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História Gostosa Como Carne - Único


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Tá aí, Lu-chan! Toma, miga. Cumpri com minha promessa. fsjgdhfjksag' Me ame mais. Porque sim. ♥ E porque eu tmb te amo e cê sabe disso. ♥ ♥ ♥
Desculpa por te enrolar tanto fjkgdajkfdsg' Sinto muito por isso. u-u Espero que goste! Não sei se ficou Fluuuuuffy, fluffy, como vc queria, mas foi o que saiu. :v

Boa leitura a todos! Comentários são bem-vindos. :3

Capítulo 1 - Único


A escuridão é algo que assusta muitos. Isso claro se dá pelo fato de ao nos encontrarmos imersos nela, estamos constantemente enfrentando o desconhecido, sem enxergarmos o que fazemos. Existem outros, entretanto, que se sentem muito bem ou, no mínimo, indiferentes diante dela; talvez por serem pessoas muito reservadas e absortas em seus próprios devaneios para se preocuparem com a ausência da luz que os cerca ou quem sabe seja apenas por serem mais corajosos mesmo.

A navegadora dos Chapéus de Palha, provavelmente, estava inclusa entre o primeiro grupo. A ideia de não enxergar nada no meio da noite lhe parecia muito assustadora, a não ser que estivesse muito bem confortada em sua cama.

Aquela era uma exceção, contudo.

Não faria mal algum estar sob uma noite estrelada, não é mesmo? Por mais que fosse lua minguante, as estrelas lhe faziam companhia e iluminavam parte de seu corpo recostado na amurada do Sunny Go. Então... tudo bem, certo? Não surgiria nenhum monstro marinho assustador no meio do oceano, não é?

Um arrepio lhe percorreu a espinha.

Ok, aqueles pensamentos não lhe pareciam muito saudáveis. Melhor pensar em outra coisa, que não envolvesse sua morte dolorosa e assustadora, de preferência.

Suspirou emburrada.

Ela poderia estar aproveitando aquela escuridão na cama dela, sob seus cobertores quentinhos e confortáveis. Mas não. Logo naquela noite fria e escura ela precisava ter insônia. Claro, por que não?

O fato é que ela poderia estar ainda assim deitada, esperando que o sono viesse, certo? O problema é que ela também necessitava ser uma pessoa estranha, que não conseguia ficar quieta na cama quando não estava dormindo. E bem... pensando melhor, estar ali observando as estrelas era muito melhor do que estar no quarto escuro, esperando um monstro qualquer sair debaixo da sua cama e puxar suas pernas.

Curioso, não? Ela já era uma adulta e, por mais que não admitisse aquilo nem sob tortura, temia existir monstros espalhados pela escuridão assustadora de seu quarto.

Sem dúvidas, ela precisava parar de ouvir as lendas urbanas que Usopp e Robin adoravam contar antes de todos irem dormir.

Olhou em volta, pelo convés.

Será que ela deveria procurar pela amiga pelo navio? Ela poderia lhe fazer companhia... Não, fora de cogitação sair pelos cômodos mal iluminados da embarcação àquela altura da madrugada.

Um som então ativou seu sistema sensorial, fazendo com que uma corrente elétrica medonha atravessasse seus ossos.

Oh, droga.

Passou a observar em volta, prestando atenção ao mínimo movimento que surgisse, quando então viu seu capitão saindo cambaleando em meio aos corredores externos do Sunny, indo em direção à cozinha.

Idiota. Claro que seria aquele esfomeado. Bufou mais uma vez, irritadiça.

― Luffy! Aonde pensa que está indo?! – chamou a atenção do mais novo.

Luffy havia “acordado” naquele instante, seu estômago clamava pelo lanche da madrugada. Ao ouvir a voz da navegadora, entretanto, saltou no lugar, realmente acordando de vez.

― Estou indo fazer meu lanche da madrugada! – sorriu grande, em sua inocência.

― Pensei que você estivesse de castigo! – ralhou ao se aproximar do garoto, as mãos na cintura, como uma mãe irritada faria com seu filho desobediente.

Sanji costumava deixar algo preparado, porque sabia que se não fizesse isso o capitão devoraria qualquer coisa e tudo o que visse pela frente. Naquela noite, contudo, no jantar, Luffy havia comido mais do que deveria ― e às escondidas da tripulação. O cozinheiro o pegou no flagra, deixando o outro sem seu lanche da madrugada.

― Mas, Namiiiii. – começou com a voz manhosa. ― Estou morrendo de fome! – concluiu com o ronco do estômago o acompanhando.

― Nada disso! – negou pegando na orelha do moreninho e o arrastando para longe do cômodo alvo. ― Ninguém mandou você comer o que não devia na hora do jantar. – lembrou, já no convés. ― E por castigo por querer comer às escondidas de novo, você não irá voltar para o seu quarto! Irá ficar aqui comigo, sem dormir.

Claro que ela iria tirar proveito da situação.

― Eeeeeeem?! Ah não, Namiiiii! – reclamou com a voz chorosa. ― Eu quero ir dormiiiiiir.

― Não! Vai ficar aqui comigo! – ordenou, fazendo-o se sentar ao seu lado.

O garoto obedeceu, não queria irritar ainda mais a navegadora, mas cruzou os braços, emburrado, em resposta.

― Se você quer que eu fique com você, vamos pro seu quarto então! Eu durmo lá, não tem problema. – reclamou, ainda manhoso.

― Não diga coisas idiotas, seu idiota! – gritou, incrédula em como o capitão podia ser tão tapado. Ele sequer tinha noção do sentido de seu convite?

Bufou.

― Nem a pau que você vai dormir no meu quarto!

― Por que não? Aí você não iria ficar sozinha, não ia ficar com medo e a gente dormiria! – destacou a última parte da frase, demonstrando o quanto realmente queria voltar a dormir, já que não poderia comer.

― Eu não estou com medo! Da onde tirou isso?! – exclamou exasperada.

― Então por que quer que eu fique com você? – questionou confuso, já querendo se entregar ao sono.

― Estou com insônia. Insônia! Não medo. – tratou de deixar claro. Até porque era verdade. Em partes, pelo menos...

― Eu ‘tô com sono... – resmungou, coçando os olhos.

― Já disse que não vai voltar pro quarto até eu sentir sono também! – reafirmou.

― Oe! Será que dá pra calar a boca?! Bruxa barraqueira! – uma voz grave, irritadiça, reclamou do ninho da gávea.

― Vai se ferrar! Você é o único que não deve dormir aqui! – gritou de volta para o espadachim, que, como de costume, fazia a vigia da noite.

A resposta, entretanto, veio com uma almofada em queda livre, que caiu exatamente em cima da cabeça da ruiva. Veias saltaram da testa da garota, fazendo-a tomar impulso para se levantar imediatamente.

― Você quer morrer, seu maldito?!!! – impulsionou, mas teve dificuldades em ficar de pé.

Quando olhou para baixo, para ver o que a prendia no chão, enxergou Luffy, caído sobre seu colo, ressonando alto ― e babando. Ele havia caído no sono ali mesmo e ela nem mesmo percebera, provavelmente por estar preocupada em assassinar um dos guerreiros do bando.

Mais algumas veias lhe saltaram, fazendo-a chegar ao ápice da irritação. Ao invés de gritar ainda mais, no entanto, suspirou pesado. Em menos de cinco minutos, aqueles idiotas conseguiram cansá-la mais do que todo o trabalho do dia no navio.

― Imbecís. – resmungou, se ajeitando na grama novamente.

Observou então o capitão dormindo despreocupadamente em seu colo. Não podia deixar de admitir que ele parecia uma criança cansada por brincar o dia inteiro. O que realmente havia acontecido.

Idiota. Aonde que um homem que dizia querer se tornar o Rei dos Piratas poderia se portar daquela forma? Ela ainda tentava entender como aquela criança bagunceira havia conseguido convencê-la a se tornar uma pirata e sair navegando pelo oceano mais perigoso entre todos, atrás de um tesouro que ela nem mesmo sabia se existia de verdade.

Suspirou mais uma vez.

Oh, aquilo era uma grande mentira. É claro que ela sabia como. Era exatamente por ele ser a criança bagunceira que conhecia. Inocente como uma, feliz como uma, energética como uma e doce como uma. Aquele idiota tapado havia mesmo conseguido conquistar sua confiança e seu afeto.

Permitiu-se sorrir por um momento, em meio aos seus devaneios. A tranquilidade, contudo, foi-se no instante em que sentiu a dor aguda em sua coxa. Baixou seus olhos para ver o que era, mas o ato só a fez irar-se mais uma vez.

― Luffy! Seu idiota maldito! – gritou acordando o capitão num cascudo bem dado na cabeça.

― O que foi?! – reclamou, com lágrimas nos olhos, se sentando e acariciando o galo criado por sua navegadora.

― O que pensava que estava fazendo?! – apontou para a marca bem delineada e vermelha da arcada dentária do companheiro em sua coxa esquerda.

― Oh! – exclamou surpreso ao observar a marca da mordida. ― Shishishi. Eu achei que estava comendo um pedaço de carne delicioooso! – explicou, rindo a seu modo. O que não diminuiu a raiva da garota.

Ela iria revidar, claro, mas o que o moreninho soltara antes de se pronunciar a deixou sem qualquer palavra para sequer reclamar.

― Shishishishi. Você é gostosa que nem carne, Nami!



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