Eu sou uma simples garota da cidade, morava com a minha família, meus pais e meus irmãos. Eu não era tão feliz quanto pensam, bom pelo menos era o que eu achava. Eu não me achava bonita, inteligente e nem amada. Minha família era totalmente problemática. Meu irmão Sutter, apenas dois anos mais novo que eu e minha irmã Sam, a mais velha com dois anos a mais que eu. Eu, me chamava Sindy, tinha 14 anos quando tudo aconteceu. Meu pai, Tadeu e minha mãe Laura trabalhavam em diferentes lugares, meu pai era vendedor de roupas masculinas de uma loja no lado mais nobre da cidade e minha mãe caixa de um supermercado também no lado nobre da cidade. Nós não éramos nem de longe ricos, no máximo poderíamos nos chamar de "classe média baixa".
Eu e meus irmãos estudávamos em uma escola pública em nosso bairro. Saíamos de manhã e voltávamos na hora do almoço, minha irmã Sam tinha 16 anos e cuidava de mim e de Sutter no horário que nossos pais trabalhavam. Nós quase não os víamos, eles saíam de manhã bem cedinho e quando chegavam de um dia exaustivo de trabalho, nós já estávamos dormindo. Nossa vida era difícil, tínhamos problemas demais!
Mas tudo começou à desmoronar à partir do dia 12 de junho, quando minha irmã Sam se matou, nós nem desconfiávamos da situação psicológica dela, para nós ela estava bem! Bom, pelo menos não aparentava o contrário.
Meus pais não à conheciam direito, pois sempre estavam trabalhando, já eu e meu irmão à conhecíamos muito bem por sinal mas isso não foi o suficiente para escutarmos o pedido de socorro silencioso de Sam.
Eu me sentia mais sozinha do que nunca, porque apesar de termos perdido alguém importante, nossa vida continuaria e meus pais tinham que nos sustentar. Eu passei a fazer o papel que a Sam fazia, mas ela havia deixado uma ferida em mim, ela tinha nos abandonado, e aquela ferida que com a morte dela se abriu demoraria muito mais do que eu imaginava para cicatrizar...
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