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História Good Night Kiss - As falhas miseráveis de um mestre do silêncio


Escrita por: pandanim

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Novamente peço que cês não pensem que eu gosto de 17 ou coisa do tipo porque sei nem quem é. Entretanto, hoje é dia de aniversário no Squad, yey! E já que é de SoonHoon que Analu gosta, a gente vai e escreve né non?

Analu, feliz aniversário (de novo!)! Você merece todas as coisas boas desse mundo, e com certeza uma fanfic melhor que essa drabble, mas é meu presentinho de coração viu? Espero que você goste ♥

E a quem mais ler, espero que você goste também ^^

Capítulo 1 - As falhas miseráveis de um mestre do silêncio


A essa altura, Jihoon já podia se considerar um expert em manusear todos aqueles pendulicários barulhentos presos às suas três chaves e atravessar os portões e os corredores estreitos e escuros do prédio em que vivia em um silêncio digno dos melhores ninjas. O ponto positivo em morar em um prédio pequeno como aquele — três andares, dois apartamentos em cada um — era o fato de não haver muitos vizinhos com quem lidar. O problema era que os pouquíssimos vizinhos eram, em sua maioria, velhos ranzinzas sempre muito alertas para qualquer barulho do lado de fora de suas casas e que pareciam sempre prontos a demonstrar seu descontentamento em momentos totalmente inoportunos.

Quando escolheu trabalhar para aquela gravadora, quando ela ainda era pequena o suficiente para apenas pegar projetos quase insignificantes no mercado musical — coisa quase particular mesmo —, é claro que ele sonhava que ela pudesse crescer e, assim, sua carreira. Só não esperava que com isso viessem não somente os eventos comemorativos e o salário bem mais generosos, mas a rotina de ficar preso ao trabalho quase todos os dias até muito mais de meia noite. E era por isso que se via obrigado a se especializar a andar a passos mudos e movimentos calculados de forma que todo barulho que se ouvisse pelos corredores fossem os estalos das luzes automáticas a se acender pelo seu caminho até o 302.

Por isso, e por causa dele.

Soonyoung era mesmo uma pessoa diurna. Não eram nem bem sete horas e ele já estaria de pé, cantarolando alguma música que tocava muito alto nos headphones enquanto rodava pela cozinha a preparar o próprio café da manhã em movimentos tão leves e sincronizados que poderiam ser a coreografia de uma cena de um musical. Jihoon estava sempre muito cansado para assistir, mas era mesmo das coisas preferidas de seus raros dias de folga se arrastar a muito custo para fora da cama só para poder presenciar aquele sorriso distraído como se tal tarefa banal despertasse toda a energia que ele precisava para o dia inteiro. É claro que Soonyoung não saberia disso. Ele não precisava saber que Jihoon sabia exatamente o momento de voltar para dentro do quarto antes que ele pudesse pegá-lo observando com aquele sorriso bobo. Mas, por ser uma pessoa diurna, era mais do que normal que Soonyoung já estivesse para lá de absorto nas fases mais avançadas do sono quando Jihoon finalmente largava os sapatos meio de qualquer jeito perto da porta de entrada.

E era por isso, muito mais que por causa de qualquer reclamação que pudesse receber dos vizinhos ou de qualquer um, que Jihoon se dedicava a melhorar suas habilidades silentes dia após dia.

Abria a porta do quarto, tirava as meias, pegava o pijama de cima da cadeira da escrivaninha, em silêncio. Seguia para o banheiro no fim do corredor, escovava os dentes, desistia de tomar banho para não perder o sono, vestia o pijama, em silêncio. Afastava as cobertas, se ajeitava no pouco espaço que sobrava na cama, se cobria, em silêncio. Continha a vontade de acariciar os cabelos loiros espalhados pelo travesseiro ao lado, se virava para o outro e fechava os olhos, em silêncio.

Dia após dia, Jihoon tentava ser silencioso o bastante para que sua rotina não atrapalhasse o sono merecido de Soonyoung. E, dia após dia, Jihoon falhava miseravelmente. Porque não se passariam nem cinco minutos e ele sentiria as mãos de Soonyoung a lhe rodear a cintura e o puxar mais para perto e ainda lhe dando mais espaço na cama. Fingiria que havia tido tempo o suficiente para pegar no sono quando os lábios do mais novo se arrastavam preguiçosos por seu ombro e o murmúrio já muito conhecido precedia àquela pergunta de sempre.

— Jihoon-ah, ainda tá acordado?

Ele ainda tentaria negar, mas já era de se esperar, depois de todo aquele tempo, que aquilo não funcionaria.

Você não devia estar acordado ainda.

— E como é que você espera que eu consiga dormir sem meu beijo de boa noite?

Jihoon não precisaria ver seu sorriso no escuro porque logo o sentiria contra a sua boca quando finalmente desistisse e se virasse. E ele realmente não saberia dizer como Soonyoung conseguia acordar tão cedo e bem disposto como sempre fazia. Porque não havia mesmo um dia em que ele dormisse de verdade sem seu beijo de boa noite. Mas um beijo também nunca parecia realmente suficiente para ele.



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