1. Spirit Fanfics >
  2. Glitch >
  3. É melhor não estressarmos a gravidinha.

História Glitch - É melhor não estressarmos a gravidinha.


Escrita por: flarke e greatelly

Notas do Autor


olá pessoas, como vcs estão? tudo certo?
aaaa esse cap me mata rs esperamos que gostemmm
ótima leitura!

Capítulo 7 - É melhor não estressarmos a gravidinha.


Fanfic / Fanfiction Glitch - É melhor não estressarmos a gravidinha.

Ebba narrando.

O aroma da camomila acalma-me instantaneamente, logo quando levo a xícara para a boca, bebendo um gole do chá que Louis pediu para mim. Disso ele não se esqueceu, a forma que a fragrância do chá aquieta-me após uma discussão ou uma noticia hedionda. Examino Louis sentar-se outra vez sobre a cama, como eu e me observar tomando meu chá enquanto algumas lágrimas birrentas traçam um caminho em meu rosto, até o canto de minha boca. Suspiro recebendo o ar abrasador do chá contra meu rosto e fecho os olhos sem motivo.

― Está se sentindo melhor? ― sua voz calma apazigua meu coração que antes batia sem controle, como se eu ainda estivesse apavorada. Abro meus olhos recebendo os seus contra mim e desço a xícara, sem vontade em beber no momento.

― Nós temos tanto o que conversar. ― digo sem jeito, porque sei que ele não irá pensar do mesmo jeito que eu.

Quero que as coisas se acertem imediatamente, mas não sei se é isso que Louis quer. Quando ousei pisar dentro daquela casa, eu o deixei completamente desmoronado e por um momento sinto muito por isso, lembrando que honestamente não era meu intuito deixá-lo desestabilizado emocionalmente.

― Não tenho certeza se é uma boa hora. ― ele quedou-se, cabisbaixo e decidi que não é a melhor hora. Tudo que ainda tenho em mente, deverá esperar por algum instante.

― Meu amor... ― de repente apoio meu corpo em meus joelhos na cama e me aproximo segurando seu rosto perigosamente perto do meu, ele olha-me com seus olhos brilhantes e arrepiantes quando tão pertos ― Esqueça. ― é o que eu digo apenas e logo volto a minha posição anterior, temendo que o chamá-lo de meu amor tenha trazido mais incertezas para a nossa nova convivência.

― Eu sou delegado agora. ― diz mudando de assunto e verdadeiramente sorrio contente pelo o que ele diz e principalmente pela sua conquista, visto que ser nomeado delegado era seu maior sonho em sua lista.

Em primeiro lugar: Ter filhos.

― Louis, eu... ― suspiro debilitada, vendo que perdi uma das ocasiões mais felizes de sua vida, enquanto eu estava sem vida dentro de uma caixa de madeira, embaixo da terra ― Eu estou muito feliz por você, estou orgulhosa. Sempre soube que esse era um dos seus maiores sonhos. ― pronuncio com um sorriso no rosto ― Você deve estar muito feliz. ― ele sorri e tomba a cabeça para a direita, fazendo-me suspirar estática com sua oscilação graciosa.

― Eu estou. Na verdade... Estaria mais se você conversasse com Sarah. ― diz incerto, quase se afastando de mim, como se eu estivesse prestes a chutá-lo desse quarto após sua fala, mas não estou muito diferente disso, apenas consigo manter a calma quando tenho interesse em... Manter a calma.

― Disse que não é uma hora boa. ― alfineto tentando tirar de sua cabeça essa proposta, no mesmo momento em que deixo a xícara em cima da mesa atrás de mim.

Não que eu não queira conversar com ela, afinal tem tantas coisas que quero saber sobre Louis, todavia este é o problema; o fato que eu não quero saber do lado dela na história, e sim apenas o de Louis, é tudo o que me interessa. Interessa-me saber tudo o que ocorreu em sua vida enquanto estive ausente e especialmente quantas noites ele passou sem dormir, por minha causa.

― Sei que vai ser difícil, mas o quanto antes fizermos, melhor. Pra nós, e para ela. ― arqueio as sobrancelhas pensando no porque eu faria isso pelo bem de Sarah ― Sei que não se importa com o que ela pensa sobre isso, mas... Só estou querendo paz por um momento. O fato de ter me relacionado com ela enquanto você estava... ― ele pausa imediatamente, com medo do que estava prestes a dizer.

― Morta. ― completo sem me importar, vendo que esta é a verdade.

― Morta... Nunca irá desaparecer, mas podemos mudar a situação. Como havia dito, não quero ficar brigando com você sempre que esse fato ascende em nossas mentes, por isso peço que conversem. Eu quero o bem da nossa família. ― termina pousando suas mãos sobre as minhas e trazendo junto com seu toque a sensação de senti-lo outra vez.

― Ela é sua família? ― indago breve.

― Minha filha é. ― responde sem tirar os olhos dos meus ― Faça esse esforço por mim, Ebba. Se ainda sente aquela sensação sobre mim que você sempre me dizia, aceite tornar as coisas mais fáceis. Não vou me colocar na posição de vitima porque não sou, ninguém aqui é, entretanto brigas não irão mudar tudo o que aconteceu. Juro que não queria submetê-la a isso, porém é uma necessidade da qual não poderemos fugir. ― tenta convencer-me de aceitar enquanto suas mãos alisam as minhas, deixando-me irracional.

― Tudo bem. ― não vendo escapatória aceito, ele sorri com minha resposta ― Porém, se por algum instante, ela dirigir a palavra a mim de modo esnobe, eu acabo com ela. ― digo direta e, sobretudo verdadeira.

Posso tolerar muitas coisas nessa nova vida que tenho, mas ouvir Sarah se vangloriar por ter o meu marido não é uma dessas coisas e apenas por esse motivo, posso colocá-la embaixo da terra, como eu estava há horas atrás. E, tenho certeza, que pesar não fará parte do processo posterior a sua morte.

― Está bem. ― ele ri, não acreditando muito no que acabei de dizer ― Passo para te pegar depois do meu trabalho, tudo bem? ― Louis se levanta e faço o mesmo pondo-me a sua frente.

― Espero não incomodar. ― murmuro entristecida.

 ― Ebba... ― Louis diz me repreendendo enquanto aproxima-se tomando meu espaço, logo suas mãos pousam sobre meu rosto, precisamente em minhas bochechas e olha-me profundamente. Pisco os olhos impedindo que as lágrimas acumuladas rolem e tento fitá-lo pelo maior tempo possível. ― Te vejo em breve. — beija minha testa lentamente e sai do quarto.

×××

Louis narrando.

Encosto meu corpo na cadeira de minha sala e respiro fundo pensando nos variáveis acontecimentos que permanecem em minha cabeça. Fecho os olhos apreciando a calmaria momentânea da delegacia e os sons dos pássaros que estão na arvore do lado de fora daqui. É difícil presenciar o sossego neste lugar, então tento aproveitar ao máximo enquanto o dever não me chama e os problemas voltem à tona. Com ironia ouço a porta de minha sala ser aberta e resmungo pela minha paz ter sido interrompida. Encaro o ser humano que abriu a passagem e vejo meu amigo ― o melhor, devo ressaltar ― parado apenas analisando-me.

― Não tenho bola de cristal Dave Jenkins, então é melhor já ir falando. ― digo satírico escorando meus braços sobre a mesa, já esperando por mais problemas.

― Delegado... ― ele murmura e adentra a sala por inteiro, fechando a porta atrás de si seguidamente. Dave se aproxima e se senta na assento a minha frente. O mesmo concentra-se por um breve espaço de tempo tentando reunir forças para desembuchar o que tem a dizer e eu o escuto atentamente. ― Recebemos uma denúncia. ― franzo meu cenho não vendo nada de mais nisso, afinal denuncias chegam quase todos os dias.

― O que temos dessa vez? Drogas? Assalto? Assédio? ― indago reorganizando os papéis acima de minha mesa visivelmente bagunçada e colocando um a cima do outro.

― Não, Louis. ― Dave nunca diz meu nome enquanto estamos aqui, então isso de certa forma deixa-me tenso ― Recebemos uma denúncia do cemitério.

― Estão roubando cadáveres? Bom, esta é nova. ― rio de minha própria fala, todavia Dave parece mais sério do que antes.

Seu maxilar travado deixa-me na defensiva. Por que ele não está agindo naturalmente com uma entre várias denúncias? É isto que recebemos o tempo todo. Não há uma denúncia que não seja pior do que outra.

― Louis, violaram o túmulo da sua esposa. ― ele diz direto e repentinamente o encaro medroso.

Devido a todas as diversas complicações que recebi gratuitamente após Ebba aparecer em meu sofá, não tive tempo para pensar no que o coveiro ― ou seja lá quem olhe o cemitério ― pensaria ao ver um túmulo completamente bagunçado e principalmente a falta do corpo de uma pessoa que deveria estar no caixão. Mas engulo em seco e espero o que Dave ainda tem a dizer: ― E, o caixão está vazio.

Eu realmente não tinha pensado em como iriam reagir se soubessem que Ebba estava viva. Era insano demais e todos sabemos disso. Rezo para que não seja tudo apenas um sonho e eu acorde ao lado de Sarah mais uma noite aos prantos, como foi nos últimos anos. Não é como se Ebba estivesse doente ou em coma. Ela estava morta. Eu vi quando seu coração parou de bater, vi perfeitamente. Vi quando a enterraram e ela estava a sete palmos da terra. Vi, e agora ela está em um quarto de hotel, viva.

×××

— Não posso imaginar como está se sentindo agora… — Dave profere ao lado, enquanto dirijo em direção ao cemitério. Estaciono o carro e puxo o freio de mão, soltando um alto e logo suspiro. — Eu sinto muito. — diz reconfortante, e o encaro.

— Vamos acabar com isso logo. — digo seco, tirando o cinto de segurança que envolve meu corpo, abrindo a porta do carro, e saindo, com Dave saindo logo depois.

Dave era um cara legal, eu deveria contar tudo pra ele, mas não sei o que ele pensaria. Sua reação pode ser algo inesperado.

Seguimos para dentro do cemitério, indo em direção ao coveiro que estava. O homem, que fumava antes, quando se deu conta de nossa presença, jogou o cigarro no chão, e o apagou com o pé.

— Polícia. — o homem tinha um sotaque estranho, no mínimo não era daqui. — Em que posso ajudar vocês? — pergunta.

— Foi você quem fez a denuncia do túmulo violado? — Dave indaga.

— Sim, foi eu sim. — ele parece se lembrar. — Me acompanhem, por favor. — ele pede, e segue por um caminho que eu conheço bem. Dave me encara e começa a seguir o homem. Suspiro e os sigo. — O túmulo está vazio. Eu não sei se alguém fez isso, ou... — ele deixa a frase no ar.

— Ou… — Dave o incentiva. E o homem de meia idade suspira.

— Eu não sei como pode ser possível, mas parece que a terra foi escavada de dentro para fora. — Dave me encara e engulo a seco. — Olhem vocês mesmo. — aponta para o túmulo a nossa frente. Dave se agacha para ver melhor, e eu o imito, fingindo interesse. Não que não estivesse interessado, mas eu já sabia o que tinha acontecido.

— Você viu alguém? — indagou Dave, levantando-se, enquanto eu ainda analisava o túmulo vazio.

Oh, Ebba, seria difícil explicar isso.

— Eu vi uma moça na porta do cemitério. Tentei pará-la, mas já era tarde demais. — responde e Dave o dispensa por um tempo.

Sinto um enjôo intrigante e me viro ficando de costas para ele e apoiando as mãos em meus joelhos, temendo o que estava por vim, entretanto não passa de um mal estar breve e não preciso colocar meu café da manhã todo na grama do cemitério horripilante. As emoções com certeza estão mexendo como psicologicamente, e isto de certo modo não é bom. Giro olhando para Dave com uma careta, expondo a ele que estar aqui passando por isso é demais para mim. Ebba mexe comigo em todos os sentidos, até os menos imagináveis.

— Delegado, desculpe-me por ter te chamado para vir até aqui, no entanto como Ebba era sua esposa, pensei que seria o necessário a se fazer. — o homem fardado pede desculpas com certa preocupação em ter me trazido para cá. Nego com a cabeça pedindo que ele pare.

— Não se culpe, Dave. — o repreendo — Só não me sinto bem em saber que alguém está com o corpo de Ebba em casa, ou em qualquer outro lugar. — sinto o enjôo novamente, mas me censuro a passar mal logo agora fechando os olhos e respirando fundo, Jenkins assente — Acho melhor voltar para a delegacia. Peço que alguém venha te buscar. Pode fazer isso sozinho? Realmente não me sinto bem. — questiono.

— Claro Senhor. Peço perdão novamente e nós iremos achar o vândalo que fez isto, ou achar uma solução para essa loucura. — assinto amedrontado antes de girar meus calcanhares e ir apressadamente para o carro partindo para o distrito no qual não deveria ter entrado hoje.

×××

Estaciono o carro em frente ao hotel no qual tenho frequentado bastante durante nas ultimas horas e saio do automóvel acionando o alarme posteriormente. Espero o sinal fechar e caminho até o hall do hotel, vou até o balcão onde um rapaz está concentrado ouvindo a pessoa do outro lado da linha falar ao telefone e quando me vê desliga a chamada e pousa o telefone na bina. 

— Boa tarde. Vim visitar a mulher que está hospedada no quarto cinquenta e nove. — digo pegando minha carteira a fim de achar meu registro geral.

— Louis Tomlinson? — ele indaga antes mesmo que eu coloque minha identificação no balcão.

— Sim. — respondo-o e o mesmo abre um sorriso.

— A Srta. Zingmark acabou de telefonar solicitando sua entrada e avisando que ela está banhando-se, mas a porta do dormitório está aberta. — o rapaz diz educadamente e assinto entendendo.

— Ok, muito obrigada. — agradeço e viro para ir até a cabine metálica que me levará até o andar em que Ebba está hospedada.

Em menos de um minuto as portas do elevador se abrem no quinto andar. Caminho até o dormitório cinquenta e nove e empurro a porta que se encontra aberta. Tranco-a ao entrar e verifico o local vendo que realmente ela está no banheiro. Sento-me na cadeira em frente a pequena mesa e a espero paciente.

O som de chuveiro se desligando faz-me endireitar sobre a cadeira e apoiar os braços na mesa de vidro. A porta é aberta e tenho a visão da loura com a toalha em volta do corpo e seu cabelo molhado contrastando com seu tom de pele. Ela se assusta a me ver, mas logo ri imaginando o quão boba foi por se espantar sendo que ela sabia que eu estaria aqui.

— Esperava outra pessoa? — brinco zombando de seu espanto e ela nega tirando os olhos de mim e indo até o guarda-roupa.

— Infelizmente não. — me responde procurando por alguma coisa dentro do armário e retraio-me aparentando estar decepcionado com sua réplica.

— Um soco doeria menos. — murmuro.

Ebba ri e pega o vestido florido que usou na nossa primeira noite em lua-de-mel. Minhas palpitações aceleram consequentemente. Ela vira-se e deixa a toalha escorregar em seu corpo, fazendo-me seguir o pano até onde eu possa ver, tudo imaginariamente em câmera lenta. O corpo esbelto de Ebba continua o mesmo, suas curvas provocantes, as pintas distribuídas em seu corpo que eu sempre beijava antes de torná-la minha, tudo parece em seu perfeito estado. Diria até mais se a lingerie branca de renda não estive atrapalhando minha analise, todavia o que acabo de ver é o suficiente para querer pirar de vez e a jogar na cama, relembrando os velhos tempos que eu adoraria recordar.

A peça florida se ajusta perfeitamente ao seu corpo e vejo que ela nota minha avaliação quando me joga a toalha.

— Você tem uma mulher em casa, Tomlinson. — me critica regressando ao banheiro e adquirindo uma escova para pentear seu cabelo quase num tom dourado leve.

Ela o deixa solto, calça uma sapatilha e avisa-me que já está pronta. Levanto-me da cadeira e a acompanho até o corredor, logo estamos dentro do carro e mais um percurso se inicia, até chegar a minha casa.

— Eles estão prestes a descobrir sobre você, Ebba. — inicio um dialogo para dizer o que acabei de saber.

— Descobrir sobre mim? — ela indaga com o cenho franzido — Ah... É claro, o cemitério. — resmunga — Eles já viram que não estou no caixão? — assinto sem tirar os olhos da estrada — O que farei?

— Eu ainda não sei, mas quanto mais você ficar dentro do hotel melhor. Qualquer pessoa pode te reconhecer na rua, Ebba. Assim sendo é melhor prevenir, antes que isto vire um problema. — abro o porta-luvas e a entrego um óculos de sol e boné — Sinto muito por isso. — inesperadamente acaricio sua perna esquerda e repouso minha mão nesta região.

×××

— Sarah. — a chamo vendo se a mesma está em casa e em segundos a mulher aparece em minha frente com um pano de prato em mãos.

— Louis. — suspira como se tivesse corrido uma maratona — Eu estive preocupada. Seu colega de trabalho ligou-me logo de manhã perguntando de você, visto que claramente você estava atrasado para o serviço e seu celular sem sinal. O que está acontecendo? — Sarah pergunta antes de ver Ebba entrando na sala e tomando toda a atenção para si — Ah, não é necessário respostas. — pronuncia enfurecida.

— Nós já conversamos sobre isso. — advirto-a — E espero não ter que explicar o que Ebba faz aqui hoje, outra vez. — digo sério, sem enrolamento, na esperança que isto não vire uma briga.

— Então se apressem, o jantar está pronto. — diz petulante e volta para a cozinha em passos fundos.

Olho para o lado esperando alguma protestação de Ebba, no entanto ela parece muito mais calma do que eu. Ela encara-me e sorri forçadamente.

— É melhor não estressarmos a gravidinha. — retira o sorriso de seus lábios voltando a ficar séria e indo de encontro à cozinha.

Isso de certa forma não irá ser fácil, mas quanto antes esclarecermos todas as duvidas melhor. Somente espero que as duas colaborem, isto não é um jogo, ninguém está aqui para ganhar ou perder. A vida nos trouxe até aqui e sem rezingar iremos dar um jeito em tudo que está acontecendo, nem que eu tenha que sacrificar minha alegria para ter paz por um instante. Nem se for por um misero segundo.


Notas Finais


divulgar tá ficando difícil ): to ansiando os 100 favs, então divulguem para as amigas tá legal? esperamos que tenham gostado, bjks sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...