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História Girl Tough Cookie [Imagine:Zico] - Mudança de cotidiano


Escrita por: AngelLina

Notas do Autor


Essa não é minha primeira estória, mas é a primeira que faço com o ultimate. Espero que gostem
OBS: Itálico = Pensamentos

Capítulo 1 - Mudança de cotidiano


Mais um dia. Ou o mesmo dia? O mesmo Céu. O mesmo ar. As mesmas pessoas que me cercam na mesma escola que estudo por dois anos. O mesmo terceiro ano da primeira turma A. O mesmo de ontem. De anteontem. De sempre. Mais um dia. Sussurrei em minha mente vazia. Solitária. Como os dias de verão onde todos se juntavam e falavam sobre suas aventuras que não eram nada mais do que uma rotina diária. Quantas emoções nas palavras das adolescentes que descreviam um cotidiano invejável, porém normal. Algo que todas deveriam ter, menos eu. Isolada em meu próprio mundo, em meu canto, enquanto fingia calcular a raiz cúbica de seiscentos e cinquenta e nove. Eu escutava, silenciosamente, os detalhes mais insignificantes daqueles momentos contados por aquelas garotas. Quando seria minha vez? Ressoava a minha esperança. Mas os dias de verão já haviam passado e, mais uma vez, eu estava em meu canto sem nenhuma emoção na vida, sem uma paixão passageira e nenhum amigo para contar.

O som do intervalo não foi captado pelos meus ouvidos, talvez tivesse entrado e ao mesmo tempo saído. Meu cérebro não assimilou. E após três segundos confusos ao ver o tumultuo saindo da sala, eu percebi. O intervalo! Como sou lerda, Deus, que estúpida, es-tu-pi-da. Saí dela em encontro a escada que após algumas voltas pela escola me levaria ao refeitório. As pessoas dos corredores comentavam sobre o garoto que vinha em minha direção. Era o famoso delinquente, Jiho, seu nome era esse, mas ninguém o chamava assim. Zico... Por que ele está vindo até mim? Ele continuava o mesmo. Não ocorria de tê-lo visto há bastante tempo. Sempre faltava aula. Porém, continuava com o mesmo olhar que assustava a todos e os mesmos lábios que diziam inalteráveis mentiras que conquistavam as garotas. Na verdade ele só precisaria dizer uma palavra e todas o seguiriam até o fim do mundo. No entanto eu sempre o odiei. Um ódio que pode ser confundido com inveja. A vida dele, por mais problemática que pareça, era melhor que a minha. Talvez o problema fosse a minha personalidade, mas não teria como ser pior que a dele. Teria?... Não. Jamais! Ele é o pior. Enganando. Traindo. Ameaçando. Brigando. Sua fama é horrível, mas mesmo assim como pode ser tão adorado? Ele ainda era inteligente. É obvio que alguém como ele tem meios de colar nas provas.

A ilusão de vê-lo vindo até mim se dissipou após segundos de seus olhos me encarando e um leve sorriso. Ele desviou e desceu as escadas. Eu não acredito que imaginei... Que pensei... Aaaa! Que idiota. Você precisa ir se alimentar, vai, vamos. Mais uma vez o vi, ele estava sentado na mesa do refeitório ao lado dos seus fieis escudeiros. Pyo Jihoon, mais conhecido como P.O. Um bobalhão. Park Kyung, apenas Park Kyung, o famoso galanteador. Não existia alguém que ele não tenha dado em cima. Um idiota. E o último, o prestigiado “cão de guarda” Kim Yoo Kwon. Perigoso... Eles riam bastante. Todos. Menos o Zico. Seus olhos me fitavam de modo curioso. Essa era minha deixa. Chega de observa-lo por hoje, deve estar pensando que sou uma retardada. Eu me sento. E Enfim como.

- Ho Jung... Lee Ho Jung? - Uma pessoa se dirigia a mim. Fiquei surpresa por alguns segundos. – Sim...?

Era um garoto alto e magro. Cabelo escuro. Rosto bonito. Ulzzang. Talvez. Eu o reconhecia, já o tinha visto antes, mas não lembrava quem era – Eu sou Ahn Jae... – Hyo,lembrei -... Hyo. O...

- Presidente do conselho estudantil. Sim. Sei – Meu corte em suas palavras o surpreendeu. Ele continuou – Bem, vou direto ao ponto. O diretor está lhe chamando.

Curiosa e surpresa perguntei – O que? Por quê? – Em todos meus anos escolares eu nunca tinha sido chamada a diretoria. O meu Deus! Eu nunca fiz nada de errado.

- Eu não sei ao certo, apenas recebi essas ordens de chama-la pessoalmente. Por favor, me siga. – Eu lhe segui fielmente. Mas por que o fiz? Eu sei o caminho da diretoria, não precisaria dele para isso. Hoje estou estranha.

- Não precisa ficar nervosa.

- Não estou nervosa – Com um tom mais grave, minhas palavras mais uma vez lhe cortaram. Que grosseria a minha. Desculpa. – Bem... Essa sua expressão imparcial não esconde seu verdadeiro eu – Ele disse.

Ele parecia me conhecer. Ele não me conhece – Quem é você para dizer quem eu sou?

- Eu? Ninguém – Ele estava rindo.

- Temos isso em comum – Já havíamos chegado à porta da diretoria. Entrei sem olhar para trás. Acreditei ter escutado um “até mais”, mas deveria ser apenas uma ilusão.

O diretor estava sentado em uma cadeira típica de escritório. Ele me recebeu com um sorriso e com uma de suas mãos fez um gesto para que eu sentasse. A mesa em que ele se apoiava estava repleta de papeis desorganizados e umas quatro canetas espalhadas. Um carimbo mantinha-se ao canto da mesa, e uma xícara, já sem café, mas ainda úmida, se encontrava no canto esquerdo dela, próximo a ele. Que bagunça... Eu sentei.

Ele organizando uma parte dos papéis disse – Uma observadora.

- O que? – Eu não entendia o intuito de suas palavras.

- Ora, a típica espectadora que observa cada detalhe das pessoas a sua volta – Ele já estava terminando de amontoar as folhas e as posiciona-las na mesa. Seus olhos castanhos brilhantes se fixaram nos meus – Aposto que a senhorita sabe tudo sobre os alunos desta escola...

- Eu não sei aonde o senhor quer chegar, mas gostaria de ir logo ao assunto principal. Por que me chamou? – Já estava impaciente.

- Também sei que toda observadora tem uma analise especifica para cada sujeito...

 Sentia-me como se ele, deliberadamente, me ignorasse por completo. Não vou cair no seu joguinho – Diretor...

- Eu sei que a senhorita está com pressa, mas acalme-se... – Ele pegou um de seus papeis e o arrastou com as pontas dos dedos até o alcance da minha vista. Era a ficha do Zico - O que você tem a me dizer sobre o Woo Jiho? Só entre nós...

Dei uma olhada em sua ficha, tinha algumas informações e suas notas -Acredito que ele seja um delinquente – Me surpreendi com o fato de todas as notas estarem na média – Mas não consigo entender como o melhor aluno da segunda turma A do terceiro ano está apenas na média?

- Um delinquente, isso mesmo, essa palavra o define – O diretor apoiou suas mãos juntas e fechadas na mesa e se inclinou – O assunto dele é delicado. Total desleixo... Você não vai acreditar se eu falar, mas, esse menino nunca faz nada. Não faz os trabalhos. Não vai às aulas. Nem mesmo aos passeios ele comparece. Mas sempre. Eu repito, sempre. Ele sempre tira a nota máxima nas provas. Agora não me pergunte como, pois não vou saber responder... Mas a senhorita sabe que um aluno com notas medianas não poderia pertencer a uma turma A. Infelizmente seus contínuos gabaritos nos impedem de muda-lo de turma – Ele concluiu com uma respiração profunda – É uma situação complicada.

- Hm... Interessante. Entretanto, o que eu tenho a ver com isso?

- É ai que a senhorita entra... – Já estava me preparando para negar o que ele iria me propor. O diretor continuou – Os professores já não sabem o que fazer. EU já não sei o que fazer. Mas minha cabeça de anos e anos como diretor me deu uma ideia. Ho Jung, eu preciso que você nos ajude a ajuda-lo.

Já em estado de negação, cruzei meus braços enquanto o ouvia falar – Nesses dois anos escolares a senhorita sempre fez todos os trabalhos, mesmo os que deveriam ser em grupo, sozinha. Por isso a proposta seria juntar você e o Jiho para fazerem eles juntos.

- E se eu não quiser?

- Veja bem, você não tem escolha. Já conversei com os professores e eles concordaram. Vocês possuem os mesmo professores que passam as mesmas matérias e os mesmos trabalhos. O que poderia dar errado?

- O problema diretor é que eu, se me permite falar, odeio profundamente esse idiota do Zico! – Qual o problema dele? Cadê minha liberdade de escolha?

- Minha querida, não há muito a fazer, espere pelo menos fazer o primeiro trabalho em dupla e depois venha me falar se está lhe prejudicando ou não. Eu acredito em você. A melhor aluna da escola.

- Então eu não tenho escolha? – Já comecei a me alterar devido a raiva.

- Infelizmente... Não. Mas faça o que eu digo, espere. Zico é no fundo um bom garoto

Meus olhos se reviraram ao ouvir que Zico era um “bom” garoto. Onde já se viu eu e o delinquente? Sai enfurecida do escritório, mas na porta eu parei e disse – Eu vou provar que o senhor está errado. Grave o que estou falando – Ele apenas se despediu com um sorriso gentil. Eu preciso provar, não só a ele, mas a todos seguidores do Jiho. Esse garoto não presta!


Notas Finais


Acho muito divertido de escrever.
Obrigada por ler, para receber os próximos capítulos favoritem. E se puderem comentem, esterei aguardando.


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