1. Spirit Fanfics >
  2. Give Me shelter >
  3. Capitulo 3 - Lifesaver

História Give Me shelter - Capitulo 3 - Lifesaver


Escrita por: sophiem

Notas do Autor


Esse capítulo ficou maiorzinho, e tem muito mais ''emoção'' do que os outros. Boa leitura, espero que gostem!

Capítulo 3 - Capitulo 3 - Lifesaver


Fanfic / Fanfiction Give Me shelter - Capitulo 3 - Lifesaver

*Pov’s Lauren*

Estava indo para casa. Desde ontem que não aparecia lá. Precisava de dinheiro, e de tomar um banho. Se não, eu nem iria para lá. Não tenho paciência de levar com a idiota da minha mãe, ou as lições de moral de meu irmão.
Tomei um atalho que ficava mais a caminho. Quando de repente, me deparo com uma cena inédita. Era...uma garota. E um homem mais velho, tentando cometer um estupro na garota. Aproximei-me mais, chocada com a cena. Não podia acreditar no que vi a seguir...Era, a garota desta manhã. E ela parecia, tão frágil, impotente...Que tipo de filho da puta faria isso para uma menina assim? Uma raiva subiu meu corpo. Num surto de coragem, esmurrei o cara e ele caiu no chão. Ela também foi parar ao chão, desmaiada, e já sem calças.

Lauren: Meu Deus...ei, acorda, acorda!

Falei dando leves tapinhas na sua cara. Ela parecia estar desmaiada, sem reação, no chão. Verifiquei sua pulsação. Batia normalmente. Mas por alguma razão, ela não acordava.

Lauren: Você tá me ouvindo? Acorda, garota!

Falei abanando seu corpo. Nada. Seus olhos estavam fechados, e mesmo neste estado, carregava uma expressão pacífica dormindo. Parecia uma autêntica bonequinha, abandonada no meio da rua. Meu coração doeu só de ver a cena. Que raio estava acontecendo comigo? Isso não era normal.
Puxei suas calças para cima vestindo-as de novo. Acho que aquele canalha não tinha chegado a cumprir o seu objetivo. Meu Deus, ainda bem que eu apareci no momento certo, se não eu nem quero imaginar o que seria dessa garota.
Passei a mão em seu cabelo, por impulso, apreciando inconscientemente toda sua beleza.

Lauren: Você vai ficar bem.

Falei, apesar de saber que ela não me estava ouvindo. Peguei-a ao colo. Ela era leve como uma pena, demasiado leve até para um ser humano. Levei-a até á garagem, o sitío onde tinha estado esta manhã. Deitei-a no sofá, e afastei os cabelos de sua cara. Não sabia o que fazer. Nunca me tinha acontecido nada assim. Só sabia que precisava de protegê-la, e não a ia deixar sozinha.
Aproximei-me dela. Estava mesmo incosciente, completamente longe daqui. Verifiquei sua pulsação de novo. Estava regular. Estava apenas desmaiada, como quando se fica bebado, e desmaiamos durante alguns minutos. Mas obviamente não era esse o caso dela. Mas porque raio ela estava desmaiada? Será que tinha batido com a cabeça? De qualquer forma, se isso tivesse acontecido, seus sinais vitais estariam falhando. Mas ela respirava normalmente. Estava apenas muito branca. Mais branca do que a primeira vez que a vi esta manhã. E eu consigo notar isso, porque me chamou a atenção seus traços de latina e sua pele incrivelmente morena, contrastando com seus lábios vermelhos claros, tão bem desenhados. Suas expressões faziam parecer que ela incrivelmente mais nova, como se tivesse uns 15 ou 16 anos, mas provavelmente não era assim tão jovem. Parecia uma princesa daqueles filmes da disney ou assim... Tudo nela me intrigava. E pela primeira vez, acho que fiquei tanto tempo olhando uma garota.
Fiquei vendo as horas passarem. Mas ela nunca mais acordava. Então fui buscar algo como uma toalha, e molhei-a na única pia de água potável que este sítio tinha. Aproximei-me dela e passei a toalha molhada em sua face, tentando provocar alguma reação. Ela começou respirando mais forte, como se estivesse acordando, e franziu os olhos pelo contacto da agua molhada na sua cara. Não sei porquê, mas um sorriso surgiu em meu rosto.

*Pov’s Camila*

A luz penetrou em meus olhos, assim como uma sensação de algo molhado em minha face, me incomodando extremamente. Estava deitada, e alguém me estava observando. Alguém que não conseguia definir, porque a minha visão ainda estava turva. Mas á medida que ela foi clareando, não podia acreditar...Era, Lauren?

Lauren: Desculpa pela água, eu só...Não sabia o que fazer.

Ela falou sorrindo. Okay, isso não era normal. Posso só referir que...A voz dela era o som mais melodioso que eu já tinha ouvido? Rouca, sensual, misteriosa...E ao mesmo tempo, com um toque, carinhoso?

Camila: Onde...Onde eu estou?

Ela levantou-se retirando o pano da minha face e dirigindo-se a algo que parecia uma espécie de mini cozinha.

Lauren: Bem vinda ao meu humilde lar. Bem humilde, tendo em conta que está caindo aos pedaços.

Ela falou torcendo o pano sem me encarar, mas com um tom divertido na voz. Olhei em volta...ela meio que tinha razão. Este sitio, não era bem um hotel. Mas havia qualquer coisa nele...era, acolhedor? ... Mas porque raio estava eu apreciando o ambiente? Eu nem sei como vim aqui parar.

Camila: Porque...Porque eu estou aqui?

Ela me encarou sorrindo. Wow, se eu de manhã achava seus olhos magnificos... Eu nem sei se o seu sorriso batia o record, agora que consegui apreciá-lo bem. Contrastava totalmente com seu ar de “rebelde”, e “eu não dou a minima para ninguém”. Ele era até muito genuino e... querido.

Lauren: Sempre me disseram que deixar uma garota desmaiada no meio da rua é falta de educação.

Ela respondeu com um sorriso maroto, e sentando-se numa cadeira em volta da mesa da cozinha.

Camila: Eu...eu desmaiei?

Seu sorriso desapareceu por momentos, como se estivesse recordando algum episódio em sua mente.

Lauren: Você não se lembra mesmo de nada?

Ela me encarou, com seus grandes olhos verdes, num olhar que parecia transmitir...preocupação?

Camila: Bom, eu me lembro de tar pegando esse atalho depois de sair da escola, e de repente um homem me agarrou e...

Parei meu raciocinio nesse exato momento. A memória que me veio á cabeça fez meu corpo congelar. Ele...estava tentando abusar de mim, e eu não me conseguia libertar...Era horrível, e sufocante. E tudo o que sei agora é que fui encontrada no meio da rua, desmaiada? ...Eu, tinha sido estuprada? Meu Deus. Meu coração parou nesse exato momento, e meu corpo inteiro tremia de pânico. Ela fez um movimento súbito e lento, e parecia aproximar-se de mim.

Lauren: Calma, ele... Não te chegou a fazer nada...

Ela falou suavemente. Seu olhar transmitia preocupação, e até medo que me acontecesse alguma coisa? Algo me dizia que não estava habituada a experimentar este tipo de emoções.

Camila: Como...Como você sabe?

Ela me encarou intensamente. Porque ela fazia isso comigo? Será que ela sabia que seus olhos me intimidavam, e estranhamente, me acalmavam ao mesmo tempo?

Lauren: Porque eu estava lá. E eu te salvei.

Wow. Como, como assim ela me salvou? O que raio esta acontecendo na minha vida? Será que eu tou sonhando? Não podia ser verdade.
Ainda me sentia um pouco zonza, mas tentei sentar-me.

Camila: Não, não pode ser... Eu vi, ele me agarrou, me apertou... Ele me tirou as calças, me agarrou... naquele sítio. Eu...senti dor. Muita dor. E eu bati com a cabeça, e gritei, mas ninguém me ajudava, e eu estava presa, e ele estava me machucando...

Uma dor surgiu em meu peito. Recordar toda essa cena era horrivel. Meu corpo paralisou, e lágrimas escorriam pela minha face. Lauren me observava atentamente, sem saber o que fazer, com os olhos bem arregalados. Parecia até, em pânico por me ver assim.
Mas aquela cena não me saía da cabeça. Mais lágrimas vinham a caminho, e não paravam. Quando...a vejo fazer um pequeno movimento, inconsciente, sentando-se no sofá ao meu lado, lentamente.  De repente, tudo o que sinto são seus braços á minha volta. Firmes, aconchegantes. Encostou minha cabeça ao seu peito, e me abraçou forte, com tudo o que tinha, como se me conhecesse á séculos. Não sei como, nem porquê, mas parecia o melhor abraço da minha vida. Deixei-me chorar nos seus braços, e ela não disse uma única palavra. Apenas me consolava me aconchegando contra seu corpo, esperando que eu me acalmasse. Ela afastou nosso abraço por momentos, mas apenas o suficiente para me encarar.

Lauren: Ele não chegou a fazer nada. Eu prometo. Eu não deixei que isso acontecesse.

Algo dentro de mim ainda tremia. Foi a pior experiência da minha vida, e ainda estava em pânico. Mas havia alguma coisa em seus olhos...Pareciam tão genuínos, sinceros... Sentia-me segura com ela.
Acho que, por momentos a vi desviar o olhar para meus lábios. Eu fiz o mesmo. Eram tão carnudos, perfeitinhos... Algo no meu peito disparou. Ela se aproximou levemente, e nem um choque parecia conseguir separar a tensão existente entre nós. Eu só queria que ela chegasse mais perto, não conseguia pensar em mais nada nesse momento. Só queria que ela colasse seus lábios nos meus. WOW, mas que raio eu estou fazendo?

Camila: Eu, eu tenho de ir embora...

Falei me desviando repentinamente. Ela me olhou confusa.

Lauren: Para...Para onde você vai?

Camila: Eu tenho de ir buscar minha irmã á escola...

Falei me dirigindo á porta de saída, pelo menos o que parecia ser, e também tinha uma enorme porta de garagem. Já estava quase lá chegando, quando senti uma tontura, e ia parando no chão. Mas senti algo aparar a queda. Lauren apareceu por trás de mim e me agarrou, me impedindo de cair. Fiquei suspensa em seus braços. Porque essa situação me agradava?

Lauren: Calma, você não vai a lado nenhum assim...

Ela me levantou, nunca me largando. Segurou minha mão e me levou a uma cadeira na “cozinha”.

Lauren: Porque você está tão fraca? Não comeu nada hoje?

Ela falou abrindo os armários, provavelmente procurando alguma coisa para eu comer.

Camila: Eu, eu comi sim, estou bem, sério... Só preciso de ir ter com a minha irmã.

Lauren: A essa hora ela já deve tar em casa...

Ela falou remexendo em qualquer coisa no armário e nessa altura os nervos já me começaram subindo pelo corpo.

Camila: O quê?

Lauren: Sim, já tá de noite a essa hora...

Ela falou com a maior das naturalidades.

Camila: Meu Deus, eu já devia estar em casa á horas! Deve estar todo o mundo me procurando!

Falei me levantando e correndo até á porta. Mas ela se colocou na minha frente, me impedindo de sair.

Lauren: Nem pense que vai sair por aí nesse escuro sozinha! É muito perigoso...

Ela falou, quase “ordenando”. Mas que raio? Conhecia-me nem á um dia e já agia toda autoritária e protetora? Essa garota não era normal.

Camila: Mas você não entende? Eu tenho mesmo de ir! Minha mãe deve estar indo agora á policia declarar meu desaparecimento!

Ela riu na minha cara. Não parecia um riso “maldoso”, mas eu não entendi seu propósito.

Lauren: Primeiro: Você só pode declarar desaparecimento de alguém 42 h depois. Segundo: Você nunca ficou até mais tarde fora de casa? Você é adolescente, e adolescentes cometem loucuras, todo mundo sabe disso. Não é nenhum motivo para surtar. Terceiro: Você sempre pode ligar para sua mãe e falar que essa noite vai ficar na casa de uma amiga. Porque não tem jeito nenhum eu deixar você sair daqui depois do que aconteceu hoje, com você nesse estado, e ás 20:30 da noite. Se eu deixar você ir, aí sim pode acontecer algo de grave, e eu não me iria perdoar.

Meu Deus...Depois de seus argumentos, eu nem sabia o que falar. Me tinha deixado sem palavras. Além disso...Ela tinha qualquer coisa...A maneira como me olhava, como dizia certas palavras, como me abraçava...Para falar a verdade, nem eu queria sair daqui.

Camila: E...você não se importa que eu fique por essa noite?

Ela me olhou sorrindo, e erguendo as sobrancelhas, como se eu tivesse feito uma pergunta sem sentido.

Lauren: Claro que não. Além disso, isso aí nem é propriamente meu, mas é aqui que eu me sinto em casa.

Ela falou num tom profundo, se dirigindo á cozinha. Era como se aquelas palavras significassem realmente alguma coisa para ela.

Camila: Quer dizer que... você não vive aqui? Você tem outra casa?

Falei, duvidando. Isso era tudo muito estranho, e novo para mim. Uma garota que preferia viver numa garagem a cair aos bocados sozinha, do que na sua própria casa, com sua familia? Mas porquê?

Lauren: Sim, mas eu só...prefiro viver aqui. Não ia ligar para sua mãe?

Ela falou, não adiantando muito da história, e querendo mudar de assunto. Não parecia confortável a falar de tudo isso, mas isso só suscitava mais dúvidas em minha cabeça. Porque ela era tão misteriosa? Nem há 24h conhecia essa garota, e ela já estava dando cabo da minha cabeça.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Eu já tenho escrito até o Capitulo 7, só tenho de passar para o computador. Me digam o que estão achando por favooor :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...