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História Girl on Fire - Confusão e Coisas que ninguém sabe.


Escrita por: ladylim

Notas do Autor


Olá leitores,
Depois de muito tempo enfim voltei com um novo capítulo.
Esse está cheio de romantismo,
então quem gosta pode aproveitar.
Me desculpem por qualquer tipo de erro
e espero que tenham uma Boa Leitura!

Capítulo 8 - Confusão e Coisas que ninguém sabe.


Fanfic / Fanfiction Girl on Fire - Confusão e Coisas que ninguém sabe.

Depois de ter acabado as aulas do dia. Voltei ao meu quarto, joguei a mochila na cama e desabei nela. Fechei os olhos. Meus pensamentos começaram a revirar na minha cabeça. Charles me convidou para ir ao escritório dele! Ele era maluco? Só podia estar brincando ou querendo jogar charme.

Eu não podia me envolver com ele, principalmente porque se envolver com Charles significava ter que ficar as escondidas. Mas ficar com ele era tão bom, como eu podia ignorar isso? Nunca imaginei que essas coisas fossem tão complicadas.

Abrindo os olhos, gemi:

- Eu vou ficar maluca!

Fiquei de pé e caminhei lentamente para o banheiro. Ao saí dou de cara com Jean revirando suas coisas no guarda roupa procurando algo.

- Olá, quanto tempo! - falo ao passar por ela.

Ela apenas rir.

- Já estou saindo... - murmura.

Franzo o cenho.

- Me diga uma novidade, não tem parado mais pra nada.

Ela suspira e, olhando para a frente na minha direção me pergunta:

- Me diga a verdade, Emma, está tudo bem?

Estava vestindo a roupa e me detive quando ela falou.

- Claro - eu respondo, um pouco hesitante, mas, espero, plausível. - Por que não deveria estar?

- Não sei. - balança a cabeça, pensativa. - Desde que você saiu com Pietro... - toma fôlego, como se ficasse constrangida ao pronunciar esse nome - Você se tornou tão esquiva e reservada. Estou um pouco preocupada com você, é isso. Queria saber o que se passa pela sua cabeça.

Já esperava que Jean fosse questionar meu comportamento. Desde o dia que sai com Pietro e acabei voltando com o Charles para o Instituto estava evitando Jean. Por medo dela desconfiar e me forçar a contar o que realmente aconteceu na sexta à noite.

- Bem, não acho que estou diferente do meu normal. - respondo, fechando-me em mim mesma com duas voltas de chave.

Ela coloca algumas coisas dentro da bolsa dela e se aproxima de mim.

- É que não me conta mais nada sobre você - continua ela. - E você costuma contar sempre tudo, pelo menos pra mim.

O fato dela estar tão angustiada assim por minha causa e que me diga isso de um jeito tão direto me deixa preocupada também: será que realmente mudei tanto assim? Por um momento tenho o impulso de chorar e deixar sair toda a dor que não botei para fora até agora. Mas não consigo. Eu me sinto como se estivesse anestesiada. 

- Jean, estou bem - continuo meu teatrinho, com o sorriso mais tranquilizador do mundo.

- Está bem. Se você diz.. - ela me diz, enfim. - Vou assistir um filme com o Scott, se quiser ir com agente...

- Ah não se preocupe. Já marquei de estudar com o Noturno. - minto de novo.

Não sei porque inventei que iria estudar, talvez eu só estivesse tentando achar uma desculpa para ninguém achar estranho minha ausência caso eu fosse à sala do Charles.

Jean me encara por um tempo ainda com um olhar preocupado e saí do quarto. Termino de pentear meu cabelo o amarro e saio do quarto. Ainda indecisa se iria ou não na sala do Charles.

No caminho acabo encontrando Noturno que conversava com um pessoal.

- Pensei que ainda estivesse na árvore. - brinco ao me aproximar dos quatro.

Todos me encararam e riram.

- Depois de hoje, todos os meus planos foram arruinados. - ele também brincou.

Levantei uma das sobrancelhas.

- Porque? Pretendia se teletransportar pra Marte?.

Ele me encara sério e pensativo.

- Não tinha pensado nisso, seria uma boa idéia também. - ele diz colocando a mão direita sobre o meu ombro. - Mas por enquanto só quero conseguir saí à noite para andar pela cidade.

Eu rir das palavras dele mas ao mesmo tempo meus olhos percorriam o corredor e sempre parava no mesmo lugar insistentemente. Na porta da sala do Charles que ficava à alguns metros de onde estavamos. Ficamos ainda conversando até que decidiram ir jogar uma partida de xadrez com um grupo que joga toda à noite, sempre no mesmo horário. Às 20h. Eu não fui, dei a desculpa que precisava estudar um pouco alegando que o Professor Charles tinha me dado um trabalho à mais para fazer na semana como uma parte da punição por eu ter saído do Instituto sem permissão. Precisava inventar alguma punição, porque eu sabia que todos iriam comentar se descobrissem que na verdade o Charles ainda nem comentou sobre o assunto comigo. E eu me perguntava porque ele ainda não havia dado a punição, já que era regra do colégio.

Caminhei devagar até a sala do Charles. Podia ouvir as vozes das meninas rindo e risos fartos dos meninos, sem dúvida apreciando à noite de jogo.

Cheguei na porta, tomei uma respiração profunda e bati.

- Entre! - era a voz de Charles.

Eu abrir a porta e a atravessei. E me assustei ao vê o Fera em pé ao lado de Charles que estava sentado sobre a mesa dele.

- Olá Professores. - cumprimento e sinto desconfortável.

- Emma. - Charles fala com um sorriso. - Estava justamente conversando com o Fera sobre você.

Isso me surpreendeu.

- Estavam? - encarei os dois ainda não entendendo.

- Sim, estavamos decidindo sobre sua punição... - Fera diz e se aproxima de mim.

- Acha mesmo que tinhamos esquecido que saiu sem permissão de ninguém? - Charles fala se levantando também.

Com certeza não esperava que ele esquecesse. Na verdade eu deveria ter ficado feliz que enfim eu teria uma punição igual aos outros alunos quando desobedeciam as regras e assim ninguém suspeitaria de mim. Mas eu fiquei triste porque como sempre eu havia me enganado feio. Charles não me chamou na sala dele para conversamos só nós dois. E sério que pensei que seria só isso? Sou uma boba mesmo!

- Não. - minha voz saiu como um sussurro. - E qual vai ser a punição? 

- Você vai ajudar o Charles com as documentações dos alunos. - Fera explica mostrando alguns papéis e pastas em um dos armários da sala. - Vai deixar tudo separado em pasta e identificar corretamente cada uma delas.

Eu abrir a boca e fechei rapidamente. Estudei por um tempo o armário com os vários papéis e pastas espalhados, e definitivamente estava uma bagunça.

- Ah... e começo quando? - pergunto quebrando o transe e ainda olhando o armário.

Charles enfiou as mãos no bolso.

- Agora! - diz me encarando. - Toda à noite depois das aulas você vem pra cá me ajudar.

Engoli em seco.

- E essa punição vai durar até quando? - pergunto já não gostando muito da idéia de ajudá-lo. Não por não querer, mas sim porque seria uma tarefa bem difícil ficar ao lado dele todos os dias.

- Até o tempo que eu achar que você aprendeu a lição. - Charles diz num tom sério.

- Não se preocupe Emma. - Fera fala ainda sorrindo. - Sua punição nem foi tão ruim assim. Quando recebi a minha tive que ajudar o Logan. E você sabe que ele não é nada fácil.

Talvez no meu caso fosse bem mais fácil ajudar o Logan.

Fera se despediu e saiu. E o Charles voltou a se sentar na cadeira atrás da mesa dele. O olhei rapidamente sem que ele percebesse e decidida comecei a pegar as pastas sobre o armário que ficava ao lado da mesa dele e tentei me concentrar no serviço.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que não aguentei mais.

- Você me chamou aqui para receber o castigo? - perguntei e me virei na sua direção para encará-lo.

Ele me olha.

- Digamos que sim. - responde calmamente.

Depois de duas horas limpando e arrumando os papéis na pasta, enfim tinha conseguido terminar de ajeitar tudo. Minhas mãos apertaram sobre o armário. Eu queria tanto correr para ele naquele momento, para colocar as minhas mãos através do seu cabelo de seda e memorizar sua boca com a minha, mas algo me parou. Eu ignorei o instinto, disse a mim mesma que não podia. Decidi que iria deixá-lo tomar as rédeas. Eu ia deixá-lo definir o que ele queria.

Caminhei pela sala e deixei o pano e o produto que usei para limpeza no local aonde havia os pego, e lavei a mão no pequeno lavabo da sala. Charles continuava sentado sobre a mesa até que me viu saindo do lavabo e me encarou por um bom tempo, tempo que me deixou um pouco sem graça.

- Bem terminei... - estava bastante nervosa. - Já posso ir?

Ele deu um meio sorriso. Levantou da cadeira e caminhou lentamente em minha direção. Não conseguir desviar os olhos dele. Quando estava bem perto de mim de repente senti uma lufada de ar quando Charles puxou-me para ele violentamente. Uma de suas mãos viajou para a parte de trás do meu pescoço, enquanto a outra descansava no meu quadril. Meu coração batia na minha garganta. Eu estava perdendo o controle da minha reação. A proximidade de Charles foi a minha criptonita. E então, de repente, seus lábios estão nos meus. Primeiro tímidos, hesitantes, depois mais decididos. Respiro para tentar entender o que está acontecendo e, principalmente, para admitir que ele está me beijando de novo. E então entreabro a boca, deixo que sua língua encontre a minha. Charles parece quase surpreso, sua respiração aumenta junto com a intensidade de sua emoção. Parece que o sinto tremer em meus braços. Estico a mão e toco sua sobrancelha devagar, depois a desço pelo rosto até atrás da nuca. Os lábios de Charles são de veludo e acariciam os meus com toques leves, enquanto sua língua desliza devagar na minha boca.

O beijo acabou e ele me olha.

- Você não sabe o quanto desejei fazer isso de novo... - ele fala em tom solene e ainda me segurando pela cintura.

- Demorou um pouquinho... - sorrio, despenteando levemente seu cabelo.

Seu rosto suavizou.

- Eu achava que você não quisesse.

Eu puxei meu rosto para trás e corrir minhas mãos em seu rosto.

- Nem eu sabia que você queria. Pensei que estivesse só me dando o castigo.

- Era para ser só o castigo, mas simplesmente não consigo ficar longe de você.

Meu coração sorriu com suas palavras.

O beijei de novo, depois escorrego os dedos pelos seus braços até encontrar e apertar suas mãos. O beijo sessa e Charles me olha com olhos cheios de emoção. Leva minha mão aos lábios e a beija com doçura. Sinto seu hálito quente em meu pulso.

- Isso é errado! - falo ainda lembrando ele que era meu professor e eu era sua aluna menor de idade.

- Eu sei. Mas é algo errado que quero muito.

Eu engoli em seco.

- Se a situação fosse inversa? - ele pergunta.

E realmente ainda não tinha pensado se estivesse no lugar dele, e gostasse de uma pessoa bem mais nova e isso fosse errado diante dos olhos das outras pessoas. Eu fechei os olhos e fiquei pesando.

- Eu ainda estaria aqui. - disse sorrindo.

Ele devorou minha boca com a sua. Sua língua encontrou a minha. A descarga de adrenalina disparou pelo meu corpo e concentrou-se em minha barriga. Eu passei meus braços em volta de seu pescoço e ele me trouxe para mais perto ainda dele, enfiando os dedos pelo meu cabelo, torcendo os punhos na parte de trás da minha cabeça, puxando levemente como se estivesse tomando todo seu controle. Isso fez com que meus olhos rolassem na parte de trás da minha cabeça e eu apertei minhas pálpebras já fechadas.

Ele tirou os lábios dos meus e ficamos ofegantes. Eu reconheci sua expressão dolorosamente tensa. Ele não sabia se o que tinha feito estava tudo bem pra mim, e eu me encontrei atraída por ele mais ainda por ser tão atencioso. Para tranquilizá-lo, eu corrir minhas mãos em sua testa para suavizar as linhas.

- É melhor eu ir Charles. - conseguir falar.

Ele descansou sua testa contra a minha.

- Boa noite, Emma.

Ele se afastou de mim lentamente, nunca quebrando seu olhar ou seu sorriso.

Ele abriu a porta e eu sai lentamente não tirando os olhos dele.

- Durma bem. - eu falei.

- Você também. - responde baixo enquanto fecha a porta.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. E fiquem à vontade para comentar.

Até mais.


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