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História Glass or Ice Heart? - Volta às Aulas. (Parte 1)


Escrita por: laurherond

Notas do Autor


HEEEEY GENTE LINDA E DIVA DO MEU CORAÇÃO!
Então, eu sei que tenho mil explicações a dar para vocês. E eu darei!
MAS, antes eu tenho que comentar o quão feliz eu estou por estar postando um novo capítulo depois de taaaaaanto tempo! Espero que vocês me perdoem!
Capítulo feito com todo o amor e inspiração só para vocês, tá?
BOA LEITURA!

Capítulo 8 - Volta às Aulas. (Parte 1)


"Só queria ter alguém quando eu olhasse para o lado, alguém que segurasse minha mão e não fosse embora. Porque eu já cansei e estou com o coração machucado." — Bianca Autran. 

Clarissa 

Levantei com uma incrível sensação de derrota. Meu pai me obrigara a voltar a escola que eu estudava antes de ir para LA, o único problema (que ele parecia ignorar) era que as pessoas que eu mais nutria desprezo estudavam lá. Passei uma semana tentando convencer Valentim que aquela escola era horrível, e que as pessoas que a frequentavam também.  

Mas não surtiu efeito algum. 

Ele apenas dizia que Jon e o resto dos meus amigos estudavam lá, e ninguém iria mudar de colégio só por que eu desejava.  

Sentindo meu estomago revirando mais uma vez, como se algo de ruim estivesse prestes a acontecer, mas ignorando os sintomas levantei e já me despi,  liguei o chuveiro e me observei no espelho.  

Mesmo sabendo que eu já não era a mesma garotinha tola que tinha estudado na Saint Xavier, tinha sinais dela em todo o meu corpo. Sinais que sempre me lembravam que ela estava sempre ali, na espreita. Eu apenas sentia que por vezes eu bebia e fumava para afugentar ela, mas me olhando verdadeiramente eu sentia falta de ver graça na maioria das coisas que ela via, de rir de piadas bobas que eu não via mais.  

O meu incrível desejo de sempre fazer comentários sarcásticos, e o modo que eu agia em certos ocasiões, não era o modo que aquela garotinha teria sentido orgulho. Mas, ela sempre estava nas ações boas que eu fazia, sentia como a cada risada realmente verdadeira eu visse mais de beleza no mundo. Mas logo após esses momentos, algo simplesmente fazia eu ver as coisas ruins dele. Era como um dia eu ouvira: a pessoa mais bela, se comete atos terríveis, muitas vezes a gente para de enxergar a beleza dela.  

Eu sentia falta de ver a beleza do mundo, será que algum dia eu seria capaz de vê-la novamente? 

Alguém me faria voltar a ver certa beleza no mundo? Me mostraria que nem tudo é trevas?  

Espantando esses pensamento eu entrei no banho, não antes de ver a horrível cicatriz que eu carregava no quadril desde o verão passado.  

¥ 

Meu material já estava arrumado, o que me poupou tempo. Esse que eu usei para tomar café. Passei pelo quarto de Jon e ouvi reclamações, pelo jeito meu irmãozinho tinha esquecido que hoje era o primeiro dia de aula, e um dos seus amigos – Alec, ou Jace – havia ligado falando sobre isso. E agora ele estava correndo procurando uma roupa e tentando ajeitar o material ao mesmo tempo.  

Mas o que ele não sabia, é que não estava atrasado, mas sim tinha levantado até mais cedo. Mas o amigo que tinha ligado falou que ele já estava quase atrasado. 

Rindo da desgraça familiar abri a porta do quarto bagunçado, Jon corria de cueca enquanto pescava uma calça e via se os livros ainda estavam na mesinha do computador.  

— Jonathan Christopher Morgentern, você por uma acaso esta tendo algum problema com o horário? — Ok, eu sabia que meu dever como alguém que divide pai e mãe com outro alguém deveria ser ajudar. Mas eu tinha que me divertir! 

Tinha certeza que se ele estivesse no meu lugar, faria a mesma coisa. 

Enquanto me encarava com cara de poucos amigos, com os cabelos bagunçados e molhados pelo banho ele procurava também uma camiseta preta que estava em cima duma poltrona entulhada de roupa.  

— Você tá me devendo uma! — Comuniquei enquanto procurava pelos livros dele, que estavam em lugares diferentes daquela bagunça imensa. Como alguém conseguia viver ali?  

Colocando tudo em uma mochila qualquer e me virando e vendo ele calçando um coturno, preto. Esse menino só pode ser gótico, não é possível! É a única coisa que consigo pensar. 

Descendo as escadas com a mochila dele e com a minha bolsa e indo em direção a cozinha, vejo que um super café da manhã esta sendo servido, meu pai já esta com os costumeiros ternos e com o cabelo loiro penteado para trás.  

‘Me sento ao seu lado, enquanto me inclino para o seu rosto e deposito um beijo em sua bochecha. Pego uma panqueca e coloco morangos encima enquanto procuro por um suco qualquer. Jonathan desce as escadas desesperado enquanto eu como tranquilamente o meu café da manhã.  

Ele olha sem entender para a cena e logo em seguida seu olhar para no relógio no canto oposto da cozinha.  

— Filhos da puta! Ele me pag.... 

— Jon! Olha a boca na mesa. — Ainda tenho a cara de pau deprovocar.  

Como se entendesse que eu tinha culpa no cartório, ele me olha com ódio.  

— Sua erva daninha! Traíra! — Ele falava enquanto eu mantinha meu sorriso, – que eu estava tentando a todo custo impedir de virar uma gargalhada – em meu rosto. Suspirando o pai pergunta: 

— Posso saber o porquê disso tudo, criancinhas? — Meu pai pede com um sorriso irônico.  

— Ela se comungou com o Jace, aquele filho de uma cadela... — sobre o olhar rigoroso de Valentim, ele alivia o tom de voz, mas se volta para mim — e combinaram de me ligar mais cedo como se eu estivesse atrasado apara a escola. 

— E você não lembrava que hoje era o primeiro dia de aula, então acreditou? — Meu pai falou como se tivesse entendido toda a situação. Suspirando continuou.  

— Eles te sacanearam sim Jon, mas se você tivesse lembrado que hoje era o primeiro dia de aula, nada disso teria acontecido.  

Bufando contrariado meu irmão se sentou a mesa.  

— Jonathan, pensa pelo lado bom! Você não vai entrar atrasado hoje! Coisa que nunca acontece.  

— Nos últimos dois anos eu nem cheguei atrasado nada. —  E tentando não transparecer o quanto a frase me afetara, simplesmente arqueei as sobrancelhas com um olhar de puro deboche. 

— Tá! Talvez eu tenha me atrasado... 

Rindo e fazendo a minha mente focar no agora, o que importa é o agora. Penso, Mas sabendo que poderia haver uma possibilidade que não incluía o agora. Sabendo que não era o momento para pensar em certa coisas eu simplesmente foco a minha mente em tentar manter a minha mente na conversa animada entre meu pai e irmão sobre algum projeto futuro. 

Sem sucesso penso nas merdas que sempre aconteceram, quea cada passo dado, mais merdas iam acontecendo, e as anteriores só se juntavam as novas. E isso foi o que prejudicou tanta coisa. Eu poderia ter tido uma mãe a me explicar o que era estar apaixonada, aos perigos de levar o maldito diário para a escola, e a me vestir como uma garota.  

Mas, mesmo com tudo isso, eu fiz as minhas escolhas. E eu tinha uma família, amigos etinha meu pai e meu irmão. E isso era mais que o suficiente.  

Não iria adiantar nada ficar parada remoendo o passado, muito menos encher a cara numa festa qualquer. 

E sendo puxada de volta para a realidade pelo meu pai, eu saio das lembranças de alguns meses atrás. 

¥ 

Ok. Convencer Jonathan que tínhamos que ir no meu carro, sem ele dirigir era difícil. Mas ele perder para mim era quase impossível. Então como o bom irmão que era ele simplesmente me passou do banco do motorista para o do carona se reclamar muito, mas com uma carranca do tamanho do oceano.  

Liguei o carro e deixei ele escolher as musicas, assim, talvez melhorasse um pouco do mal- humor matutino do meu querido irmão. O diabrete encolheu uma rádio mais pop e continuou com a carranca. Sabia que ele ainda estava puto por causa da brincadeirinha com muita graça que eu tinha planejado.  

Sabia também, que assim que Jon visse o Jace tentaria tirar satisfações com a barra de ouro ambulante. Mas eu sabia que ele não teria êxito nisso.  

Ao contrário dele, eu sabia montar os meus planos. 

E outra que Jace não diria nada, só iria rir da cara de idiota que o meu irmão tinha o dom de fazer.  

E não, não havia uma guerra acontecendo entre nós, apenas algumas brincadeiras bem maliciosas, sorrisos de deboche. Mas do nada ele vinha conversava e era educado. E eram nesses momentos que ele mais me surpreendia, Claro que Jace Pego-Todo-Mundo Herondale não era de ficar tendo conversas agradáveis com as meninas que ele dava umamasso.  

E parecia que eu era a grande exceção. Ninguém sabia do incidente do carro, mas o grupinho desconfiava é claro. Ele até agora tinha se provado de confiança, mas hoje eu poderia saber de algo a mais.  

Muita gente me conhecia naquele inferno que era a Saint Xaviere bem, com Jon do meu lado as pessoas não iam demorar para perceber quem eu era.  

A cada quadra que eu ficava mais perto, eu me lembro de como as crianças e adolescentes poderiam ser e eram cruéis.  

E ao avistar o portão da escola, eu fiz o que faço de melhor: tranquei minhas emoções e sentimentos. 

 

Jace 

Chagamos na escola antes dos Morgenstern, eu ainda ria ao me lembrar da sua voz de desespero quando perguntei o porque que ele ainda não estava na escola, Clary tinha combinado tudo por mensagem, parecia que ela conhecia bem o irmão para saber o pequeno problema do Jonathan com o horário.  

Estávamos perto da entrada do colégio esperando por eles enquanto conversávamos com uns amigos, o novo casal estava fazendo sucesso. Jordan e Maia já se conheciam há um tempo, mas só tinham se resolvido um pouco antes da chegada da Morgenstern mais nova. 

Ouço os cochichos e olho em direção ao portão de entrada do estacionamento, claro que o carro de Clary chamaria a atenção, os vidros escuros não deixava saber quem era a pessoa que dirigia, mas eu duvidava que fosse Jon. Clarissa estava obsessiva com o carrinho dela.  

As pessoas já estavam fofocando e imaginando quem era o mais novo infeliz rico do pedaço, agora os queixos despencavam.Clary simplesmente tinha aberto a porta do carro e saído com a mochila no ombro. O rosto estava impassível e os óculos preto não deixavam saber em qual direção a ruiva olhava. Jon saiu logo atrás com a cara amarrada.  

O povo se coçava para saber quem era a ruiva gostosa — diga-se de passagem — que estava acompanhando Jonathan Morgentern. O cara nunca, que eu tenha visto, é lógico tinha chegado com alguém. Mas quando Clary veio em nossa direção com um sorrisinho sarcástico no rosto os cochichos simplesmente aumentaram.  

Vejo um carinha do time de futebol pálido e com os olhos arregalados.  

Maia, que não tinha ido no aniversário de Clary fica somente olhando ela caminhando em nossa direção. A cena toda parece a de um filme clichê de adolescentes e só por causa disso eu fico com nojo de tudo isso. Porque todo mundo tem que ser um bando de fofoqueiro inútil? Ninguém faz nada de útil aqui.  

— Clary sempre tem que fazer essas chegadas dramáticas. —  Bufa Izzy do meu lado, arrumando o cabelo que estava perfeito. Ela olha para o carinha do time e sorri, um sorriso maldoso.  

— Ei, porque o do sorriso macabro ai?  

— Que sorriso macabro? Não estou sorrindo para ninguém Jonathan. — Foi a minha vez de bufar.  

— Hey gente? Muitos comentários. Tem uma menina que não para de apontar pra mim, será que ela quer um autografo? — Mas é claro que o comentário debochado foi de Clary.  

— Acho que na verdade ela quer saber o que você está fazendo aqui, maninha. Sabe, todo mundo sabe que você estava muito loucona lá em Los Angeles. — Depois do olhar que Clary mandou ao Jon ele se encolheu minimamente e saiu em direção à secretaria.  

— Hey, alguém vai comigo na secretaria? Preciso pegar os papéis com o número do meu armário e os meus horários, mesmo que eu já saiba que eu vou ficar com vocês.  

Izzy logo parou de cutucar as unhas e se virou para Clary.  

— E o Jonathan foi fazer o que?  

— Sei lá, tenho cara de GPS do Jon?  

— Grossa.  

— Alguém vem comigo? — Fugindo do assunto Clary olhou para o mesmo garoto que Izzy tinha sorrido antes. Mesmo que estivesse sem nenhuma expressão Izzy pareceu acompanhar o seu olhar e saiu murmurando um "Vamos" e saíram as duas.  

— Alguém pode me falar o porque elas tanto olham para aquele babaca que ainda está olhando pra cá?! — Maia seguindo o meu olhar olhou para o babaca que ainda estava pálido olhando em nossa direção.  

— Aquele é o motivo da Clary ter ido morar durante todo esse tempo em L.A.  

— Como assim?  

— Isso que você ouviu Herondale, Clary já estudou aqui. E bem, ela não era tão bem vista assim. E aquele foi o motivo que fez ela ir embora de Nova Iorque. Se você quiser saber mais alguma coisa, bem, vai ter que falar com ela, mas eu não faria isso agora.  

— É Jace, não é um bom momento. — Complementou Jordan.  

Com raiva de não saber o que estava acontecendo, o porque de toda essa comoção com a chegada da Morgentern mais nova. Não conseguia entender nada, todo esse segredo e mistério que rodava Clarissa me deixava louco para saber o que ela escondia ao mesmo tempo que eu não conseguia entender o porque de todo o mistério.  

Deixando o casal na entrada fui em direção a escola, o pátio estava verde e estava tudo malditamente quente, a cidade parecia um forno. Hoje estava se saindo um dia tremendamente irritante, as pessoas escondendo coisas, e o modo que as pessoas tinham segredos parecia uma temporada de PLL.  

Clary estava voltando com uma cara de quem não estava nada satisfeita. Na verdade, ela sempre mostrou seu desagrado com a escola, como se algo estivesse errado só em mencionar o nome da renomada instituição.  

Claro, Clary era uma pessoa bem difícil de conviver, sempre fechada. E quando um assunto envolvia coisas que ela não gostava ou que ele não conseguia entender o porque do clima ficar pesado, e das pessoas agirem como se a qualquer momento uma bomba fosse explodir. Mas uma coisa não era nenhuma novidade, Clarissa era uma bomba, só esperando o momento certo para a explosão.  

Izzy estava ao lado dela, com uma cara de desagrado, mas com um sorriso zombeteiro, mas isso era um comportamento normal. Não que eu estranhasse, mas seu sorriso parecia um pouco mais maldoso.  

E o meu medo era que ela estivesse assim por causa da ruiva que ainda estava com os óculos, e sem nenhuma expressão, ao modo de como a boca estava repuxada mostrava o seu desagrado. As pessoas ainda passavam por ela olhando a menina como se ela fosse um milagre, a cura para o câncer ou algo do gênero.  

— Alguém pode me explicar o porque das pessoas tratarem a nossa querida ruivinha como um animal exposto em um zoológico? — Minha pergunta saiu mais rude que o planejado.  

— Bem, se você perguntar o motivo, loiro, talvez a gente saiba... — A resposta de Clary pingava veneno, ela parecia uma cobra dilatando todo o seu veneno e um sorriso debochado enfeitava os lábios carnudos.  

— É que você parece ter uma mala de respostas, onde cada pessoa sabe algo, menos eu. — Minha resposta não foi mais venenosa que a dela.  

— Como você disse, Herondale, são MEUS segredos, e eles cabem só a mim.  

— Bem, não é o que parece... — Sem deixar que eu terminasse a minha frase ela já me cortou. 

— Nem tudo o que parece realmente é. — Depois de uma pausa ela continuou. — Bem, Izzy que aula você tem agora?  

— Biologia, e você?  

— Hmm... Vejamos, tenho Sociologia. E você Jace? — E a pequena cobra vermelha me olha como se nada tivesse acabado de acontecer. Essa mulher vai ser a minha perdição...  

— Sociologia. — A resposta sai sem a minha permissão.  

— Bom, vamos? Não faço ideia de onde é a sala...  

E simplesmente sai, com um sorriso. Rindo chamei ela.  

— Clary!A sala é por aqui.— E com o rosto levemente corado ela me seguiu.  

A escola era grande e dividida em prédios interligados, na parte menor ficava as turmas do fundamental, e no maior as nossas turmas. O colégio era bem estruturado e moderno. O pátio da frente era grande e na parte lateral era onde se encontrava o estacionamento, que também dava acesso aos ginásios. No térreo também estava localizado os dois refeitórios. E as salas de grupos estudantis eram distribuídos pelos prédios.  

Subimos as escadas em um silêncio desconfortável. Era obvio que não era um bom dia para Clary. E eu simplesmente não sabia como fazê-la falar sobre o que a estava incomodando, eu queria, e maldita seja essa mulher, eu queria vê-la brincando e sorrindo, não apenas dando pedradas e patadas nas pessoas ao seu redor.  

— Clary, tá tudo bem? Você parece.... tensa? — Algo no seu olhar foi como se tivesse caído, e eu percebi que ela parecia que carregava o mundo nas costas.  

— Tá tudo bem, nada que você precise se preocupar, sério. — Ela não parecia aquela garota que ria, e que com Izzy tinha dançado loucamente em cima do sofá uma das músicas preferidas com garrafa de bebida na mão.  

— Mas, infelizmente eu já te considero uma amiga, - uma amiga que beija bem. - e eu quero te ver bem, ok? Aceite isso de uma vez.  

Rindo ela negou com a cabeça, como se algo fosse extremamente engraçado. Seguimos em silêncio, mas agora mais leve.  

¥ 

"As lágrimas escorreram:  

sorrisos se ausentaram. " 

— Bruno Estevan – Desejos de Arthur.* 

Já era o almoço, e o refeitório estava mais barulhento e conturbado quanto eu me lembrava. Alec estava do meu lado e já tínhamos cessado a conversa, a mesa do time de futebol estava aos berros, e as outras estavam conversando e rindo.  

Consegui avistar cabelos ruivos na fila, ela estava com Izzy e Jon mais atrás, na frete dela estava o grupinho das Líder de Torcida, elas estavam rindo animadas, e estavam toda hora olhando para trás. E eu via que a cada olhada Clary segurava a bandeja com mais força, e que Iz parecia prestes a atacar o grupo inteiro, Jon estava atento a qualquer movimento da irmã, como se a qualquer momento ela fosse explodir. O que eu não duvidava.  

Maia estava olhando como se tudo aquilo fosse um grande déjà vu. A menina que estava mais a frente, passou para trás, ficou de frente para Clary, que fingia pegar algo para comer. A menina fingiu fazer a mesma coisa, falou algo para Clary que largou a bandeja na bancada e se virou para a menina.  

A garota era Hailey, ela era a capitã das líderes, e tinha fama. Maia se levante vai marchando até lá. Segura Clary que está prestes a pular no pescoço da garota, Izzy estava discutindo com umas outras três que estavam na fila. E Jon olhava esperando o momento para apartar tudo aquilo.  

Antes que Clary voasse para cima da Hailey, e que Jon pudesse fazer algo para impedir Maia estava do lado dela, falando algo no ouvido dela.  

Clarissa simplesmente se desprendeu de seu aperto e saiu em passos decididos até a saída do colégio. Antes de perceber o que estava fazendo sai em busca dela,Clary não estava bem.  

— JACE! Onde você vai?  

— Atrás dela, vai que ela faz uma loucura? Pior, se embebeda mais uma vez? — Bem que você queria que ela se embebedasse, só pra ver se assim consegue mais um beijo dela. Meu maldito cérebro fazia questão de me lembrar do beijo trocado coma Clary embriagada. 

— Bem que você queria né?!  

— Vai se fuder, Alec! 

Saí coma chave do carro já em mãos. Mas não precisei dele, o carro dela ainda estava parado, e eu via seu corpo curvado no volante, ela parecia carregar o peso do mundo nas costas. Parecia mais velha, o que não era justo.  

‘Me aproximei do carro com calma, não queria assustá-la.  

Tentei abrir a porta do carona, e por pura sorte ela estava aberta. Abri com cuidado, Clary nem se mexeu. Fechei a porta lentamente.  

— O que você tá fazendo aqui? Jonathan te mandou? — Sua voz estava quebrada, frágil e tremida.  

— Não, eu fiquei preocupado, com você. Saiu de lá muito rápido. — Fiquei com medo de que fizesse alguma merda, completei só pra mim.  

— Por que você se preocupa comigo? — Levantou o rosto, a maquiagem estava borrada e seus olhos brilhavam com as lagrimas que escorriam silenciosamente pelo seu rosto. Fechei minhas mãos em punhos, queria fazer a pessoa que a tinha feito ficar assim pagasse. Cansada de esperar uma respostas, apoiou a cabeça no banco e olhou para o teto do carro.  

— Não sei, só sinto a necessidade. Ok? Que quero te ajudar, ou simplesmente... Olha, eu não sou bom em expressar coisas que nem eu entendo ainda. Mas, eu vim até não porque seu irmão pediu, mas sim porque eu queria estar aqui. Isso devia valer algo não? 

— Vale. — Sua voz estava mais fraca, e ela parecia estar segurando para não desabar.  

— Você quer sair daqui? Posso levar a gente pra qualquer lugar que você queira. 

— E o meu carro? — Fungou. — Não posso deixar ele aqui. 

— A gente pode ir no seu carro se quiser...  

— Não quero dirigir, pode dirigir se quiser. Mas, e o seu carro, Jace? 

— Relaxa ruiva, agora passa pra cá.  

Ela saiu do carro e fez a volta, abriu a porta e parecia prestes a cair ali aos prantos. Ela estava piscando rápido, com a cabeça baixa. 

Saí do carro e a abracei, simplesmente isso. Por uma momento ela ficou rígida, como se estivesse abraçada com o demônio, depois de um momento senti seus braços ao meu redor, me puxando pra mais perto. Senti seus ombros tremendo, e fiz carinho na sua cabeça. Naquele momento eu quis tirar toda a sua dor, magoa e fazê-la sorrir.  

— Hey, eu 'tô aqui... Calma, ruiva... 

Isso pareceu tornar os seus soluços mais fortes e agora eu sentia as suas lágrimas molhando a minha camiseta. Ela me puxou ainda mais pra perto e eu apoiei meu queixo na sua cabeça.  

Quando o alarme da escola tocou que eu lembrei que a gente não poderia ficar ali, mesmo que eu gostasse que ela buscasse aquele conforto em mim. Eu não queria que ninguém visse aquela cena, e ela também não iria gostar.  

— Clary, a gente tem que ir pra dentro do carro. Alguém pode vir aqui, alguém da diretoria.— Ela se separou lentamente de mim, limpou as lagrimas me deu um sorriso triste. Dei um beijo na sua testa, e a deixei entrar no carro.  

Dei a volta e entrei, liguei o carro quando já estávamos na esquina virei pra ela e perguntei com o melhor sorriso que consegui: 

— Para onde a Srt. Morgenstern quer ir agora?  

— Para a Brooklyn Bridge, Sr. Herondale. 

 


Notas Finais


ENTÃO, O QUE VOCÊS ACHARAM?
ME DIGAM, ME XINGUEM PELO ATRASO, COMENTEM SOBRE ESSE CAPÍTULO QUE É MUITO IMPORTANTE PARA 'Glass or Ice Heart?'!
Então, lá vamos nós para as minhas explicações:
Eu tive um bloqueio criativo que Meu Anjo, tentei escrever esse capítulo tantas vezes, mas no fim, simplesmente parecia ser outra história, outra Clary... Que simplesmente eu não conseguia nem terminar o capítulo. E eu tive muuuuuitos problemas pessoais, se eu falasse todos, acho que essa nota pareceria mais um livro do que qualquer outra coisa. Só falo para vocês que os últimos meses tem sido bem difíceis, mas agora as coisas parecem estar melhorando.
E também queria deixar claro para vocês que eu nunca, nem por um minuto, nem por um segundo eu pensei em abandonar GoIH, nunca faria isso. Afinal, ela faz parte de mim!
Então é isso.
FINALMENTE EU POSTEI!
Então é isso pessoas!
AH, e me sigam no twitter: @Prongstick vou começar a saltar uns spoilers lá ;)
BEEEEEEEIJOS SEUS LINDOS!


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