Seus lábios se contraem num breve sorriso, e ele me olha de cima. Inspiro seu cheiro limpo e agradável. Ele exala um perfume de roupa recém-lavada e algum perfume caro. É embriagador, e inspiro profundamente.
Um de seus braços me envolve, prendendo-me a ele, enquanto os dedos da outra mão percorrem meu rosto, sondando-me e me examinando com delicadeza. Seu polegar roça o meu lábio inferior e sua respiração falha. Ele está me olhando nos olhos, e fixo aquele seu olhar ansioso e ardente por um momento, ou talvez para sempre... mas minha atenção é atraída para sua linda boca. E sem esperar mais ele puxou meu rosto e me beijou de forma desesperada. Solto um gemido em sua boca, proporcionando uma abertura para sua língua. Ele aproveita inteiramente o espaço, a língua explorando habilmente minha boca. Minha língua afaga timidamente a dele e as duas se unem numa dança lenta se encostando e se sentindo.
Nós estávamos pressionados juntos tão apertado que eu conseguia sentir todos os planos do corpo dele, mas queria ficar ainda mais perto dele. Sua mão deslizou por cima da minha blusa, nas costas. Ele abaixou a cabeça e deu um tórrido beijo no meu pescoço. Definitivamente, meu cérebro funcionava com velocidade diminuída. Eu era totalmente corpo naquele instante e, meu Deus, como essa sensação era boa! Eu era apenas a soma das minhas extremidades nervosas, que estavam indo à loucura. Ele exalou pesadamente, o que deixou a minha pele ainda mais abrasada. As mãos dele memorizavam o meu rosto, do mesmo jeito que as minhas mãos faziam com o rosto dele.
O rosto dele apareceu na frente do meu, e tentei manter minha expressão neutra. Ele deslizou a mão para a lateral de seu corpo e deu um passo para trás.
- Preciso levar você de volta para o Instituto... - sussurrou. - Saiu sem permissão de ninguém.
Ele falou e me encarou.
- Sim. - respondi e baixei o olhar para o chão ainda sentindo que meu rosto continuava vermelho de vergonha. - Agora você tem motivo para me expulsar... - completo lentamente.
Suas sobrancelhas se levantam.
- Não vai ser expulsa, mas terá um bom castigo.
Ele riu, e eu fiz o mesmo. Charles ainda está sorrindo, e não parece forçado de jeito nenhum. Estou pasma com a capacidade dele de parecer tão aberto e acessível.
- Vamos, está ficando tarde.
Enquanto ele fala, balanço a cabeça e concordo, mas, no fundo, fico me perguntando se realmente eu quero saí dali. Daquele momento nosso. Porque eu sabia que voltar ao Instituto poderia significar ter que evitar o Charles novamente. Apesar dele ter falado que pensava em mim eu sabia que isso não significava que teríamos alguma coisa séria. Ele não pediria uma garota menor de idade em namoro, não quando todos o julgariam por isso. Eu sei das responsabilidades que ele tem como Diretor, Professor e dono do Instituto Xavier. Tentei evitar isso, evitar ele, mas agora eu estava ali perdida nos olhares dele.
Ficamos em silêncio e eu o acompanhei até o carro dele. Assim que chegamos ao carro ele abriu a porta para eu entrar e sentei no assento do carona. Dentro do carro, o ar era úmido e mofado. Charles entra no carro e logo dá a partida. Embora o rádio ligue de imediato, o aquecedor sopra ar frio. Ele se inclina para frente e abaixa a saída de vento. Por um tempo o silêncio começou a me incomodar e eu já estava convencida que ele não iria falar mais nada. O silêncio pode ser muito mais barulhento do que palavras. Talvez não no volume, ou em decibéis, ou seja lá de que forma você o quantifique. Mas em significado e intenção, o mutismo de Charles reverbera pela minha alma, até me ensurdecer. Ele não falou nada sobre como ficaríamos depois dali. Mesmo eu prevendo como seria, ainda sim tinha esperança dele falar alguma coisa mesmo que diga que isso não podia continuar.
- Você saiu do colégio atrás de mim, ou você estava em um encontro? - pergunto bastante séria e realmente pensando sobre.
A loira com ele no restaurante me incomodou bastante, e minha curiosidade era tanta que não fiz questão de ter soado para ele que eu estava com ciúmes.
- Quando me avisaram que você havia saído do Instituto sem permissão, eu vi no Cérebro onde você estava, e saí atrás de você, mas eu não saí só para te resgatar, aproveitei também para conversar com minha irmã Raven.
O olho interrogativamente. Não sabia que ele tinha irmã. Pelo jeito eu não conhecia nada da vida de Charles.
- Aquela era sua irmã? - pergunto curiosa.
- Crescemos juntos! - seu lábio inferior treme.
Pelo jeito era alguma irmã de criação, e a julgar pela expressão dele eles não eram mais tão irmãos.
- Porque ela não vai no Colégio te visitar? - pergunto ainda querendo saber mais dele. - Eu nunca a vi lá...
- Não compartilhamos da mesma ideia para o Instituto. - ele quase tropeça nas palavras. - Ela tem teorias bem diferentes das minhas em relação aos mutantes e humanos.
Olhei para a estrada, onde alguns feixes de lanterna agora investigavam as árvores. Pelo jeito ele também tem problemas de família. E mesmo com os problemas dele ainda assim consegue ajudar à todos. Eu queria ser forte como ele, mas era difícil quando os problemas não saem totalmente da minha cabeça. Não importa o quanto eu tente, a dor nunca cicatriza por completo. Ainda há uma pequena casca que sai com muita facilidade.
- Você está bem? - ele pergunta e coloca a mão sobre a minha mão esquerda que estava apoiada na minha perna.
Respiro fundo, e o encaro.
- Estou. - a palavra sai como um suspiro. - Simplesmente odeio me lembrar do que aconteceu. Pensar sobre aquilo ainda dói.
Ele aperta a minha mão.
- Eu sei, acredite em mim, eu sei.
É como se ele estivesse usando seus poderes e vendo através da minha baboseira e entender quem eu sou por baixo. Como se ele quisesse romper o escudo que construí cuidadosamente em torno de mim mesma; a máscara bonita que mostro para o resto do mundo. Se isso é verdade, tenho medo de que ele encontre algo podre por baixo.
Charles fica apertando a minha mão suavemente. Retribuo o gesto, engolindo a bile que se juntou na minha garganta. Sem nem perceber havíamos chegado ao Instituto. E sem avisar saio do carro, mas Charles consegue segurar minha mão e me detém antes que eu consiga saí. Me viro e o encaro.
- Não conte para ninguém! - ele avisa num tom sério.
É claro que eu não iria contar sobre hoje. Contar seria estar nos condenando.
- Sim.
Praticamente saio correndo quando ele afrouxa seu aperto em minhas mãos, tomando providências às pressas, embora saiba que ele poderia me alcançar facilmente se quisesse. Ele não o faz, mas ainda assim eu corro, como se pudesse deixar tudo para trás. A vergonha, o constrangimento, meu péssimo juízo da situação. Mas aquilo de que mais quero escapar ainda está comigo. Não dá para fugir de mim mesma.
Passo a manhã de sábado arrumando as minhas coisas no quarto. À tarde, trago tudo de volta, pendurando roupas novamente e enchendo gavetas como antes. De alguma forma, consigo gastar o dia inteiro em uma mentira e quando recoloco o último item no armário, o sol já está baixo no horizonte, tingindo a frente do Instituto de rosa ao se pôr.
No domingo às dez horas, subo na cama e puxo as cobertas sobre a cabeça, bloqueando os pensamentos, as memórias e minha decepção comigo mesma. Tudo o que realmente acontece é uma tela em branco para as memórias. Penso no que senti com os lábios de Charles nos meus. É como se o beijo sexta à noite tivesse despertado algo em mim. Algo que pensei nunca poder viver.
Acordo com um barulho de alguma coisa caindo ao chão.
- Acordei você? - a voz de Jean é suave.
- Que horas são? - estou desorientada.
- Ainda é 6h. - ela responde terminando de pentear os cabelos.
Era segunda, a rotina das aulas e treinos novamente iriam começar e será que eu iria conseguir encarar o Charles? Desde da noite de sexta eu não havia saído do quarto, mesmo Jean tendo me perturbado para ir pegar um sol e tomar banho de piscina. E ela ainda insistia para saber o que aconteceu na sexta, mas decidida não falei nada pra ela, mas ela imaginava que eu não havia gostado do encontro com Pietro. E preferia que ela imaginasse isso do que suspeitar que interrompir o encontro com Pietro por causa do Charles.
Depois de arrumada saio do quarto e andei lentamente até o refeitório. E para minha surpresa já estava mais do que lotado por alunos. Conseguir vê Jean e Scott sentado juntos com Noturno e Vampira, e mais dois garotos que não conhecia.
- Enfim nossa garota em Chamas saí do quarto - é Scott quem fala com um sorriso no rosto.
Me sentei ao lado de Noturno e fiz uma cara de poucos amigos.
- Por mim eu ficaria mais dias sem problemas. - resmunguei.
Todos me encaram com caras assustadas.
- Isso é TPM? - Vampira zomba.
E todos começaram a rir, não liguei para o comentário dela. Só me concentrei em tomar o meu café e logo eles retomaram suas conversas. Os dois garotos conversavam sobre futebol enquanto Scott e Jean respondiam as perguntas de Vampira sobre o fim de semana dos dois.
- Qual sua aula de hoje? - Noturno pergunta me assustando.
O encarei.
- Ainda não vi, estou totalmente desligada de tudo. - respondo realmente pensando sobre.
Ele sorrir e com a minha permissão confere na minha mochila o horário da semana.
- A mesma aula que a minha. - fala sorrindo. - Com o Charles!
Dei de ombros.
- Ah ótimo!
Depois de ter terminado meu café me dirigir para o treino junto com Noturno que estava bem animado e não parava de falar. Eu apenas confirmava com a cabeça mostrando que estava escutando só para não deixá-lo sem graça, mas na verdade meus pensamentos estavam em outro lugar, especificamente em outra pessoa que eu logo veria de novo.
Assim que entramos na sala, não vi o Charles, só tinha alguns alunos e dois professores que um reconheci ser o Fera e o outro acho que era o tal do Erick. Quando o Erick me viu ele não fez questão de disfarçar e ficou me encarando até que sua testa se enrugou. Por um momento pensei que ele iria ficar ali parado para sempre me encarando, mas então ele me surpreende ao caminhar em minha direção.
- Você é a Emma não é? - ele pergunta um pouco ansioso.
Ele não era a primeira pessoa a me perguntar isso.
- Sim. - respondir e o encarei tentando entender o que ele queria.
Os olhos dele se estreitaram.
- Como chegou ao Instituto? - ele pergunta.
Eu o encarei surpresa por ele ainda não saber.
- O Char... Professor Charles me encontrou através do Cérebro.. - respondo e dou um sorriso torto.
Um olhar estranho aparece no rosto dele.
- E seus pais, onde estão? - a voz dele estava cautelosa, como se ele estivesse esperando notícias ruins.
Eu comecei a me sentir desconfortável. Aquilo era um interrogatório?
- Mortos! - eu mantive minha resposta curta, pra que assim minha voz não deletasse o meu pânico.
Ele fez uma careta.
- Tem certeza que eram realmente seus pais?
Eu olhei pra ele horrorizada. Ainda tentando entender qual era a dele. Estava tentando me forçar a lembrar do meu passado? Tinha o prazer de me vê em pânico ao lembrar?
- Eu cresci ouvindo todo mundo e meus pais falarem que eram, porque eu deveria suspeitar? - argumentei.
Erick continuou me olhando com curiosidade nos olhos.
- Você me lembra alguém... - sua voz sai fraca.
As palavras de Erick se repetem na minha cabeça. "Tem certeza que eram realmente seus pais..." Eu pressionei meu dedo na testa tentando massagear para afastar a dor de cabeça que começava a martelar.
Eu fiquei momentaneamente distraída, abismada, na verdade, com as palavras dele até que uma voz familiar soou.
- Erick? - era a voz de Charles.
A expressão de Charles me assustou mais do que me surpreendeu. O rosto dele estava apático, pensativo, a testa dele estava enrugada de preocupação.
- Oh, oi, Emma - ele me cumprimenta assim que se aproxima de nós.
Olhamos um pro outro por um momento prolongado. E as lembranças da sexta à noite passaram lentamente pela minha mente.
- Tudo bem por aqui? - Charles pergunta desviando o olhar de mim e encarando Erick.
- Sim, só estava conhecendo a nova aluna. - Erick responde lançando um sorriso na minha direção. - Você não tinha me falado que havia encontrado mais um aluno através do cérebro. - continua agora se virando para encarar Charles com uma das sobrancelhas levantada. - Eu pensei que tinha desistido de usá-lo.
Charles estudou o meu rosto por um longo momento, até responder a Erick.
- Eu precisei usar, porque fui avisado que alguém corria perigo. - ele responde numa voz fraca.
Aquilo me deixou com a orelha em pé. Como assim ele nunca mais tinha usado O Cérebro? E quem poderia ter avisado que alguém estava em perigo? Esse alguém se referiu a mim?
Minha mente estava em brasa de tanto que forcei ela à trabalhar. Eu sabia que alguma coisa estava atrás de mim, e agora aquelas palavras de Charles me mostraram que eu não estava enganada. Meus tios morrerem porque alguém estava me procurando. Encarei Charles com um olhar de questionamento. Eu tinha certeza que ele sabia bem mais de mim que eu mesma.
- Quem estava atrás de mim? - perguntei resolvendo ir direto ao ponto.
Os dois me encararam surpresos.
- Não tem ninguém atrás de você Emma! - ele responde sério. - Assim que usei o Cérebro para encontrar quem corria perigo não vi nada além de você que fugia... A pessoa do aviso se enganou. - ele explica num tom calmo.
De alguma forma não me convenci da explicação dele. Eu sabia que não podia ser só isso. Tinha coisa ali que ele não queria dizer. E a julgar pela expressão de Erick também imaginei que o mesmo não ficou convencido.
- Melhor começarmos os treinos já estamos bem atrasados. - Charles interrompe meus pensamentos se afastando.
Erick me lança um último olhar, dá um sorriso e se retira.
Minha boca se abriu e minha respiração saiu com um som parecido com whooshing. Eu fiquei congelada no lugar. Eu balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos e tentei me ligar nas palavras de Charles para iniciar o treino.
- Hoje iremos treinar no jardim da escola.- Charles fala alto num tom firme. - Quero vê como vocês usam os poderes ao ar livre..
Assim que os alunos saíram da sala eu os seguir, andando lentamente. Como eu não tinha pressa andei o mais devagar possível para dá tempo de tentar juntar as palavras de Erick e Charles que ainda não me faziam muito sentido. Quando alcancei o jardim alguns alunos já usavam seus poderes. E de repente Noturno se projeta bem na minha frente me assustando. Dei um pulo pra trás para não bater nele e quase caí de bunda no chão se não fosse ele ter me segurado.
- Ta maluco? - gritei assustando a todos.
- Desculpe Emma, só estou testando meus poderes. - ele responde um pouco tenso.
- Você ainda vai me matar do coração. - digo um pouco séria mas rio ao constatar a cara assustada que fez.
Ele deu um meio sorriso e sumiu, aparecendo próximo ao pequeno lago. De longe pude vê o Charles que assim que notou que eu o vi virou o rosto para voltar a conversar com Erick e o Fera. Deixei minhas coisas sobre o chão e tentei trabalhar a mente para forçar meus poderes. Já estava conseguindo usa-los mais ainda assim, isso exigia bastante atenção para não causar dano. O fogo surgiu nas minhas mãos e tentei forçar o fogo ir na direção de um pequeno galho de uma árvore, mas o fogo que lancei era fraco demais para alcançar a distância que eu queria. E sem eu perceber Charles se aproximava de mim devagar.
Fico com a boca seca só de olhá-lo... ele é absurdamente lindo.
- Vou ensinar a controlar isso Emma. - ele fala estendendo a mão para segurar a minha.
Quando nossas mãos se encostam tomo consciência daquela corrente deliciosa percorrendo meu corpo, arrebatando-me, fazendo-me corar, e estou certa de que minha respiração irregular deve estar audível.
As aulas dele tinham que ser tão difíceis?
- Você presta atenção no corpo mas esquece da mente. Você quer aprender então aceite seus poderes. Lembre-se do nosso último treino. Foque em memórias boas. - ele me alerta e faz o gesto para eu tentar novamente.
Concordo com a cabeça, desnorteada demais para falar. E como sempre com ele ali consigo enviar o fogo até o pequeno galho que logo se desfaz com as chamas.
- Ótimo! - ele fala sorrindo. - Agora eu quero que acerte naquele X e tente não me acertar.
Olhei na direção para onde ele apontou e vi ao longe uns dois bonecos um ao lado do outro.
- Está falando sério? - pergunto ao imaginar ele ao lado dos bonecos e eu tentando não acertar nele.
- Muito sério. - responde me encarando.
Ele se afastou em direção ao boneco e eu fiquei ali aflita com medo de acerta-lo. Erick se aproximou de mim quando percebeu o que eu tinha que fazer e me observou por um tempo até que falou:
- Não é difícil, é só se concentrar no alvo que quer acertar. - ele explica lançando-me confiança em seu olhar.
- Assim que estiver pronta me avise. - Charles grita assim que alcança os dois bonecos.
Franzo a testa.
- Deixa que eu ajudo. - fala Erick pegando minha mão que ainda estava com as chamas projetadas e as lança na direção de um dos bonecos assustando Charles que foi pego desprevenido já que ainda estava esperando eu avisá-lo para se ajeitar.
- Erick! - Charles resmunga ao perceber que Erick havia sido o culpado por não avisar para ele se preparar.
Não aguentei e comecei a rir junto com Erick da cara assustada de Charles.
- Está se saindo muito bem. - Erick me avisa ainda sorrindo.
Permanecir no mesmo lugar enquanto via o Erick se afastar e ir em direção a um outro aluno.
- Parece que já estão se dando bem. - Charles fala ficando ao meu lado.
- Ele me assustou no inicio, mas parece ser o jeito dele. Meio grosseiro. - respondo fazendo o meu tom sair o mais leve que eu pude.
- Erick é uma boa pessoa!
Apesar dos olhos dele ainda estarem ansiosos, ele deu o sorriso torto que eu mais amava. Meu coração inflou como se fosse explodir entre as minhas costelas. Ele encheu meu peito e bloqueou minha garganta até que eu não pudesse falar.
- Se não estivesse com tanta gente aqui, eu teria te enchido de beijos. - ele disse calmamente e riu ao mesmo tempo.
Eu não deixei de o encarar com a declaração. Aquelas palavras dele confortou meu coração.
Então ele me queria como eu? Eu sei que depois da sexta à noite isso ficou obvio para os dois, mas eu sempre tive a mania de mesmo com provas nas mãos ainda duvidar de tudo.
- Se você desse permissão eu te beijaria mesmo com todos os alunos aqui. - brinquei.
A expressão dele ficou mais animada.
- Tenho algo para te mostrar. - avisa olhando ao redor para os outros alunos.
- O que? - pergunto já bem curiosa.
- Que tal aparecer mais tarde no meu escritório?
Isso era um convite? Eu levantei os ombros. E acho que Charles considerou isso um sim porque logo saiu em direção ao Noturno que pelo jeito estava bem enrolado quando se projetou em cima de uma árvore.
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