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História Glass or Ice Heart? - Sorrisos


Escrita por: laurherond

Notas do Autor


EU SEI!
EU sei que demorei mais do que eu já demoro (e eu sei que é muito)... Mas eu estive de castigo e bem na semana que a MC (que também demorou pra caralho pra betar, nem lembro desde quando essa joça estava com ela) me mandou.
Acabei de arrumar ele, e fiz isso da maneira mais rápida que consegui. Então se acharem algum erro, me avisem ♥
Boa leitura!

Capítulo 18 - Sorrisos


 

“Estava sorrindo. Quando sorria seu rosto parecia uma janela aberta.

— Moça com Brinco de Pérola.”

 

Clarissa

Jace sorria, assim que cheguei perto ele me olhou de cima a baixo, seu olhar era malicioso e eu me amaldiçoei por ser tão branca, porque assim que seu olhar voltou para o meu rosto ele estava pegando fogo. Como sempre.

— Sabe, pensei em vir te pegar de moto, mas achei que você me mataria, já que está de vestido. — Eu sorri docilmente.

— Você pode ter certeza que eu mataria, aliás, eu quase matei. — Dei mais um passo.

— Posso saber porque? — Suas mãos agora em cada lado do meu quadril.

— Porque você não sabe manter a boca fechada. — Ele sorriu como o diabo.

— Ainda bem, não? — E então antes que eu pudesse discordar a sua boca estava aberta na minha, em um beijo calmo.

Nos separamos um pouco depois.

— Acho que posso rever a minha opinião.

Jace assentiu rindo e me beijou de novo.

— QUE EU SAIBA, É PRA VOCÊS IREM JANTAR! — Nos separamos enquanto Jonathan berrava da porta aberta, vi um vulto loiro com uma camiseta dele indo para cozinha.

Jace negou e eu me virei de frente para porta, mostrando o dedo do meio. Jonathan riu e fechou a porta.

— Ele não tem jeito. Acho que todos os nossos amigos são voyeurs. — Franzi as sobrancelhas.

— Bom, não temos como trocar? — Jace olhava para mim, a porta do carona aberta.

— Oh, temos um cavalheiro aqui.. — Sorri entrando no carro. Jace a fechou, dando a volta no carro e entrando no lado do motorista. — E eu acho que está muito tarde para trocar s nossos amigos por outros.

Jace riu.

Seguimos pelas ruas em silêncio, com músicas tocando e sorrisos e olhares trocados. Não reparei quanto tempo ficamos dentro do carro rodando a cidade.

Passamos em frente à entrada de um restaurante que era bem conhecido pelo seu ambiente romântico e confortável. Jace estacionou o carro na esquina, já que o restaurante não tinha nenhum estacionamento.

Desci do carro enquanto Jace ainda dava a volta para o meu lado, sorri e ele fechou a porta me dando a mão em seguida, sorrindo eu aceitei.

O restaurante era bonito, com algumas mesas na parte externa, assim que entramos eu me vi em um lugar confortável e bem iluminado. Jace nos levou até o balcão de recepção, ele ainda sorria, o que fez a moça morena, com uma maquiagem mais pesada se derreter toda.

— Boa noite. — Ela falou um nenhum momento pareceu notar de fato a minha presença.

— Boa noite. Reserva para dois, sala privada, em nome de Jace Herondale. — A moça olhou para mim e eu sorri, ela parecia estar meio chocada com o Herondale.

A família de Jace era bem conhecida, tinham uma grande empresa internacional, e que obviamente tinha uma grande quantidade de dinheiro. E mal ou bem Jace estava presente junto com os pais em alguns eventos, o mesmo acontecia comigo e com Jonathan.

A moça abaixou a cabeça fazendo a busca pela reserva.

— Quem era a menina com Jon?

— Uma... amiga. — Jace riu.

— Nenhuma novidade.

A moça levantou e sorriu, sinalizou que deveríamos acompanha-la.

Ela nos levou até um corredor, com algumas salas com portas sanfonadas, abriu uma e ali tinha uma mesa decorada, a iluminação era mais baixa e tinha uma vela. Algumas flores pelo ambiente e uma janela enorme com vista para um jardim de tirar o fôlego.

Jace se adiantou e puxou a cadeira para mim. Logo ele também estava sentado na minha frente. E bem nesse momento o garçom entrou pela porta com dois cardápios.

Jace escolheu por nós, e o garçom nos deixou.

— Então...? — Jace indagou.

— Acho que você já sabe bastante sobre mim, podemos falar de você um pouco, não?

— Tudo bem, justo.

O garçom entrou com a bebida.

— Me fale da sua infância.

— Foi boa, normal. Cresci em Londres, em uma casa enorme, com um pátio que mais parecia um sitio. Você iria adorar, tinha cavalos. Era um paraíso. — Ele parecia feliz, nostálgico falando.

— Só imagino. Você tinha algum cavalo?

— Tenho, meus avôs ainda moram lá. Depois que a gente saiu do sitio e foi para a cidade. Eles cuidam de tudo aquilo juntamente com alguns empregados e caseiros. É o contrário daqui, que é: barulho, movimento e muita gente. Eu gosto de lá.

— Deve ser muito bom, eu já viajei para lugares assim, mas nunca morei. Apenas aqui em Nova Iorque e em Los Angeles. Ambas são cidades superpopulosas.

— Era muito bom. Mas quando eu fiz dez anos nos mudamos para a capital, e ficamos por lá. E então hoje eu estou aqui. — Era notável que Jace não queria falar sobre algumas coisas. Não insisti.

— Só imaginando o ar sem essa poluição. — Rimos.

— É maravilhoso, parece que eu estou em outro mundo. Eu amo aquele lugar.

— Eu sinto falta do clima de Los Angeles. — Confessei. — É totalmente diferente daqui, lá o clima é mais praiano. E eu adoro aquilo lá. Mas era chato, porque eu ganhava muito mais atenção da imprensa.

— Eu também ganhava bastante atenção em Londres, ou quando ia junto nas viagens. Esse foi um dos motivos que eu escolhi a sala privada. Tinha poucas mesas para reserva e eu não queria ninguém tirando foto, ou apontando pra gente.

— Obrigada por isso. — Eu não conseguia para de sorrir, e nem ele, pelo jeito.

 — Não foi nada.

Logo o garçom entrou com os nossos pratos. Esse era mais novo, e ao me ver e ver Jace arregalou os olhos. Quase tremendo deixou nossos pratos um na frente do outro e saiu com uma cara meio apavorada.

Olhei como se perguntasse o que tinha acabado de acontecer e Jace deu de ombros já pegando os talheres. Fiz o mesmo, a cara do prato estava maravilhosa, e muitas pessoa elogiavam o restaurante, queria saber se era mesmo tudo isso que as pessoas falavam.

Dei uma grafada, e levei à boca, mastiguei e nossa!

— Está muito bom, nossa... — Falei ainda terminando de mastigar, Jace concordou com a cabeça.

— Algumas pessoas me recomendaram, e como eu queria um lugar mais reservado, essa foi a melhor escolha. Mas acertei no quesito paladar... — Deu um gole a sua bebida. — Não achei que fosse tão bom.

— Agradeça depois às pessoas que te recomendaram... — Falei dando mais uma garfada.

Comemos o resto do prato em silêncio, apenas com sorrisos aqui e ali. Olhares por cima das taças. Assim que terminamos não demorou muito e o mesmo garçom entrou pela porta lateral para retirar nossos pratos.

Jace deu mais um gole na sua bebida.

— Sei que acabamos de voltar das férias...

— Não faz nem dois meses. — O interrompi.

— Mas o que você pretende fazer nas de inverno? — Parei por um momento.

— Não sei, geralmente nessa época eu viria a Nova Iorque. Mas como eu estou morando aqui... — Agora eu que dei um gole na minha bebida. — Minha mãe sempre pede para ver Jonathan nessa época, então pelo menos meia semana a gente vai ter que ir para Los Angeles. — Jace fez uma careta.

— E você vai ter que ir junto? — Assenti.

— Provavelmente, mas não sei se vou ficar na casa dela.

— Como assim? — Jace parecia confuso.

— Tenho outros lugares, pessoas que podem me receber. E mesmo Bane vindo para cá ele vai manter o apartamento lá, eu posso muito bem ficar lá. — Jace concordou.

— Ela não mandou mais nada pra você? — Neguei.

— Mas daqui a pouco tem algumas festas, em que ela sempre é convidada, mas como é por aqui ela não pode vir, algumas quando eu estava aqui nas férias ela me pedia para ir. Então vai acontecer de novo...

— E como são essas festas?

— Chatas. Eu tenho que fingir que me importo com o que as pessoas falam, me vestir bem e falar bem da minha mãe. O de sempre. — Jace concordou.

— Algumas coisas assim eu já tive que fazer. Mas não com tanta frequência, algumas vezes apenas.

— Agradeça aos céus. — Falei rindo.

Não demorou muito e o nosso prato principal chegou. O mesmo garoto entrou pela porta, ele estava pálido e suando. Fez o mesmo processo e colocou cada prato na frente de nos dois. Vendo as nossas taças vazias, ele foi meio afobado buscar pela garrafa de vinho.

Jace me olhou.

— Acho que ele fica nervosos com a sua beleza.

— Idiota. — Falei rindo e negando.

— Se você não acredita em mim....

Antes que eu pudesse responder o garoto voltou com o vinho, Jace pegou a sua taça a levantando, o garoto encheu e deu a volta na mesa chegando ao meu lado, peguei a minha taça e fiz o mesmo que o loiro. O garoto encheu.

E quando eu levei a boca, o garoto virou, dando um encontrão no meu braço fazendo que toda a bebida caísse em cima do meu vestido.

Fiquei em choque, Jace tinha os olhos arregalados, eu senti ao vestido ensopado e lentamente eu baixei minha cabeça para ver o estrago. O vestido estava com uma mancha enorme e que se espalhava do busto até a costura que marcava a minha cintura. Algumas partes da saia do vestido também tinham respingos.

Jace me alcançou um guardanapo, e eu passei pela parte mais molhada, o garçom estava ao meu lado com a mão na boca e sussurrando desculpas desesperadamente.

— Agora não adianta pedir nenhuma desculpa. Pegue algo em que ela possa se secar, sim? — Jace falou ríspido, já ao meu lado.

Desesperado e meio correndo o garoto saiu.

— Tudo bem? — Jace falou mais carinhoso. Ri vendo a desgraça que meu vestido tinha se transformado.

— Bem, não tem muito o que fazer. — Falei desistindo do guardanapo.

— Eu ainda não acredito nisso...

— Acontece, Jace... — Ele resmungou alguma coisa enquanto tomava todo o seu vinho numa golada só.

— Vamos embora daqui?

— Acho melhor, você está prestes a ter um ataque e matar todo mundo. — Ri e Jace não falou nada, apenas me ajudou a levantar. A outra porta se abriu e o mesmo garçom entrou, só que dessa vez acompanhado.

— Sr. Herondale, Sta. Morgenstern. Sinto muito por esse incidente, não temos palavras para nos desculparmos por esse desastre. — Jace não falou nada.

— E quem o senhor é? — Perguntei pegando a minha bolsa em cima da mesa.

— O gerente, senhorita...

— Bem, o senhor não precisa se incomodar, já estávamos de saída. — Jace colocou a mão espalmada nas minas costas, nos levando até a porta que havíamos entrado.

Achamos facilmente o caminho de volta para o “salão”, ouvi passos atrás da gente. Jace parou, respirando fundo.

— Sim...? — Ele se virou, pegando o gerente de surpresa.

— Vim avisar que o senhor não precisa se preocupar com a conta, depois desse desastre o mínimo que podemos fazer é não cobrarmos nada. — Jace concordou e eu sorri sem mostrar os dentes.

Continuamos caminhando até a saída, Jace sempre com o braço nas minhas costas. Assim que passamos pela porta sentimos a brisa gelada, me fazendo estremecer. Jace se aproximou mais de mim, seu calor corporal me aquecendo em ondas. Encostei minha cabeça em seu ombro, mesmo com meu vestido manchado e com ele ainda meio irritado meio chateado pela sua programação ter sido arruinada, eu me sentia feliz, tranquila.

Chegamos até o carro e Jace saiu de perto de mim para abrir a porta do carro para  entrar, me senti gelada ao perdeu seu contato corporal.

Entrei no carro e Jace fechou a minha porta já dando a volta no carro e sentando no lado do motorista. Me estiquei para o banco traseiro pegando o meu casaco que havia trazido comigo.

— Desculpe. — Jace me olhava com tanta... era algo que eu não conseguia ler. Havia tanta coisa misturada, carinho, desejo, cuidado e....

 Desviei meu olhar de seus olhos, assustada com o que via ali. Fechei os olhos me inclinando para ele, logo seus lábios estavam sobre os meus. Cuidadosos e zelosos, logo iniciamos um beijo calmo, e o senti relaxando, levei minhas mãos até seu cabelo, nossas línguas se entrelaçando com calma, lentamente. Um arrepio subiu pela minha espinha.

Nos separamos já ofegantes. Fiz um carinho em seu cabelo. Jace parecia mais jovem, mais aberto, como uma tela recém descoberta.

— Sabe o que eu acho? — Ele fez que não, ainda de olhos fechados. Sorri pela cena. — Que nós poderíamos ir em algum restaurante, qualquer um... apenas aproveitar a companhia um do outro.

— Queria fazer algo especial...

— Shh... — O silenciei. — Qualquer coisa pode ser especial.

Ele entendendo o que eu queria dizer sorriu abrindo os olhos, a tempestade de sentimentos de antes desaparecida, apenas calmaria a vista.

Tirou a minha mão de seu cabelo a beijando. Fechei os olhos ao sentir seus olhos na minha pele. Sorriu para mim e piscou, se ajeitando no banco, fiz o mesmo e então estávamos andando pelas ruas de Nova Iorque.

Logo eu reconheci o lugar que ele estava fazendo e sorri comigo mesma.

Depois de uns dez minutos estávamos estacionando em uma vaga em frente ao Taki’s, dei um selinho em Jace e sai do carro me arrumando dentro do casaco. Ele deu a volta e ficou do meu lado. Seu cabelo estava bagunçado, bem no estilo ‘pós-foda’.  

Entramos no restaurante e fomos recebidos por uma garota loira de uniforme, pedimos por qualquer mesa e nos sentamos em uma cabine de canto. Aproveitamos e ficamos lado a lado. Jace que conhecia já o cardápio de cabo a rabo me ajudou a escolher o que comer; depois de ele me explicar todos os pratos acabamos por pedir uma porção grande de fritas, uma porção pequena de petiscos variados com dois hambúrgueres.

— E quem diria que o nosso encontro que começou com um restaurante “chique” terminaria em fast food? — Gargalhei jogando a cabeça para trás.

— Eu fiquei com pena do garçom, me julgue! — Jace riu mordendo uma batata.

Eu fiquei muito puto...

— Nem deu pra perceber.

— Sabe, seu sobrenome deveria ser sarcasmo.

Olhei para o Jace, e ele parecia até mais novo com o sorriso aberto e despreocupado.

Um cliente entrou, e o vento frio entrou junto. E como estávamos perto eu estremeci, estava desacostumada com o clima. Jace vendo que eu me encolhi perguntou, um vinco de preocupação entre as sobrancelhas;

— O que houve? Ainda está com frio? — Fiz que não.

— Só que entrou uma rajada de vento, está mais frio hoje que o normal. E também, eu não estou mais acostumada ao clima de Nova Iorque.

— Era muito calor em Los Angeles? — Assenti.

— Era um inferno, protetor solar de alto fator e roupas frescas. A maioria das roupas no estilo praiano.

— Nossa, não consigo nem te imaginar com roupa praiana. — Ele me falou me analisando.

— Nem fala, sinto falta da praia...

Jace ficou quieto, comeu algumas batatas e parecia pensativo.

— Sabe... — Ele começou. — Eu conheço uma praia aqui perto de Nova Iorque mesmo. — Jace carregava um sorriso maroto consigo. Ri, negando.

— Sério? — Ele confirmou.

— Sinto lhe informar, Herondale, mas você vai ter que me levar até esse lugar. — Ele riu enquanto mordia mais uma batata.

— Eu imaginei.

Os hambúrgueres chegaram e começamos a comer em silêncio. Entre mordidas em nossos hambúrgueres e olhares ele riu, ri também o acompanhando sem saber o que estava acontecendo.

Ele lambeu o dedo e passou no canto da minha boca. Seu dedo saiu sujo de molho; me olhando enquanto eu prendia a respiração ainda em choque e meus olhos acompanhando quando ele levou até a boca, o chupando e soltando um ‘hmmm’.

Ele sabia torturar.

Vendo o estado de choque em que eu me encontrava ele riu e se inclinou me beijando, o gosto do molho na sua boca. O beijo foi rápido, mas nem por isso menos gostoso.

— É, está uma delícia esse molho. — Eu ri enquanto jogava dois petiscos nele que riu mais ainda.

— Desaforado.

— Você não viu nada ainda, querida. — Jace me respondeu com um sorriso que prometia mil e uma coisas.

Depois de um tempo quieto Jace voltou a falar:

— Você vai mesmo competir? — Concordei.

— Sim, vou. Eu gosto, de lutar, ainda mais o estilo de luta lá da escola. Não é como das outras. É o estilo de luta que eu sempre aprendi.

— Você aprendeu cedo.

— Sim, com uns seis anos eu comecei. — Concordei, mesmo que não fosse uma pergunta.

Terminei meu hambúrguer e tomei um gole do refrigerante. Jace estava acabando os petiscos. As batatas já haviam terminado há muito tempo.

Olhando para o prato de Jace roubei um pedacinho de bacon frito, ele me olhou incrédulo.

— Você roubou a minha comida? — Seu tom era risonho e incrédulo. Mastigando eu fiz que sim com a cabeça.

— Bom, acho que vou ter que pegá-lo de volta. — E se inclinou para mim, a mão voando para a minha nuca e de repente tínhamos virado uma confusão de bocas e línguas, cheguei ainda mais perto, minha mão em seu bíceps, eu conseguia sentir o seu desejo no meio do beijo. Tão palpável que eu perdi o folego.

Nos separamos, e eu ri.

— Estamos em um restaurante... — Eu sentia as pessoas olhando enquanto todo o sangue do meu corpo migrava para o meu rosto me deixando um abajur vermelho. Ri, escondendo meu rosto fervendo na dobra de seu pescoço.

— Você terminou? — Fiz que sim, ainda respirando no seu pescoço, seu perfume me inebriando por completo. — Então vamos.

Ele fez sinal e a mesma garçonete de antes veio, menos sorridente do que antes. Sorri abertamente com aquilo.

— A conta. — Jace pediu, largou a minha mão para pegar a carteira no bolso da calça.

— Dividir? — A garota perguntou.

— Sim.

— Não. — Respondemos ao mesmo tempo. Nós olhamos e eu bufei.

— Jace... — Comecei, ele negou. Vendo seu olhar determinado eu desisti. Bufando terminei de fechar a minha bolsa que eu tinha começado a abrir.

Sorrindo ele entregou o cartão para a garota. Assim que ela saiu ele virou para mim.

— Eu te convidei, e a minha mãe sempre me ensinou que quando você convida, você paga. — Ele sorriu. — Principalmente quando é um encontro.

— Na próxima eu pago. — Ele riu.

— Na próxima a gente vê. — Fiz uma careta olhando para ele.

A garota voltou logo depois e levantamos saindo do Taki’s. O vento era gelada e vendo que eu caminhava encolhida dentro do meu casaco Jace me abraçou de lado todo o caminho até o carro.

Entramos no carro e todo o caminho até a minha casa foi tranquilo. Conversávamos e riamos a todo momento. Mas assim que entramos na minha rua o sentimento de tristeza pelo momento estar acabando me atingiu como uma bola de demolição.

Pareceu acontecer o mesmo com Jace.

Parando o carro na minha porta eu desafivelei o cinto, virando de lado no banco de frente para ele.

— Foi tudo maravilhoso. Não tenho como agradecer.

— Pode me agradecer me dando um beijo. — Sorrindo me inclinei em sua direção, coloquei a mão em seu rosto e logo as migrei para o seu cabelo loiro cacheado. Sorrindo ele terminou com o espaço restante entre nos.

O beijo começou como uma pequena fagulha, e como tudo que parecia envolver nós dois, virou uma fogueira que queimava tudo ao seu redor. Então de repente as mãos de Jace nas minhas costas pareciam fogo, me deixando febril. Quando o oxigênio foi extinto eu me afastei. O carro de repente me pareceu abafado. Jace riu ainda me segurando em suas mãos.

Não demorou muito e nossas bocas estavam coladas mais uma vez, as línguas já acostumadas uma com a outra se acariciando. Me afastei quando vi que ele me puxou mais ainda para perto.

Deus, será que precisaríamos voltar para séculos atrás em que os casais tinham que ter damas de acompanhantes?

— Acho que precisamos de uma dama de companhia... — Ri.

— Pois é... acho que já vou entrando.

— Eu te levo até a porta, — Jace falou já levando a mão até o trinco da porta. Fiz o movimento de fazer o mesmo e ele me olhou feio já dando a volta no carro. Sorri revirando os olhos.

Me ajudando e sair do carro ele manteve a minha mão na sua.

Caminhamos bem lentamente até que não deu mais para enrolar, nós já estávamos na minha porta.

— Obrigada, mais uma vez.. — Jace me interrompeu sorrindo.

— Eu que agradeço por não ter pirado com o vinho. — Ri pela milésima vez naquela noite.

Quando viu que eu não iria falar mais nada ele se inclinou mais uma vez em minha direção, a sua mão na minha nuca. Colocando os braços ao redor de sua cintura eu sorri em meio ao beijo. Me sentindo feliz e contente pelo que parecia depois de um bom tempo.

Jace se separou de mim, o mesmo sorriso que eu carregava estampado em seu rosto, colando as nossas testas ele me prendeu ali, naquela realidade em que tudo era perfeito e os monstros não existiam.

Ele abriu os olhos, o seu castanho que mais parecia ouro derretido me olhando como se olhasse a minha alma. Me senti corando, mas não desviei o olhar, dessa proximidade eu conseguia enxergar os pontos mais claros e escuros da sua íris. Jace fechou os olhos mais uma vez e me beijou mais uma vez, e eu senti mais uma vez o carinho, o desejo, a... paixão que ele sentia por mim.

Ofegando eu me separei dele.

— Acho que está na minha hora já. — Assenti.

— Te cuida, e me liga ou manda uma mensagem quando chegar. — Ele concordou.

Colou a sua boca mais uma vez na minha em um selinho e virou indo em direção ao carro. Quando o vi abrindo o carro eu sorri, sabendo que ele me olhava. Dei as costas para o carro e abri a bolsinha que carregava procurando pela chave.

Assim que eu entrei eu me encostei na porta, com os olhos fechados e com a certeza que o sorriso ainda estava na minha boca.

Ouvi uma risada escandalosa e o encanto quase que se quebrou. Fechei a cara, mas ainda me sentindo leve e feliz.

Resolvendo ignorar o medo que me embrulhava o estomago cada vez que eu me sentia feliz desse jeito. E roguei aos anjos que dessa vez a minha felicidade durasse.

 


Notas Finais


Então o que acharam??
Peço desculpas mais uma vez, e espero que logo logo estar postando o próximo ♥
(LEMBREM QUE NÃO DEPENDE SÓ DE MIM, E SIM TAMBÉM DA MC!)
Amo vocês ♥
Obrigada por todos os reviews maravilhosos que eu tenho recebido e me desculpe (mais uma vez) se esqueci de algum ♥
Até mais galera, beijinhos de doce pra vocês :*

PS: GALERA QUE MANDOU O NÚMERO; EU NÃO FIZ O GRUPO PORQUE EU TENHO APENAS ALGUNS (TRÊS) NÚMEROS, ENTÃO ME AVISEM SE QUISEREM A @BeLikeaPandinha OFERECEU PARA JUNTARMOS NOSSOS GRUPOS ♥
ENTÃO SE VOCÊS QUISEREM A GENTE FAZ ♥
AMO VOCÊS
XOXO


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