História Good Times - "Amei Te Ver"

  Aqueles cinco meses não foram suficientes para decifrar os seus segredos, nem descobrir os seus talentos, admirar suas qualidades e amar ainda mais seus defeitos.

Já se passaram dois anos, longe do seu perfume, do seu sorriso, dos seus lábios finos, do seu cabelo liso e castanho, os olhos da mesma cor, só que um pouco mais claros. Quase mel. Do seu 1,90 de pura doçura.

Finalmente te vi, com os mesmos olhos castanhos, mas com o cabelo maior, e você tinha barba! Caramba. Foram apenas dois anos. Seu perfume continuava o mesmo. E não tinha mais aparelho nos dentes. Meu coração disparou, não sabia como você reagiria ao me ver depois de tanto tempo, ou depois daquela briga.

Parecíamos duas crianças discutindo: "você é um mentiroso!" "Você que é mentirosa!" "Pensei que queria estar comigo, mas vi que me enganei..." "Eu não queria você o tempo todo, mas te queria de verdade" "Acabou, nao fale mais comigo!" "Ok".

Agora, parece que somos pessoas totalmente diferentes, assim que ele me vê, ele vem até a mim, e mexe no meu cabelo e diz : "é bom te ver outra vez baixinha". Passou milhões de pensamentos na minha cabeça ~o que ele quis dizer com isso?~ mas o pior não foi às palavras, mas sim, o que eu vi: havia uma aliança em seu dedo. A dor poderia ser pior, pois também havia uma em meu dedo.

Eu queria chegar perto dele, sentir suas mãos em minha cintura, e dizer que nada mudou durante esses dois anos, que eu ainda o desejava, mas não posso fazer isso, pois as alianças são como correntes.

Durante esse "encontro" eu tentava me distrair com minhas amigas, mas não parava de olhá-lo, e ver o quanto ele mudou e ao mesmo tempo, ainda era a mesma pessoa. Ele me olhava e eu imaginava se ele estava pensando o mesmo que eu ~como ele (a) está lindo (a) ~ e se ele queria estar comigo, apenas naquele instante.

Passaram-se horas, e quando estava indo embora, baguncei o cabelo dele e disse: "vim retribuir a bagunçada que você deu no meu cabelo", ele sorriu e se despediu.

Fui embora pensando, se um dia, voltaríamos a ter um ao outro de verdade.