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História Good Night - Norminah - My


Escrita por: hannamani

Notas do Autor


Já podem me matar!
Mil desculpas... Mas ultimamente andou acontecendo algo que eu não esperava.. Como é final de ano, eu estou correndo por causa de provas e essas coisas!
Não, eu não abandonei a fic, e nem pretendo!
Vou começar a postar normalmente, uma vez por semana, ok?!
Tenho que agradecer muito a vocês por n desistirem de mim, e mais umas três pessoinhas ai... Kkkk (c,f,s)
E bem, esse capítulo não ficou tão bom quanto eu esperava...
E como diz uma pessoa ai.. "ficou pombo"(flavia)
Espero que não desistam de mim, bolinhos!!!
Mil desculpas e vou fazer o impossível pra não acontecer mais isso, ok?!
Ahh e a fotinho ai, e mais ou menos como é o quarto da mani nesta fic, ok?!
Obrigada por estarem aqui! 💗
Sem mais enrolação, boa leitura, e eu amo vocês!

Capítulo 17 - My


Fanfic / Fanfiction Good Night - Norminah - My

- Eu não acredito! – falamos juntas.

 

- Eu não acredito que você estuda aqui! – Ally falou revirando os olhos para mim.

- Pois é! – falei enquanto olhava para o chão, para não encarar a garota.

Lauren passou pelo meio dos outros alunos e chegou até mim, Camila estava logo atrás.

- Mani, você está bem? – perguntou enquanto colocava o cabelo atrás da orelha.

- Como se não bastasse uma, vou ter que aguentar essa garota também?! – Ally falou enquanto juntava suas coisas do chão.
Assim que Lauren ouviu sua voz, virou para onde a garota estava.

- Só pode estar de brincadeira! – Lauren falou enquanto ria. – Eu pensei que tinha me livrado de você!

- O que está acontecendo aqui? – o diretor apareceu entre os alunos.

- Elas acabaram se esbarrando! – Camila falou e todos os alunos olharam em sua direção, espantados.

Ele franziu o cenho e ficou encarando Camila.

- Seu nome? – ele perguntou.

- Camila! Camila Cabello! – Camila falou estendendo a mão para o diretor, porém não foi correspondida.

Ele tirou os olhos de onde Camila estava e percorreu entre os outros alunos.

- Espero que essa bagunça já tenha acabado, caso contrário, todos irão para a direção! – falou enquanto seguia para o corredor.

- Ele sempre foi mal educado assim? – perguntou Camila enquanto voltávamos para a sala.

- A verdade é que ninguém ousa ter algum tipo de contato com ele!  – Lauren falou.

- Mas eu apenas falei meu nome como ele perguntou!

- O problema não é esse!

- Então qual é o problema? – Camila perguntou confusa.

Eu e Lauren nos olhamos por alguns instantes.

- Ele é meio que maníaco por limpeza!– Lauren sussurrou enquanto organizava os livros em cima da classe.

Camila já estava acomodada na classe ao lado de Lauren, e então eu resolvi sentar na  sua frente.

Eu estava exausta por ter corrido para alcançar as duas, então simplesmente sentei e larguei a mochila no chão.

Antes que eu pudesse perceber Camila estava na minha frente agarrada na minha mochila.

- Ei, o que você está fazendo? – perguntei totalmente confusa.

Lauren estava com a mesma expressão que eu.

- Não se larga no chão algo que carrega suas coisas pessoais, isso dá azar! – Camila falou.

Lauren e eu nos entreolhamos e caímos na gargalhada.

Minha barriga já doía de tanto rir. Lagrimas escorriam dos olhos de Lauren.

Só então percebemos que Camila continuava no mesmo lugar, e agora estava com uma carranca estampada no rosto.

Lauren e eu nos ajeitamos na classe.

- Desculpe! – Lauren pigarreou tentando ficar séria.

Camila largou minha mochila em cima da classe.

- Eu não sei o por quê de tanta graça! – Camila falou enquanto sentava em seu lugar.

Antes que Lauren e eu pudéssemos dizer algo, alguém começou a falar.

- Bom dia a todos! – falou enquanto escrevia algo no quadro. – Sou o novo professor de história!

Em letras grandes, porém pouco legíveis, estava escrito “Sr. Bloom”.

- Que porra de nome é esse? – Lauren cochichou atrás de mim.

Tive que conter o riso com a mão.

Olhei em volta de toda sala, e muitos pareciam pensar a mesma coisa que Lauren, a não ser Ally, que parecia empolgadíssima com a aula.

Que garota estranha! – pensei.

Cruzei os braços em cima da classe e apoiei a cabeça.

A última coisa que eu queria era prestar atenção naquela aula.

Era o primeiro dia de aula, e como todos os anos, nunca tinha algo de importante.

Senti meus olhos pesarem, automaticamente deixei que eles fechassem.

- Ei, Normani, acorda! – senti alguém cutucando minhas costas. – Porra Normani!

- Me deixa! – falei enquanto tentava empurrar aquela mão chata, que não parava de me incomodar.

- Caramba, Normani! O professor já te olhou umas dez vezes! – Lauren cochichou, fazendo com que eu me assustasse, rapidamente me posicionei de forma correta na cadeira.

Meus olhos continuaram pesados.

Mas eu sabia a solução.

Levantei e fui em direção a porta.

- Onde você vai senhorita? – senti uma mão em meu ombro.

- Banheiro! – ele semicerrou os olhos. – Posso?

Ele mudou de expressão. Agora estava com um sorriso no rosto.

- Claro! – falou apontando para a porta.

- Obrigada! – falei enquanto saia da sala.

Durante o horário das aulas, os corredores ficavam desertos, o que me causava um certo desconforto.
Sigo o corredor principal, e viro a esquerda quando chego ao seu fim.

Assim como os corredores, o banheiro também está deserto.

- Ok, vamos lá Normani! É só um banheiro! – falei baixo para que só eu pudesse ouvir. – Fantasma não exis... mas que droga!

Sacudi o cabeça e fui em direção a pia.

Observei meu rosto por alguns segundos no espelho, que praticamente ocupava toda a parede. Era possivel enxergar todas as cabines do banheiro atrás de mim, todas estavam com a porta aberta.

Eu não sabia se era apenas um coisa da minha cabeça, mas aquele banheiro seria um perfeito cenário para filmes de terror.

Abri a torneira, molhei minhas mãos, e em seguida o rosto.

Quando abri os olhos, senti um incômodo no olho esquerdo.

Me aproximei do espelho tentando enxergar o que quer que estivesse ali, mas sem sucesso.

Eu só queria sair o mais rápido possível dali, porém não conseguia manter os olhos abertos.

Na tentativa desesperada de acabar com aquele incomodo, era, lavando o olho com água.

Quando estava com a cabeça baixa, pude sentir um corrente de ar passar por minhas costas.

Levantei o rosto rapidamente para ver o que era, porém minha visão estava embaçada.

- Quem está ai? – perguntei. E no mesmo instante pude ver uma forma alta e de cor escura, passar atrás de mim, porém eu não conseguia ouvir seus passos.

Pelo espelho era possível ver que aquela forma escura posicionada em frente a uma das cabines.

Respirei fundo e esfreguei os olhos, na tentativa de enxergar quem era. Então eu pude ver aquele borrão tomar formas. Agora ele tinha um longo cabelo loiro e cacheado, sua roupa era preta, e seus olhos estavam fixados em mim.

- Dinah! – virei em sua direção.

Seus lábios formaram um lindo sorriso.

- Olá garotinha!

- E-eu não esperava ver você aqui! – falei escorada na pia.
Ela riu.

- Se eu não me engano, nós já conversamos sobre fantasmas! – falou semicerrando os olhos e pude ver um pequeno sorriso tomar conta de seus lábios.

Senti meu rosto esquentar, me senti uma completa idiota por falar aquilo. Minha vontade era de esconder meu rosto dentro daquela pia, de tamanha vergonha que eu estava sentindo.

- Ei, está tudo bem, ok? Eu só estava brincando! – falou enquanto passava a mão em meu rosto.

Agora ela estava tão perto, que era possível sentir sua respiração.

Eu não conseguia tirar meus olhos de seu rosto. Ele era tão perfeito, os olhos eram encantadores, e sua boca, convidativa.

De repente lembrei do meu último dia no hotel, de tudo que aconteceu.

- Você está bem? – perguntei antes que eu pudesse mudar de ideia.

Eu não conseguia decifrar sua expressão, a única coisa que eu poderia dizer era que, parecia ter um ponto de interrogação estampado em sua testa.

- Por que está perguntando isso? – falou, agora seu sorriso havia sido substituído por uma linha reta.

- Não nos falamos direito desde aquele dia! – falei me referindo ao nosso encontro com Arin.

Ela se afastou, seus olhos percorriam por todo o banheiro parecendo me evitar.

- Acho que você precisa voltar para sua sala! – ela falou enquanto olhava para a porta.

Era sempre assim, ou ela tentava mudar de assunto, ou arranja alguma desculpa para cair fora.

- Eu não vou voltar enquanto não conversarmos! – falei semicerrando os olhos, na tentativa de me impor.

Ela parou alguns instantes e me encarou.

Ok, minha tentativa havia falhado.

- Aquele dia não passou de um mal entendido! – falou olhando para o chão.

Eu não a conhecia muito bem, mas sabia que ela não estava dizendo a verdade. Afinal, foi realmente estranho a forma como ele a tratou. De onde ela o conhecia.

- Por que não contou que conhecia Arin? – falei um pouco apreensiva.

Os olhos de Dinah voltaram para onde eu estava.

- É uma longa história! – falou. – Mas pode ter certeza, ele não é alguém em que se deve confiar!

Ouvi a porta do banheiro ser aberta e uma garota um tanto magricela passar correndo por mim, ela foi em direção a uma das cabines entrou batendo a porta atrás de si. Só então notei que Dinah não estava mais ali.

A garota estava cochichando algo, mas de repente seu tom de voz mudou.

- Por favor, não faz isso comigo! – ela estava chorando? – Eu já disse, eu nunca te trairia! Você sabe que ela mente!

Assim que ela terminou de falar, foi possivel ouvir sussurrando algo. Será que ela esta bem?

Me aproximei lentamente de onde a garota estava e coloquei o ouvido perto da porta.

De repente ela abre a porta e eu caio lentamente em sua direção.

- O que você pensa que é para ficar ouvindo a conversa alheia? – falou enquanto limpava algumas lágrimas de seu rosto.

- Eu ouvi você chorando e de repente tudo ficou quieto. Eu só queria saber se estava tudo  bem! – falei enquanto abria espaço para ela passar.

- Não se pode nem chorar em paz agora! – ela foi em direção a pia,  enquanto lavava as mãos seus olhos pararam em mim. – Qual foi? Perdeu alguma coisa?

Garota arrogante, eu só queria ajudar. Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, saí as pressas do banheiro, eu precisava voltar para a aula.

                 ---

O sinal tocou e fomos em direção onde sempre Lauren e eu ficávamos no horário de almoço.

Camila sentou ao lado de Lauren e eu do outro lado.

- Eu não sei de onde tiram tanta graça ao mexer com alguém! – Camila falou olhando para o lado.

Lauren e eu percorremos os olhos para onde ela estava olhando.

Lá estava Ally juntando seu almoço do chão, e os garotos do time do colégio rindo da situação.

Camila rapidamente ficou de pé.

- Onde você vai? – Lauren perguntou franzindo o cenho.

- Cansei dessa droga! – Camila falou e em seguida virou as costas para onde nós duas estávamos e seguiu em direção a Ally.

Lauren e eu nos olhamos e então fomos atrás de Camila, deixando todos nossos pertences na mesa.

Camila se abaixou e começou a ajudar Ally a juntar suas coisas.

- Obrigada, não precisava ajudar! – Ally falou  olhando em direção a Camila. – Vocês vieram rir também? Como se já não bastasse aqueles garotos idiotas derrubarem meu almoço? – ela falava irritada para mim e Lauren, mas era possível ver seus olhos marejados.

Rapidamente me uni as duas garotas no chão para juntar as coisas.

- Na verdade eu só quero ajudar! – falei enquanto pegava a maçã.

Ally me encarou por alguns segundos parecendo confusa, e então baixou os olhos e continuou a juntar suas coisas.

- Ótimo! Agora vou ficar sem almoço e sem meu trabalho! – falou enquanto pegava um papel que estava encharcado de suco de uva.

- Acho que sem almoço você não vai ficar! – Camila falou sorrindo. – Tenho lanche suficiente para duas pessoas!

Agora Ally estava de pé colocando sua bolsa no ombro, e encarando eu e Lauren.

- Muito obrigada, mas acho que suas amigas não gostam muito de mim! – falou encarando apenas Lauren, o que me deixou surpresa

- Você tem r... – Dei um tapa em seu braço antes que Lauren pudesse continuar. – Aí Mani, você tem que parar com essa sua mania de dar tapas!

- Começamos com o pé esquerdo! – falei para Ally. – Acho que merecemos uma segunda chance! – falei estendendo a mão em sua direção.

Ally ainda me olhava desconfiada.

- Acho que não há nada de mal em tentarmos de novo! – falou enquanto pegava a minha mão.

- Ok, ok, ok! Agora vamos, por que estou morrendo de fome, e a gente não tem o dia todo para almoçar! – Lauren falou fazendo com que eu e Ally olhássemos em sua direção.

- É proibido sentir fome, agora? Por que se é, ninguém me avisou! – falou enquanto dava as costas e pegava na mão de Camila.
                        --

Quando Ally se juntou ao nosso pequeno grupo, no início foi meio que estranho, ninguém falava nada, a não ser Camila, que tentava puxar assunto a todo custo com a garota. Ally parecia ser bem diferente daquela garota que conhecemos no hotel. Só era possível ouvir sua voz quando Camila fazia alguma pergunta, na tentativa de fazer a garota se soltar.

Dormir no último período de aula não estava em meus planos, mas a aula estava cansativa o bastante, e os cochichos de Lauren e Camila funcionaram como uma canção de ninar.

O sinal tocou e em seguida nós quatro estávamos do lado de fora do colégio.

Descobrimos que Ally morava uma rua antes da minha, então largamos ela em casa.

Lauren foi para casa,  sua mãe não parava de ligar dizendo que estava com saudades.

Eu poderia dizer que hoje tudo voltou ao normal, mas lembrei do fato de Dinah ter aparecido em minha vida.

Abri a porta de casa com cuidado, caso minha mãe me visse iria querer conversar sobre minhas férias já que no final de semana foi impedida pelas visitas.

A única coisa que eu quero e preciso é de um banho. Eu preciso processar as coisas que Dinah não  quer me falar.
O plano de não fazer barulho e passar direto para o quarto sem ser vista, deu certo.

Largo minhas coisas em cima da cama e vou direto para o banheiro. Solto os cabelos e tiro a roupa. A água estava absurdamente gelada, o que me fez acordar no primeiro contato com minha pele.

Fechei os olhos, não consegui evitar que algumas lembranças viessem em minha cabeça.


. Flashback on*

E fui lentamente até a porta, na tentativa de espiar, para ter certeza de que era ela.

Pelo vão da porta pude ver ela caminhando perto da minha cama.

Ela se debruçou na cama e pegou um suéter que eu tinha usado no dia anterior, ela o observava com atenção, pude ver um sorriso brotar de seu rosto.

O que ela estava fazendo?

Sem perceber, eu estava olhando para ela, atentamente.

Comecei a prestar atenção em cada detalhe seu.

Ela era alta, seu corpo era perfeito, seus cabelos formavam largos cachos que iam até o meio de suas costas.

Ela realmente era bonita!

. ------

Meu coração estava acelerado, pude ouvir suas batidas, e pelo jeito que ela me olhava ela também ouviu.

Uma de suas mãos foi até minha nuca.

Pude sentir minha pele arrepiar novamente, e ela sorriu.

Fechei os olhos lentamente, e senti seus lábios encostarem nos meus, por apenas alguns segundos.

 

Flashback off*

 

 

Eu não conseguia parar de pensar em seus lábios, enquanto deveria estar preocupada com os segredos de Dinah.

Ela não me falou nada, absolutamente, nada.

Uma pessoa sã, não faria tudo que fiz, não se envolveria da forma com que me envolvi, sem ao menos saber mais sobre certa pessoa.

Não era como se você fosse em uma festa e algum estranho viesse  até você com algum tipo de interesse, era diferente, por mais que eu gostaria que fosse algo normal, não era, não tinha como ser. Dinah escondia coisas, e isso estava bem claro. O que eu não conseguia entender era, porque me apaguei tão fácil a alguém que eu não conheço direito. Era como se um dos principais motivo de eu gostar de Dinah, fosse o mistério que ela carregava consigo.

- Mani! – pude ouvir a voz da minha mãe do lado de fora do quarto. – Lauren pediu pra você ligar pra ela assim que sair do banho!

Por mais que eu tentasse ter um tempo para pensar em tudo aquilo, sempre algo me impedia.

- Ok, já vou sair! – gritei.

Coloquei a cabeça em baixo da água para retirar o condicionar dos cabelos e em seguida fechei o registro da água.

Enrolei a toalha em meu corpo e sai do box.

Como de costume eu sempre penteava o cabelo na frente do espelho, mas algo estava me impedindo, o espelho estava embaçado. Apesar de ser estranho, já que eu havia tomado um banho gelado. Passei a mão no espelho para que eu pudesse enxergar melhor, e pelo espelho pude notar que havia um leve vão na porta, na qual eu tinha certeza de que tinha fechado, ou talvez eu estivesse enganada. Fixei o olhar naquele ponto, e sem perceber, acabei derrubando a escova no chão. Cuidadosamente agachei para pegar, já que o chão estava molhado, e assim que me levanto olho em direção ao espelho, porém aquela pequena abertura na porta me chama atenção, pois havia algo impedindo que a luz entrasse, como se alguém estivesse ali.

- Mãe? – falei ainda olhando para o espelho. Porém na mesma hora lembrei que tinha trancado a porta do quarto. O silêncio continuou. – Dinah? – perguntei num quase sussurro. Mas sem respostas.

O que quer que fosse que estava do outro lado da porta, parecia ser mais alto que Dinah, relativamente maior, o que me deixou em pânico no mesmo segundo.

Em um surto de medo virei em direção a porta, ficando de frente para a mesma, com o intuito de fecha-la, porém assim que me viro, aquilo que estava ali, havia sumido. Vou em direção a porta e a fecho, virando a chave duas vezes dentro do trinco, para ter certeza de que estava trancada.

Ainda com a mão na maçaneta, ouço algo se quebrar dentro do quarto, o meu coração estava tão acelerado que eu já não sabia por mais quanto tempo eu iria conseguir mantê-lo dentro do peito.

Eu não tinha por quem gritar, não iria adiantar, o quarto estava trancado o que impedia o acesso à ele. Pensei em ligar para Lauren, mas lembrei que o celular estava em cima da cama.

Como o de costume, eu não sabia o que fazer, ou a quem pedir ajuda. Virei de costas para a porta, e me escorei na mesma, deixei com que o peso do meu corpo me levasse até o chão, coloquei meu rosto entre os joelhos e assim fiquei.

Eu queria ter coragem para abrir aquela porta e enfrentar o que quer que estivesse ali, porém meu medo era maior, fazendo com que eu fosse aquela garota medrosa e inútil que eu sempre fui.

Eu não tinha noção de quanto tempo eu estava ali, mas claridade do sol não entrava mais por de baixo da porta.

Eu procurava força e coragem para levantar, mas eu não conseguia.

Talvez o medo que eu sentia, não fosse daquilo que estava do outro lado da porta, mas sim de mim mesma, de ter que enfrentar aquilo que eu realmente era.

Por mais que eu lutasse contra aquilo tudo, eu tinha que me permitir sentir.

Eu deixei que as lágrimas tomassem conta dos meus olhos.

- Filha, está tudo bem? – aquela voz que eu mais amava ouvir soou do lado de fora do quarto.

- Sim. – falei com a voz baixa.

- Lauren ligou de novo, e eu estou preocupada!

- Está tudo bem, acho que acabei pegando no sono! – menti.

- Ok, assim que puder, desça para o jantar! – falou.

- Pode deixar! – falei enquanto levantava do chão.

Meu cabelo já estava quase seco e minha toalha estava grudada no corpo. Fiquei de frente para a porta e meus dedos estavam posicionados na chave, porém eu ainda estava com medo.

Girei lentamente a chave, foi possível ouvir o click do trinco sendo aberto. Lentamente movimentei a maçaneta, e respirei fundo antes de puxar a porta.

O quarto estava praticamente escuro, uma pequena luz entrava através das cortinas, mostrando o que ainda restava da tarde daquele dia.

Fui em direção a janela para poder fecha-la mas fui interrompida quando meu pé entrou em contato com algo afiado.

- Ai! Mas que droga! – falei enquanto ia em direção á cama para poder sentar.

Meu pé esquerdo estava sangrando, peguei a pontinha da toalha e de alguma forma tentei limpar o local para ver o que tinha acontecido, porém a dor estava me impedindo.

Havia um corte pequeno, perto do calcanhar. Percorri o olhos pelo chão, porém por estar praticamente escuro, eu não conseguia visualizar o que quer que tinha ali.

Fui calmamente até o interruptor de luz e o liguei.
Imediatamente meus olhos foram em direção a um porta retrato caído no chão, seu vidro estava espalhado por todos os lados em pequenos pedacinhos. Cuidadosamente peguei o mesmo, e nele estava uma foto de quando eu era pequena, com o pequeno Joe nos braços, o vestido que eu estava usando era o mesmo que eu usava naquele sonho em que Dinah estava.

Na foto era possível ver o jardim e toda a nossa casa com a coloração mais forte. O que mais me chamou a atenção era uma mancha escura que se encontrava no canto esquerdo da foto, concluí que só podia ser algum defeito da máquina fotográfica.

Retirei a foto com cuidado, recolhi todos os cacos de vidro do chão e coloquei no lixo, juntamente com o porta retrato, o qual eu não me lembrava ter.

Limpei o pequeno corte com muito custo, e depois os pequenos pingos de sangue que estavam no chão.

Coloquei uma roupa, penteei o cabelo, e só então sentei na cama para poder pensar em tudo aquilo que estava acontecendo.

Eu realmente não lembrava daquela foto, e muito menos daquele porta retrato rosa.

Será que foi pura coincidência eu estar com o mesmo vestido no qual eu havia sonhado?

Talvez aquele sonho tenha sido algum tipo de lembrança da minha infância.

Mas, e Dinah? Onde ela se encaixaria no meio disso tudo?

 E se aquilo que esteve em meu quarto, não fosse algo bom por que Dinah não apareceu em seguida?

Havia tantas perguntas se formando dentro de minha cabeça.

Era muita informação para que eu pudesse processar de uma só vez.

Meu celular começa a tocar tirando minha atenção. Quando pego ele vejo o nome Laur no visor.

 

CHAMADA ON**

- Normani, qual o seu problema? Eu já tentei falar com você diversas vezes, mas parece que você anda muito ocupada desde que voltou da aula!– eu podia ouvir o tom desafiador de Lauren.

- Laur é serio, me desculpe, eu fui tomar banho e andou acontecendo algumas coisas aqui! – falei enquanto olhava para o pé machucado. – Eu realmente queria te ligar, mas  foi meio que, impossível! – lamentei.

- Ok, ok! Não quero mais ouvir suas desculpas! – falou. – Eu só liguei por que uma brilhante ideia surgiu em minha cabeça! – falou e fez uma pausa para que eu pudesse falar algo, porém como eu não disse nada, ela continuou. – Talvez, eu, você e Camila pudéssemos fazer uma noite de filmes na sua casa. O que você acha? – A ideia de Lauren era uma perfeita desculpa para ficar de agarramentos com Camila a noite inteira, mas também era uma ótima ideia para não ficar sozinha em meu quarto.

- Gostei da idéia! Mas sem agarramentos em minha cama! – falei em um tom de deboche, e pude ver Lauren bufar no outro lado da linha.

- Pode deixar Mani, eu e Camila vamos fazer isso no chão! – falou no mesmo tom que eu.

- Ai Lauren, como você é nojenta! Eu não queria ter ouvido isso! – falei fazendo cara feia, imaginando o que Lauren queria dizer.

- Desculpa Mani, eu esqueci que você é uma santa! – Lauren riu.

- Nossa Lauren, como você é engraçada! – falei num tom de sarcasmo.

- Deixa de ser chata, garota! Só estou brincando!

- Sei bem seu tipo de brincadeira!

- Ah para de drama, Mani!

Ouvi batidas na porta.

- Filha, o jantar está na mesa! Estamos te esperando!

- Ok, já desço! – falei com o celular no ouvido.

- Ve se avisa quando for gritar! – Lauren falou parecendo irritada.

- Para de reclamar! Agora eu tenho que ir, é a segunda vez que ela vem me chamar!

- Ok, vou deixar você ir, mas só porque sou uma ótima amiga!

- Ta bom melhor amiga! Amanhã nos falamos!

- Eu passo na sua casa, ok?

Agora Lauren teria outro motivo, além de mim, para passar aqui.

- Ok! Boa noite Laur!

- Boa noite Mani!

Assim que desliguei desci correndo as escadas, e como o de costume, meus pais já estavam jantando.
                       ----

Fui interrogada durante todo o jantar, mamãe quis saber de todos os detalhes de minhas férias com Lauren. Contei praticamente quase tudo, apenas modifiquei algumas coisas, como, Lauren estar praticamente namorando com Camila, falei que apenas fizemos uma grande amizade com a garota. Dinah nem sequer foi citada. Quando contei sobre os incidentes com Ally, os dois riram bastante.

O jantar foi regado de risadas e perguntas sobre o minhas férias.

Assim que terminei de jantar, eu a ajudei a limpar os pratos, e subi para o quarto.

Ele estava com a luz acesa, assim com eu a deixei. Coloquei o pijama e soltei os cabelos, peguei meu celular que estava ao lado da tv, apaguei a luz do quarto, deixando apenas meu abajur ligado, e então eu me deitei.

Tudo o que ocorreu durante o meu final de tarde, começou a passar em minha cabeça como um curto filme.

Virei para o lado tentando tirar esses pensamentos de minha cabeça, e coloquei os fones de ouvido. Rapidamente meus olhos começaram a pesar e lentamente eu fui enteando para o mundo dos sonhos.


Notas Finais


Peloamor, quero saber a opinião de vocês sobre esse capítulo, ok?! Então podem aparecer por que não mordo!
Beijinhos e até a prox quinta feira (ou antes)
Cuidem-se, bjbj❤


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