu consegui estragar. Eu realmente sinto muito pelo que fiz. Eu fui um idiota. - Jinyoung voltou a olhar o confeiteiro com os olhos levemente marejados.

- Tudo bem… Eu acho que no final, tudo terminou bem. - Jaebum desviou o olhar do mais novo tentando aliviar as pontadas no peito ao se lembrar da noite.

- Nem tudo terminou bem… - Jinyoung se moveu pegando a caixinha em cima da mesa e entregando-a para Jaebum. - Pelo menos não ainda.

- O que é isso? - Perguntou Jaebum observando o embrulho na sua frente.

- Feliz natal? - Sorriu levemente para o mais velho.

- Sério? Não precisava disso Jinyoung, eu não tenho nada para você aqui. - Respondeu timidamente, mas ainda aceitando o presente que Jinyoung empurrava para seu colo.

Abriu a fita azul que circundava a caixa e retirou a tampa da mesma. Removeu alguns papéis de proteção e quando finalmente viu seu presente não conseguiu controlar a forte inspiração que seus pulmões necessitaram em razão da surpresa. Olhou para a janela atrás do sofá controlando as lágrimas que se foram quase instantâneamente. Respirou algumas vezes e voltou a atenção ao embrulho.

Dentro da caixa haviam alguns cookies de gengibre. Os mesmos que Jaebum ensinará o escritor a fazer meses atrás enquanto ainda pensava em se vingar da tortada nas vestes. Pegou um em suas mãos e observou o formato. Eles estavam ligeiramente mais assados do que o ideal, para não dizer que estavam queimados, e Jaebum podia perceber os pedaços de gengibre cristalizado que não haviam sido picados pequenos o suficiente para a receita.

Jinyoung o observava atentamente com as bochechas rosadas tentando não rir da cara surpresa do mais velho e torcendo para que o mesmo não escutasse as batidas fortes do seu coração que agora pareciam estar em sua garganta.

- Não tem muitos, porque eu acabei queimando a fornada. Esses foram os que eu consegui salvar. Youngjae provavelmente irá me matar quando ver a bagunça que eu deixei a cozinha. -  Falou baixo sem graça.

- Com certeza ele irá ficar uma fera. - Jaebum riu e mordeu o cookie que segurava. 

Jaebum, o confeiteiro, teria apresentado inúmeros pontos a serem corrigidos no pequeno cookie, desde as bordas queimadinhas até o gosto forte do gengibre que com certeza fora além da quantidade da receita. Mas o Jaebum que experimentava o doce agora, era apenas uma pessoa feliz em receber um presente que envolvia muitos significados para ambos.

- E aí, o que achou? - Jinyoung perguntou apreensivo mordendo o lábio inferior.

- Para um cozinheiro você é um ótimo escritor. - Respondeu Jaebum rindo.

- Eu tentei o meu melhor ok?

- Veja bem, - Complementou Jaebum - Eu daria nota 1 para o visual, uns 2 para o sabor, mais 2 pontos por finalmente fazer os cookies na época certa do ano… - Observou a expressão desapontada do mais novo e complementou a frase - E… Eu dou mais 5 pontos para o seu esforço e consideração em preparar cookies sem a ajuda de ninguém.

- Poxa vida, dois pontos de sabor? Não é possível estar tão ruim assim. - Respondeu o mais novo fechando a cara e fingindo estar chateado.

Alguns minutos se passaram, Jaebum terminou de comer o cookie que segurava e os demais ele deixou na mesa, prometendo comer mais tarde.

- Espera aí. - Falou Jinyoung movendo-se animado no sofá e olhando o mais velho mostrando suas mãos. - Se eu tenho 1 para visual, 2 para sabor, mais 2 por acertar a época do ano e ainda tenho os 5 pontos de consideração, você sabe o que isso significa? - Perguntou mostrando seus dedos da mão depois que terminará de contar os pontos. - Isso significa que eu tenho um dez… Um dez, Im Jaebum.

Jaebum riu da reação do mais novo, se encostou no sofá ficando de frente para o mesmo e perguntou maliciosamente.

- Você quer um prêmio ou algo do tipo? 

Jinyoung se aproximou do mais velho no sofá invadindo todo seu espaço pessoal. Passou uma de suas mãos pela lateral do rosto de Jaebum enquanto sua língua deslizou lentamente pelos próprios lábios.

- Com certeza eu quero. - Respondeu finalizando a distância entre eles e selando seus lábios lentamente. 

Jaebum puxou o corpo do mais novo para sentar em seu colo e eles se beijaram de forma exploradora. Apenas uma semana e alguns dias haviam se passado desde o último encontro de ambos, mas era como se eles precisassem aprender todos os detalhes um do outro novamente. As mãos de Jaebum acariciavam as costas e o pescoço de Jinyoung o deixando cada vez mais próximo.

Tantas coisas passavam por sua cabeça, palavras que ele queria e precisava falar, nem tudo ainda estava certo, a conversa deles havia sido muito superficial. Porém preferiu deixar para depois, se focando em receber as carícias que o mais novo lhe oferecia no momento, sabendo que ambos estavam precisando daquilo naquele momento.

Jinyoung começou a passar suas mãos pelo tórax de Jaebum, apertando seus ombros largos de vez em quando e puxando sua camisa para manter os corpos o mais próximos possível enquanto rebolava seu quadril friccionando no colo do mais velho.

Jaebum soltou dos lábios do escritor e desceu os beijos por seu rosto e pescoço, mordendo levemente as áreas que ele já havia aprendido que eram sensíveis ao mais novo. Sentiu Jinyoung arrepiar os pelinhos de sua nuca e se esfregar mais fortemente contra seu colo.

- Jaebum… Acho que já passamos da hora de finalizar isso da maneira certa.

- Você tem certeza? - Jaebum perguntou, mas já se preparava para levantar do sofá.

- Sim. - Respondeu Jinyoung puxando o outro e beijando-o em pé pressionando seus corpos por completo. 

Jaebum os direcionou até o quarto e deitou Jinyoung em sua cama, abrindo as pernas do mesmo para se posicionar entre elas.

Jinyoung o puxara para um beijo ardente, esfregava seus corpos com ferocidade e soltava leves gemidos a cada aperto que recebia das mãos de Jaebum em suas coxas e bunda.  Jaebum retirou as blusas que o mais novo usava expondo a pele de porcelana que agora apresentava leves tons de rosa devido ao rubor do escritor e seus próprios apertões. Desceu os beijos por todo o torso, dando uma atenção merecida aos seus mamilos que estavam enrijecidos devido a excitação.

- Jaebum, não me atice… - Falou Jinyoung baixo quando Jaebum começou a beijar a parte inferior de sua barriga, se aproximando do cós da calça.

O confeiteiro apenas sorriu maliciosamente enquanto abria o jeans do outro, retirando o tecido de suas pernas, deixando o escritor apenas em suas boxers pretas. O membro de Jinyoung estava enrijecido e ansioso pelo toque, mas Jaebum preferiu aguardar um pouco mais, abrindo as pernas do mais novo e depositando beijos e leves mordidas no interior das coxas volumosas do mesmo.

Jinyoung respirava alto e soltava leves gemidos aos toques do mais velho. Ele não aguentava mais esperar pelos toques de Jaebum, mas resistiu a vontade de apressar as coisas para curtir a boca macia do confeiteiro que agora abocanhava a base do seus glúteos ferozmente.

Jaebum se afastou um pouco e retirou a suas próprias roupas, pois ele também estava ficando impaciente. Deitou novamente entre as pernas do mais novo e friccionou seus membros um contra o outro enquanto beijava os lábios sedentos de Jinyoung.

- Ah Jaebum, por favor… - Jinyoung implorou não conseguindo mais controlar seus impulsos.

O confeiteiro foi até o criado mudo ao lado da cama e pegou o que precisava. Retirou as boxers de Jinyoung jogando-a em algum canto do quarto atrás de si. O membro do mais novo pulsava em sua barriga liberando um pouco de pré-gozo da ponta rosada. 

Jaebum mordeu o lábio inferior segurando a vontade de tomar o mais novo ali de forma feroz. Voltou a se concentrar em prepará-lo da forma correta, para que ambos tivessem um bom momento.

Abriu o tubo de lubrificante e espalhou pelos dedos, seguindo com os mesmos até o orifício entre as pernas do escritor.

Massageou a região espalhando o lubrificante enquanto tentava relaxar o músculo contraído. Beijou a barriga de Jinyoung e deu uma leve lambida na ponta da glande que aguardava ansiosamente por um toque mais seguro.

Jinyoung gemeu entre uma das mãos que levará até a boca para abafar o som quando Jaebum introduziu o primeiro dedo. Fazia tempo que ele havia feito sexo assim então era como se tudo fosse a primeira vez novamente. Jaebum abocanhou o membro de Jinyoung que estava tão perto de si, sugando o mesmo com vontade e fazendo com que o mais novo se contorcesse embaixo de si de prazer por estar sendo estimulado pelas duas partes mais sensíveis de seu corpo. O escritor nem percebeu quando o confeiteiro já havia introduzido três de seus dedos e agora o terminava de alongar para o que finalmente iria acontecer.

- Está pronto? - Jaebum perguntou finalmente se soltando do mais novo e abrindo a camisinha que deixara ao lado.

- Estou pronto a muito tempo… - Jinyoung respondeu, mas respirou fundo ao ver Jaebum bombear seu próprio membro para inserir a camisinha. Mesmo já tendo visto Jaebum nu antes, agora ele estava um pouco apreensivo para receber o mais velho.

Jaebum ajustou o ângulo das pernas de Jinyoung e se acomodou entre elas, beijando o peitoral do mesmo tentando distraí-lo.

- Você é tão lindo assim… Deitado esperando por mim - Jaebum falou baixo enquanto se posicionava.

- Não fale essas coisas… - Jinyoung começou a falar, mas a pressão de Jaebum invadindo seu interior foi mais forte cortando suas palavras.

Jaebum inseriu tudo lentamente, ajustando seu membro dentro de Jinyoung para que o mais novo não sentisse tanta dor. Jinyoung apertava o lençol a sua volta, mas não demorou para relaxar e mover o quadril um pouco indicando ao confeiteiro que ele podia continuar.

O ritmo começou lento, Jaebum sentindo a pressão do corpo do outro envolta de si. Aproximou seu corpo do peito de Jinyoung dando alguns beijos na região e pressionando o pênis do escritor entre suas barrigas.

Jinyoung passou suas mãos pelos cabelos do mais velho e depois cravou suas unhas nas costas do outro quando Jaebum aumentou a velocidade das estocadas. O confeiteiro passou uma das pernas de Jinyoung pelo seu ombro e o escritor nem acreditou que tinha alongamento suficiente, mas a nova posição estava fazendo Jaebum acertar sua próstata e ele não conseguia mais controlar seus sons de prazer gemendo a cada movimento dos quadris do outro.

Jaebum era gentil, mas não se restringia no movimento, saindo e entrando em um ritmo que deixava ambos satisfeitos. 

- Jaebum… Jaebummie me toque… eu estou no limite. - Jinyoung chorava de prazer sentindo as ondas de calor percorrerem seu corpo indicando que seu orgasmo estava próximo.

Jaebum odiava quando Jackson lhe chamava pelo apelido, mas o mesmo vindo dos lábios de Jinyoung lhe deram outra motivação. Passou uma das mãos em volta do membro temporariamente esquecido do mais novo e começou a masturbá-lo na mesma velocidade que o penetrava.

Jinyoung jogou o pescoço para trás e apertou o travesseiro que apoiava sua cabeça com uma das mãos. Um som gutural ecoou no quarto depois de algum tempo de Jinyoung sendo estimulado e finalmente ele jorrou seu orgasmo na mão de Jaebum e em sua própria barriga. Uma onda de prazer percorreu por todo seu corpo, fazendo com que pressão do orgasmo do escritor apertasse o membro de Jaebum dentro de si e não precisou de muito mais tempo para o confeiteiro também ter seu orgasmo dentro do outro. 

Jabeum soltou a perna que apoiava no ombro na cama e apoiou a cabeça na mesma aguardando os efeitos da sua ida as estrelas voltar ao normal.

Saiu de Jinyoung e foi até o banheiro se limpar, voltando com uma toalha para fazer o mesmo com outro. Jogou a toalha no chão e ficou sentado na beirada da cama recuperando o fôlego.

Jinyoung o abraçou por trás e beijou seus ombros e nuca. Jaebum se virou para o mais novo o beijando de forma apaixonada. As palavras estavam na ponta da língua, enquanto seus olhos se comunicavam silenciosamente. Mas algo ainda impedia o confeiteiro de dizê-las. O escritor puxou Jaebum para deitar ao seu lado e depois os cobriu com as cobertas dobradas no pé da cama.

Jaebum abraçou Jinyoung que havia se acomodado em seus braços, passou os dedos pelos cabelos do mais novo e agradeceu pela última vez o presente de natal. Beijando levemente a testa do outro antes de ambos dormirem profundamente.  


Notas Finais


Muito obrigada por ler, espero que esse capítulo tenha valido a pena depois do último >w<

Agradeço também os comentários fofos que vocês deixar, isso me motiva muito ♥
Espero ver você por aqui no próximo capítulo, acho que estamos caminhando para os momentos finais~~

Não se esqueça de comentar o que achou e me segue no twitter para conversarmos mais ♥ (@ bunnytobeat)
XoXo


[off]: tem comeback do GOT7 dia 10 e eu ja estou sofrendo, alguém mais? çç


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