História GlassTale - Frisk. (Prólogo)

"Pequeno conto (Pablo Danielli)"

Um pequeno conto sobre amor

Com corações partidos,

Sorrisos e lágrimas,

Olhares trocados

Papéis rabiscados,

Juras de amor,

Dor, sem pudor.

-Narrador(a)-

Frisk. 

Era o nome que a flor, agora "renascida" em um corpo humano, dera a si mesma. Dolorida pela queda, acordava lentamente com a luz que pairava acima dela e de um pequeno campo com belas flores douradas. A tonalidade daquelas flores a surpreendia; eram como estrelas. Estrelas que se tornavam uma poesia em sua cabeça. E a poesia a fazia sonhar. Sonhar com algo belo, bom. Que, se acontecesse, não queria que terminasse.

Levantando-se devagar, observava a área ao redor; cheio de pilastras grandes e pequenas de cor lilás-desbotado, aos pedaços. Em sua frente, via-se um corredor um pouco mais escuro, onde ela deveria seguir.

Sua nova forma (da qual aparentava demonstrar que havia 17 anos), de pele clara igual ao branco de uma nuvem, continha cabelos medianos prateados. Seus olhos eram fechados, com cílios de tonalidade castanho claro. Vestia-se de um vestido camiseiro com gola e mangas longas cor branco, com o começo da saia começando por baixo do peitoral. Alguns detalhes eram em um leve lilás e azul; usava uma meia-calça branca com um calçado estilo lolita de mesma tonalidade. Seus pulsos e pernas eram traçadas por vinhas cristalizadas.

Decidida a não ficar mais parada, levantou-se meio desajeitada, andando em direção ao corredor. A cabeça e as pernas da jovem estavam machucados pela queda, a fazendo andar um pouco bamba. Chegando ao final se deparou com uma enorme porta, onde logo mais a frente, uma flor de pétalas douradas parecia a aguardar. Seu sorriso o fazia parecer gentil, convencendo-a de que ele era bom.

  - Howdy! - Começou as apresentações. - Eu sou Flowey. Flowey, a Flor! - Deu uma boa olhada na garota, voltando a fala. - Hm... Você deve ser nova por aqui, não é mesmo? - Ela afirmou com a cabeça. - Bom, parece que o bom e velho eu terei que lhe ensinar como as coisas funcionam por aqui!

O cenário pareceu mudar por um instante, mas, por uma grave falha desconhecida, eles voltaram ao local que estavam. Flowey e Frisk ficaram confusos com o acontecido.

  - Oque...? - Sua face mudou para uma mais séria. - Bem, vamos tentar de novo! - Mas falhou. - ... 
  - Tudo... bem? - Foram as primeiras palavras dela após cair ali. Tinha uma doce voz, como se efetuasse uma palavra de uma canção a cada palavra. A flor que ali estava deixou-se formar uma expressão assustadora, fazendo Frisk se assustar e dar um passo para trás.
  - SUA IDIOTA. - Respondeu. - NESTE MUNDO, É MATAR OU MORRER; você não aguentará UM ÚNICO DIA nestas RUÍNAS. Eu adoraria LHE MATAR, e MATAR NOVAMENTE, e NOVAMENTE, ATÉ O FIM DOS TEMPOS! 
  - ...?!
  - MAS EU DEIXAREI PARA QUE ISSO ACONTEÇA CASO SOBREVIVA; você morrerá TANTAS VEZES, e NINGUÉM irá lhe AJUDAR. - Rindo insano, Flowey desaparece através do piso, deixando-a só.
  - ... - Suspirou por um longo tempo, parada, observando o local onde a flor estava anteriormente. - ... Porque?

Continuou a caminhada, entrando em um lugar bonito, mas um pouco velho e empoeirado. Mais a frente, em cima das folhas quebradiças, uma luz avermelhada brilhava. Quando chegou perto e a tocou, sentiu um sentimento fluindo em si. Agarrando o objeto, notou que era uma joia. Fechou os olhos e novamente aquele sentimento circulou sobre suas veias. A sensação de que, qualquer que seja o seu destino ou seu objetivo, ela deveria persistir e continuar em frente.

"Você se enche... de Determinação."