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História Give Up, Natsu! Do not give up, Lucy. - Lucy version


Escrita por: KyubeyMoon

Capítulo 1 - Lucy version


Fanfic / Fanfiction Give Up, Natsu! Do not give up, Lucy. - Lucy version

Chorei dois dias seguidos por você, não um desses choros mansos que caem gota a gota no travesseiro sem causar muito estrago, mas um daqueles choros doídos que fazem o nosso corpo se retorcer na cama de tanta dor. Um choro vomitado com força de dentro da alma. Durante essas 48 horas eu senti cada pedacinho de mim queimar feito papel em brasa e achei, por diversas vezes, que não iria suportar. Mais uma vez não. Enquanto as lágrimas rolavam com brutalidade no meu rosto, eu me perguntava como é que tinha me permitido cair de novo daquele jeito, como foi que eu me deixei enganar com o seu papinho se já conhecia de cor e salteado o seu jogo?

Eu não lutei contra o meu desejo de despejar um oceano pelos olhos, nem tentei engolir os gritos que beiravam os meus lábios. Eu não tentei evitar aquele show patético, nem reprimi a minha vontade de reler as nossas mensagens e de olhar o seu perfil a cada quinze minutos com esperança de que houvesse alguma coisa lá que fosse pra mim. Eu não me segurei, nem me coagi, nem tentei fingir que estava tudo bem. Não tava. E eu não ia agir como se estivesse. Postei um bocado de indiretas em quase todas as redes sociais pra ver se alguma te atingia, mandei todas as mensagens que eu achei que deveria mandar, te xinguei e também me declarei, e fui ignorada sem sucesso porque eu não deixei barato, fui ao fundo do poço, perdi o pouco que me restava de dignidade e me humilhei da pior maneira pra ver se você voltava. Mas não adiantou nada.

No fundo, no fundo, eu sabia que nada do que eu fizesse adiantaria pra salvar a nossa história, mas precisava tentar. Eu precisava fazer de tudo antes de pular fora do barco e deixar que ele afundasse sozinho. Eu precisava sentir, sabe? Eu precisava sentir e viver o nosso ponto final, é que as vezes deixar doer é tudo o que se pode fazer. Ou eu expulsava aquilo de dentro mim ou aquilo iria me colocar pra fora mais dia ou menos dia. A gente só tira uma coisa de dentro de nós quando nos damos a chance de vive-la. Eu vivi. Deixei esses dias passarem em câmera lenta sem tentar controlar nenhum dos extintos que afloraram. Arranquei cabelo, roí unha, joguei fora nossas cartas, rasguei as nossas fotos e chorei. Chorei muito. Chorei até secar e adormecer em cima das minhas lágrimas. Chorei até acordar com os olhos secos e o coração vazio. A verdade é que a gente tem de sentir o nosso luto se quer fazer com que ele sare, a gente tem que encarar a nossa dor se quer fazer ela passar. Jogar pra baixo do tapete não faz sumir. Deixar de lado não cura. Eu precisei fazer papel de trouxa, chorar igual mocinha de cinema e sofrer pra conseguir reencontrar a minha felicidade. O mundo não acaba quando um romance chega ao fim, mas a gente só descobre isso quando deixa tudo morrer junto com ele pra poder renascer livre pra uma nova história. Eu permiti que a dor morresse enquanto engolia o fato de termos morrido também e no terceiro dia eu já estava pronta pra recomeçar sem ter você comigo.

Eu estou desistindo de você e dessa nossa história que de tão complicada deu nó, isso aqui já me magoou demais. Desisto de tratar como prioridade alguém que insiste em ser nada. Eu quis, quis muito que desse certo, acho que eu nunca quis tanto algo como eu quis você, mas eu desisto. Desisto de esperar por alguém que sabe onde me encontrar que me tem e faz tão pouco caso. Eu tenho perdido muito tempo com você e você não vale o efeito que causa, não vale as noites em claro, nem as minhas lágrimas. Eu fui melhor com você do que com qualquer outra pessoa e não há companhia no mundo que eu desejasse mais que a sua. Eu tentei, eu corri atrás, eu me importei, mas não era pra ser e eu não tenho mais tempo pra sofrer. É que eu sempre fui só mais uma. Mas eu só queria te lembrar que todas as coisas do mundo eu só queria que você tivesse ficado. Eu já fiz o que podia, disse o que precisava dizer, não há mais nada a fazer, depois de tantas idas e voltas, eu estou desistindo de você e colocando um fim no que não tem começo. Eu tenho um carinho infinito por você e sempre que alguém me perguntar qual foi a coisa mais complicada que já me aconteceu eu vou lembrar de você. É que nenhum papo vai me prender como o teu, nenhum perfume vai ser tão bom, é claro que a sua falta vai me doer todos os dias e a saudades vai sempre aparecer me fazendo querer voltar, mas estou deixando pra lá, tentando esquecer, se importa se eu ir sem avisar? É que eu nunca fui boa com despedidas. Eu me amo o suficiente pra não me deixar sofrer por um sentimento não correspondido. Esse é meu ultimo texto sobre você, esse é o nosso final. Eu só queria terminar dizendo que você foi o meu melhor erro, mas quer saber? Eu definitivamente desisto de você, Natsu!

De sua (quase) amada, Lucy!



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