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História Good Luke - Seria meu sonho?


Escrita por: Supertramp_

Capítulo 1 - Seria meu sonho?


Era o dia mais quente que eu tinha presenciado em meus 20 anos de vida, eu estava estressado, tudo e todos me irritavam, barulho de buzina, pessoas gritando na rua, tudo, até um simples pernilongo me irritava, mas tentava não transparecer isso, era meu último dia de aula, eu iria entrar de férias e nunca mais iria ver aqueles rostos insuportáveis outra vez, e isso me deixava um pouco feliz.

Eu morava em uma cidade quente, onde a chuva não adiantava em nada, onde não nevava, onde um picolé não durava dez segundos no palito, por fome? Claro que não, por calor! E meu sonho era viajar para uma cidade próxima, um lugar frio, onde bonecos de neve poderiam ser construídos e ficar lá por praticamente um ano, mas era só um sonho mesmo.

 

- Hora de atravessar essa rua pela última vez. – pensei.

- Cuidado! – gritou um cara, me empurrando e derrubando um milk-shake que eu estava segurando.

- Meu milk-shake... – eu disse.

- Você está bem? – perguntou ele.

- Você me fez derrubar meu milk-shake, não vê? – respondo, sem olhar para o rosto de quem me fazia uma pergunta.

- Oh, desculpa, tá? – diz ele. – Eu te pago um novo, certo?

- Você precisa de aprovação para tudo, cara? – pergunto. – Não sabe criar uma sentença sem usar ‘’ tá? ‘’, ‘’ certo? ‘’ no final? Não tem segurança do que fala?

- Eu não fiz por querer, desculpa. – diz ele.

- Tá, foda-se, tenho que ir. – digo, limpando meu cotovelo e ombros.

- Ei?! – ele chama.

- O que é? – pergunto, já irritado. – Eu não tenho tempo para pedidos de desculpa.

- Qual seu nome? – ele pergunta.

- Luke. – digo.

- Você quer que eu te pague um milk-shake, Luke? – ele pergunta.

- Eu tenho que ir à aula. – digo.

- Onde você estuda? – ele pergunta.

- Minstearn High School, por...? – pergunto.

- Eu posso levar o milk-shake lá. – diz ele. – Se você permitir...

- Ai, tá bem. – digo.

 

Eu tinha duas opções : Ia para a aula, me despedir de pessoas que me odiavam ou aceitar o pedido de ganhar um milk-shake grátis de um estranho. É, parece óbvio, aceitar o milk-shake.

 

- Certo. – digo.

- Tá bem, eu levo seu milk-shake lá. – ele diz.

- Não, eu vou contigo. – digo.

- Mas e a sua aula? – ele pergunta.

- Não é tão importante. – respondo.

- Eu sou? – ele pergunta.

- Nem te conheço. – respondo.

- Você...é bonito. – ele diz. – Oh, desculpa se você for hetero e...

- Não, não sou. – digo. – E obrigado.

- Por nada. – ele diz, corando.

- Vamos tomar o milk-shake? – digo.

- Ah, ah sim, vamos. – ele diz.

 

Vamos à sorveteria e lá ele compra meu milk-shake e compra um para ele também.

 

- Então, me fale sobre você... – digo.

- Hum...Sobre mim? Deixa eu pensar...Me chamo James, tenho 20 anos, já moro sozinho e...acho que só, e você? – ele pergunta.

- Me chamo Luke, como eu disse antes, também tenho 20 anos e não tenho onde morar... – digo.

- Hum...como assim? – ele pergunta.

- Eu tinha até ontem à noite. – digo. – Resolvi me assumir para os meus pais, eles não aceitaram e me expulsaram.

- Ah, que...triste. – ele diz. – Deve ser por isso que você veio estressado e ia quase sendo atropelado.

- Eu ia? – pergunto.

- Sim, por isso te salvei. – ele responde. – Ah...é...eu sei que não faz nem uma hora que nos conhecemos mas...se quiser, pode passar um tempo lá em casa...

- Tá bem. – digo.

- Ah, então tudo...espera, vai aceitar assim do nada? – ele diz. – Tipo, não vai se questionar o porque de um estranho ter te oferecido um milk-shake e ter te chamado para minha casa?

- Você ofereceu o milk-shake porque trabalha aqui e é assim que se sustenta para morar só, e também, porque gostou de mim e não quer me ver debaixo de uma ponte, já que não tenho para onde voltar. – digo.

- Ah, é...eu não gostei de você... – ele diz, corando.

- Não, claro que não. – digo. – Droga, começou a chover e não trouxe guarda-chuva.

- Nem eu. – ele diz. – Mas se formos correndo, podemos chegar lá em casa rápido.

- Onde você mora? – pergunto.

- South Winter, conhece? – ele pergunta.

- Ah, a cidade do frio. – respondo. – Nunca fui lá, é uma boa oportunidade.

 

Nos levantamos e seguimos em direção a casa dele que ficava à uns quarenta minutos se fossemos caminhando e não sei quantos se fossemos correndo, a chuva começa a piorar, mas ele tira um casaco da mochila e me da.

 

- Mas você vai se molhar... – digo.

- O garoto que não gosta de você não quer te ver doente, certo? – ele diz.

 

Dou um leve sorriso.

 

- Oh, você sabe sorrir. – ele diz.

- Em raras ocasiões... – digo.

 

Depois de uns 30 minutos de conversa, chegamos na casa dele, ele me empresta uma toalha e vou ao banheiro me enxugar, percebo que ele estava me olhando pelo reflexo do espelho, mas não digo nada, troco por uma roupa que ele me empresta e volto para a sala.

 

- Eu vou lá trocar de roupa. – ele diz.

- Tá bem. – digo.

- Pode escolher um filme aí, se quiser. – ele diz.

 

Aceno com a cabeça afirmando.

 

- Que tipo de filme você... – não pude terminar a frase, pois a energia acabou.

- Não se preocupa, tem uma lanterna na gaveta perto do DVD. – ele grita do banheiro. – Achou?

- Achei sim. – respondo.

 

Vou até ele, ele ainda estava de toalha, então olho para outro lado.

 

- Oh, desculpa, já me visto. – diz ele. – Se quiser, pode ir ao meu quarto, pegar um cobertor, para se aquecer, fica à esquerda.

 

Faço oque ele diz, mas começo a me sentir mal, quando ele vem ao quarto, ele me ver deitado no chão, ele põe a mão no meu pescoço e diz que estou ardendo de febre e corre para fazer algo para mim.

- Não precisa se preocupar. – digo.

- É minha responsabilidade cuidar do garoto que eu não gosto. – ele diz.

 

Dou um leve sorriso de novo, mas dessa vez ele não percebeu. Depois de uns cinco minutos, ele volta com uma sopa para mim, como tudo e fico sentado na cama, passando-se mais trinta minutos, digo que estou com sono e vou deitar.

 

- É...só tem uma cama, né? – digo.

- É que achei que iria morar só, daí comprei logo uma cama de casal, já que ocupo muito espaço e naquelas camas pequenas, eu costumava cair no chão. – ele diz.

 

Deitamos na mesma cama, cada um virado para um lado.

 

- Eu estou com frio. – digo.

 

Ele se vira para o meu lado, me abraça por trás, fazendo um tipo de ‘’ conchinha ‘’ e diz : ‘’ Não está mais. ‘’

 

- Mas você vai ficar doente. – digo.

- Faz parte do processo de não gostar de alguém. – ele diz.

 



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