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História Give me your love - Stratford


Escrita por: Belanny23

Capítulo 2 - Stratford


Fanfic / Fanfiction Give me your love - Stratford

– Conte-me o que sente.

– Nesse exato momento ou por todo esse tempo? Não importa, de qualquer forma, eu sinto raiva. Não quero estar aqui e não vou mais voltar. Sinto muito por te fazer perder dinheiro. – sorri cínica e ela anotou tudo no bloco de papel irritante.

Rolei os olhos e olhei para o cronometro, ainda faltavam cinco minutos.

– Eu já posso ir? Você nem ao menos se importa não é? Contanto que eu pague. Whatever, eu vou embora e obrigada por me fazer perder uma hora do meu dia. – me levantei da cadeira e sai porta a fora.

Eu até cogitei a hipótese de ela dizer algo ou me impedir, mas não foi isso que aconteceu. Daniel estava sentado na sala de espera e assim que passei por ali ele se levantou.

– E então? – ele estava esperançoso o que era engraçado. Era como se ele ainda acreditasse que eu tinha jeito, pelo menos era isso que ele tentava se convencer.

– Jogou duzentos dólares no lixo e eu perdi uma hora do meu dia. Vamos?

 

- Justin Point’s Of View -

– Ontem tivemos um bom show. Nova Jersey é sempre boa. – Scooter comentou enquanto subíamos para o ônibus para voltar ao hotel. Ergui as sobrancelhas e sorri fraco concordando. Joguei-me no sofá cansado, não fisicamente, mas psicologicamente. Eu gostava do meu trabalho, ele era a minha válvula de escape, mas ao mesmo tempo era do que eu fugia.

Quem diria que Justin Bieber seria um cara de dezenove anos triste? Até mesmo solitário. Estar rodeado de pessoas e ao mesmo tempo estar sozinho. Ser famoso tem suas vantagens, mas as desvantagens são desgastantes. Eu tenho amigos, mas não sei dizer quantos ainda estão por aqui pelo Justin Drew e não pelo Bieber. Até mesmo os meus amigos antes da fama. Eu não sei quantos ainda permanecem comigo pela amizade verdadeira ou simplesmente por serem amigos de Justin Bieber. Não que eles fossem ruins, eu realmente tinha bons amigos, mas insistia em me sentir sozinho mesmo estando rodeado de pessoas.

Peguei meu notebook e entrei no RWT a fim de falar com Ela. Infelizmente ela não estava online. Larguei o computador de lado e relaxei no banco. Alfredo e Ryan começaram a conversar comigo sobre as novas musicas e dei atenção a eles. Mas o que eu realmente queria fazer era dormir por algumas horas, ou dias.

Assim que chegamos ao hotel, fui pro quarto tomei um banho e me preparei para dormir pelo menos um pouco. A noite seria longa, mas antes disso entrei mais uma vez no chat para ver se ela estava online e estava. Foi idiota sorrir, mas também foi inevitável. Sentei-me na cama e ajeitei o notebook no colo.

LonelyGirl: posso saber onde você estava? Por que não estava aqui me esperando?

Kidrauhl: você é sempre tão cheia de marra assim?

LonelyGirl: Whatever… Cheguei da terapia.

O estranho em ter uma amiga virtual é que você tem uma amiga virtual. Ela não te conhece. Nem sabe nada a não ser o que você deixa ela saber. Mas o estranho na minha relação com LonelyGirl é que ao contrario do habitual para uma relação virtual nós não escondíamos o nosso lado ruim. Nós mostrávamos os dois lados, eu sabia de grande parte da vida dela, em especial das cosias ruins e dos momentos difíceis que ela rinha passado. E ela também sabia as coisas ruins sobre mim mesmo não sabendo que eu era Justin Bieber. Para LonelyGirl eu era só mais um garoto que curte Beatles e algumas bandas de rock. Quem diria que um cantor pop, há quem diga ate que H&B escutaria rock? Pois é. Existe muita coisa por trás de um, simples, cantor.

Kidrauhl: Como foi? Muito ruim ou suportável?

LonelyGirl: se eu tivesse que escolher entre ficar naquela sala e beber vomito de elefante, eu escolheria a segunda opção! LoL.

Ri fraco. O humor ácido dela sempre era divertido, mesmo ela usando aquilo para encobrir seus problemas. Principalmente o problema com o pai dela. LonelyGirl tinha perdido a mãe no ano passado, pouco tempo antes de iniciarmos nossas conversas. Ela passava por um tempo difícil. Em pouco tempo de conversa eu já havia entendido que ela não tinha superado e não superaria com facilidade era difícil, eu não sabia como, porque nunca tinha sofrido do mesmo tipo de perda, mas eu imaginava o quanto ela sofria.

Kidrauhl: LMFAO

LonelyGirl: mas e você? Como andam as coisas? A barra ainda está difícil de aguentar? – ela perguntou.

Cocei a nuca e torci o lábio. Eu não queria trazer mais problemas pra ela. E eu sabia que quando contava dos meus problemas ela se preocupava. Acontecia o mesmo comigo. Mas ela sempre era sincera e eu também.

Kidrauhl: A cada dia o fardo se torna maior. Mas eu vou sobreviver.

Conversar com ela era algo que me fazia bem. Eu me sentia relaxado. Uma noite de sono não tinha o mesmo poder que uma tarde de conversa com ela. Eu ficava animado, me sentia vivo a cada hora que falava com ela.

Passamos a tarde inteira conversando, ela me fazia rir e eu a fazia rir. Ela teve que sair e só me dei conta do horário ai. Daqui duas horas eu teria mais um show. O segundo round em Nova Jersey.

Ninguém veio até o quarto me chamar, então eles deveriam achar que eu estava dormindo. Coloquei uma roupa e me preparei para sair, peguei o celular e no corredor encontrei Ryan, Chaz e Greg.

 

- Emma’s Point of view -

Sai do chat e fui tomar banho. Teria um jantar com Daniel, algo do gênero “pai e filha fingindo estar contentes”. Eu sinceramente não queria ir, mas Justin me convenceu a ir e tentar me dar bem com ele.

Era estranho o poder que ele tinha sob mim. Não que eu o obedecesse, claro que não. Não era como se ele me emposse ordens, eu somente seguia seus conselhos que na maioria das vezes eram úteis.

Tomei banho e coloquei uma roupa, um tanto, arrumada diferentemente do jeans e camisetas que eu usava normalmente. Era um shorts listrado e um sweater preto. Coloquei um par de notas e deixei meu cabelo solto. Peguei meu celular e desci as escadas, o relógio já marcava sete horas e Daniel disse que estaria aqui por volta das sete e meia. Sentei-me no sofá e coloquei meus fones de ouvido em um volume alto o suficiente para me desligar do mundo e alto o suficiente para não perceber quando Daniel chegou e me chamou.

– Foi mau, era Paramore então… – me desculpei sem graça e ele assentiu. Entrei no carro e seguimos para um restaurante no centro de Toronto. Eu preferiria mil vezes ir ao McDonalds, mas como havia dito, eu estava tentando me dar bem com meu pai.

– Como andam os seus amigos Emm? – perguntou em um tom de falsa pretensão. Rolei os olhos e forcei um sorriso.

– Os imaginários ou as miniaturas de Guerra nas Estrelas da minha estante? – ironizei e ele sorriu fraco.

– Emm…

– Os imaginários andam mais alegres do que nunca na minha mente, mas eles realmente odiaram ser analisados por uma terapeuta. – fiz uma voz de reprovação. – E as miniaturas devem estar bem, como Geórgia foi fazer faxina eles não estão empoeirados então devem estar felizes. – disse com um sorriso irônico largo nos lábios e ele riu fraco.

– Eu estou falando sério Em… Você deveria ter amigos. Eu não sei…

– Pai, eu não preciso de amigos. Eu sou autossuficiente.

– Eu sei que é. Mas por onde anda Carly? Vocês eram amigas no maternal.

Rolei os olhos mais uma vez. – Carly virou uma vadiazinha metida que só sabe se preocupar com as unhas e em qual pedaço de pano vai usar para chamar a atenção dos jogadores de hóquei. – bufei. – Não somos mais amigas desde o ginásio. E você deveria agradecer por isso.

– Mas ela era um doce de garota…

Ele comentou baixo, mais para si mesmo do que para mim.

Chegamos ao restaurante e Daniel foi à frente, já tinha uma reserva ali e nos sentamos. Era uma mesa para quatro pessoas. Estranhei, mas não disse nada.

– Vamos fazer nossos pedidos? – sugeri pegando o cardápio.

– Hmm… Emm eu…

– Dan, me desculpe o atraso eu tive um imprevisto hoje a tarde. – uma mulher surgiu atrás de mim e se curvou beijando os lábios e Daniel. Ela se sentou a cadeira ao lado dele e olhei aquilo sem entender, mas ao mesmo tempo com raiva.

– E você deve ser Emma! É um prazer conhecê-la querida. – a mulher se curvou e beijou minha bochecha.

Eu estava chocada, paralisada e enojada.

Olhei para Daniel cobrando explicações.

– Emm essa é Patrícia…

– Você está com outra mulher?

– Emm eu e Patrícia estamos em um relacionamento e esse foi o propósito desse jantar. Vocês se conhecerem. – a voz de Daniel tentava tornar a situação menos pior do que era. Eu simplesmente fiquei sem palavras, ou talvez eu estivesse repleta delas, mas estava chocada demais para conseguir dizer algo.

Eu sabia que Daniel se relacionava com outras mulheres por entre esses anos, mas ele nunca havia planejado um jantar para que eu as conhecesse. Pelo contrario, ele fazia de tudo para que eu não tivesse conhecimento da sua vida amorosa. Mas dessa vez, ele tinha planejado isso. Então só me restava acreditar que era um relacionamento sério.

– Daniel fala muito de você querida. Estou honrada em conhecê-la. – a voz dela era tão doce quanto um founde de chocolate. E aquilo me dava náuseas.

E estava prestes a voar no pescoço dela, ou melhor, eu estava prestes a explodir criando uma cena no meio daquele restaurante. Mas eu respirava fundo, controlava minha respiração para não ter uma crise nervosa.

– Jura? Mas ele nunca me falou de você. – o cinismo me dominava.

Ela sorriu nervosa e Daniel sorriu forcado.

– Quando você pretendia me contar que está traindo a minha mãe, pai? – grunhi.

– Espere, Daniel não é mais casado Emma.

– Quem falou com você? Cala a boca e se manda porque isso era pra ser um jantar de família. E você não faz e nunca vai fazer parte dessa entendeu? – rebati.

– Emma! – Daniel disse com a voz grossa.

O olhei incrédula e me levantei da mesa saindo dali ignorando eles me chamando.

Andei apressada pelas ruas e olhei para trás para ver se Daniel me seguia, assim que ele passou pela porta do restaurante entrei em uma rua qualquer. Atravessei aquela espécie de beco e cheguei ate a outra rua. Olhei para os lados e comecei uma caminhada sem rumo e solitária. 

 

- Justin’s Point of view -

– Obrigada NJ eu amo vocês! – disse e andei até a plataforma enquanto escutava a plateia gritar loucamente.

Sorrir era inevitável. Todas aquelas pessoas estavam ali por mim e eu estava ali por elas. O amor que elas tinham por mim era algo louco, mas que me fazia bem. Os fãs eram a razão de tudo. De cada mínima coisa que eu consegui. Cada simples coisa só consegui porque eles acreditaram em mim. Acreditaram no meu potencial. E em tudo que eu posso fazer. O mínimo que eu tenho que fazer é agradecer todos os dias. E fazer o sonho de todos realidade porque eles fizeram o meu.

Entrei no backstage e todos me parabenizaram por receber o prêmio de álbum mais vendido da história. Nem eu estava acreditando ainda. Minha euforia era tão grande que eu não conseguia tirar o sorriso do rosto.

Tomei um banho e coloquei uma roupa. Os garotos tinham dado a ideia de ir para uma boate, aceitei a ideia estava mesmo animado para me divertir. Antes disso fomos para o hotel, quando entrei no meu quarto vi o notebook na cama e senti uma enorme vontade de ver se ela estava online. Mas se eu olhasse e ela estivesse eu desistiria de sair para ficar conversando com ela. E os garotos já estavam percebendo que eu estava estranho esses dias. Logo eles voltariam para o Canadá e era justo eu curtir o resto do tempo com eles.

Troquei de roupa e sai do quarto, os garotos já estavam no lobby me esperando.


Notas Finais


É isso amores, estão gostando? Espero sim!


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