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História Gold love - Capítulo Único


Escrita por: lotusflower

Notas do Autor


Ok, eu sei que estou atrasada nesse assunto, mas eu simplesmente havia esquecido dessa fic! Ela ficou guardada nos meus documentos, arranjei coisas pra fazer e mes esqueci. Hoje, limpando o computador, encontrei-a e... AH, EU PRECISO POSTAR!
Aqui está, meu projetinho temático, ainda em ritmo de festa!
Espero que gostem, tratem e cuidem com muito amor!
Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Gold love - Capítulo Único

Ela respirou fundo. Esfregou as mãos cobertas pelas grossas luvas uma na outra, tirou os fios de cabelo do rosto, puxou seu calção para cima e agachou um pouco, em posição de ataque. Era “agora ou nunca”.  Pouco antes da juíza apitar, ela olhou para a arquibancada reservada. O lugar que ela havia requerido à organização para a pessoa mais importante da sua vida estava vago, não propositalmente, claro. O ser humano em quem ela depositava seu coração estava no estádio ao lado, realizando uma prova, ou se preparando em breve, e lá no fundo, ela sabia que, mesmo com toda a pressão e concentração em outra coisa, sua pessoa importante estava pensando nela. Fixou seus olhos na bola e ouviu o apito da juíza. A brasileira mais famosa no futebol, Marta, foi quem chutou. E chutou muito bem, ela tinha que admitir. Em sua mente, tudo estava em câmera lenta, ela precisava segurar, precisava ser a goleira de seu time e precisava garantir a vitória deles. Era o último chute dos pênaltis.

Emma sentiu as pontas de seu dedo rasparem na bola e fechou os olhos. Não queria ver o gol sendo feito enquanto caía no chão, depois de sua tentativa de defesa. Porém, quando ouviu as vozes de seu time, já tão reconhecidas, vibrarem, Emma abriu os olhos e conseguiu ver a bola rolando devagar pelo lado de fora da grade antes que suas colegas de time pulassem em seu colo para comemorar.

- Estados Unidos defendeu a bola. É ouro pra os Estados Unidos!

- United States won the gold medal!

-États-Unis a remporté l'or!

Emma estava feliz, radiante. Não poderia ficar mais feliz com mais um ouro em sua segunda Olímpiada, mas ainda tinha uma coisa para fazer. Saiu do monte que suas colegas formavam e saiu correndo pelo gramado. Agradeceu aos presentes, jogou beijos à torcida vermelha e azul e driblou alguns repórteres. Atravessou a entrada do estádio e seguiu pelo corredor apinhado de pessoas da imprensa até o estádio vizinho. Graças à seu rosto conhecido, não precisou de crachá e seguiu direto para a ala reservada. Quando chegou à sua cadeira, ainda pode ver o final da prova da corrida com obstáculos. O último tiro, 300 metros. Olhava cada uma das participantes, procurando pelo número 32 sob a sigla EUA. Não tirou os olhos daquela concorrente, e nos primeiros obstáculos, estava tudo bem. Emma estava agarrada em sua bandeira de seu país e sentia todos os seus músculos contraídos. O número 32 tinha que cruzar a linha primeiro. Tinha que ganhar a medalha. Era a última competição de Lana, era a última vez que ela iria correr por profissão porque já estava ficando velha demais para competir.

                Foi quando os olhos verdes de Emma atingiram o chão ao acompanhar Lana. Os pés da atleta tinham se enroscado no obstáculo bem próximo à linha de chegada e ela foi imediatamente desclassificada, afinal havia derrubado duas traves e todas as concorrentes passaram à sua frente. A jogadora não precisou olhar para a namorada para saber que ela estava chorando. Era uma corrida importante pra ela, e a morena ainda tinha o coração sempre muito alegre, mas também muito mole. Se emocionava fácil, dessa vez, se emocionaria para a tristeza de não ter conseguido encerrar bem sua carreira. No instante em que o timer apitou anunciando o final da prova, Emma desceu correndo a arquibancada, pulou o alambrado, ultrapassando fotógrafos, jornalistas e alguns seguranças e correu até a namorada, que ainda estava ao chão, envolvendo-a num abraço.

- Sh... Não fala o que eu sei que você quer dizer... – Emma retirava os fios de cabelo do rosto da namorada e tentava limpar as lágrimas dela.

- Emma, eu perdi. Eu caí, Emma! Eu nunca caí em competição! Eu não podia... – Era difícil para  a loira entender as palavras da mulher.

- Não, não! Lógico que não! Você é uma ótima corredora! E você encerrou sua carreira sendo ótima! Quantas mulheres já tentaram chegar até aqui e não conseguiram? Você está aqui por foi a escolhida para representar nosso país, porque é a melhor! E uma medalha pode até ser legal, mas nunca vai ser capaz de medir o seu talento.

-Eu precisava da medalha... EU queria me sentir importante, eu queria saber que posso fazer alguma coisa bem, mas eu não consigo! Esse tombo horrível foi televisionado, e vão se lembrar de mim como a atleta que caiu na última competição!

                A goleira dos Estados Unidos tentava acalmar sua namorada e nem notou quando as câmeras começaram à rodeá-las. Um bom tempo depois, quando o estádio já estava sendo esvaziado para que a próxima competição começasse, Emma e Lana estavam voltando para o estádio maior, já que Emma precisava ir receber aa medalha com o seu time. Andaram devagar até lá e Lana já estava mais calma, já havia parado de chorar. Antes de correr para o gramado e o pódio, junto à seu time, a loira remexeu em seu malão antes de ir ocupar seu lugar atrás das meninas, e deixou Lana junto com seu técnico e as reservas, bem próximos ao pódio. O hino dos EUA tocou, metade do estádio cantou junto, enquanto os brasileiros sentiam muito por terem perdido no futebol que demarcava a característica e cultura de seu país, e depois, as cerimonialistas entraram com a bandeja de medalhas e colocaram em cada uma das jogadoras. Emma, por ser a goleira, foi a última a receber a medalha. Com o canto de olho, pode ver Lana abrir um sorriso iluminado de orelha à orelha e então, desceu do pódio, antes mesmo de receber seu troféu e foi até a namorada. No momento em que fez isso, conseguiu a atenção das câmeras, tanto profissionais, quando de celulares. Deu um selinho na morena e pegou sua mão.

- Sua doida! Volta pra lá, vai buscar o seu troféu e participar das entrevistas! – Lana gargalhou.

- Você disse que vai ser lembrada porque caiu, mas não. Você é boa demais pra isso, você é perfeita, você não merece nada menos do que tudo o que há de melhor. Você me fez melhor, Lana, você me deu felicidade durante esses três anos, você me deu risadas, broncas, beijos, lembranças que valem mais do que qualquer medalha, troféu ou título. Eu queria poder ser boa o suficiente pra te devolver tudo isso, mas não sou como você. Você ilumina qualquer momento de escuro nos meus dias, você... é você. Então, se você vai ser lembrada por algo nessas Olimpíadas, vai ser como a mulher mais importante da minha vida, e a que foi pedida em casamento no meio do gramado. Lana Maria Parrilla, eu não quero passar mais nenhum minuto sem pode te chamar de minha esposa. Quer se casar comigo? – Emma ajoelhou-se e retirou do bolso de seu agasalho uma pequena caixinha aveludada que guardava uma joia tão delicada quando sua namorada. Lana, por sua vez, estava sorrindo abertamente, mas também deixando lágrimas de emoção caírem sem nenhum controle. Sem conseguir falar e totalmente muda pela multidão de pessoas que soltava longos suspiros e aplaudia, a atleta apenas conseguiu puxar Emma pela mão e afirmar repetidas vezes com a cabeça, até que seus lábios colassem nos da loira.

                Mais uma vez, todas as pessoas ali presente pareciam aplaudir e gritar ao mesmo tempo, mas nem isso se igualava à plenitude de Lana e à felicidade de Emma.

- Você sabe que tudo isso pra mim, não sabe? Você sabe que jamais vai existir algum prêmio que chegará perto de ser o que você é pra mim, não? – Lana tentava dizer, enquanto sentia Emma colocar o anel de noivado em sua mão esquerda, que tremia tanto quanto a mulher.

- Eu te amo.

- Eu te amo, meu bem! – Lana pulou no colo de Emma e elas se beijaram outra vez. Claro, ouviriam comentários negativos, ouviriam reclamações e xingamentos, e Lana poderia não ter levado o ouro, mas ela havia ganhado duas coisas, uma melhor que a outra: a eterna lembrança do pedido de casamento mais que especial eternizado por milhares de câmeras, e a condição de esposa de Emma Swan, uma das pessoas que ela mais amava na vida, desde a primeira troca de olhares.


Notas Finais


E aí? O que acharam??
Vocês viram os pedidos de casamento nas Olímpiadas?? Foi cada um mais lindo que o outro, mas o da jogadora de rugby foi ♥♥♥♥♥
(Imaginei pra essa fic, não Emma e Lana, mas sim a Michelle Jeneke e a Ashlyn Harris porque elas são maravilhosas!)
Me digam o que acharam!
Obrigada e utas e beijas! ♥


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