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História Give Me shelter - Capitulo 5 - Drugs and agressive behaviour


Escrita por: sophiem

Notas do Autor


Boas, Esse capitulo não é aconselhável para quem é "mais sensível". Tem cenas muito fortes, e até a mim me custou imenso a escrever. Mas enfim, boa leitura!

Capítulo 5 - Capitulo 5 - Drugs and agressive behaviour


*Pov’s Camila*

Eu não tinha explicação para o que estava acontecendo na minha vida nas últimas horas. Só sabia que nem tudo, era assim tão mau.
Lauren...Mas que garota. Divertida, rebelde... Mas com um coração de ouro. Só não entendia uma coisa: Como ela não tinha namorado? Quer dizer, ela era a definição de perfeição. Ela devia ter montes de garotos atrás dela...Bom, talvez fosse mesmo isso. Talvez ela não quisesse nenhum garoto. Talvez ela fosse perfeita demais para todos eles. Ou talvez eu estivesse exagerando, para uma garota que conhecia á tão pouco tempo. Mas de uma coisa eu tinha a certeza: Eu queria conhece-la muito mais, e tudo o que houvesse para conhecer.
Tentei desviar os pensamentos dessa garota, que tinha andado na minha cabeça o dia todo. E essa tarde, a meu lado.
Enfim. Liguei o televisor e pus num canal que passava um filme antigo qualquer. Ela não estava errada. Essa televisão era bem antiga, pequena, e tinha uma qualidade péssima. Mas eu não dava a miníma. Havia algo nesse sitio, que me fazia sentir bem. Eu só não sabia o quê. Ouvir o barulho da água a cair enquanto ela tomava duche, e o som meio abafado do televisor...Faziam-me sentir segura.

De repente, lembrei-me que tinha trabalhos da escola por fazer. Caminhei até minha bolsa, que Lauren tinha deixado ao pé de um colchão estendido no chão. Provavelmente onde ela dormia. Ajoelhei-me sobre minha bolsa, quando vi algo jogado no chão. Algo como uma saqueta, transparente. E dentro, estava algo como estratos de uma planta verde. Parecia...Haxixe? Era muito, muito haxixe. Lauren...Drogava-se?
Meus pensamentos foram interrompidos pela porta do banheiro se abrindo. Ela estava apenas com uma toalha em volta de seu corpo. Meu corpo tremeu por dentro. Só agora reparei que ela tinha uma tatuagem no braço. Um número em numeração romana, contrastando com sua pele branquinha. Fiquei contemplando esta imagem, não consegui tirar os olhos por momentos. Quando um choque parece acordar meus pensamentos. Ela se aproximou de mim, e meus olhos se focaram nos dela pela primeira vez desde que ela saiu do banheiro. Ela falava qualquer coisa que eu não entendia, de tão estonteada que tinha ficado com a visão na minha frente.

Lauren: Camila, me responde!

Ela falou parecendo meia irritada na minha frente.

Camila: Hm?

Ela arrancou algo das minhas mãos. A saqueta com a droga.

Lauren: Onde você encontrou isso? E quem te mandou mexer?

Ela falou forçando o contacto visual. Seus olhos carregavam uma expressão totalmente diferente de á pouco. Parecia furiosa. Meu coração quebrou. Porque ela estava fazendo isso comigo?

Camila: Estava...no chão, ao pé da cama.

Falei tentando não gaguejar. Mas seu olhar queimava. Estava irritada, e parecia levar tudo á frente.

Lauren: Pois. Para a próxima deixa onde está e não mexe, entendeu?

Ela falou de maneira agressiva. Ela estava sendo mesmo má. Onde estava a garota querida e amável que eu tinha visto á pouco? Já nem parecia estar lá. E a maneira que ela estava agindo agora, me machucava e muito. Suas palavras pareciam cortar que nem facas. Mas eu tinha de perguntar. O que eu vi, era demasiado grave para deixar passar.

Camila: Lauren, você consome drogas?

Falei calmamente, mas com o coração aos pulos. Tinha tanto medo da resposta. Ela se virou lentamente. Parecia estar guardando a saqueta em algum lugar. Me encarou. Seu olhar assustava.

Lauren: Você não tem nada a ver com isso. E para a próxima, não se atreva a mexer em minhas coisas.

Ela falou me encarando intensamente. Engoli em seco. Meu coração parecia partir em mil pedaços. Como...como ela podia falar assim comigo? As lágrimas pareciam querer correr-me pela cara, mas eu fiz todos os esforços para que isso não acontecesse. Ela finalmente tirou seu olhar de mim. Agarrou numas roupas, e entrou no banheiro, batendo a porta com força. O estrondo ecoou pela garagem toda. Me sentei. Minhas pernas tremiam. Deixei algumas lágrimas escorrerem pela minha cara.
Mas que dia...Porque isso estava acontecendo comigo? Primeiro me tentam estuprar. Depois, essa garota me salva. Me trata tão bem, é tão querida comigo, que me faz questionar tudo. E de repente, muda completamente. É má e me trata como lixo, me machucando imenso. Mas porquê? O que é que eu fiz para merecer isso? Porra. Que merda de vida que eu levo. Nunca nada melhora, estou cansada. Só quero ir para casa. Só quero paz.

De repente, ela sai do banheiro. Apresso-me a limpar as lágrimas, para que ela não note. Ela me olha de relance. Usava apenas uma camisa grande, deixando suas pernas descobertas. Seu longo cabelo negro e molhado caía sobre seus ombros. Ela...estava muito bonita. E eu não sei porque estou reparando nisso, depois do que aconteceu.

Camila: Eu vou para casa.

Falei calmamente. Já não me sentia bem ali, eu não queria ouvir mais suas palavras, saindo como balas que furavam minha alma.

Lauren: Não vai não. A não ser que queira ser estuprada, ou pior ainda. E dessa vez, eu não vou estar lá para te ajudar.

Ela falou de maneira fria. E por muito que me magoasse ouvir o que ela falou, era verdade. Eu não podia sair daqui agora, corria perigo certo. Estava presa aqui, e com ela agindo dessa forma comigo, nem sei o que era pior.

Camila: Ok, mas eu saio esta manhã.

Falei da mesma forma, fria e direta. Ela me encarou, mas logo desviou o olhar, como se não desse a minima para o que eu ia fazer.

Lauren: Como queira.

Ela se sentou no colchão, parecia se preparar para dormir. Eu fiquei quieta no sofá. Nem sabia o que fazer. Nem sabia se ia conseguir dormir. Ela me encarou, e viu que eu parecia meio perdida, sem saber bem onde devia dormir.

Lauren: Tem ali uma manta, se sentir frio. Boa noite.

Foi tudo o que ela falou, apontando para o braço do sofá. Pelos vistos queria que eu dormisse no sofá. Eu alcancei a tal manta, que era muito fininha. Estava escuro, apenas a luz da tv surgia pelo quarto. Me perguntei o que fazia aqui. Me sentia tão sozinha, perdida. E estava imenso frio. Não me saiam suas palavras crueis da cabeça. Rolavam lágrimas pela minha face, em silêncio. Não queria viver isso, nunca mais.

(...)

O dia estava nascendo, e eu estava caminhando até á escola. Estava indo por algum beco, que ia lá ter. Ia com pressa, já estava atrasada. Quando de repente, sinto alguém me encostando á parede. Não podia acreditar...Era ele. O homem que me atacou ontem.

Homem: Teve saudades minhas, vadia?

Ele falou próximo de mim. Seu hálito a álcool era insuportável.

Camila: Me solta! Socorro, alguém me ajuda, por favor!

Comecei gritando, mas ninguém parecia ouvir. Parece que o meu grito ecoava por todo o lado. Não havia ninguém em quilómetros.

Homem: Dessa vez não vai fugir, sua cabra.

Ele falou bem no meu ouvido. O pânico instalou-se por meu corpo. As lágrimas já escorriam sem parar. Estava paralisada, não me conseguia mexer. Ele me pressionou com imensa força contra a parede. Começou tirando minha roupa. Tirou minhas calças, de seguida meu top. Eu tentava gritar, mas faltava-me o ar. Quando ele arrancou meu soutien, e me agarrou com força nos peitos. Uma dor insuportável surgiu naquela zona. Arrancou minha calcinha, e penetrou com força em minha intimidade. Parecia que ia morrer de dores. Mas não achando suficiente, me deu um soco com toda a força na cara. Já não sentia nada. Só sentia o sangue escorrendo por meu corpo todo. Por minha boca, minhas pernas...Estava morrendo ali, e ninguém iria saber. As lágrimas misturavam-se com o sangue. Nunca me senti tão fraca. O ar me faltou. Uma pequena luz surgiu, no escuro.



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