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História Good Enough - In Sight


Escrita por: SynthyaM

Notas do Autor


Oi, oi! Desculpem a demora, estou atolada de coisas na faculdade, mas espero que gostem desse capítulo, pois ele abre as portas para uma nova fase em GE.
Ainda não respondi os comentários no último capítulo, mas farei isso agorinha e continuem comentando e favoritando! Significa muito!
Boa leitura!

Capítulo 31 - In Sight


Fanfic / Fanfiction Good Enough - In Sight

 

"A vida não é sempre como você pensa que é

Vire a cabeça por um segundo e o jogo muda

E eu sei, eu sei que errei contigo

Mas você confiará em mim se eu disser que vou te recompensar

De alguma forma, de alguma forma?"

(Imagine Dragons - I'm So Sorry)

 

 

04 MESES DEPOIS

 

- Eu não vou deixar que você tenha essa criança! – ele gritou assim que eu tive coragem para explicar o porquê da minha barriga estar crescendo e naquele formato.

- E eu não vou tirar meu bebê! – exclamei de volta colocando as mãos em meu ventre, tentando protegê-lo de alguma forma.

- Como pôde esconder esse tempo todo que estava grávida? Como foi tão burra e não usou camisinha? – ele colocou as mãos no cabelo, puxando os fios em frustração – Onde eu errei com você para ser tão estúpida?

- Eu não escolhi isso, okay? Não foi planejado, claro que não foi, mas não vou deixar essa criança sofrer por causa disso. Não foi culpa dela.

Ele aproximou-se e segurou meu cabelo com força, puxando do couro cabeludo e me fazendo encará-lo, seu olhar brilhava em uma raiva desenfreada – Você escondeu essa criança de mim por 04 meses e acha que eu simplesmente vou aceitá-la agora?

- Você não tem escolha – engoli em seco ao desafiá-lo – Se não aceitar, irei embora. E eu sei que precisa de mim.

- Que filha ingrata e estúpida eu fui arrumar – murmurou com os dentes trincados, soltou meu cabelo com força e dei alguns passos para trás – Se você quer sofrer por mais 05 meses, ter mais enjoos e perder sua festa de formatura, azar o seu. Mas essa criança não morará conosco quando nascer.

- Eu não vou abandoná-la! – exclamei quando virou as costas – Não vou deixar que ela passe pelo que eu passei.

- Eu sinto muito pelas suas expectativas, então. Trate de ir se desapegando, assim que ela nascer eu a dou para uma família qualquer.

 - Eu não vou deixar que faça isso – senti as lágrimas chegando – Ela é minha! Minha criança!

 - E essa é a minha casa! – voltou o olhar em minha direção – Eu dou as ordens aqui e fique feliz por eu deixar que essa... – olhou com ultraje para meu ventre - ...coisa nasça.

- Anthony, por favor – implorei – Ela não dará trabalho, vou criá-la para ser discreta e ajudar aqui em casa, eu prometo.

- Discreta do jeito que você foi? Ajudando do modo como ajuda? Não vai me fazer mudar de ideia, Charlotte. Nessa casa essa criança não fica.

Deixou-me chorando na sala e subiu as escadas até seu quarto. Eu não sabia o que fazer, a verdade era essa. Escondi por 04 meses aquela gravidez por medo. Não contei sobre os enjoos, mas pegou-me vomitando algumas vezes. Não falei nada sobre a falta de apetite ou sobre as tonturas, porém, foi inevitável esconder o tamanho da minha barriga. Disfarçava com as roupas mais largas que tinha, mas, uma hora, nem isso foi suficiente. Eu sabia que essa hora chegaria, que Anthony reagiria mal, contudo, ameaçar tirar a vida do meu bebê foi mais do que eu esperava.

Coloquei as mãos onde um pequeno carocinho repousava e acariciei minha barriga – Vai ficar tudo bem, bebê. Prometo.

Eu não sabia como cumpriria minha promessa, Anthony deixou que nascesse, mas ameaçou tirar de mim no mesmo instante. Eu já estava apegada. Conversava a noite, dizia besteiras e prometia coisas que não sabia como cumpriria, mas daria tudo de mim para que esse bebê não sofresse, seria a mãe que eu não tive. Pai e mãe, na verdade. Contar a Jesse não estava nos meus planos.

Porém, foi pensando em como faria para criar minha criança que descobri que contar a Jesse talvez seja a melhor opção que eu tinha. Talvez ele não seja tão insensível como me fez acreditar, talvez ele aceite esse bebê e me ajude a criá-lo mesmo que tudo que eu sinta por ele seja nojo, repulsa e raiva. Minha mãe, Anthony e Jesse foram mestres em me fazer acreditar que eu não era boa o suficiente e finalmente eu acreditava neles, não tinha duvidas de que o amor não era para mim e que jamais saberia como é ser amada, mas essa criança, meu bebê, não merecia passar pelo mesmo e eu poderia fazer melhor, ser melhor para ele.

Decidir ter esse bebê não foi difícil, algo em mim brilhou por ele no primeiro instante. Só precisava que Jesse sentisse o mesmo e me ajudasse com relação a Anthony embora tudo em mim não quisesse vê-lo nunca mais porque em uma coisa ele tinha razão, eu fui idiota e estupida por achar que alguém como ele me amaria e diria todas aquelas coisas em sinceridade, mas aquele bebê era nosso, ele tinha que me ajudar. Tinha.

Descobri que Jesse morava no mesmo lugar e esperei que os pais saíssem para o trabalho antes de bater na sua porta no dia seguinte.  Anthony não me daria dinheiro para ônibus ou taxi e não queria dar motivos para brigar comigo pegando dinheiro em sua carteira, então andei até lá e meus pés já estavam doendo e inchados, seria demais pedir um copo de água?

Ele atendeu na terceira batida, estava sem camisa e sorridente, o cabelo bagunçado e suado.

Franziu a testa assim que me encarou – O que está fazendo aqui?

- Eu... – engoli em seco sentindo vontade de vomitar por estar em frente a ele, meu coração parecia o bater de asas de um pássaro em meu peito, tanto por nervosismo como por não saber a forma com que contaria sobre o bebê – Preciso falar com você.

Acabou que não precisei explicar nada, seu olhar baixou para minha barriga, parou para observar o modo como minha mão repousava em meu ventre e arregalou os olhos – I-Isso... – gaguejou – Isso não e meu, certo? Não pode ser meu.

- O safado aqui é você, não eu – não soube de onde aquela resposta ácida veio, mas não consegui me segurar – É você quem dorme com varias ao mesmo tempo, não eu.

Ele riu sem humor – Só pode estar de brincadeira comigo, essa coisa ai não é minha.

- Essa coisa é seu bebê. Nosso bebê – suavizei a voz – Você sabe que eu não estou mentindo, Jesse.

- Oh, droga... – passou a mão pelo cabelo e olhou para dentro da casa – Olha, você não deveria estar aqui.

- Como? – ergui a sobrancelha.

- Ahn... – fechou a porta atrás de si – Parabéns pelo bebê. Você será uma mãe legal, mas eu não tenho nada com isso, okay?

- É seu filho – falei cada palavra devagar para tentar assimilar a sua resposta.

Ele engoliu em seco – Acontece que eu não estou pronto para ser pai agora, então, não sei o que esperava vindo até aqui, mas...

- Então espera que eu tenha essa criança sozinha e, quando você finalmente sentir que está pronto para ser pai, bata na porta lá de casa com um ursinho barato e um sorriso ansioso no rosto para conhecer seu filho? – falei sem me importar com vírgulas e pontos finais, porque ele era reticências, Jesse me fazia sentir vontade de completar todas as frases que dizia com alguma sensibilidade que ele não ousou demonstrar – Seja o homem que não foi para mim, Jesse. Eu não estou pedindo para assumir-me, só quero que me ajude a criar esse bebê.

- Eu não posso agora, okay? Sinto muito, mas, não posso. Não estou pronto para... – olhou novamente para o meu ventre - ...Isso.

- Isso é seu filho! – bati em seu peito – Seu insensível, filho de uma puta orgulhoso e desgraçado!

- Bem, você ficou um pouco agressiva, não? – segurou meus pulsos ao mesmo tempo em que alguém de dentro da casa chamava seu nome, ele abaixou o olhar para mim e sussurrou: - Vá embora agora.

- Você só pode estar de brincadeira comigo – senti minha garganta apertar – É seu filho!

- Eu não pedi por filho nenhum, então ele é seu – desconversou – Boa sorte com isso, Charlotte. Mas não conte comigo.

- Eu odeio você – rosnei – Odeio e um dia você pagará por isso, Jesse. Eu prometo.

- Jesse, querido. Está tudo bem aí fora? – uma ruiva abriu a porta da casa e ergueu as sobrancelhas quando viu a cena em sua frente – Está acontecendo alguma coisa?

- Não, amor – ele soltou-me e abraçou a cintura dela – Essa moça já estava de saída, não é?

Olhei para o casal que em encarava com uma mistura de pena e irritação. Ambos vendo minha barriga elevada e não dando a mínima para isso. Senti vontade de me vingar de Jesse, de fazê-lo pagar por tudo que me fez passar. Quis que ele sentisse tudo que eu senti e lamentei pela criança em meu ventre porque Jesse era a minha ultima esperança.

Foi voltando para casa, lágrimas em meu rosto conforme conservava com o bebê e via os olhares de pena das pessoas que passavam por mim, que tive a ideia mais absurda e insana que poderia.

Se Anthony não queria meu bebê naquela casa, também não queria a mim. Porque éramos um só a partir do momento que decidi tê-lo e amá-lo. Não tinha duvidas alguma que o protegeria com todas as forças, onde quer que nós estivéssemos.

Sorri apesar do temor pelo que viria. Se tinha uma certeza agora é de que protegeria meu bebê e fugiria daquela casa se preciso fosse.

(...)

- Nada – Liam disse suspirando – Nenhum sinal do cara.

- Foram em todos os prédios que ele provavelmente pode ter ficado? – perguntei enquanto massageava a testa. Harry ao meu lado exibia um rubor no pescoço que ia alcançando seu rosto na medida em que os meninos o encaravam por causa das fotos.

Ele assentiu – Apenas dois prédios podem ter dado a ele a visão que teve quando tirou as fotos – falou entrando no quarto do nosso protegido e apontando para além da janela – Procuramos digitais nas janelas, mas não encontramos nada. Seja quem for, é profissional, Char. Nenhum sinal de arrombamento, suor, fio de cabelo. Nada.

- Porque alguém nos espionaria? – Harry perguntou – Não faz sentido.

- Brad quer nos amedrontar – respondi sem olhá-lo, a noite passada provocando uma reviravolta em meu estômago – Mostrar que sabe que fomos nós na boate.

- Poderia não ser uma câmera apontada para nós – continuou – E sim, uma arma. Nós nem veríamos de onde o tiro viria. Poderia ser na janela do quarto dos meus pais, Lottie. Isso está indo longe demais, Brad está ganhando terreno e...

- Isso virou um jogo para ele. Ele não quer seus pais. Só quer ganhar.

- E ganhar agora significa matar você – Zayn completou – Ele sabe que Harry jamais voltará para gangue.

- Porque Brad iria quere você de volta na gangue? – pensei comigo mesma – Apenas dinheiro não compensa tudo que está fazendo.

- Não pode ser só porque ele é rentável – Louis cruzou os braços – Eu pesquisei, Holmes Chapel está cheia de riquinhos mimados – ele encarou Harry – Não que você seja isso, bro. Contudo, ele ganharia mais te deixando em paz e indo atrás de outro.

- E se... – Niall arregalou os olhos e não terminou a frase.

- O que? – Vic ao seu lado o cutucou.

- Saiam do meu quarto – ele pediu – Eu preciso pensar e fazer algumas pesquisas – ele encarou nossas expressões estarrecidas e bateu o pé – Mexam-se!

- Posso falar com você? – Zayn segurou meu cotovelo e impediu-me de acompanhar os outros até a sala.

Sabia o que ele queria conversar, seu olhar o entregou. Sorriu sem humor quando me encostei à parede do corredor e cruzei os braços esperando que falasse.

- Você me faz sentir culpado por algo que foi você quem fez – riu – Isso não é estranho?

- Zayn...

- Eu sei, você nunca me deu esperanças – interrompeu-me – Mas eu as criei, okay? Por baixo de toda essa marra, existe alguém em você que eu esperei que sentisse algo por mim.

- E eu sinto – esclareci – Mas não o que você quer.

- O que eu não fiz que ele fez? – sua voz tremeu na ultima palavra, ele pigarreou para isso não se repetir novamente – Eu não te tratei bem e te dei prazer? Não demonstrei o que realmente queria ou...

Foi a minha vez de interromper agora – Harry e eu não estamos juntos. O que você viu nas fotos não significa que irei me casar com ele Z, por favor...

- Mas eu vi seu rosto naquelas fotos e você nunca pareceu tão entregue daquele jeito. Pode continuar mentindo para si mesma o tempo que for, mas, no fundo, você sabe que estou falando a verdade. Você é dele e eu sequer fui uma opção.

- Eu não quero opções. Não estive com você porque eu queria alguma coisa a mais. Sempre fui honesta com você.

Ele assentiu – Viu? Você me faz sentir culpado por ter sentimentos... – ele procurou a palavra certa e franziu a testa por não encontrar -... bons com relação a você.

- Eu não sou alguém para se nutrir bons sentimentos, Z – dei um passo em sua direção e acariciei seu rosto – Uma hora você e Harry percebem isso.

Sorri e permiti que aquela fosse nossa despedida, porque não voltaria a fazer sexo com ele. Estava falando a verdade quando disse que sentia algo e era isso que não nos faria voltar a dormir juntos, não quando ele esperava algo de mim que eu não poderia dar.

Ele entendeu o significado daquela carícia, sabia que a partir dali seriamos apenas amigos, como deve ser. Passou por mim, roçando o ombro no meu, e caminhou escadas a baixo com passos largos. Suspirei e estava pronta para segui-lo quando meu braço foi puxado exatamente quando passava pela porta do quarto de Harry. Soltou-me assim que percebeu que eu não iria fugir.

Todos os detalhes da noite passada queimaram entre nós agora. Enquanto seu olhar varria meu corpo e meu rosto a procura de algum sinal de arrependimento, senti um calor querendo juntar nossos corpos, uma fragmentação da gasolina e do fogo, quando juntos, querendo se apoderar de nós, aqui e agora.

Ele colocou as mãos em ambas as minhas bochechas e trouxe meu rosto para o seu, selou nossos lábios ao mesmo tempo. Sua boca estava delicada contra minha, inclinei o rosto para cima, em sua direção, e ele aprofundou o beijo. Sua língua dançava contra a minha, senti gosto de café, mas, ainda assim, não estava perto o suficiente. Queria tocar nossos quadris, sentir seu peito contra o meu para que aquela tensão se esvaísse, por mais que minha cabeça gritasse que aquilo era errado.

- Antes que diga qualquer coisa, eu não vou deixar você ir – sussurrou com a testa colada na minha e olhos fechados, repetindo as palavras da noite passada – Não vai fugir de mim, Lottie.

Esperei que os olhos dele se abrissem para responder longe de qualquer coisa que minha cabeça gritava para ser ouvida – Eu só iria falar que precisamos treinar.

Ele sorriu e foi e, contra toda a racionalidade que ainda havia em mim, tinha que admitir, foi a coisa mais bonita que ele poderia ter feito naquele momento.

Anne não estava sorridente quando a encontramos na cozinha, seus olhos estavam inchados e vermelhos, demorou no abraço em Harry e Des revirou os olhos para aquela cena. Todos estávamos fingindo não perceber que os dois tinham brigado porque Des estava com um semblante irritado e ela chateada com alguma coisa. Niall parou de comer para observar aquela cena, ele dobrando o jornal cuidadosamente, alguns papeis de contas espalhados pelo seu canto na mesa enquanto fazia contas mentalmente e anotava os resultados.

- O senhor é bem rico, não é? – o irlandês perguntou colocando um punhado de doce em sua torrada.

- Como? – Des disse sem entender. Liam encarou Niall como se tivesse nascido uma planta em sua cabeça, ele era um tagarela – assim como Louis – mas, não era de puxar assunto com alguém que não conhecia.

- Quer dizer... – continuou – Deve ser dono de muitas empresas.

- Sim – foi a resposta do Sr.Styles.

- E há quanto tempo começou seu patrimônio? Digo, como exatamente começou a enriquecer?

Eu sabia que tinha um propósito para aquelas perguntas, Niall era inteligente e estava tentando desvendar todo aquele mistério dessa missão, mas estava irritando Des. Pude ver uma ruga se formar no meio da sua testa quando largou os papéis e o encarou.

- Aonde quer chegar, garoto?

Eu entendi agora o porquê de Anthony fazer tanta questão que aquela missão fosse bem feita por mim. Des conseguia ser ameaçador apenas com um olhar, também consegui compreender o motivo Harry se envolver com drogas, para chamar atenção dele só o desafiando como Niall estava fazendo, ainda que com perguntas, aparentemente, simples.

Ele deu de ombros, aparentava não estar intimidado, mas eu o conhecia bem demais e sabia que estava tenso – Apenas curiosidade - sorriu para Des e levantou-se da mesa, dando um beijo na cabeça de Anne que retribuiu com uma caricia em sua mão – Tenho trabalho a fazer – disse olhando em minha direção e compreendi que tinha haver com o que tinha mandado que pesquisasse, embora não sabia o que.

- O que Niall queria com tantas perguntas? – Harry perguntou quando estávamos no jardim e alongava comigo. Vic conversava com Zayn e o ensinava alguns golpes enquanto Liam conversava com o médico que cuidou da tal garota que ainda dormia em um dos quartos, ela não lembrava da família ou apenas não queria dizer quem eram e os remédios para dor a mantiveram dormindo até agora, nos breves momentos de lucidez tinha medo de todos que tentavam conversar com ela. Seja o que for que aconteceu durante sua estadia na boate de Brad, ela temia que acontecesse o mesmo agora.

- O irlandês sabe o que faz – Louis respondeu – Acha mesmo seguro estarmos aqui fora?

- Ele não quer nos matar – respondi olhando para os prédios – Pelo menos quer se divertir fazendo isso.

- Está tentando nos impor medo – concordou – Mas, tenho medo de que haja no impulso e ataque um de nós.

- Estamos juntos – Harry tentou raciocinar – Atacar um seria suicídio.

- Está ficando esperto – brinquei dando um murro em seu ombro – Vem, vamos treinar.

- É fácil derrubar ela, bro – Lou cochichou no seu ouvido, o braço em seu pescoço – Charlie não é previsível, mas não tem muita força. É rápida, mas impulsiva, usa golpes urgentes e não trabalhosos.

- Como sabe de tudo isso? – ele perguntou com um sorriso de lado.

Louis deu tapinhas em suas costas e o empurrou para o tatame com uma piscada em minha direção – Ora, fui eu quem a treinei para ser assim.

Fiquei em posição de ataque porque sabia que Harry estava mais forte e atento a cada golpe que eu desse.

- Espere ela atacar, não se precipite – Louis gritou para ele. Testei sua resistência e estiquei o braço para esmurrar seu ombro – Projete a parte exterior do braço para fora, se defenda sem atacar.

Sorri porque foi exatamente o que ele fez, meu murro sequer chegou a alcança-lo quando em repeliu. Mudei de posição e estiquei a perna para chutar seu quadril porque estava tentando poupar meu ombro machucado. Não doía tanto assim porque estava acostumada, porém, se não tomasse cuidado, poderia infeccionar mesmo que a bala não tivesse ainda dentro da pele.

- Seja esperto e quando ela fizer isso de novo, segure a parte interior da perna. Faça com que ela perca o equilíbrio depois que golpear você.

Harry estava seguindo a risca os conselhos de Louis. O bundudo era melhor professor que eu, afinal ele e Anthony ensinaram-me tudo que eu sei hoje. Eu estava entediada de dar golpes fracos e ele defender que estiquei a perna novamente, olhando para Louis antes e esperando que Harry conseguisse me desequilibrar. Eu só não sabia que ele tinha algo a mais me esperando.

Em um instante, segurou minha perna, me fez cambalear para trás e empurrou meus ombros. Quando tentei buscar equilíbrio de novo e ataca-lo, foi mais rápido e esmurrou meu queixo fazendo com que caísse de bunda no chão.

- Uau – acariciei em surpresa o meu queixo que agora estava dolorido.

Louis gargalhou alto e Harry arregalou os olhos – Oh, Lottie – exclamou – Eu não queria ter te batido, desculpa – ergueu a mão para ajudar-me a levantar – Isso vai inchar. Droga.

Surpreendi a nós dois quando comecei a rir – Relaxa, Hazza. Você conseguiu me derrubar, estou orgulhosa de você.

O tempo pareceu parar quando ele sorriu e foi só aí que dei-me conta do modo que tinha o chamado. Escapou sem que eu me desse conta e não pareceu errado em minha boca, o som do apelido de quando éramos crianças fez seu rosto corar e seus olhos diminuírem por causa do tamanho do sorriso que abriu.

- Lottie, não se mexa – a voz calma de Louis chamou minha atenção – Olhe para baixo.

Fiz o que ele mandou com a testa franzida e depois engoli em seco ao ver a mira de uma arma em minha barriga na forma de um sinalizador vermelho. Olhei para os prédios ao meu redor e tentei achar a distância certa para localizar o atirador.

- Ele está no mesmo prédio – Liam disse chegando mais perto – Não vai atirar em você, está te provocando.

A mira ergueu-se para meus seios, alternando entre os dois.

- Vic pode tentar correr até onde ele está. Talvez não dê para pegá-lo, mas pelo menos deixará algum material na pressa de sair – Louis disse.

- Ele é esperto – falei erguendo o dedo médio para um dos prédios que supomos que estivesse – Já tem tudo certo para a fuga e está esperando que um de nós vá atrás dele, tenho certeza que quer nos pegar sozinhos. Não vamos fazer o que ele quer.

- Ele pode só estar provocando, mas é perigoso – Liam completou – Uma hora vai cansar das provocações e atirar, para matar ou não.

A mira sumiu do meu corpo para pousar em Harry. Coloquei meu corpo na frente antes que ele conseguisse decidir se miraria na barriga ou peito.

Sorri para os prédios, ele deveria estar no oitavo andar ou mais acima. Não sei como, mas o senti sorrir de volta quando desligou a mira e pareceu desistir de provocações por hoje. Sabia que eu não iria arriscar levar um de nós até ele, não sabendo que Brad adorava esses jogos, mas me irritava estar um passo a trás, odiava não saber o motivo de tudo aquilo e precisava manter Harry dentro de casa, longe das janelas porque Liam estava certo, ele poderia atirar nele a qualquer momento.

Foi dentro da casa, sentados na sala e pensando no que faríamos agora que uma das minhas irritações foi respondida e sanada. Niall desceu as escadas com passos largos, o cabelo loiro desgrenhado e um sorriso satisfeito no rosto.

- Você me mandou pesquisar – falou sem folego por causa da empolgação – E eu pesquisei. Você não vai acreditar no que eu descobri, Char.

 

 

 


Notas Finais


Teorias sobre o que Niall descobriu? Garanto que para alguns será uma surpresa e tanto, mas, para outros...
Lembrem de favoritar e comentar, até o próximo!
Mil beijos


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