História GlassTale - Eternal Ruins

-Narrador(a)-

A garota de belos cabelos cacheados sobe as velhas e empoeiradas escadas. À sua frente, está a porta que a levaria mais afundo nas Ruínas. Sentindo, ainda dentro de si, o fogo ardente daquela bela joia avermelhada. Acreditava que, seja lá o que acontecesse, nada a impediria de prosseguir e descobrir: "Oque eu devo fazer?"

O lugar onde se encontrava era assim como as outras salas. De aparência envelhecida, em pigmentação lilás. Alguns botões enormes podiam ser vistos do lado direito. Aparentemente, quebrados. Na parede mais à frente, uma alavanca em pedaços, uma porta semi-aberta de mesmo formato que as anteriores, e um velho quadro rochoso com um curto texto. Ela tentou lê-lo, mas as palavras sobre o mesmo estavam muito bagunçadas e apagadas para conseguir.

Devagar e com cautela, atravessou a entrada semicerrada, indo para a próxima sala.

Andou, por um longo e profundo silêncio, pelas vastas áreas vazias e cobertas por algumas ervas-daninhas sobre as folhas quebradiças, avermelhadas e desidratadas das Ruínas. Vários quebra-cabeças, assim como o primeiro, de diferentes formas para se resolver. Poucos funcionavam. E os que ainda ativos estavam, pareciam mais perigosos que o esperado. Espinhos, pisos falsos, alavancas com diferentes "surpresas"...

Quase fora acertada e morta durante o desativamento de uma delas. Se aliviou e respirou fundo, sentindo o calafrio e o medo das cenas que passaram por sua mente se tudo estivesse acabado, ali e agora. Tomou um tempo para ponderar sobre a solidão que sentia. Não queria mais ter a visão daquelas enormes salas cheias de perigos, vagando até uma saída, sem ter, pelo menos, um amigo por perto.

  - ... O que eu estou fazendo aqui? - Se questionou, enquanto dobrava os joelhos ainda machucados cuidadosamente, escorada na parede. De fato, não se lembrava de muitas coisas sobre si: apenas que seria, quem sabe, uma "flor-monstro", do qual simplesmente apareceu de repente em um subsolo frio e em silêncio. Pelo menos, no habitual lugar. 
  - Não é hora para- - Ergueu-se, estremecendo perante os rápidos movimentos. - Parar. Devo continuar... Quem sabe não acho a resposta que procuro? - Continuou a caminhada por mais uns breves segundos.

Antes que percebesse, um Froggit, simples e pequeno, entrou em seu caminho.

-Narrador(a) = Modo Batalha (P.S.: Recomenda-se ouvir Undertale - Neutral/Pacifist Froggit)-

* Froggit pulou para perto!
                Ele parece confuso.

[AGIR] =  CHECAR

                  ELOGIAR

              ♥ CONVERSAR - * Você tentou puxar assunto com Froggit sobre caracóis.

                  PULAR

* Ele parece menos confuso e mais entretido.

              ♥ ELOGIAR - * Você fala para Froggit que ele tem um rosto bonito. Isso foi super efetivo!

* Froggit não quer mais batalhar.

[PIEDADE] =  ♥ POUPAR

                             FUGIR

* VOCÊ VENCEU!

* Você ganhou 0 XP e 11 ouro.

-Narrador(a) = Modo Normal-

O pequeno e jovem sapo-monstro saltitou à direção contrária do caminho do qual ela percorria, sumindo pelos corredores logo após. No pequeno cômodo do qual se me encontrava, um queijo velho e pouco apodrecido estava colocado por cima de uma pequena mesa. Sua posição era em diagonal, por conta das duas pernas esquerdas que lhe faltavam. O queijo estava grudado e não parecia que iria decair tão cedo.

Um buraquinho de rato era bloqueado por pequenas pedras que caíram da parede. Um "squik", rouco, podia ser ouvido através deste, ecoando levemente pela sala. A batalha do pequeno ratinho continuava. 

Com pena do pequeno, a garota se aproxima do buraquinho, prestes a encostar em uma das pedrinhas. Porém o mesmo fez sinal de "não" com os braços, parecendo cansado. Mesmo assim, estava DETERMINADO a terminar o serviço com suas próprias mãos. Ela entendeu, e o deixou com sua contínua batalha.

Parou a sua "exploração" para a próxima sala, assim que notou vozes sendo efetuadas mais à frente. Chegou mais perto da entrada, devagar, para poder prestar atenção no que diziam e para observar quem eram. Dois fantasmas: um de cor bege-alaranjado, efetuando raiva pelo rosto. Uma cicatriz cruzava um de seus olhos cheios de fúria. O outro, esbranquiçado, demonstrando no semblante tristeza e calmaria. Utilizava fones-de-ouvido preto em sua cabeça. 

  - PORQUE VOCÊ AINDA ESTÁ AQUI?! - O fantasma de tom alaranjado, demonstrava ser o mais velho. Brigava com o outro, o deixando sem jeito.
  - Me desculpe... Eu apenas gosto de ficar aqui, ouvindo música... - Respondeu. Em seguida, o mais velho suspira e continua com suas palavras mal-humoradas.
  - Olha aqui: Nós estamos ficando cada vez mais ocupados com o serviço lá em casa, depois que aquele panaca do "Mettaton" deixou a gente pra "ficar com a fama" mixuruca dele. Temos que ficar unidos agora.
  - ... Entendo. Me desculpe.
  - Só não me deixe para alimentar aquelas lesmas de novo! Elas são ignorantes! Ignorantes!! IGNORANTES!!!
  - Lesmas? - A "humana" se manifesta devagar através da entrada, deixando os fantasmas abismados e em guarda.
  - Um humano? Um humano?! UM HUMANO?! - O fantasma alaranjado fica à frente do outro, quase como se fosse para o proteger. - Ou uma humana? ENFIM! Você não vai passar daqui, verminho!

-Narrador(a) = Modo Batalha (P.S.: Recomenda-se ouvir "Undertale OST - Dummy! Extended")-

* Mad Ghost entra no caminho!
                Ele está extremamente furioso.
             * Napstablook se assusta.

[AGIR] =  CHECAR

                  FLERTAR

              ♥ CHORAR - * Isso o irritou ainda mais.

                  ANIMAR

  - Chega de brincadeira!! - Mad Ghost invoca Bobonecos. Você perdeu 2 de HP.

* Mad Ghost está espalhando ectoplasma por cima das palavras.

[AGIR] =  CHECAR

               ♥ FLERTAR - * Mad Ghost não caiu no seu flerte, mas Napstablook ficou corado.

                 CHORAR

                  ANIMAR

   - BOBONECOS! - Os Bobonecos aparecem ao redor. - Vocês são inúteis! Inúteis!! INÚTEIS!!! TENTEM DE NOVO!!!! - Os Bobonecos não conseguem te acertar. Você não perdeu HP.

[AGIR] =  CHECAR

                  FLERTAR

                  CHORAR

               ♥ ANIMAR - * Você conta uma piada sobre manequins para os dois. Mad Ghost sorriu bizarramente.

  - Argh! Cansei dessa merda! - Mad Ghost ergue uma faca. - EU NÃO PRECISO DELES!! EU TENHO FACAS!!! - Ele lança a faca rapidamente em sua direção. O objeto cortante passou direto. - ... Eu não tenho mais facas. NÃO IMPORTA!!
  - Isso é realmente necessário? Porque não a deixamos em paz... Ela parece legal... 
  - NÃO! ELA É UMA HUMANA!! HUMANOS NÃO PASSARÃO!!! NUNCAAA-

[PIEDADE] = ♥ POUPAR - * Você está poupando os dois fantasmas.

                           FUGIR 

  - ... Mas oque?

* Mad Ghost e Napstablook estão surpresos.

  - ...

                        ♥ POUPAR - * Você está poupando os dois fantasmas.

* Ambos ficam em silêncio.

  - ... Primo. - Napstablook começa uma conversa com Mad Ghost. - Eu sei que talvez você odeie humanos... E que isso não vai mudar... Mas e uma exceção? Por favor... Vamos a deixar ir... Ou a ajudar... Nem que um pouco...
  - ... ?!
  - Ah... Eu falei demais de novo... Você me odeia não?...
  - Não tem como te odiar, cabeção! - Se virou para o mesmo. - Você é meu primo, e sempre um amigo. Mesmo muito tímido, Tímido, TÍMIDO!!
  - ...
  - Vamos pra casa então! Mas você alimentar aquelas lesmas gosmentas.
  - Oh... Ok... - Napstablook parece feliz.

* Mad Ghost e Napstablook estão te poupando.

                        ♥ POUPAR

* VOCÊ VENCEU!

* Você ganhou 0 XP e 0 ouro.

-Narrador(a) = Modo Normal-

Os fantasmas falaram que estariam fora das ruínas, em um local chamado Waterfall. Napstablook parecia um pouco mais contente por conhecer alguém novo e legal. Já o Mad Ghost continuou com a cara feia, dessa vez um pouco mais folgada. Frisk se sentia menos solitária. Havia conhecido novas "pessoas", e se empolgava pelo fato de que os pudesse encontrar novamente. Mesmo não tendo sua pergunta respondida.

  - "Lesmas". - Cochichou, parada ainda sobre o local em que os encontrara. - Hm. - Guiou a mão até o peitoral, sentindo seus batimentos. Calmos, e tão calmos quanto uma fraca ventania. 

Continuou a caminhada por mais uma meia hora. Encontrava-se com Whinsum, ou outros monstros pequenos e diferentes durante. Mais alguns minutos. Logo se deparara em uma encruzilhada de três caminhos: um de onde viera, outro mais a frente, se parecendo com a entrada anterior, e uma um pouco maior, que levava à uma casa. Ela decidiu seguir em frente, antes de virar. 

No lugar em que estava agora - com a visão de casas e altos prédios, que lembravam épocas antigas - uma outra joia. Brilhante e azul, claro como o mar. Parecia ser natural. Estava dentro de um pequeno buraco no chão.

Encostando na mesma, Frisk sentiu um novo calafrio. A nova e inspiração de que, aos poucos, conseguiria o que estava à procura. De que com calma, poderia fazer o impossível, virar possível. De que com o tempo, novos e velhos amigos iriam ser cada vez mais preciosos. Jamais os deixaria.

"Você está coberta por... Paciência."