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História Glass Reality - Kim JongIn


Escrita por: Hyrulian

Notas do Autor


Eu acho que não avisei, mas eu acho que não tem cap com menos de 3k daqui para frente.
Desculpem, não consegui diminuir nem quebrar a narração no meio, ia ficar muito sem sentido

Bom capítulo

Capítulo 2 - Kim JongIn


- Kim JongIn -

Uma semana havia se passado desde o meu primeiro dia na antiga academia exclusivamente de luta - agora também tento artes e dança, e não estava nada bem.

Desde o momento em que aquele lutador baixinho e mal humorado havia saído da sala batendo a porta com força, eu soube que não seria facil lidar com ele. Eu sempre tive que ouvir comentários ruins sobre a dança e diversas perguntas sobre o porquê de não ter escolhido algo que tenha uma importância de verdade.

 

E eu realmente me perguntava isso, todos os dias.

 

Mas nunca soube a resposta.

Me diziam que eu tinha um dom, que nasci para aquilo. Meus pais sempre me incentivaram, mas nem todos pensavam que eu deveria levar isso tão a sério só por que "sei me mexer".

Mas com o tempo aquilo foi se tornando cada vez mais sem importância. Minha professora costumava sempre me dizer que sempre seriamos julgados por nossas escolhas, fossem elas do nosso agrado ou não - por que até mesmo se escolhêssemos o caminho que determinadas pessoas querem para nós, haverão outras que irão discordar e julgar sobre aquilo.

O ciclo infinito da humanidade. Nada nunca é bom o bastante.

 

Por isso, sempre que eu atravessava a rua, as vezes vestido com o collant - pois saia atrasado do trabalho -  ou com a bolsa da instituição e ouvia as palavras que dirigiam a mim - e elas sempre estariam lá, mesmo que eu não estivesse com nenhuma roupa ou coisa que me diferenciasse, já que haviam me marcado; eu me limitava a aumentar o que quer que estivesse tocando em meus fones de ouvido.

Aprendi a ignorar as flechas que miravam em mim e me entregar para o que eu realmente tinha verdadeira adoração em fazer: dançar.

Era engraçado pensar nisso as vezes, por que as pessoas sempre ficavam impressionadas ao me ver depois de uma apresentação ou até mesmo pelo espelho da sala, mas nunca conseguiam captar o que eu estava sentindo. Para eles eram só movimentos, mas eu contava toda a minha vida a cada passo executado.

Às vezes sentiam que estava triste ou feliz, mas esse foi o máximo que chegaram a interpretar sobre o que realmente, no fundo,  eu queria dizer.

Talvez sejam só coisas da minha mente louca, mas eu queria que, pelo menos uma vez, conseguissem ver minha alma ali, e não só meu corpo.

 

E é por isso que eu sabia o porquê de ter ficado tão alterado aquele lutador, por isso sabia que nunca iria conseguir olhá-lo de outra forma que não fosse desprezo - não por que ele me olhava da mesma forma, mas por causa daquele dia, que ainda pulsava dentro de mim.

Não por me chamar de "viadinho", por que isso era o mesmo que todos os outros da rua insistiam em falar, como se isso fosse um insulto, ou dizer que sou mulher, feminino ou todas essas coisas que a sociedade implantou em nossas mentes - até na minha, há muito tempo - de que deveriam ser ruins e evitadas por um "verdadeiro homem".

 

Nada disso era um insulto. Nada disso importava.

 

O que eu não consegui suportar foi o que ele fez com a minha dança. Ele insultou minha alma, me agrediu por isso e eu nunca poderia perdoar um homem como aquele.

 

Eu estava na sala onde tudo havia começado, os tatames que cobriam o chão de madeira tinham sido levados e agora o espaço era ainda maior. Estava um pouco adiantado, então aproveitei para organizar um pouco minhas coisas antes dos alunos chegarem - era a aula de balé, mas não iria colocar as sapatilhas antes deles chegarem. Era algo meu esperar que todos estivessem ali para nos prepararmos juntos.

Isso, entretanto, não me impediu de fazer um alongamento leve e deixar a música para o  exercícios de hoje prontas. Olhei para o relógio e respirei fundo, eram 9h e a rotina estava só para começar. Naquele dia eu não teria que me incomodar com aquele homem, pois ele daria aula seguida até as 21h, e eu já estaria longe da academia a essa hora.

 

.

 

.

 

.

 

Eu havia acabado de liberar um aluno que fazia aula particular quando ele entrou na sala.

Senti como se o ar tivesse ficado mais pesado e me virei para não olhar para aquela cara Ranzinza dos sete anões que ele tinha.

Tirei o rádio da tomada e me sentei de costas para o lugar em que ele estava, começando a tirar as sapatilhas que usava.

 

- Que princesa - ouvi sua voz dizer, mas ela estava distante

 

Quase respondi um "Obrigada". As palavras ficaram presas na garganta, eu não as deixei sair. Kris tinha me pedido para ignorar e evitar confusões com o Raivoso e eu não tinha por que não acatar.

 

- Seus pés estão machucadinhos? A boneca se machuca mais facil do que pensei - sua voz agora estava mais próxima e, ao olhar pelo espelho, percebi que ele estava atrás de mim, encarando meus pés - Que porra é essa que está no lugar dos seus pés? - debochou mais uma vez e eu revirei os olhos.

 

- É o que eu me pergunto quando olho para o seu rosto - rebati antes que percebesse e senti uma respiração em meu ombro.

 

- Deveria tomar mais cuidado, seu merda. Está acostumado demais com essa vida de princesinha - eu quis me afastar, mas ele pôs sua mão em meu ombro - Já está tempo demais aqui, incomodando meus lutadores

 

- O único que está incomodado é você, machão - falei me desviando de seu toque e limpando o local em seguida.

 

Nos encarávamos em silêncio e eu sabia que ele estava tentado a repetir toda a cena do nosso primeiro encontro - talvez, daquela vez, não seria tão "gentil" a ponto de absorver o impacto.

Para falar a verdade seria a última coisa que ele faria, eu conseguia ver isso em seus olhos.

 

Não sei o que teria acontecido se a porta não tivesse sido aberta novamente, nos fazendo quebrar o contato - ele indo para seu lado da sala e eu observando a entrada até ver meu aluno surgir.

 

- Desculpe, professor. Eu esqueci a bolsa - falou um pouco envergonhado e eu ri.

 

- Tudo bem. Quando for assim não se preocupe - o tranquilizei e recebi um sorriso em troca

 

Não demorou muito até que ele pegasse seu pertence e fosse embora, virando-se para acenar uma última vez.

 

- É seu namorado, princesa?

 

Estava demorando.

 

- É sim, querido, mas se quiser podemos marcar um encontro. Sempre tem espaço para mais um - pisquei para ele ao terminar a frase e revirei os olhos em seguida.

 

- Vadia imunda - ele cuspiu as palavras e, apesar de estarmos distantes, ainda conseguia ver o quão irritado aquilo o tinha deixado - Só quem dá a bunda aqui é você, que isso fique claro.

 

- O último não foi gentil com você? - perguntei de forma inocente e o vi analisar as palavras até entender o que eu quis dizer.

 

Dessa vez não teve ninguém para nos interromper. 

Em um piscar de olhos senti meu corpo e cabeça baterem com força no assoalho de madeira e uma dor pulsante me atingir no mesmo segundo. A dor era tão desconcertante que minha visão embaçou e só consegui perceber que estava imobilizado, minutos depois.

 

- Você é mesmo uma piada - ele riu e parecia incrédulo - O que te faz pensar que pode falar essas coisas? Que pode ser essa coisa imunda e ainda desfilar por ai para que todos vejam?

 

Eu não conseguia assimilar bem as palavras, minha mente girava e eu sentia uma angústia tomar conta de mim.

 

- Maldita hora que começaram a achar que essa escória é humana - eu só conseguia ver seu rosto muito fechado, os olhos perdidos em algum lugar; olhando através de mim - Deveria continuar sendo um crime. Coisas assim devem ser descartadas.

Ele continuava a dizer e eu consegui assimilar melhor as palavras que dizia. Sua voz estava vidrada, parecia ter se perdido em algum lugar distante. Respirei fundo, tentei permanecer o mais firme possível e o empurrei com força para o lado.

Não sabia se tinha sido por força ou por que estava distraído, mas de qualquer forma havia conseguido o tirar de cima de mim. Me levantei, senti um refluxo no mesmo momento e minha cabeça pulsou, mas ignorei o máximo que pude e corri para fora.

 

Mal tinha virado o corredor e dei um encontrão com alguém. Como estava sem equilíbrio nenhum, cai na mesma hora e vi pontos pretos nos meus olhos.

 

- Ah! Mas o que... - a pessoa parou de falar e olhava para meu rosto. Sua expressão se tornou preocupada e eu deveria estar com uma aparência horrível - Você está bem? - perguntou e bufou logo em seguida - Óbvio que não, pela sua cara.

 

Ele pegou em meu braço e me arrastou para algum lugar que não conseguia distinguir. Não fiz esforço para me afastar, sabia que não iria conseguir e era melhor ser levado para longe - mesmo que por um estranho - do que continuar por ali até o Ranzinza chegar.

 

Não faço ideia de como cheguei até lá, mas agora estávamos em um tipo de quarto muito parecido com um hospital. Havia duas macas, um ferro para pendurar soro e algumas coisas típicas de consultórios médicos.

 

- Eu estou... no hospital?  -  perguntei lentamente. Doía ainda mais se eu falasse.

 

- Não. Essa é a enfermaria da academia - o garoto falou e me fez deitar em uma das macas, olhando para os lados - Onde ele se meteu..

 

Eu não olhava mais para seu rosto. Havia deitado completamente na maca e encarava o teto branco. O travesseiro parecia me dar um conforto ainda maior e eu sentia uma vontade enorme de dormir. Meu corpo inteiro doía e parecia apoiar avidamente a ideia.

 

- O que aconteceu com você? - perguntaram e direcionei meus olhos naquela direção, com dificuldade. Não era mais o garoto que esbarrei no corredor - Está conseguindo me ouvir? - falava com calma e eu precisei de longos minutos para entender que ele realmente estava falando comigo.

 

- Eu... eu

 

Mas o que tinha acontecido mesmo? Eu não conseguia mais pensar. Minha mente parecia estar prestes a explodir.

Tudo o que eu queria fazer era continuar deitado ali e apagar.

O homem pegou uma pequena lanterna e passou em meus olhos, o que me incomodou bastante, mas não durou muito. Assim que se afastou fechei os olhos e deixei todo o entorpecimento do meu corpo me dominar por inteiro.

 

 

Quando abri os olhos estava tudo escuro. Olhei para os lados e não havia ninguém. Me levantei devagar e percebi que havia uma agulha em meu braço, conectado a um saco de soro praticamente vazio.

 

Há quanto tempo estou aqui?

 

Para mim eu só havia cochilado por alguns minutos, mas estava claro que se passaram horas. Eu tentei arrancar aquela coisa do meu braço quando a porta se abriu e a luz foi acessa, queimando meus olhos.

 

- KAI! - gritaram e eu senti meu corpo ser envolvido. Nem precisei pensar muito para descobrir quem era - O que aconteceu? Você está bem? Isso é soro? Eles me disseram que não tinha sido nada grave, mas então por que...

 

- Calma, Chan. Por Buda -   resmunguei e o fiz se afastar um pouco - Eu estou bem, não precisa se desesperar

 

- Tá maluco? Você atropelou alguém no corredor,  parecia um morto vivo e dormiu por quase 12h - ele falou e arregalei ou olhos analisando o quarto ao meu redor. Não estava mais na enfermaria da academia e sim no hospital - E tomou tanto soro que se tossir um pouco mais forte deve sair um pouco.

 

- Deixa de ser idiota - disse batendo em seu braço

 

- AH! - ele gritou, mas eu sabia que era fingimento

 

- Para de ser falso - disse olhando aquela cena e o vi rir em seguida. Acabei por acompanhar.

 

- Mas é sério, Nin - ele disse fechando a expressão e me encarando - Eu fiquei muito preocupado para caralho. Pensei que tinha te batido de novo e...

 

- Eu já disse que eu estou bem - o interrompi. Não era como se eu não tivesse apanhado, mas não era pelo mesmo motivo que ele pensava - E para de xingar! - repreendi e o vi erguer uma sobrancelha e rir em deboche

 

- O maknae querendo me repreender - bufou fingindo indignação - Deixa de ser puritano, Kim JongIn. Daqui a pouco tá fazendo voto de castidade e se isolando em um dos montes budistas.

 

- Yah! E o que tem se eu for mesmo? - rebati emburrado e logo estávamos gargalhando.

 

Pareciam anos que eu não via meu irmão - talvez fossem só semanas - e eu percebi o quanto sentia sua falta. Era ótimo ter Chanyeol comigo.

 

 - Não contou para ninguém que estou aqui, não é? - perguntei me lembrando que Chanyeol adorava fazer cena e imaginei o alarde que ele deve ter feito quando soube que eu estava ali - Me diz que não - insisti ao ver ele sem expressão, como se pensasse.

 

- Hyung, eu... - ele parou e eu já sabia. Ele contou tudo, e da pior forma - Não sou tão burro - completou e riu do meu desespero.

 

Comecei a espancá-lo e só parei quando uma pessoa entrou no quarto, fazendo-nos ficar como quietos.

 

- JongIn - me chamaram e ao olhar para frente encontrei com meu chefe. Gelei na mesma hora.

 

- Senhor Wu - falei um pouco nervoso e olhei para Chanyeol, querendo que ele saísse, mas ele pareceu não entender e se manteve ao meu lado.

 

- Posso falar com você? - ele pediu e dirigiu o olhar ao meu irmão - A sós? - completou com um tom de desculpas.

 

Chanyeol se limitou a assentir e apertou de leve minha mão antes de sair do quarto.

 

- É seu namorado? - O senhor Wu perguntou e eu devo ter feito uma cara de desgosto na mesma hora, por que ele deu uma pequena risada - Me desculpe, é que..

 

- Ele é meu irmão mais velho - o interrompi - Eu sou adotado, por isso não nos parecemos - expliquei e o vi acenar com a cabeça

 

Provavelmente ele diria que foi por causa do jeito que estávamos quando ele entrou - Chanyeol ria com a cabeça enterrada em minha barriga enquanto eu segurava seus ombros - ou como ele segurou minha mão ao sair, ou até mesmo por eu parecer gay - seja lá como seja "parecer hétero".

De qualquer forma eu não ficaria ouvindo aquilo.

 

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei me lembrando que meu chefe ainda estava ali

 

- Eu vim justamente para perguntar sobre isso - ele disse e se sentou assim que eu confirmei que poderia. Ele entrelaçou as mãos e me olhou sério - Me disseram que desmaiou no corredor depois de quase derrubar um convidado nosso. Ele mesmo me disse que o levou para a enfermaria e parecia que você estava bastante desnorteado.

 

- Estava? - perguntei confuso - Acho que ele só exagerou um pouco. Eu não estava me sentindo muito bem depois da aula e fui dar uma volta, acabei trombando com alguém, realmente, e ele insistiu em me levar a enfermaria - disse dando um sorriso tranquilo - Mas não foi nada demais, acho que só não comi muito bem. Não precisa se preocupar - terminei e observava a expressão ainda fechada do senhor Wu.

 

- Eu conversei com o sensei Kyungsoo - falou depois de um tempo - Perguntei se ele sabia algo  sobre você, pois só senti sua falta quando vi os alunos perdidos no corredor - admitiu e passou as mãos nos cabelos.

 

- E? - acabei perguntando antes que pudesse me impedir. Eu deveria permanecer quieto, mas precisava saber o que aquele Ranzinza tinha dito.

 

- Ele disse que não o viu o dia inteiro. Passou na sala antes do almoço, mas você já tinha saído - disse e senti meu corpo relaxar, mesmo sem saber que ele estava tenso - Sabe, JongIn, eu senti que desde o primeiro dia vocês não batem nada bem, então eu preciso saber se isso é mesmo verdade ou não -- ele respirou fundo - Kyungsoo nunca agiu assim com ninguém. Nunca o ouvi dizer aquele tipo de coisa, e ele tem um aluno que é assumidamente homossexual - contou e aquilo me chocou um pouco, mas me mantive quieto - Eu pensei o porquê dessa coisa entre vocês, já o chamei para conversar em particular, mas ele se manteve recluso. Conclui que era simplesmente por que "o santo não bateu", mas essa história me pareceu um pouco estranha - o senhor Wu voltou a olhar para mim e eu o encarei de volta, mantendo o rosto sereno e calmo - A enfermeira disse que você se contorcia enquanto estava apagado e se virava de forma inquieta - ele soltou o ar, parecendo cansado - Olha, JongIn, se Kyungsoo fez algo...

- Não aconteceu nada - o interrompi, já era o bastante  para mim - Eu fico muito inquieto quando durmo e as pessoas acabam confundindo com dor. Meus pais mesmo me acordavam quando eu era pequeno, com medo de que eu estivesse passando mal sem nem mesmo perceber - sorri coçando a cabeça - É um pouco estranho mesmo, mas foi um súbito mal estar. Eu nem mesmo vi o Ranzi... professor Kyungsoo hoje - declarei e o vi me encarar sério, ainda incerto - Não se preocupe, senhor Wu. Se tivesse acontecido algo realmente grave eu teria até mesmo denunciado - falei, agora real sinceridade - Não posso me dar o luxo de ficar gravemente ferido - completei e algo em seu olhar brilho e o fez levantar.

 

- Não pode se machucar de forma alguma, JongIn  - ele enfatizou e eu soube que ele tinha entendido -- Fico tranquilo de saber que nada aconteceu, então. Só foi um mal estar - o senhor Wu me olhava com uma expressão decisiva, deixando suas palavras saírem de forma lenta - Pode tirar a semana para tratar de sua alimentação - deu uma pausa, andando lentamente para longe do leito - Assim poderemos contar inteiramente com sua presença na academia - completou dando um pequeno sorriso - O vejo daqui há alguns dia, JongIn

 

E saiu do quarto, sem esperar outra resposta.

Logo Chanyeol estava de volta no quarto e exigia todos os detalhes da conversa, mas eu disse que estava cansado e fiz a enfermeira o expulsar do quarto. Com certeza eu ouviria muito no dia seguinte.

Olhei para o relógio e era quase meia noite, o que me fez ficar surpreso por Kris ir até aqui tão tarde, só para ver um professor novato que tinha "passado mal"

 

Professor novato que é considerado o melhor do país

 

Eu ri com aquele pensamento. As vezes esquecia daquele título que insistiam em me atribuir. Era cansativo carregá-lo e, por muitas vezes, eu gostaria de nunca ter ficado de baixo dos holofotes daquela forma.

Mas havia sido bom para minha família, então eu não pensava tanto sobre isso.

 

 Comecei a relembrar a conversa que tive com o senhor Wu e me levantei levemente da cama. Estava usando roupas de hospital então foi mais facil chegar até a pele descoberta das minhas costas.

A dor foi instantânea e, só ao tocar, eu percebi o quanto aquilo estava doendo. Talvez estivesse com algum analgésico, por que se retirasse a mão, a dor praticamente sumia.

Eu queria me levantar e olhar no espelho do banheiro como estava, mas haviam colocado algo em meu braço e eu não poderia arrancar sem que o apito das máquinas me entregasse.

Voltei, então, a deitar a cabeça no travesseiro. O médico e as enfermeiras não haviam contado para Chanyeol sobre o machucado, ou machucados, então talvez eles esperassem para falar diretamente comigo, o que era um alívio.

 

A última coisa que pensei antes de dormir foi em como Ranzinza reagiria ao saber que não o havia entregado. Talvez surpreso? Confuso?

Provavelmente nenhum dos dois. Aquele homem era muito estranho e poderia agir de formas inesperadas, mas, de qualquer forma, eu, de todas as pessoas, deveria saber os meus motivos.

 

Com isso em mente, consegui finalmente apagar e dormir.


Notas Finais


Amanhã posto mais dois, talvez de manhã e outro de tarde

Até!


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