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História Give me your love - Stratford II


Escrita por: Belanny23

Notas do Autor


Eu sei que tá cedinho, mas vou pedir de antemão... Quem for leitor fantasminha, aparece tá? Eu adoro quando vcs aparecem <3
E também é indispensável para a continuação da fic que vcs apareçam e me motivem *-*.

Boa leitura!

Capítulo 3 - Stratford II


Fanfic / Fanfiction Give me your love - Stratford II

- Emma’s Point of view -

Depois de passar horas chorando por nada, ou talvez por tudo. Às vezes de tanto chorar, isso acaba se tornando uma mania. Eu sentia raiva de Daniel por ele ser tão sujo ao ponto de colocar outra mulher ocupando o lugar da minha mãe na vida dele. Odiava Patrícia simplesmente pela existência dispensável dela. Odiava ao Kidrauhl pelo fato de ele não estar online quando eu mais precisava xingar. Odiava também o fato de ser quinta feira à noite e amanha ter aula. E eu também odiava o fato de estar pensando em tudo isso ao invés de simplesmente fechar os olhos e dormir.

Eu havia chegado em casa por volta das onze talvez… Não sei ao certo. A hora era o que menos me preocupava. Ignorei o tempo, assim como ignorei todas as ligações de Daniel para o meu celular. Ignorei também o vento frio que bateu em meu corpo por todo o caminho a pé de volta para casa e ignorei o fato de me sentir vazia mais uma vez. Ignorei o sermão que Daniel me deu quando abri a porta de casa. Ignorei cada silaba que ele disse.

Quando as coisas começavam a ficar “toleráveis” algo tinha que estragar tudo. É claro, nada é perfeito. E se perfeição existisse eu certamente a odiaria pelo simples fato de ser perfeita.

Complicado? Eu sei.

Acabei dormindo, de maquiagem, como sempre. Na manha seguinte me levantei a contra gosto com o barulho de Sober da Pink no volume máximo para que eu realmente levantasse.

Arrastei-me ate o chuveiro e depois ate o closet, tropecei em meus próprios pés quando desci as escadas e esbarrei em duas outras paredes de tanto sono que sentia. Coloquei meus óculos escuros para esconder a minha cara de sono.

Não me preocupei em ir ate a cozinha comer algo, não queria sentir o desprazer de ter que me encontrar com Daniel. Eu sentia fome, mas suportaria isso até a hora do intervalo no colégio. Propus-me a ir andando, novamente ao som da minha playlist especial de ida e volta ate o colégio.

Um fato interessante em se estudar em uma escola publica canadense é que: (a) não importa o quão baixas as temperaturas estejam, sempre haverão lideres de torcida vestindo roupas curtas como se fossem imunes ao frio. (B) ou os garotos são trogloditas lindos e idiotas, ou são nerds ridículos.

Andei até o meu armário peguei minhas coisas e caminhei ate a aula de física. É claro, sempre haviam os seres desprovidos de inteligência que estavam ali somente para me apelidar ou esbarrar e derrubar meus livros… Como se eu me importasse.

Entrei na sala e me sentei perto da janela, minha cadeira era exatamente no meio da fileira o que não me classificava nem como os nerds na frente, nem como os bagunceiros do fundo.

Eu não era o tipo de gênio, com um QI alto, mas eu dava um jeito. As aulas se passaram tão lentamente quanto a minha vontade de ficar ali. Eu teria aulas à tarde, então me direcionei para a lanchonete e comprei algo pra comer como almoço. Fui para o jardim e me sentei em um local discreto o suficiente para ninguém sentir vontade de ir e me deixar em paz.

Abri o notebook e graças a uma maravilha tecnológica chamada internet móvel consegui entrar no chat. Kidrauhl estava online.

Kidrauhl: quem é vivo sempre aparece!

LonelyGirl: Como voce sumiu ontem? Eu precisava gritar com alguém! - briguei e ri pela expressão de raiva que eu fiz sem nem ao menos estar falando com ele frente e a frente.

Kidrauhl: Foi mau, tive que trabalhar a noite… E depois sai com uns amigos.

LonelyGirl: E depois ainda vem dizer que sua vida é pior que a minha whatever! Vou te dizer uma coisa: I HATE MY LIFE

Kidrauhl: Não diz isso, você me prometeu que iria tentar! – o jeito que ele digitava me fazia ficar imaginando como seria sua voz as dizendo. O jeito como seria suas feições, bravas, sorridentes, tristes… Era uma curiosidade normal em um relacionamento virtual.

LonelyGirl: E eu tentei! Mas adivinha o que aconteceu no “jantar em família”? Aquilo tudo foi ao uma desculpa pra ele me apresentar pra nova namorada, vulgo, vadia com voz de pônei colorido! – o barulho dos meus dedos se chocando com as teclas era tão alto que eu cheguei a me assustar com os baques.

Kidrauhl: Vadia com voz de pônei colorido? LMFAO, dessa vez você se superou. – em sequencia ele colocou varias carinhas risonhas.

Rolei os olhos, mas ri fraco.

LonelyGirl: Whatever… Eu odeio o meu pai!

Joguei minhas costas contra o tronco da arvore em que estava apoiada e suspirei irritada em ter que recordar de tudo aquilo.

Kidrauhl: Lonely você já tentou escutar ele pra valer? É sério! Talvez ele possa te explicar tudo isso. Dá uma chance vai!

LonelyGirl: Agora você esta do lado dele? Homens! Eu dei uma chance e ele me decepcionou.

– Vejamos se não é a Stewart. – a voz enjoada de Carly soou por ali e levantei o olhar encarando a figura dela a minha frente.

Carly era o tipo de garota que você odeia simplesmente por odiar. Nós éramos amigas no jardim de infância, é claro, essa é uma desculpa pra eu ter sido amiga de uma pessoa como ela. Qual é! Eu estava no primário, não tinha nada na cabeça além de bonecas e cookies molhados no leite. Que seja… Chegamos ao ginásio, Carly virou uma vadia e eu virei… Bem, eu continuei sendo eu. Quer dizer, eu mudei um pouco de estilo depois de tudo, mas ainda sim continuei sendo a Emma, que passou a ser odiada por todos e apelidada todos os dias… Linda história não? Eu também acho.

– Olá Pender! Que desprazer ter que olhar nessa sua cara nojenta e rebocada de base. – ironizei sorrindo forcado.

– Já você parece não ter sido apresentada para um bom kit de maquiagem. – zombou.

– Me diga, você se importa tanto assim comigo a ponto de vir aqui só me perturbar?

Ela riu sarcástica. – Emma você realmente acha que tem importância na vida de alguém? Vamos analisar, você não tem amigos. Seu pai acha que você é louca e realmente tenho que concordar com ele. E sua mãe, ahh, a pobre coitada deve ter morrido de desgosto… – não esperei que ela terminasse. M levantei deixando o notebook de lado e a empurrei com forca a fazendo cair no chão.

– Pensa em falar da minha mãe pra você ver! Só pensa!

– Ou o que? Você se acha não é Emma? É tão ridícula e fraca quanto esses cortes no pulso. Além de louca ela se mutila! – gritou e algumas pessoas olharam para nós. A essa altura ela já estava em pé e não medi esforços em lançar a minha mão com força contra a face dela.

A raiva nunca foi um combustível que me motivava a fazer as coisas, mas eu simplesmente me sentia vulnerável quando as pessoas exploravam a minha fraqueza e com isso perdia o controle.

– Cala a boca!

Ela ficou imóvel por três ou quatro segundos e em seguida avançou pra cima de mim puxando meus cabelos. Acabamos caindo ao chão e rolando pela grama do jardim da escola enquanto tentávamos tentar matar uma a outra.

•••

– Emma Charlotte Stewart nem pense em subir essas escadas!

Quando eu já estava na metade da escada me virei com os braços cruzados olhando Daniel com tédio.

– Eu não sei mais o que fazer com você! – gritou passando a mão pelos cabelos nervoso. – Arrumar briga na escola? O que você é agora, uma marginal?

De vinte palavras que ele falava eu escutava apenas duas. Bem, 10% é bastante coisa.

Rolei os olhos e alternando o peso do meu corpo sob meus pés.

– Você vai repetir esse mesmo blá blá blá ate quando pai? Eu já estou farta de escutar sempre o mesmo discurso e você já deve estar farto de falar sempre as mesmas coisas não? – o interrompi irônica e ele me olhou bravo.

Daniel parou por alguns segundos e ficou me olhando com as mãos na cintura. Sua camiseta social estava dobrada na altura dos cotovelos e sua gravata já estava frouxa. Ele estava desarrumado e estressado. Eu riria se não estivesse tão tediosa. Não sei quanto segundos se passaram naquele silencio, mas me pareceu tempo demais porque meus calcanhares começaram a doer.

– Faça uma mala. – ordenou e me deu as costas.

– O que? Vai me despachar pra onde agora?

Daniel cocou os olhos e passou a mão pelos fios negros que formavam seu cabelo.

– Vamos passar o final de semana em Stratford. – anunciou baixo.

Se ele queria me castigar certamente tinha escolhido a pior forma. Eu não iria para o interior. Não que Stratford fosse uma cidade no estilo Texas ou Tenessee, mas comparando com Toronto aquilo era uma roça. Eu não gostava de lugares calmos, muito menos de lugares chatos. E Stratford era essas duas coisas juntas.

– O que? Eu não vou pra Stratford! – neguei firme batendo o pé no chão.

– Sim, nós vamos!

– Não. Não vamos!

– Sim nós vamos!

•••

– Por favor, seja educada. – Daniel disse e rolei os olhos aumentando o volume do iPod. – Eu estou falando sério Emma. É aniversario da mãe de Patricia e eles nos convidaram. Seja educada e os cumprimente. – informou retirando um dos meus fones.

– Claro papai. Serei tão gentil quando uma cadela no cio. – ironizei.

– Você não muda. Vamos fazer um acordo. – ele disse e tirei os fones de ouvido. –  Se você se comportar prometo te deixar ir naquele show do Muse em Los Angeles.

O que eu mais odiava nos pais era que eles tinham poder supremo sob as nossas vidas. Mas o que eu odiava também era o fato de eles usarem esse poder para nos chantagear da forma mais suja possível. Ele me olhou com um sorriso malicioso e cerrei os cílios contrariada com aquilo.

– Primeira fila e eu vou sozinha. – negociei e ele riu alto.

– Primeira fila ok. Sozinha… Vamos conversar.

Talvez não fosse tão ruim assim. Me virei para a janela e sorri comemorando por dentro por aquilo. O caminho era extremamente cansativo e tedioso. Dormi e acordei e ainda não tínhamos chegado. O tédio me dominava e o desespero também assim que fomos nos aproximando da “casa” deles. Era uma casa de campo, em um condomínio fechado e era ate luxuoso para uma casa em Stratford. Mas ainda sim, era uma casa de campo! Pior, não tinha sinal de celular. Como se não pudesse piorar. Eu não era viciada no celular, mas eu precisava do sinal de internet que havia nele. Eu não conversava com Kidrauhl por horas e já estava sentindo saudades.

– Você só pode estar brincando! – disse assim que ele estacionou o carro na frente da entrada, onde havia mais dois carros. Patrícia estava em pé na frente das escadas que levariam a porta.

– Pensa bem, primeira fila. Muse. Los Angeles. – reforçou o acordo enquanto tirava o cinto.

– Você é um homem mau. – declarei e ele riu.

– Não vai ser tão ruim. Patrícia tem um filho na sua faixa de idade. Você vão se dar bem.

Rolei os olhos e respirei fundo preparando meu lado “atriz” para encenar por todo o final de semana.

Desci do carro e peguei minha mochila no banco de trás. Andei atrás de Daniel e ele cumprimentou Patrícia apenas com um abraço em seguida ela olhou para mim, colocando as mãos no bolso da calca jeans.

– Olá Emma.

Daniel me olhou e sibilou. “Muse”. Fechei os olhos e forcei um sorriso.

– Olá Patrícia.

Seria mais difícil do que eu pensava.

Entrei naquela casa, que por sinal era realmente incrível. Não que fosse uma mansão, com objetos de decoração elegantes e etc. A casa era grande, mas a decoração era simples, nada de um trabalho profissional. Tinha um toque caseiro, estranho.

Conheci os pais de Patrícia. Diane e Bruce. Eles eram ate que… Legais. Não eram nem de longe o tipo de gente chata que aperta as bochechas dos netos e faz biscoitos. Eles pareciam ser corujas apenas com o tal “neto” que estaria chegando. Nunca tive avós, tantos os maternos quanto os paternos haviam morrido quando eu era pequena, ou melhor, eu tinha uma avó por parte de mãe, mas ela não me visitava nunca. E eu não a conhecia.

Patrícia me levou ate o quarto onde eu ficaria. Era um quarto comum, grande, uma cama de casal, um closet pequeno e um banheiro, nada demais.

– Espero que goste, se precisar de alguma coisa é só chamar. Eu vou estar lá embaixo com o Dan e os meus pais… Você pode descer ou… – pela minha feição tediosa ela entendeu que eu realmente não estava nem ai. – Tudo bem, fique a vontade.

Ela saiu e agradeci mentalmente por isso. Joguei minha mochila em qualquer lugar e me joguei na cama. Era confortável, fui ate a varanda e como já era noite as estrelas brilhavam no céu. Era realmente lindo. Na cidade eu não tinha essa visão, mas era realmente de se admirar. Não sei porque, mas a imagem de minha mãe me veio a cabeça, memórias e lembranças encheram a minha mente e os meus olhos de lagrimas. Eu sentia tanto a sua falta.

Ergui a cabeça para não deixar nenhuma lagrima cair e respirei fundo. Desci as escadas desleixada me sentei à sala, estava vazio por ali. Liguei a televisão e não passava nada de bom na televisão, andei ate a estante da frente que rodeava a televisão cheia de DVDs. Fui are a fileira da esquerda, mas por algum motivo, muito esquisito por sinal, havia CDS e DVDs do Justin Bieber. Qual é? Nada contra, mas Diane e Bruce não eram velhos demais para gostarem de Justin Bieber?

Fui tirando os CDS e havia tipo, vários CDS dele.

Patrícia e Daniel apareceram na sala abraçados e rindo.

– Tudo bem Emma? – papai perguntou.

– Não. Fala sério, por que só tem CDS e DVDs do Justin Bieber? Isso é algum tipo de coleção? – perguntei rindo com os CDS na mão, eles se entreolharam.

– Na verdade, Emma nos queremos te contar uma coisa e…

– Cadê a Dona Patrícia? Essa mãe desnaturada que larga o filho em turnê e sai por ai viajando? – um garoto disse alto em um tom divertido entrando na sala também, ele veio seguido de mais algumas pessoas que eu não identifiquei. Mas quando fitei o rosto do garoto meu queixo simplesmente caiu.


Notas Finais


EITAAAAAAAAAAAA :O

Surpresas acontecendo, agora o negócio vai começar a tomar rumo *-*

Vejo vocês amanhã, tchau meus dengos <3


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