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História Give Us A Little Love - Goodbye, my love


Escrita por: belalugosisdead

Notas do Autor


Gente, mil desculpas pela demora. Estou com uns probleminhas na escola e tive muito pouco tempo para escrever. But here I am.
Esse capítulo é o último da saga Hinata, pelo menos por enquanto.
Não sei se comentei com vocês, mas a cada três capítulos irei retratar a vida das três personagens principais da fic: Hina, Ino e TenTen.
Espero que gostem desse capítulo, ele está pequeno pois é apenas um epílogo. Quando a Era Hinata voltar, capítulos maiores virão.
Boa leitura!!!

Capítulo 3 - Goodbye, my love


 

Dirigia sem nenhuma pressa para casa. O celular ainda estava desbloqueado e jogado de qualquer jeito sobre o banco ao seu lado. Agora Hinata ouvia uma música calma. Quando estacionou na garagem de casa, respirou fundo e jogou os longos cabelos para o lado, pegando suas coisas e decidida a enfrentar os interrogatórios de sua mãe.

 

A casa estava totalmente escura quando abriu a porta da frente. Ouviu alguns ruídos vindos da sala de jantar e seus pés a levaram até lá, vendo a mãe sentada na ponta da mesa com um cigarro numa mão e uma taça de vinho na outra.

 

- Achei que não chegaria nunca. - ouviu a voz da mãe soar rouca e baixa.

 

Diferente do que Hinata pensava, ela não aparentava estar irritada ou algo do tipo, seu olhar estava vazio e opaco, sua expressão era neutra. 

 

- Desculpe. - foi tudo o que conseguiu dizer.

 

- O diretor da sua escola me ligou hoje. - a mulher tragou a fumaça do cigarro de modo elegante. - Disse que faltou a semana toda e, se continuar desse jeito vai acabar perdendo o ano.

 

- Mãe, eu ...

 

- Poupe-me de suas desculpas, Hinata! - ela gritou enfurecida. - Me diga, onde foi que errei com você?! Sempre fui uma ótima mãe, sempre cuidei bem de Hanabi e você!

 

- Você cuidou muito bem da Hanabi, mãe. - a morena disse irritada. - Mas de mim não, eu sempre fui ignorada nessa casa desde que nasci! Agora me diga, mamãe, onde foi que eu errei? O que EU fiz para você me odiar tanto?

 

- Olhe o que está dizendo, isso não é verdade! - defendeu-se a mais velha.

 

- Quantas vezes já esqueceu meu aniversário? Você nunca sequer foi em uma festa do dia das mães na minha escola! Nunca tinha tempo para conversar comigo e, não me venha falar que eu não te procurava porque eu procurava sim! - sentia as lágrimas caírem de seus olhos, suas pernas tremiam tanto que ela teve que se apoiar em uma cadeira próxima.

 

A mulher ficou calada, largando o cigarro e encarando a filha profundamente. 

 

- Eu achei ... achei que depois da morte de Hanabi, você iria mudar. Iria dar mais atenção para mim e ver que eu também estava sofrendo, não só você. Ela era minha irmã, eu a amava muito, mas não suportava o ciúme, você criou essa situação toda, mãe. - confessou a menor, abaixando a cabeça. 

 

Ela queria dizer tanta coisa, queria dizer o tanto que se sentiu um lixo por ser ignorada a vida toda por sua própria mãe, queria gritar palavras maldosas para ela, mas Hinata não conseguia. Ela simplesmente não conseguia. Apesar de tudo, a mulher sentada à sua frente era sua mãe e Hinata buscaria a atenção dela para sempre.

 

Sua surpresa foi tamanha quando sentiu os braços finos e delicados da mãe a rodearem, logo não era ela a única que chorava. A mãe a apertou contra o corpo, alisando os cabelos e se entregando ao choro como a filha.

 

- Perdoe-me Hinata, perdoe-me. - apertou mais a filha nos braços. - Eu sei que errei, a culpa é toda minha, você está assim por minha causa. Perdoe-me filha, por favor. - ela chorava copiosamente.

 

Hinata ficou sem fala. Seus olhos estavam arregalados e seu coração batia tão forte que ela achou que ele fosse explodir. Sua garganta estava seca, seu corpo todo tremia e seus pensamentos não estavam em ordem. 

 

Afastou os braços da mãe e encarou os olhos albinos tão iguais aos seus, a feição de tristeza mesclada com arrependimento lhe atingiu em cheio e mais uma vez sentiu um peso enorme em suas costas. 

 

- Eu perdoo você, mãe. - disse num sussurro, seus lábios ameaçando um sorriso. 

 

A mulher mais uma vez a abraçou, colocando o rosto entre seu pescoço e alisando seus cabelos. 

 

- Eu prometo, Hina, prometo que tudo vai melhor a partir de agora. Prometo que nunca mais decepcionarei você. Prometo.

 

Hinata e a mãe foram jantar fora naquele dia. As duas conversaram bastante e Hinata se permitiu expor todos os acontecimentos recentes para a mãe, a reação da mais velha fora totalmente diferente do que a mais nova pensava. Hanna havia entendido e apoiado a filha.

 

Na volta para casa, as duas riram e cantaram Back To Black juntas no carro. Hinata estava tão feliz que sentia que nada poderia acabar com sua noite, mas toda sua felicidade fora para o ralo quando, aproximando-se da mansão, viu uma pessoa parada perto de uma moto.

 

- Hina, quem é aquele? - ouviu a mãe perguntar quando estacionaram o carro.

 

- Mãe, será que você poderia me esperar lá dentro? Não irei demorar. - pediu saindo do carro, vendo o olhar curioso de sua mãe.

 

Aproximando-se da entrada da casa, a jovem pôde ter uma visão mais clara da pessoa parada mexendo no celular. Assustou-se um pouco mas respirou fundo e estalou os dedos, vendo a cabeça se levantar e os olhos escuros pousarem em si.

 

- O que você está fazendo aqui? - sua voz saiu séria.

 

- Vim saber como você estava. - respondeu o outro, guardando o celular no bolso.

 

- Eu estou bem, Sasuke. Já pode ir embora agora. - falou impaciente, já virando para entrar em casa.

 

- Hinata, espera. - Sasuke segurou o braço da garota e a virou para si. - Não fique agindo que nem uma criança.

 

- Criança? Quem vive agindo como uma criança é você, não se decide, não sabe o que quer da vida! Sabe? Eu estou cansada disso, cansei de ficar em escanteio. Cansei de ser a vadia que você só procura quando está bêbado ou triste. - ela despejou, não importando com o impacto das palavras. 

 

- Você acha que é assim? Eu te amo, Hinata! Amo mais do que qualquer pessoa. - confessou, tentando prendê-la em seus braços.

 

- Você só diz isso quando está revirando os olhos na cama, não significa nada!

 

- Como pode saber que não é verdade? Não duvide dos meus sentimentos. - ele alertou, o olhar ficando mais sombrio.

 

Hinata sustentou o olhar dele, não pensou em baixar a cabeça nem por um minuto.

 

- Estou indo embora amanhã. - disse por fim, vendo a surpresa no rosto dele.

 

- Como assim? - soltou-a e afastou-se um pouco. - Vai embora pra onde?

 

- Vou terminar meus estudos nos Estados Unidos, minha mãe achou melhor e nós vamos nos mudar para lá.

 

- Desde quando você conversa com sua mãe? - aquilo fora um tapa no rosto dela.

 

- Desde hoje, Sasuke. - não quis detalhar o momento dela com a mãe. - Vamos embora amanhã.

 

- Você não pode ir, não pode me abandonar assim, Hinata! Você não pensou em mim nem por um segundo antes de aceitar essa merda? - ele parecia realmente magoado.

 

- Muito pelo contrário, pensei e muito. - disse com sinceridade. - Agora eu entendo porquê meu pai foi embora, esse lugar era muito doloroso para ele. A casa lembra Hanabi, cada rua, esquina e lugar lembra. Se quero realmente ser feliz, preciso sair daqui e enterrar de vez a memória dela. 

 

- Você pode mudar de cidade, ou ... ou até de estado, mas não de país! Não pra outro continente! - ele gritou irritado.

 

- Eu posso fazer o que eu quiser, Sasuke. - a resposta dela o pegou desprevenido.

 

Ele ficou calado por um momento, tentando processar toda aquela informação. Ele não queria perdê-la, ele não podia perdê-la.

 

- Já contou para Sakura? - ele desviou o olhar.

 

- Já. - cruzou os braços. - Ela super apoiou, tanto ela quanto Naruto. 

 

- Como ...?

 

- Não precisa fazer drama, Sasuke. Karin estará com você, ela te ama demais. 

 

- Não ouse falar de amor, Hinata. Você não sabe o que é isso, só ama si mesma. Só importa consigo mesmo! - ele apontou o dedo para ela.

 

- Sério que você vai iniciar esse papo? Você não entende? Eu não posso ficar aqui, Sasuke! Eu nunca serei feliz aqui!

 

- Você será feliz comigo! Quando terminarmos a escola, podemos sair daqui, podemos ir para Tokyo, podemos ser feliz! - ele fez menção de se aproximar novamente, mas Hinata o deteve com um sinal.

 

- Não. Você vai ser feliz, pare de ser egoísta!

 

- Quem está sendo egoísta é você, não pensa em mim? Em como vou ficar depois que você for embora?

 

- Eu preciso entrar para arrumar minhas coisas. - ela não o respondeu.

 

- Então isso é um adeus? - as pernas deles vacilaram por um momento, mas Sasuke manteve-se firme.

 

- Sim. - por um momento ela se deixou vacilar e o abraçou. - Vamos nos encontrar novamente.

 

- E se demorar muito? E se você estiver casada? - ele a afastou e a olhou nos olhos.

 

- Não estarei. - sorriu docemente.

 

Sasuke deu um sorriso triste e a afastou, não querendo prolongar mais o seu sofrimento. Colocou o capacete e montou na moto, ligando o motor. Ele não a olhou enquanto acelerava, de agora em diante tentaria esquecer a morena de olhos perolados. 

 

A jovem Hyuuga demorou um pouco para entrar dentro de casa, sua mãe a esperava na sala de jantar e lhe sorriu triste. Ela, provavelmente, tinha adivinhado o que tinha acontecido.

 

- Eu vou subir e ... arrumar minhas coisas. - anunciou já subindo as escadas.

 

- Tudo bem. 

 

A mãe sabia que ela estava mentindo. Hinata não correu para o quarto para arrumar as malas e, sim, para jogar-se na cama e chorar. As lágrimas desciam sem qualquer pudor e logo os soluços vieram, trazendo mais angústia e melancolia para seu coração.

 

Ela sabia que talvez nunca mais fosse vê-lo, mas ela não podia pensar nisso agora. Ela tinha que seguir em frente, tentar ser feliz e esquecer o seu primeiro amor. 

 

*****************

 

Quando o dia começou chuvoso naquela manhã, Hinata passou alguns minutos olhando pela janela do quarto, observando a rua vazia lá fora, enquanto as gotas da chuva forte batiam contra a janela.

 

Mil e um pensamentos rondaram sua cabeça, todos com um único nome e um único rosto. Sasuke. Ela sentia seu coração despedaçado no peito, suas mãos ainda tremiam como suas pernas, fora muito difícil dizer adeus a ele, dizer adeus a tudo o que viveram.

 

Mas ela não podia negar que algumas coisas que falara para ele era pura verdade, ela era apenas a outra, ela só servia para fazer sexo. Foi por um impulso que pegou o celular e apagou todas as mensagens, ligações e fotos que tinha com ele, bloqueou até o número.

 

Ela não chorava, não podia se dar ao luxo de chorar. Ela era uma garota forte, ou tentava pensar desse jeito. Queria recomeçar, queria dar uma chance a si mesma. As malas já estavam prontas e postas ao lado da porta, seu quarto já não parecia mais seu.

 

Quando a mãe veio lhe acordar, Hinata já estava de banho tomado e escolhia a roupa. Ouviu dizer da mãe que naquela época do ano fazia muito calor na Califórnia, então ela optou por roupas frescas.

 

Descendo as escadas ela sentiu o celular vibrar no bolso, pegou-o e viu que era uma ligação de Sakura. Ela não queria atender. Ela não iria atender. 

 

Hanna já estava dando instruções para os empregados, seus avós a esperavam na sala de estar.

 

- Oh queria, fico tão feliz por você e por sua mãe. - ouviu a avó dizer, enquanto se levantava e abraçava a neta.

 

- Estou muito orgulhoso das duas, Hinata. - a voz vibrante do avô a arrepiou. - Depois de tudo o que aconteceu, tudo o que eu mais queria era que vocês se acertassem e pudessem seguir em frente.

 

- Obrigada, vô. - a jovem o abraçou apertado, sentindo o cheiro amadeirado do avô. - Vocês irão nos visitar, certo?

 

- Sempre que pudermos. - a senhora respondeu, lançando-lhe um sorriso carinhoso.

 

- Hina, Neji disse que sente muito por não estar aqui. Mas ele está em Osaka resolvendo uns problemas da empresa. - sentiu a mãe chegar perto. 

 

- Eu mando uma mensagem para ele depois. 

 

- Bem, vamos? Nosso vôo é daqui duas horas. - Hanna avisou, pegando sua bolsa em cima da poltrona da sala.

 

- Tenham uma boa viagem e nos ligue quando chegarem. Não queremos ficar preocupados. - avisou o avô, seguindo as duas para fora da casa.

 

- Pode deixar, pai. - Hanna respondeu, abraçando o pai e a mãe.

 

Entraram no carro, Hanna no lado do motorista e Hinata do carona. As duas se olharam e sabiam que não precisavam de palavras naquele momento. As duas entendiam o que cada uma queria dizer apenas pela troca de olhares. Sorrindo, a mais velha ligou o rádio do carro e uma melodia calma começou a tocar. Hinata apoiou o braço direito na porta do carro e ficou olhando a casa se afastar pelo retrovisor.

 

Passou em frente a rua da casa de Sakura, fazendo uma despedida silenciosa. Passaram pela mansão dos Uchiha e Hinata pôde jurar que sentiu os olhos intensos de Sasuke em si. Ela precisava parar com aquilo, precisava esquecer tudo o que havia vivido naquela cidade. 

 

A chuva tinha diminuído, mas o céu continuava cinzento. Ela se despediu da sorveteria preferida de sua irmã, do parque de diversões e do rio que rondava toda a cidade. Ela sentiu um alívio enorme no peito ao ver a placa que anunciava a saída da cidade de Konoha, a sua saída em busca de uma nova vida.

 

Ela não sabia o que a esperava no estrangeiro, mas, pela primeira vez em sua vida, ela não sentiu medo do duvidoso. Sua ânsia por esquecer tudo de ruim que havia acontecido na sua vida durante todos esses anos era maior que seu medo. Agora ela deveria se abrir para o incerto, prometeu a si mesma ser uma pessoa diferente, prometeu dar a si mais uma chance.

 

Quando avistou o aeroporto internacional de Suna, a cidade vizinha, sentiu um arrepio na espinha. Tudo aconteceu muito rápido para ela, logo já estava sentada ao lado da mãe na primeira classe do vôo 527, com destino à Califórnia.

 

- Você vai amar a casa, é tão grande e tem janelas por todos os lados. - ouvia Hanna tagarelar. Ela parecia tão feliz e tão animada.

 

Hinata permitiu-se sorrir, dando ainda mais animação à mãe. Quando a voz da aeromoça avisou que já iriam decolar, seu coração deu um pulo. Não tinha mais volta, ela realmente estava fazendo aquilo.

 

Pela janela do avião Hinata despediu-se de sua antiga vida e recebeu seu novo destino de braços abertos. 

 

( ... )


Notas Finais


Comentários?? Quero saber o que estão achando da história!!!
Obrigada a todos que acompanham e estão sempre comentando, vocês me fazem querer continuar cada vez mais!!!
O próximo capítulo não tem data ainda, mas posso adiantar que será carregado de emoção.
Um grande beijo e até o próximo!!!


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