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História Gosto Alucinante - Ele deveria ser um gentleman


Escrita por: RedHairNat

Notas do Autor


Desculpe a demora meus amores, espero que gostem de algumas novidades.

Capítulo 5 - Ele deveria ser um gentleman


Caminhei lentamente até fora do estúdio. O Sol já estava no céu. Respirei o ar frio de Seul e fui em frente. Andei e levantei a palma da minha mão, dando uma leve batidinha nas costas do cara mais alto a minha frente. Yoongi virou, provavelmente, querendo me mandar para um lugar, mas sua ansiedade logo cessou quando me viu.

- Oi. – Dei um sorriso de lábios prensados um no outro.

Ainda um pouco para baixo, ele relaxou e suspirando, baixinho ele disse:

- Oi.

- Era para depois do almoço, mas acho que... – Levantei a outra mão, que carregava um pequeno potinho. - ...você pode comer um ou dois.

- Isso é... – Ele me olhou, querendo que eu completasse a frase.

- Aquele doce de chocolate brasileiro que você gosta. – Abri o potinho para mostrar.

- Brigadeiro? – Ele arregalou os olhos.

- Sim, esse nome mesmo. Mas é só um ou do... – Antes que eu tivesse terminado a frase, ele tomou o pote de mim. – Yoongi! – Tentei pegar o doce, mas ele pôs no alto.

- Se era para eu comer só um ou dois, era para ter trazido um ou dois. – O mais alto sorriu malignamente.

- Mas – Tentei pular para alcançar – Eu iria ser massacrada se – Tentei mais uma vez alcançar o pote em sua mão – eles me vissem com o doce!

Ofegante, parei de pular. O sorriso dele desvaneceu. Ele pegou um dos doces e me entregou o potinho. Fechei a vasilha e fiquei-a encarando por um tempo. Umedeci os lábios e olhei para ele e ele tinha posto as mãos nos bolsos da frente da calça e seu olhar vagava pelo, de repente, interessante chão.

- Eu quero matar aqueles desgraçados, Sun.

- Não liga para eles; são um bando de crianças.

- Se fossem apenas crianças, você não teria chorado. – Ele tirou uma das mãos dos bolsos e se apoiou em um pé.

- Como você sabe disso? – Franzi as sobrancelhas, surpresa.

- Chutei. – Ele mostrou a língua rapidamente. – Mais um motivo para eu não gostar deles.

- Você não gosta de ninguém que conhece assim, de cara. – Bufei, percebendo como fui boba por cair na dele.

- Gostei de você.

- Eu fazia carne para você.

- Detalhe.

- Fato importante. – Ergui as sobrancelhas.

- Acaso. – Ele deu de ombros.

- Foi decisivo! – Cruzei os braços.

- Sun. – Ele chamou. Ajeitei minha postura e desfiz meus braços. – Você vai voltar com aqueles panacas, não é?

- ... – Silenciei por um tempo e olhei em seus olhos – Já não sei mais o que fazer...

- Fique essa noite lá em casa.

Abracei-o. Yoongi era frio mas caloroso de uma maneira inexplicável. Era como quando você põe gelo tempo demais na sua pele. Você sentia sua pele congelar e ficar dormente, mas, logo que você o retirava, sua pele ficava queimando em vermelho vivo.

- Sinto cheiro de carne. – Ele comentou.

- Mil desculpas por ter cozinhado a madrugada inteira e não estar cheirando a um milhão de rosas. – Revirei os olhos acabando de me recriminar pela ideia maravilhosa de pessoa que eu estava tendo dele.

- Você não cheira à rosas. – Ele deu um sorrisinho de lado. – Cheira a lírios.

Retiro novamente o que eu pensei. Ele é uma graça de pessoa.

- Eu vou pensar sobre ir. Juro. – Falei pegando suas mãos, então ele as soltou. – O que foi?

- Eu já disse que seu namorado é assustador?

- Eu sei que ele é. – Ergui as sobrancelhas. – Mesmo que não pareça. – Completei.

- Eu não queria estar na pele daqueles caras do GOT7.

- Eu não vou deixá-lo fazer nada com eles. – Suspirei, pensando o quanto seria difícil. – Vamos? Você nem se vestiu ainda.

- Sim, senhora.

Caminhamos para dentro. Seria muito, muito, muito difícil acalma-lo, considerando que já é algo incrível conseguir fazer com que ele ficasse irritado. Tenho certeza que ele ainda não me olhou desde a briga por medo de desabar. Aquele cara era aterrorizante. Por detrás daquela expressão pacífica se escondia um cara possessivo, com um coração quase de gelo e uma mente maquiavélica.

***

- Não quero que essa gravação dure mais do que três dias. – Anunciei entrando no vestiário enquanto eles se vestiam.

- Você pode agir mais como uma garota indefesa e não entrar em um lugar onde tem homens se trocando? – Jin reclamou.

- Eu agiria se já não tivesse visto vocês de cueca antes. – Ajeitei meus óculos analisando o cronograma novamente, quando levantei meu olhar, deparei-me com as costas do Namjoon e voltei meu olhar para o papel só para voltar de novo para as costas dele. – God, o que é esse arranhado aqui? – Pus um dedo nos três riscos paralelos em suas costas.

Foi o bastante para sete cabeças virarem para mim. Claro que, uma delas estava totalmente vermelha. Abri um sorriso maldoso.

- Namjoon... – Prolonguei a minha fala.

- Não, não é nad-

- Leader, eu não acredito. – Tae pôs uma mão na boca, sorrindo.

- Safado! – Jimin riu, batendo a mão contra a própria coxa.

Todos começaram a fofocar e a rir. Até que meus olhos se cruzaram com os seus. Ele ria, mas logo teve seu sorriso desvanecido e um semblante sombrio emergiu. Ele saiu daquele corredor de armários e, silenciosamente, eu o segui, mal saindo de um corredor e sendo puxada ao paralelo dele, sendo posta contra um dos armários. Ele me observou calado. Seus sentimentos deveriam estar se misturando dentro dele. Tão frios e gélidos como só mostrava constantemente a mim. Mexi em sua bochecha, queria que tranquilizasse esses pensamentos que deveriam estar passando pela sua cabeça. Acariciei e acariciei até sua expressão suavizar e a respiração relaxar.

- Me dá apenas uma razão para não acabar com a raça deles. – Ele nunca levantou a voz por raiva ou ira. Mas era tão nítido quanto vinho tinto em uma roupa branca o quanto ele estava irritado.

- Está tudo bem comigo. – Respondi.

- Não é o bastante. – Ele trincou os dentes.

- Mas não é por isso que está assim? Por causa de mim? Então é mais do que o suficiente para você voltar a respirar bem. – Pus a mão que estava em seu rosto, em seu peito.

Ele subia e descia rapidamente e diminuiu o ritmo quando a minha mão tocou ali. Eu sempre fico feliz de ter esse tipo de reação nele.

- Eu já disse que você é um ótimo ator, Jeon Jungkook? – Sorri para seus olhos negros, tentando desviar seus pensamentos.

- Não tente me distrair. – Ele negou com a cabeça.

- Mas eu acho muito meigo quando você me chama de Noona. Eu gosto. – Fiz um sorriso bobo para ele.

- Eu não.

- Eu sei que você prefere que eu o chame de Oppa. – Inclinei a cabeça um pouco para o lado enquanto rodeava sua cintura com os meus braços. – Mesmo não sendo o correto para mim.

- Para mim parece certo o bastante. – Ele cedeu ao meu abraço e seus braços me prenderam a ele. Hoje estava cheio de abraços, mas o dele, dessa maneira, era o que eu mais esperava.

- Oppa, o que você acha de eu ir dormir com você hoje? – Fiquei um pouco na ponta dos pés para sentir seu perfume no inicio do seu pescoço.

- Seria bom. Mas, do jeito que eu estou, eu provavelmente aceitaria quase qualquer coisa só para você ir dormir longe daqueles putos.

- Nem todos eles são ruins. Eu trouxe os piores para terem noção que, pelo menos, eu trabalho bem.

Ele deslizou a mão pelos meus fios de cabelo e manteve a mão ali, acariciando-os. Beijou o topo da minha cabeça e me segurou fortemente contra ele.

- Você sabe que eu poderia-

- Mas não vai. Não. Não vai, não deve. A carreira de vocês está crescendo muito, você é um cantor espetacular e está comigo. Se você fizer alguma coisa para comprometer o seu futuro, seja comigo ou não, ficarei ressentida com você pelo resto da vida.

- Você tem um coração bom demais. Eu tenho vontade de corrompê-lo.

- Você já tirou minha pureza mais do que o necessário, Jeon Jungkook. – Sorri maliciosa para ele, erguendo uma sobrancelha.

- Acho que você tem razão. Para aceitar Jimin hyung entre as suas pernas, ficar de mãos dadas com o Yoongi hyung e entrar em um vestiário cheio de homens se trocando e afirmar, na minha frente, que está tudo bem porque já viu todos eles de cueca... Eu fiz um estrago com você. – Ele pôs sua mão na linha da minha mandíbula.

- Você fala como se eu tivesse transado com todos eles. E é assustador como você sabe de tudo. – Revirei os olhos.

- Eu mataria cada um a sangue frio, se fosse verdade. E depois te trancaria dentro de um quarto apenas para te ter só para mim. – Ele aproximou sua boca a minha.

- Eu fugiria de você. – Fui fechando os olhos gradativamente.

- Eu te apanharia nos confins do inferno. – E selou nossos lábios.

Não sei o que eu sentia por Jungkook. Ele tinha aquilo de eu não saber, realmente, se ele estava falando sério ou não. Mas aquele sentimento de estar se metendo com alguém muito errado, era extasiante, inebriante e contagiante.

- Chega de se pegar e vamos indo. – Namjoon disse, passando por nós.

- Desculpe. – Disse, já olhando para Jungkook e esperando a besteira que eu sabia que ele ia responder.

- Desculpe, hyung; deveríamos ter feito isso noite passada, como o exemplar você.

Contive o riso contra a camisa social de Jungkook só sendo capaz de escutar diversos risos e as reclamações do Namjoon. Segurei a mão de Jungkook, puxando-a e fazendo com que ele se inclinasse para escutar o que eu tinha a dizer.

- Acho que se você tivesse me olhado da maneira que você está ensaiando, imagino que eu não teria ido para a cama com você. – Sussurrei para ele.

- Abusada. – Ele ergueu uma sobrancelha.

Segurei o seu rosto com a mão livre e beijei seus lábios, puxando seu lábio inferior, lentamente o soltando.

- Veja isso como um incentivo da sua Noona. – Sorri e soltei sua mão, indo na frente e sentindo seus olhos grudados nas minhas costas.

- Então, não teria ido para a cama comigo se eu não fosse um aproveitador? – Ele perguntou, sorrindo de lado e erguendo a sua sobrancelha.

- Com o seu auter ego, eu provavelmente o teria levado para cama. Ele tem uma carinha que pede para se aproveitar dele. – Virei-me, andando de costas, sorrindo divertida.

- Eu deveria deixar você me levar para a cama?

- Um dia desses seria divertido. – Ri, saindo do vestiário.

***

- De novo. – Pronunciei-me da cadeira atrás das câmeras. – Retoquem a maquiagem.

- Mas eles foram bem. – Yugyeom comentou.

- Não dirija a palavra a mim. Fiquem calados e aprendam.

- A princesa é toda esquentadinha. – Jaebum provocou e eu fiquei quieta.

Vi Jungkook se aproximar de mim e dei uma olhada pelo canto do olho para os membros da outra banda. “Que Deus tenha misericórdia deles.” – Pensei. Jungkook continuou a se aproximar, até se abaixar, apoiar as mãos em cada lado do apoio de braços da minha cadeira e sussurrar no meu ouvido:

- Não consigo me concentrar com eles do seu lado.

- Mas como você é um perfeito gentleman e um artista espetacular, tenho certeza que será capaz de ignorar esse fato irrelevante e aguardar até o almoço, o qual, eu te mimarei muito. – Falei em um sussurro carinhoso.

Ele riu soprado fazendo que eu me arrepiasse pelo encontro do seu hálito com a minha ele e trocou o pé que estava se apoiando.

- Você sempre acha que é muito fácil me fazer esquecer algumas coisas. Apesar de, com você, isso ser um pouquinho fácil, mas só funciona com coisas do meu dia a dia, não com esses moleques. – Sua voz que começou divertida, engrossou e esfriou conforme terminava de falar.

- Sabe o que eu realmente acho? Que as pessoas estão prestando bastante atenção na gente, tem pelo menos umas três vacas que estão focando na sua bunda e isso não está me agradando nada nada. – Franzi minhas sobrancelhas e estreitei os olhos.

- Isso é tempo para os seus ciúmes? – Ele não aguentou e deu uma risada.

- Sempre é tempo para os meus ciúmes, sobretudo depois que você disse que seu tipo tem que ter, pelo menos 1,68 de altura mas tem que ser menor que você. – Sorri. – Agora, volte. Eu vou ficar bem. Cozinhei uma comida maravilhosa para você.

- E para os outros. Você sabe que foi para ninguém suspeitar.

- Eu fiz pizza para você. Não, eu sei que eu não sou a sua mulher ideal. – Sorri um pouco fraco e ele ficou me encarando por um tempo, franzindo de leve suas sobrancelhas. Aquilo não me deu a entender se era aquele sentimento que ele tinha de judiar de outros ou apenas a verdade.

Ele saiu daquela posição e voltou para o grupo e mais uma vez eu gritei: “De novo!”.

***

- A vasilinha está com o nome de cada um. – Sento-me na mesa do refeitório, pondo a grande bolsa na mesa e aguardando os lobos famintos atacarem. – Vocês também, mal educados; tem comida para vocês também. – Olho para Jb e Yugyeom que já desligavam os celulares que fariam pedidos.

Jimin sentou do meu lado amando comer direito novamente. Reclamava que a comida do Jin não era mais a mesma porque ele ficou mal acostumado.

- Você tem que voltar lá pra casa. Tá tudo um tédio sem você. – Ele disse, pegando o potinho dele com carne.

- Tem sete caras morando com você, é impossível ser um tédio. – Sorri, pegando o meu potinho.

Todos os potinhos tinha praticamente a mesma coisa – carne –, menos o de Jungkook que tinha a sua amada pizza. Eu era uma namorada meio trouxa, mas o que eu podia fazer? Sempre fui muito carinhosa.

- Claro que pode. Não temos crises de ciúmes; comidas surpresa; alguém para nos incentivar malhando seis horas da manhã; reclamações de vasos com tampas em pé...

- Toalhas de banho em cima de cama; roupas espalhadas... – Continuou Hope.

- Várias besteiras na geladeira; ver TV ao invés de descansar... – Prosseguiu Jin.

- Então, já que eu não estou lá... – Peguei uma carne para comer e enquanto comia, disse - ...vocês têm feito essas coisas? – Olhei para Jimin.

Ele de inicio pareceu um pouco culpado e depois de uns meros segundos, o rapaz apoiou a cabeça no meu braço, inclinando-a um pouco para o lado e sorrindo de maneira astuta.

- Se eu disser que sim, você volta?

- Não. – Olhei para ele erguendo uma sobrancelha.

Ele desmanchou um sorriso e, em meio minuto, Jungkook passou por ele dando um tapa na sua cabeça, fazendo com que o mais velho resmungasse, tirando sua cabeça do meu braço, que era para tratar os hyungs com mais respeito, porém, o moreno apenas sentou-se do meu lado e não disse mais nada, apenas apoiando o rosto na mão e o cotovelo na mesa, olhando para mim.

- Você sabe que não foi o que eu quis dizer. – Ele focou em meus olhos.

Abri uma vasilinha com o nome do Jungkook e peguei uma fatia de pizza de calabresa.

- Diga “Ahh”. – Abri a boca, mostrando como ele deveria fazer.

- Sun... – O mais novo começou.

- Kook, não me chateei mais do que uma cota diária basta. – Observei seus olhos, fazendo com que ele bufasse e olhasse para o lado. Ele pôs as mãos no rosto, esfregando ele levemente. Tirou a mão do rosto e me observou.

- Sabe, eu...

*Trim* *Trim* *Trim*

Olhei para a tela do meu celular – “Jackson”. Deu-me um alívio não ter que ter aquela conversa naquele momento e eu soltei levemente o ar evidenciando isso, o que fez com que Jungkook olhasse rapidamente para o celular.

- Preciso atender. – Peguei o celular.

- Quem é? – Ele olhou nos meus olhos.

- Pare de passar da cota. – Entortei a boca e levantei da cadeira, indo direto para outro lado.


Notas Finais


E então? O que acharam?


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