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História Gosto Alucinante - O meu fraco


Escrita por: RedHairNat

Notas do Autor


Então, gente, hoje eu vou mostrar um pouquinho da história do porque algumas coisas aconteceram e do porque alguns personagens agem como agem. Aproveitemmmm <3

Capítulo 6 - O meu fraco


 

- Alô? – Atendi ao telefone longe do refeitório.

- Sun? – Jackson disse do outro lado da linha.

- Oppa, tudo bem? – Sorri ao escutar sua voz.

- Eu sou o que menos importa; como está a situação aí? – Ele falou de maneira bem humorada, mas um pouco preocupada.

- ... – Suspirei. – Pior do que eu imaginava. Talvez eu nem devesse ter trazido ninguém...

- Problemas com a outra boyband também?

- Sim... Eu to pensando se fiz ou não alguma besteira.

- Alguém te irritou?

- Mais do que isso. – Revirei os olhos.

- Fácil de resolver. – Ele simplesmente disse, divertido.

- Fácil? – Não consegui evitar um sorriso e tenho certeza que ele escutou isso do outro lado da linha.

- Chocolate. – O rapaz quase falou sílaba por sílaba.

- Chocolate. – Meneei a cabeça. – Incrível como eu nunca pensei nisso. – Mordi meu lábio, dando uma pequena risada.

- Eu tenho isso de ter ideias incríveis, é quase natural para mim. – Ele arrogantemente disse.

Aquilo fez meu sorriso desfalecer. Mordi o interior da minha bochecha e meu olhar focou em algo que eu não podia ver. Jackson me lembrava Jimin. Doce, atencioso, divertido, sempre arrogante, um amigo para todas as horas... Eu não podia fazer nada se Jimin havia feito sua escolha e se arrependido depois. Ele ainda mexia comigo e me deixava trêmula, eu tentava, cada vez mais com sucesso, ficar imune aos seus avanços. A cada ligação, cada beijo indevido – no pescoço, às vezes, na nuca -, cada palavra com mais sentidos do que deveria; Jimin desafiava Jungkook, mas o mais novo ganhava; ganhava porque o mais velho havia se atrasado, tarde demais para qualquer coisa. Jimin era o único que o Maknae aceitava tais atitudes, era bom exibir algo que seu Hyung só faltou um pouco de polimento e atenção para descobrir. Por mais que eu chorasse no ombro de Jimin, Jungkook gostava de mostrar que, para quem ele voltava, era para ele.

- Sun Hee? – Jackson chamou do outro lado da linha.

- Preciso ir, Oppa. Bom descanso.

- Bom trabalho. Ligue-me se precisar, até mais tarde.

- Até. – E desliguei a ligação.

“ – Eu não sabia que você se sentia assim. – Jimin falou um pouco em choque.

Aquilo não era bom sinal. Não era. Olhei para o meu pequeno ursinho de pelúcia e para a barraquinha de tiro ao alvo que tínhamos acabado de ir. Voltei meu olhar para o garoto de cabelos escuros, de chapéu e óculos de armação preta como disfarce que segurava o algodão doce rosa ainda fechado que havia comprado há 5 minutos atrás. Ele ainda me olhava com os olhos arregalados, tentando absorver a notícia. Passei uma mão pelo meu rosto corado. Merda.

- Jimin, esquece. Só vamos continuar... bem, certo? Não quero perder a sua amizade. – Sorri forçadamente. Deveria estar tão óbvio pela sua expressão de resposta.

- Sun, você-

- Jimin, não. – Fechei minhas mãos em punhos e velei meus próprios olhos. – Não, agora. – Abri meus olhos e respirei fundo e peguei o algodão doce da sua mão. – Aqui não, por favor. Estou tentando ter um encontro com você e quero ter na minha memória que isso foi um encontro, mesmo que tenha sido entre amigos. Okay? Um encontro... só isso. – Sorri para ele, tentando respirar direito.

- Certo... – Ele murmurou.

Eu abri meu algodão doce e, pela primeira vez, – não é que ele fosse amargo como todos diziam sobre uma confissão não correspondida – ele era insuportavelmente doce. Eu tive nojo daquele gosto e na primeira lixeira que passei, joguei ele fora. Jimin olhou inquieto eu tentar ver se ainda gostava de açúcar, lambendo meus dedos. Fiz uma careta. Eu detestei aquele gosto doce.

- Vamos para casa? – Perguntei.

- Se você qui-

- Não é porque eu estou assim que você não tem opinião própria. – Respondi friamente tendo raiva da sua resposta. – Não estou com raiva de você por ter levado um fora, mas eu não mereço essa ‘consideração’ disfarçada de pena. – Por um momento, tentei deixar uma margem para ele apenas gritar comigo que me amava.

- Não é pena. – Ele falou sério.

- Compaixão? – Ergui uma sobrancelha com o coração sendo despedaçado de maneira bem audível por ele não ter negado o que eu queria que ele negasse.

Ele sabia que eu estava certa, então desviou o olhar e ficou quieto. Saímos do parque de diversões e pegamos um táxi. O caminho foi silencioso e eu tentei me concentrar nas luzes da cidade que passavam como borrões pela janela do carro. Pareciam pequenas estrelas cadentes, mas nenhuma delas realizaria meu desejo aquela noite. O táxi parou na frente do dormitório e dividimos a corrida. Saltei do carro e aguardei Jimin sair. Antes de dar o meu terceiro passo, ele me parou segurando minha mão. Virou-me. Ergui meu olhar para ele e ele parecia tão decidido. Quando se aproximou lentamente, abaixando a cada medida, eu queria tanto deixar... mas algo em mim gritava ‘Assim não’.

- Não faz isso. – Pedi com voz chorosa. – Não me machuca mais do que eu já estou machucada. Estou tentando aguentar a ferida por nós dois para você não ficar mal sobre a gente, então, não fere mais.

Aquilo o fez congelar no lugar. Apesar da minha voz, aguentei quieta e não chorei. Jimin realmente parecia uma pessoa que havia enfiado a faca em outra. Parecia tão culpado. Não queria ter deixado ele assim, mas não podia deixa-lo enfiar a faca mais fundo em mim. Respirei fundo e entrei no dormitório, indo para o nosso apartamento. Antes de eu pegar a chave, sabendo que Jimin já estava atrás de mim, Tae abriu a porta todo sorridente com Nam que também era todo sorrisos do lado dele.

- Oi para vocês. – Tae falou animado.

- Oi. – Eu e Jimin respondemos.

- Pelo o que vimos pela janela, eu diria que você finalmente disse e o Jimin aceitou. – Nam falou ansiosamente feliz para mim. Feliz demais até com aquelas covinhas aparecendo.

Jimin olhou para mim, senti sua culpa emanar, e a única coisa que eu fui capaz de fazer foi empurrar Tae com uma mão para eu passar e gritar:

- Suga! Suga!

Ninguém entendeu nada até ele vir correndo até mim. Ele olhou para mim e olhou para Jimin. Aproximamo-nos e eu o abracei com força. Ele envolveu meus ombros e acariciou minha cabeça, apoiando o seu queixo nela.

- Sun... – Jimin tentou se aproximar.

- Jimin. – Yoongi fez um tom de aviso e afastou seu queixo da minha cabeça, negando ele se aproximar.

- O que houve? – Jin perguntou chegando da cozinha com Hoseok.

Vi pelo canto do olho Hoseok esbarrando no braço de Jin e indicando Jimin me encarando com Suga me abraçando. Jin fez uma careta entendendo a situação. Quem não entenderia? Só o idiota do Jimin que por mais que eu deixasse quase escrito na minha testa, ele não entendia.

- Quer um chocolate? – Suga perguntou docemente. Balancei a cabeça que não. – Eu sei o que você não vai recusar. – Ele sorriu, procurando meu rosto. Olhei para ele sem soltar minhas lágrimas ainda. – Que horror, seus olhos tão vermelhos que parece que alguma coisa te incorporou.

Dei um soco em seu peito.

- Idiota.

Ele riu.

- O que acha do milkshake do Jin? – Ele virou o rosto para o Jin.

- Quero. – Respondi.

- Vou mandar chamarem o Ukwon para te animar, o que acha?

- Ele ta namorando. – Falei manhosa.

- O Zico não está e você vai morrer de rir com ele e o P.O.

- Eu só preciso de um milkshake e uma boa conversa com você. E outra coisa que eu prefiro não fazer aqui.

Suga me observou e entendeu tudo com uma só olhada.

- Certo. Por que não vai tirar a maquiagem com o Hoseok? É a primeira vez que te vejo de maquiagem, não quer borrar, quer?

- É uma vergonha uma garota de 18 anos nunca ter usado maquiagem. – Ri seco. – Vou lá tirar.

Desgrudei de Suga e olhei para Hoseok – ele deu um sorriso calmo e gentil, rodeando meus ombros e me levando ao banheiro. Ele passou um pouco de demaquilante em um algodão e passou no meu rosto, dando-me apenas um diferente para eu passar nos olhos.

- O parque foi divertido? – Hoseok perguntou, sempre sabendo exatamente o que dizer.

- Sim. Fomos na montanha russa e na roda gigante.

- Falou para ele na roda gigante? – Ele terminou de me limpar e eu aos meus olhos.

- Não. Não tinha para onde fugir. – Eu dei uma risada triste.

- Justo. – Ele sorriu.

Saímos calmamente do banheiro e escutamos.

- Aí! – Reclamou Jimin.

- Depois de ter dado um fora nela você tenta beijá-la? – Yoongi fala com deboche. – Caralho, Jimin, você não é um moleque. Eu vou tentar animá-la; o problema não está em você ter recusado ela, o problema é você fazer essas merdas pensando que está ajudando-a.

Porra, Jimin, como eu fui gostar de uma pessoa que consegue fazer duas besteiras iguais no mesmo dia e escutar a mesma coisa de duas pessoas diferentes? – Suga me encontrou no meio do corredor e pôs um braço ao redor do meu ombro.

- Antes você tivesse feito a besteira de me namorar. – Ele reclamou.

- Bem que eu queria, mas nós sabemos que eu não faço o seu tipo. – Olhei para ele.

Ele mostrou o dedo do meio para mim, provavelmente, mandado-me me fuder em sua mente. Sorri fraco com aquilo. Eu queria que a paixonite que Yoongi tinha por Tae se tornasse real, se não, eu seria obrigada a tentar ficar com aquele cara incrível que ele era. Entramos no quarto e eu me sentei na sua cama, pegando seu travesseiro, enquanto ele sentou no chão, perto de mim.

- Não julgue ele pelo que ele fez, ele só não soube como reagir. – Suga falou baixinho.

Meus olhos começaram a finalmente lacrimejar. Era tão difícil pôr as lágrimas para fora antes, agora foi tão fácil.

- Ele me olhou parecendo até ter pena, Yoongi. – Falei embolada pelo choro na voz.

Naquela noite, eu dormi no quarto de Yoongi, fazendo com que apenas uma vez alguém entrasse – Jin, para entregar o milkshake que havia feito. Eu não queria ver Jimin, mas eu queria saber o que ele estava fazendo. No fundo, no fundo, queria que ele estivesse se sentindo culpado. Senti-me horrível por pensar assim. Eu só queria que ele tivesse me correspondido. Quando eu me acalmei um pouco, eu já tinha parado de falar por um tempo, Yoongi devia estar exausto, saiu comigo para comprar roupas e maquiagem, ouvi-me o tempo todo e agora, ainda me consolou. Acordei ele levemente e, ainda grogue de sono, fiz com que ele fosse para a cama que até então eu estava sentada. Eu sabia que a cama do Jin ficaria vazia a noite inteira e ele iria dormir no meu quarto, então, levantei-me e fui para a cozinha, tomar um copo d’água. O relógio anunciava 2:30. Meus olhos inchados doeram quando vi. Quando eu fechei a porta da geladeira com a garrafa de água em mãos, ouvi a porta fechar e olhei para trás, percebendo que era Jungkook que havia voltado.

- Noona? Está fazendo o que acordada até essas horas? – Perguntou.

- Eu que deveria querer saber. – Sorri fraco para ele, virando para pegar um copo.

Ele aproximou-se e ficou debruçado na bancada, vendo-me servir o copo com água.

- Você quer? – Olhei-o por cima do ombro.

Ele negou. Bebi minha água, servi outro copo e bebi de novo. Repeti o mesmo processo mais duas vezes.

- Tem certeza que é água que você quer beber, Noona? – Jungkook perguntou com um sorriso de lado.

- Tenho. Eu não vou ficar me estragando com álcool por um motivo triste. Eu vou beber para me divertir e não esquecer. – Funguei.

- Então... não foi. – Ele olhou para a bancada.

- Não. – Lavei o copo e enchi a garrafa no filtro.

Guardei a garrafa na geladeira e me debrucei na bancada também, de frente para ele.

- E você? Fazendo o que na night?

- Curtindo meus 17 anos. – Ele sorriu. – Seus olhos estão enormes.

- Tão meigo, você. – Sorri irônica.

Ele riu com seus fofos dentes dando um charme a mais para seu rosto.

- Daqui a duas semanas teremos outra folga. Por que não sai comigo?

Observei-o e pensei. Ainda era uma coisa tão recente com Jimin, mas não queria que ele começasse a achar que minha vida pararia e rodaria a seu redor. Apertei meus lábios com os dedos e depois de parar de olhar para o nada, olhei para Jungkook que voltou seu olhar para mim, desviando logo dos meus lábios.

- Okay.

- Jura? – Ele franziu as sobrancelhas para mim.

- Sim. – Confirmei com a cabeça.

- Marcado. – Ele sorriu e saiu da cozinha, indo para seu próprio quarto.

Voltei para o quarto e deitei na cama de Jin, pensando. O que estava acontecendo na minha vida em apenas uma noite? – Adormeci.

No dia seguinte, Jin me acordou suavemente com um sorriso. Sentei na cama com a cabeça doendo, parecia até ressaca. Meus olhos ardiam pelo tanto que chorei. Levantei-me, fui ao banheiro, lavei meu rosto tentando não parecer uma bolacha e comecei a escovar os dentes. Então, Jimin entrou no banheiro. Ele ficou um tempo encarando meus olhos inchados e foi lavar seu próprio rosto. Assim que pegou sua escova de dentes, trocamos de lugar.Enxaguei minha boca e a sequei, passei meu produto no rosto e sai, sem falar nada. Aproximei-me de Jin na cozinha e comecei a ajudá-lo. Esqueci de todos os meus problemas enquanto mexia a sopa no fogo.

- Sun... Sun... Já está bom. – Jin chamou.

- Ah... ta. – Confirmei com a cabeça, desligando o fogo.

Assim, duas semanas se passaram. Eu começava a dar pequenos cumprimentos a Jimin, mas mal olhava em seu rosto, enquanto isso, Jungkook se aproximava pouco a pouco. Comprava bebidas para mim; pedia para provar a comida que eu pedia e me dava um pouco da sua; agia brincalhão e presunçoso quando ensaiava, jogava a toalha que acabava de usar e ficava em cima de mim para eu buscar água para ele; chamava-me para assistir filmes, séries, escutar músicas, escutar a sua voz. Todos começavam a notar pequenas atitudes e, sinceramente, para mim não estava fazendo nenhuma diferença. Assim, chegou o dia que combinamos.

- Para onde vamos? – Perguntei pegando o capacete da sua mão.

- Você ficou bem de delineador. – Ele pôs o seu capacete.

- Obrigada. Para onde vamos? – Pus meu capacete e levantei o queixo para ele ajeitar para mim.

- Primeira vez que eu te vejo de batom. – Ele fechou a trava do capacete para mim.

- Para de me evi... – Ele fechou a viseira do meu capacete. - ...tar.

- E você deixa de ser curiosa, só sobe na garupa. – Com um sorriso, Jungkook montou na moto, segurando a direção.

Revirei os olhos e tentei pegar impulso para montar na moto, pagando de idiota de início. Corei enquanto o mais novo ria. Jimin nunca havia deixado eu andar de moto com ele.

- Seria mais fácil se você tentasse parar de segurar na moto e segurasse em mim.

- Por que eu seguraria em você, seu implicante? – Falei, brincalhona.

- Vamos, põe as mãos nos meus ombros. – Ele instruiu, indicando com a cabeça.

Pus as mãos em seus ombros.

- Agora, apoia o pé esquerdo no apoio.

Dito e feito.

- Toma impulso e passa a perna.

Fiz o que o mesmo mandou e sorri por ter conseguido. Ele tirou minhas mãos do seu ombro e pôs em volta da sua cintura.

- Segura firme, gata. – E fechou sua viseira.

Ri da sua maneira de falar e ele deu partida na moto. Apoiei minha cabeça em suas costas e agradeci por ter escolhido ir de short. Não me dei o trabalho de ver o caminho cheio de borrões, mas senti o vento contra os meus braços nus, já que minhas pernas estavam cobertas com uma bota acima do joelho e a respiração de Kook sendo segurada por entre os meus braços. Ele parou a moto e me soltei dele.

- Desce primeiro. – Ele falou, levantando a própria viseira. – Só faz o contrário do que fez antes.

Segurei em seus ombros e dei impulso para a perna passar pela moto e descer. Tirei meu capacete enquanto ele estacionava ali perto. Chegou perto de mim e ofereceu o braço. Sorri e aceitei, entrelaçando-os.

- E aí? – Perguntei.

- Ali. – Ele apontou para uma cantina italiana.

- Uhm... massa?

- Nada mais original do que macarrão na Coréia.

- Certamente.

Aproximamo-nos e ele puxou a cadeira para mim e me sentei, logo em seguida, ele também se sentou. Conversamos, fizemos nossos pedidos, rimos um do outro comendo. Foi bom. Foi divertido. Fez bem para mim. E quando terminamos de pagar – ou melhor, ele pagou –, seu casaco me cobriu, seu braço rodeou minha cintura e antes que eu percebesse, eu estava no primeiro beijo da minha vida. Havia sido gostoso. Talvez eu não tivesse experiência, mas, ah, meu Deus, Jungkook beijava bem. Ele puxou levemente o meu lábio e agradeci mentalmente por não contar a ele e nem ele perceber que eu nunca havia beijado, apesar de poder ter imaginado pelo mesmo motivo de eu nunca ter usado maquiagem na vida até duas semanas atrás.

- Aprovado? – Ele perguntou.

Ri, resolvendo abraçar seu braço e entrelaçar nossas mãos.

- Aprovado. – Confirmei com a cabeça.

Após termos dado uma volta a pé, voltamos para a moto e fomos para o dormitório, rindo meio cúmplices de termos chegado meio tarde.

- Demoraram. – Suga comentou quando chegamos.

Olhamos para o sofá com Tae do lado de Suga que estava do lado de Jimin que virou a cabeça arregalando os olhos quando viu e Jungkook juntos. Seu olhar logo ficou frio como gelo.

- Só um pouco. – Jungkook disse.

- Onde estavam? – Jimin perguntou.

- Por aí. – Respondi.

- Onde? – Ele insistiu.

- O Jungkook me levou para dar uma volta de moto. – Pus o capacete na mesa. – Algum problema?

- Com tantos acidentes de moto? Nenhum. – Ele virou para frente.

- Que bom, assim você não faz besteira tentando consertar uma coisa que nem problema tinha. Boa noite, gente; boa noite, Kook.

Todos deram boa noite, menos Jimin emburrado do sofá. Deitei na cama pensando em como foi a noite e algo bom foi surgindo de tudo isso. Não era amor, mas era algo que poderia ficar no lugar dele por um bom tempo.

Não sei como, mas durante um tempo, escondidos, Jungkook e eu começamos a ficar. Roubávamos beijos um do outro sempre. Até um momento, quando ao terminarem um show, Jungkook veio a mim, feliz da vida e me pegou no colo, pela primeira vez, beijando-me na frente de todos.

- Namora comigo. – Ele pediu me pondo no chão e o queixo de todos também.

- O que? – Sorri, nervosa.

- Eu havia prometido que, se esse show desse certo, eu iria te pedir. – Ele deu de ombros.

- Mas por que o show daria errado? – Perguntei confusa.

- O pensamento era esse. – Ele disse pondo as mãos nos bolsos traseiros, ficando com o rosto um pouco mais sério, talvez, nervoso. – Então, aceita?

Pensei um pouco, tentando não olhar para nenhum dos garotos. O único pensamento que me veio em mente foi – ‘Ele tem me feito bem’.

- Aceito. – Sorri para ele e ele deu um enorme sorriso de volta.

Demos um pulo ao escutar um estalo vindo de trás. Jimin estava como a lateral do seu punho contra uma placa de metal, encarando-nos. Ele deu meia volta e foi embora.”

Suspirei. Pouco tempo depois, Jimin disse que gostava de mim e só tinha percebido quando Kook me beijou na frente dele. E que tentaria fazer tudo para voltarmos ao normal para eu voltar a gostar dele. Assim fizemos, mas até agora, prefiro evitar ter sentimentos por ele. Jungkook mostrou cada vez menos ser um menino ingênuo para mim. Sabia que nos gostávamos e que ele cuidaria de mim, mas nunca nos amamos. Não queria ficar com Jimin se dependesse só dele perder as coisas para saber seu valor e ainda mais, eu estava com um pouco de medo... porque Jackson era o tipo de cara que era o meu fraco.


Notas Finais


Alguma coisa surpreendeu vocês?


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