História Give a chance to love - Destinados um ao outro

Acordo com uma luz batendo em meus olhos, lentamente e incomodada me levando ainda bem sonolenta, olho pro meu lado direito e vejo sans completamente nu dormindo todo largado, por um segundo iria gritar de susto até me lembrar de tudo da noite passada e me conter com as mãos em minha boca. Após um bom tempo ali sentada na cama reorganizando os pensamentos, visto minhas roupas intimas e visto somente a camisa dele que estava jogada pelo canto e vou até o banheiro lavar o rosto, em seguida para a cozinha fazer algo de café da manha, infelizmente só tem coisa gordurosa de café da manhã, então faço o tradicional ovos com bacon para sans e uma panqueca para mim, estranho ele ter morangos e chocolate em sua geladeira... mas por hora deixei quieto e fui acorda-lo para comer junto a mim.

- hey sans acorde, fiz café da manhã para nós – falo baixinho próximo a sua orelha para não acordar ele no susto

- hmmmm não – ele fala com voz arrastada e com os olhos fechados ainda

- sans! A comida vai esfriar... – falo impaciente

- ahh aquece depois, vem cá – ele me puxa para cama e me agarra, abraçando bem firme e todo sorridente.

 - me solta, eu não gosto de comida requentada, come agora ou nunca mais faço nada pra você! – falo brava com ele, mas toda corada por sentir sua respiração em minha nuca...

- ok ok, não quero que pare de cozinhar suas deliciosas comidas – ele me larga e só veste a sua roupa intima, em seguida vai para a cozinha todo feliz e se senta a mesa.

Comemos tranquilamente, eu demorei um pouco para terminar, já sans havia devorado sua comida na qual entupiu de ketchup

- estava muito bom! – ele fala completamente feliz com a boca cheia de ketchup

- como vc me fala isso se 90% é só ketchup?? – me levanto nervosa e pego um guardanapo – e qual o motivo de toda essa felicidade? Parece um cachorrinho com seu dono, você tem dupla personalidade por acaso? Ontem estava com humor completamente diferente...

- medo... – ele me interrompe e se levanta olhando nos meus olhos seriamente colocando suas mãos de leve em meu pescoço – ...medo de te perder de novo... medo de acordar e não ter mais você ao meu lado... – sua voz é bem densa, mas o que ecoa mais em minha cabeça é ele ter dito “de novo”...  - vou tomar um banho ok? - ele aproxima seu rosto ao meu e me beija carinhosamente em seguida volta a sorrir como antes afim de acabar com aquele clima tenso.

- ok, eu vou procurar pelo meu vestido – sorrio de volta ajudando a quebrar o clima tenso

Fui até a sala e encontro meu vestido próximo ao sofá e para meu azar no meio de todo o “fogo” a latinha de cerveja foi derrubada em cima do meu vestido, mas em pequena parte, então vou direto para a lavanderia ver se consigo ao menos tirar o cheiro de cerveja dele... então eu olho pro lado e me recordo daquela porta estranha...

- pensando bem eu não havia tentado nenhuma senha... –  falei comigo mesma bem baixinho e pensativa

fiquei lá alguns minutos juntando as peças e só me vinha uma senha em mente, uma data... o dia em que definitivamente havia terminado as coisas com sans... a duvida toma minha mente até eu tomar a ação de digitar a senha... ouço um barulho aparentemente de dentro da porta...

oh! Abriu! – falo um pouco mais alto agora surpresa

Hesitante vou abrindo a porta lentamente até abri-la completamente, percebo que na verdade era uma porta normal, só que com um adesivo bem convincente de que a porta era de metal e o sistema de senha era um comum como qualquer outro de casas mais caras... Dentro havia somente uma mesa de madeira simples com uma caixinha preta veludada, me aproximei e peguei a caixinha, dentro dela havia um anel extremamente lindo com uma pedra azul no centro e ao redor brancas.

- lindo não? – de repente ouço a voz de sans próximo a mim enquanto ele me abraça passando seus braços pelo meu torço

- você não perdeu a memória... você mentiu para mim – involuntariamente lágrimas escorrem pelo meu rosto e minha voz fica um tanto distorcida

- se eu não tivesse mentido, você teria me dado uma chance? – ele me vira para ficar de frente a ele e eu fico calada evitando contato direto – não né? – ele continua a falar calmo e coloca sua mão gentilmente em meu queixo, levantando meu rosto para ficarmos cara a cara, eu continuo sem o que dizer – eu não engoli aquela mentira, eu esperava que as coisas se arrumassem com o tempo... mas você havia sumido... então eu vim para cá, trabalhar como professor e esperar que de alguma forma te visse de novo.

- como você tinha tanta certeza de que nos veríamos de novo? – pergunto perdida em seu olhar

- é como se estivéssemos destinados um ao outro, sentia isso profundamente... quando você se foi, me senti vazio novamente... então te esperei... acreditando com todas as forças que me sobraram...que você voltaria para mim – lágrimas começam a descer de seu rosto também, porém, ele continha um sereno sorriso estampado em seu rosto – foi por isso que pedi para alphys me fazer esse corpo humano... para começar de novo... com você – ele pega a caixinha da minha mão, retira o anel e se ajoelha na minha frente – frisk, você deseja começar de novo comigo?

Eu não consigo dizer nada eu estava tão chocada que queria desesperadamente sair correndo para o mais longe possível, é tanta coisa que não consigo processar direito... mas não farei isso de novo, sinceramente todos esses anos por mais que eu quisesse o esquecer... ele é o único que vem em minha mente, por mais que eu não quisesse era ele quem eu desejava... está na hora de deixar tudo para trás e seguir meu coração

- sim – ao ouvir minha resposta ele sorri de orelha a orelha e coloca o anel em meu dedo, em seguida eu ajoelho e o abraço, o que acabou fazendo ele perder o equilíbrio e cair, logo eu também caio em cima dele, ainda assim eu continuo bem agarrada nele, o mesmo ri

Ficamos ali abraçados um ao outro por muito tempo até nossos estômagos roncarem e enfim levantamos mas ainda bem grudados um ao outro.

- Pizza? – ele pergunta com olhinhos de filhote de cachorro

- pizza – eu confirmo fazendo carinho em sua cabeça como se ele fosse um cão mesmo

Um pouco depois da pizza chegar começou a chover, passamos a tarde toda deitados no sofá fazendo sessão de filmes de ficção científica e comendo pizza, essa foi um dos momentos mais felizes para mim. Enquanto assistíamos o filme ele fazia carinho em minha cabeça com uma mão enquanto eu fazia carinho em sua outra mão de vez em quando, outrora já que estava com as mãos livres eu pegava um pedaço de pizza e lhe dava na boca o mimando.

Dessa vez não vou deixar nada e ninguém estragar nossa união, afinal, nosso amor nos enche de determinação.