História Girl meets Highschool - O mundo escondido de Maya

-Lucas! –Maya gritou chateada no meio do corredor, ela não estava ligando para as pessoas muito menos pros olhares atentos nela quando ela correu e pulou em cima do loiro.

-Maya! –Lucas berrou. –Você quer me matar?

-Ultimamente me parece uma boa opção. –Ela disse ainda em cima de suas costas. –Ou você já arranjou outra namorada pra te matar? –Ela perguntou.

-Não. –Ele disse com o rosto fechado. –Mas talvez você tenha arranjando outro namorado pra você matar.

-Quê? –Maya saiu das suas costas. –Eu não entendo esses códigos. Spencer. Eu o conheço mas o que ele tem haver com essa coisa estranha que estamos vivendo, eu nem o conheço suficiente para você dá essas crises de ciúme.

-Eu ouvi Maya. –Lucas falou. –Eu ouvi o que ele disse sobre Berlim e o curso de Artes e eu ouvi o quanto você ficou feliz com a proposta e sabe o pior, eu não consigo ficar com raiva de você pela oportunidade, eu tô tentando me afastar de você, to tentando te esquecer, andar com outras pessoas, pra quando você realmente for eu não sofra tanto.

-Lucas eu não acredito que é isso. –Maya falou. –Eu não acredito. Por que você não me perguntou nada? Não era tão mais fácil? Eu não disse sim, eu nem se quer pensei sobre isso direito.

-Mas é seu sonho.

-Eu nunca disse essas palavras.

-Então você não vai?

-Não.

-Então eu estou sendo um idiota?

-Provavelmente. Um completo idiota! –Ela berrou.

-Mas você ainda me ama? –Ele perguntou tristonho.

-Acho que sim, porque passar vergonha no corredor por um garoto ciumento todo mundo faz! –Maya disse irônica, como ele podia ser assim?

Ele a abraçou. Tentou roubar todo seu calor e todo seu carinho, parecia infinito tudo aquilo que ela podia oferecia ,se sentia tão ridículo  e impotente, se sentia burro e um pouco inferior, o poder que ela tinha sobre ele era algo impressionante. Como a menina que o emburrava podia se tornar em tão pouco tempo a coisa mais importante da sua vida?

-Me perdoa? –Ele pediu no ouvido dela. Suplicando mentalmente por um sim.

-Talvez. –Ela disse.

-Talvez? –Ele perguntou confuso.

-Eu quero que você faça algo pra mim. –Ela falou sorridente.

-Maya quando você disse que eu teria que fazer algo, não imaginei que era num beco escuro, pensei que seria algo como te pagar um milk shake ou sei lá ficarmos trancados em algum armário. –Lucas falou reclamando.

-Shiu, cala a boca, estamos chegando. –Maya disse o empurrando pra frente.

-Chegando exatamente aonde? –Lucas perguntou confuso.

-Eu sou ansiosa, você é o quieto. –Maya falou relembrando o papel dos dois na relação. Lucas concordava em partes, as coisas tinham mudado.

Maya empurrou lucas pra uma porta que ficava entre duas ruas, ela era dourada e cheia de desenhos estranhos, Lucas estava com medo.

-Você nunca disse que participava de uma gangue. –Lucas falou.

-Eu não participo. Eu sou a gangue. –Ela falou risonha.

Lucas estava perplexo. Era uma sala cheia de quadros lindos, o teto estava cheio de anjos enquanto as paredes tinham os prédios de Nova York um sobre o outro, exatamente como a visão de alguém. Era incrível.

-Essa é a minha galeria. –Maya riu. –Você é o segundo a vir aqui. A Riley também já veio pra me ajudar a pendurar os quadros.

-Como você achou esse lugar? Maya, isso é incrível, é lindo, você é muito talentosa. –Lucas falou.

-Estava abandonado, acho que aqui era um antigo clube, achamos algumas camisinhas e algumas pílulas junto de garrafas no chão. –Maya falou. –Foi assim que a Riley descobriu o que as pessoas faziam naquelas festas da TV.

-Você é realmente incrível, eu não sei o que dizer.

-Lucas eu não pretendo sair do nosso mundo, muito menos te deixar, a minha galeria está dentro de mim, as vezes me dá vontade de expor ou as vezes me sinto inspirada mas eu não preciso ir pra outra cidade ou pra outro país para realizar meu sonho se você não está comigo. –Maya disse. –Nós somos jovens ainda. As coisas acontecem ao seu tempo. Os sonhos mudam constantemente.

-Você tem razão. –Ele falou. –Eu sou um verdadeiro idiota. –Disse ele reflexivo.

Maya o beijou. Eles tinham aquilo ainda. A mesma ligação de sempre. O beijo era profundo, quente e cheio de esperança, pensar tanto no futuro dava medo mas aquele beijos sempre estava ali para acalentar, pra fazer tudo parecer melhor.

-Agora cowboy nos temos que ir, por motivos de Mamãe e meu Padrasto. –Ela disse risonha.

-Maya eu preciso te perguntar uma coisa. –Ele falou.

-Pergunta. –Ela disse.

-O que significou aquela conversa com o Spencer? –Ele perguntou.

Tudo o que Maya sabia era que Spencer se interessou por suas obras e queria leva-la para Berlim, ele era bonito mas não fazia o tipo dela, era inteligente de mais, agomadinho de mais, era quase um Farkle porém um pouco mais velho e mais forte.

-Nada. –Ela disse. –Não significou nada. Apenas um elogio as minhas obras.