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História Gostosuras ou pedaços humanos? - Capítulo único


Escrita por: Dirgni_Gates

Notas do Autor


Olá amores! Especial de Halloween ebaaa. Bom, espero que gostem, uma boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Gostosuras ou pedaços humanos? - Capítulo único

Cameron sempre fora uma criança controlada pelo pai, Dr. Afreud Solomon. Este era um dentista que amava impor ordens, como por exemplo: - Nada de comer doces!.
   Afreud alegava ter um mal homem que caminhava na noite de Halloween em busca de crianças, para lhes entregar uma abóbora cheia de pedaços humanos embrulhados em papéis de bala.
   Para Cameron, isso era apenas histórias assustadoras ditas pelo pai na tentativa de impedi-lo de pedir doces. Não conseguia controlar sua vontade e ia  de porta em porta com seu pote gritando por bombons e balas.
     Ele sabia que esse ato era proibido pelo pai, mas não queria pensar sobre isso.
   Com alegria voltou para casa, seu pote abastecido com que costumava chamar " meu doce paraiso".
   Sentou-se sobre o chão a frente da lareira, e com movimentos educados pôs um diminuto chocolate na boca. Sentia o gosto de cacau modificado encher seu paladar.
     - Cameron! - berrou seu pai ao vê-lo deliciar-se
     - Papai - soltou o que estava em mãos
Dr. Solomon aproximou-se com seus olhos em chamas. Apanhou o pote de abóbora de Cameron e com rápidez fora jogando os doces no fogo da lareira
    - Isso - proferiu ele - deveria se chamar cárie no palito - jogou o pirulito nas chamas.
    Cameron vendo tudo isso, correu para seu quarto. Os olhos marejados, o gosto do chocolate em sua boca, ele sabia que isso não aconteceria novamente, em sua mente reprisava os atos que Afreud sempre fizera na tentativa de impedir cáries extremas.
  Agora com seus 21 anos, Cameron participava das festas de Halloween, mas nunca deixou os costumes que seu pai pusera para trás, pois não tinha vontade de comer guloseimas, e as histórias? Bem, foram sendo reais, jornais berravam assassinatos em noites de dia das bruxas, sempre neste dia.
   É melhor ficar em casa, Cameron pensava e assim fazia.
No outro lado da cidade, o xerife Chester Bennington tremia ao pensar que seria hoje a capitura do mascarado que andava pelas ruas em noite de Halloween. Todos os anos vendo os resultados e nada podia fazer, pois chegava tarde demais.
    Secando a testa com a manga do uniforme, Bennington encarava as fotos das vítimas desse ataque - seus olhos e dedos arrancados. Eram sempre estas partes que ficavam em embrulhos de doces, mas... e as orelhas e pele facial?.
     - Ainda nessa xerife? - perguntou uma de suas colegas de trabalho
    - É preciso - respondeu cruzando os braços indignado com as imagens a sua frente - quem faria isso? O que ganha tirando pedaços e os entregando para crianças como se fossem balas?
   - Psicopata?
Chester sorriu forçado
   - É, talvez seja, mas sei que hoje esse filho de uma mãe sem coração morre, estou cansado de ver mortes e mais mortes. Iremos passear pelas ruas, vigiando-as, precisamos agir.... e só temos hoje para tentar pegá-lo - passou a mão nas fotos
   - Certo - disse sua colega retirando-se
Chester sentia a raiva corroe-lo como água que atravessa o riacho, ele sabia que teria de pegar esse louco ou... não se sentiria digno do cargo que tem
    - Se sou um xerife - sussurrou ele - terei de fazer as coisas certas, proteger minha cidade. Se prepare - fixou os olhos em uma das fotos onde era possível vislumbrar uma silhueta com mascara deformada, mais parecia pele humana pela luz que brilhava e emitia seu verdadeiro material - que merda! - berrou de raiva
   - O que houve? - Vic seu parceiro correu para ver o motivo do "grunhido" de raiva
    - Esse filho da mãe usa mascara...
   - Sim - Vic riu - só pode
   - Não, você não entendeu, sua mascara é feita de pele humana...
   - O que?
   - Olha, olha isso - Chester pôs o dedo indicador na foto onde provava suas palavras
  - Sim, mas se ele usa esse tipo de mascara....
  - Isso, ele vem mudando, olha essas fotos - Bennington pegou as imagens tiradas ano passado - não parecem diferente? - Chester juntou as duas fotos. Vic indignado sentou-se na cadeira e disse:
   - Cada vítima, essas mascaras são feitas pelos rostos das vítimas...
   - Sim, ele mata e retira a pela facial como já sabiamos... por isso não haviam orelhas e muito menos peles, mas, nunca percebi que estas eram usadas na cara desse safado! Quando eu pegá-lo... - Chester serrou os punhos e respirou fundo - vou fazer a mesma coisa... - bateu na mesa e retirou-se.
   Vic suava de medo, sabia do que o amigo era capaz e temia por isso. Meu colega pode morrer nessa, pensava ele. Não poderei impedi-lo.
   Chester pegou seu carro e foi até uma lojinha perto de seu trabalho.
    Andou no corredor de doces e pegou rosquinhas recheadas. Entrou na fila do caixa e pôs-se a esperar sua vez. Seu estômago embrulhava ao ver aquelas sequências exageradas de abóboras, esqueletos e bruxas sentadas em suas vassouras na porta e parede da lojinha.
     - Dia sinistro, não? - perguntou o balconista passando as mercadorias do xerife da cidade
   - Sim - respondeu Chester - Halloween, não é mesmo?
O rapaz ficou sério
   - Estou torcendo para pegarem o assassino, não quero ser o próximo - a voz do moço a sua frente soou para Chester como uma suspeita, mas decidiu descartar essa ideia. Balconistas xexelentos mascarados? Não, e ele era a cima do peso.
    Retirou-se do local com sacolas em mãos. Destravou a porta do carro e a fechou em um clique. Pousou as compras no banco ao lado e pôs-se a dirigir.
   - Xerife? - chiou o rádio embutido ao lado do volante
   - Sim - respondeu ele com os olhos fixados na estrada
   - Temos um problema - chiou novamente
Chester respirou fundo, seus pensamentos foram imediatos ao assassino. "Será que o estranho decidiu matar  antes das 18h00? Sua hora em especial é sempre as 18h como sempre fez em todos os casos". O que é anormal para Chester, uma hora? O que será que esta significa para o mascarado perseguido por autoridades?.
    - Diga o problema - mandou ele
    - Um bilhete
    - Como? Espera que já estou á caminho - ambos encerrarão suas conexões. Bennington acelerou o carro. O suor encharcava seu uniforme pesado.
    Após estacionar, correu para dentro do local. Todos estavam reunidos em uma mesa, Chester tentava entender aquele alvoroço
     - Podem dizer, que bilhete?
Jogaram para ele uma folha mal rasgada onde dizia:

Sabes o que queres? Me matar? Espero que não seja você o próximo.

- As escritas são digitalizadas, como iremos descobrir o dono da letra? - perguntou seu colega Vic
   - Como isso veio parar aqui? Hum? Alguém viu algo de estranho no tempo que estive fora? - Chester perguntou em alto e bom som
Todos responderam que não
   - Certo, o único jeito é pegarmos esse psicopata esta noite, e finalmente depois de anos fazermos justiça por todos os outros que se foram
   - Acho melhor não - proferiu Vic - na carta diz que poderemos ser os próximos, você pode ser o próximo - apontou para Chester que o olhava indignado com tais palavras
   - Que defensor é você? Somos uma equipe e temos que libertar nossa cidade dessa enfermidade, concordam?
   - Sim - rebateu Vic - mas se você se for e não ter feito nada? Acabar não conseguindo matar esse cara, quem esta cidade terá para contar?
   Chester sabia que a frase do amigo era verdade, mas para ele é melhor morrer tentando do que viver presenciando essas crueldades absurdas
    - Se você acha que vou sentar nesta cadeira - Chester bateu na mesma - e vou ficar chorando por ter te ouvido, ham, é aí que você se engana - os olhos de ambos estavam dispostos a desconcordarem um do outro - hoje iremos ficar de olho nas ruas, esse assassino filho de uma chocadeira que me espere - Chester carregava sua arma.
   Vic sentia o mal se aproximando, ele sabia que algo iria acontecer ao seu amigo, e se acontecesse, não se sentiria culpado, pois ele escolheu assim.
   Vic Fuentes guardava um certo rancor dessa cidade, para ele, esta servia apenas para hipócritas passearem, aqueles que desejam-lhe boa sorte, mas palavras são palavras, seu pai fora a prova viva disso como também seu bisavô. Em seus pensamentos permanecia:

A morte é pouca para aqueles que mentem ferrando sua vida.

Vic fechou a cara vendo o parceiro recrutando para a caminhada de dia das bruxas.

  - Não seja idiota - resmungou ele - esse assassino é muito astuto, rezo por você.

Em uma casa mais afastada, estava Cameron, arrumando seus quadros de pinturas artística. Suas lembranças ruins sobre seu pai vinham sempre em sua mente nos dias das bruxas, doces eram seu maior mal.
  - Nunca coma porcarias, Cameron, nunca - repetia as palavras de seu falecido pai - o homem mascarado ama dar olhos ás crianças pidona - segurou a caixa de papelão de onde foi retirado os quadros - que idiota, esquece isso, Afreud era viciado em contar-me histórias assustadoras com propósito de impedir-me de ser criança - sussurrou a si mesmo olhando os quadros na parede - ficou ótimo.
   Botou as caixas no canto do quarto e pegou suas chaves. Olhou as horas no relógio da sala. 17h47PM.
    - É, parece que o assassino sairá apenas ás 18h00, dará tempo - disse para ele mesmo. Pegou a bolsa e saiu.
   As festas foram canceladas por causa desses atos cometidos em noites de Halloween. Todos roeram as unhas quando novamente saiu nos jornais os brutais assassinatos - olhos arrancados postos em papéis de bala. A criança que recebera a abóbora com estas coisas teve que ir ao psicólogo.
     As coisas foram ficando ruins, as festas e doces acabaram, pessoas fantasiadas não eram mais vistas. A cidade de New canaan parou de festejar o Halloween. Mas Cameron não ligava para isto, sempre fora ensinado a não achar graça no dia das bruxas e isso foi seguindo-o por anos.
    Seguiu reto e parou em frente ao mercado. Encarou o cartaz colado na porta do local que dizia

"31 de Outubro dia das bruxas"

Meneou a cabeça negativamente e entrou. Marchou até o corredor de vegetais e pegou o necessário para um belo jantar. O mercado estava vazio, a fila deserta, pois haviam apenas ele e mais 3 mulheres que logo retiraram-se as pressas.
    - Acho melhor você ir direto para casa - alertou o balconista - o assassino de dias das bruxas ainda está a solta - fez cara de mistério
  Cameron sorrindo fraco pagou seus vegetais e retirou-se sentindo-se mal ao que o homem do caixa disse.

   - Está tudo bem - manteu-se calmo - ainda são 17h58, o mascarado gosta das 18h00 - riu forçado. Segurou as sacolas com uma certa força. Cameron se mantia forte, mas tinha medo, essa era a história contada pelo seu pai, a qual ele achava ser uma mentira, agora é real?.
     Sua casa era próxima apenas uns 3 minutos, e para ele, o assassino não saíria 18h em ponto. No fundo era difícil para Cameron acreditar, gostava de ver com os próprios olhos e algo dizia para ele que não seria hoje.
    Nenhuma criança chega perto de sua casa, pois nada tem a oferecer. Cameron sabia que seu dever deste dia era apenas trancar a porta e nada de abri-la. Quem gosta de travessuras?.
    Ele pensava onde estariam os pais dessas molecadas, não sabem sobre os rumores do mascarado? Ou as crianças saiem sem pedir?. Desobediência é o pior ato cometido pelo ser humano, claro, aqueles bons de cabeça.
   Enquanto caminhava pensando em como será o fim de sua faculdade, não percebeu o homem mascarado observar seus passos rápidos e cautelosos.
   O discreto fixava seus olhos no jovem saúdavel marchando para o ponto certo, o ponto que em dias, semanas o estranho esperava, tudo o que precisava era de sangue, e para ele, Cameron passou na frente de todos os outros que ali caminharam apressados para suas casas temendo ser o próximo a ter os olhos arrancados.
   Dor, suor, cortes profundos, era tudo o que "Halloween" significava para o mascarado culpado por 300 assassinatos e todos cometidos neste dia... o único dia em que horrores aconteciam.
    O estranho suava, suava ao pensar que finalmente mataria sua sede por sangue, e neste dia, mascarados não são problemas, ou não eram.
    Seguiu no cair da noite, os passos de Cameron era um reflexo dos seus.
    Observou o jovem tentar abrir a porta, as chaves caindo no chão, ele olhando para trás como se sentisse o estranho se aproximando.
    Apressou-se para achar a chave certa. Naquele instante, o halloween faria sentido, medo e nada mais.
    Parecia destino, isso deve acontecer. A chave de sua casa não estava sendo encontrada pelos dedos desesperados de Cameron.
   O assassino correu antes que seu alvo sumisse. Chegando perto, imobilizou o rapaz que assustou-se entrando em desespero. Tentou de vários modos acertar seu agressor com algum tipo de "golpe", mas isso fora um fracasso.
    O mascarado percebeu que a vítima movia-se muito o impedindo de arrastá-lo até o lugar secreto onde apenas ele sabia a existência.
   Os cabelos negros do rapaz que lutava pela vida encontrava-se úmidos por tanto medo contido em seu organismo.
    Seus pares de olhos pretos gritavam por socorro. Sua boca emitia ruídos abafados, pois o assassino tampava-a com força.
    Sabendo que não sairia do mesmo lugar com Cameron debatendo-se sem cessar, decidiu apagá-lo, mas com o que?.
     Movendo-se para a esquerda arrastando o corpo do jovem junto, tentou ver o que podia servir-lhe de sonífero. Nada. Não via-se alternativa a não ser bater a cabeça do rapaz desesperado na parede. O mascarado sabia que isso causaria apenas a inconsciência para que pudesse fazer o que um psicopata acostumado a matar faria - assassinar sem dó e nem piedade. Arrastou o corpo imóvel do rapaz até o fim da rua.
    Sempre quando planejava seu fascínio, estudava tudo antes, lugar, vítima, mas para o estranho, Cameron foi escolhido em surpresa. Agora com sua fama pela cidade, esta encontrava-se vazia.
   Aproximavam-se 3 crianças, antes isso fosse uma sorte a Cameron, mas ao invés disso a pressa abraçou o estranho, contudo, a vida de Cameron estava por um fio.
    Voltou para trás percebendo que teria de mudar de planos
   -Droga! - resmungou o assassino
Jogou o corpo do rapaz atrás de sua própria casa e correu para o trabalho, sacou uma faca de sua jacketa de couro preta, e com olhares a cameron interrou-a no centro da barriga do jovem, com esse susto, Cameron abriu os olhos, estes apresentavam pavor e angústia
    - Porque? - perguntou com dificuldade - o que te fiz?
O assassino sabia que suas perguntas não valiam de nada
   - Shh, mortos não falam - riu e friamente voltou a interrar a faca no corpo do indivíduo.
   Cameron apenas pensava que isso era seu fim. O assassino cortou 2 de seus dedos, contudo embrulhou-os em papéis de bala. Em seguida, arrancou seus olhos que ainda emitiam brilho de vida, logo encachou-os em 2 palitos de pirulito, as orelhas foram guardadas
   - Isso faz parte da minha fantasia - disse ele ao o corpo morto de Cameron - mas, falta outra coisa - quando sua faca afiada ia estragar o rosto do jovem rapaz sem vida, ouviu batidas na porta.
   - Merda! - resmungou caminhando até a frente
Sorriu por dentro da mascara após ver a criança encara-lo de modo diferente, mas que logo sorriu
   - Gostosuras ou travessuras? - estendeu seu pote em forma de abóbora sorridente
   Voltou para trás da casa e apanhou seus doces feito por ele mesmo. Esticou a mão e os pôs dentro da abóbora. Agaichou ficando do tamanho da criança e verbalizou:
   - Essas gostosuras não te causaram cáries.
Saindo dali, a última coisa que escutou foi o choro do garoto.
   - Coma doces sem importar-se com problemas causado pelo açúcar - disse o xerife Benningtom apontando o cano de sua arma na cabeça do assassino - mãos na cabeça seu porco imundo.
   O mascarado fez o que o homem pedira. Lentamente pôs as mãos na cabeça. Para o assassino, Bennington era apenas mais um alvo.
   - É hoje que festejarei após ver seus miólos espalhados pelo chão, não, melhor, fazer seu cérebro de abóbora - engatilhou a arma
   Quando estava prestes a tirar, o assassino virou-se antes do disparo e com um golpe rápido acertou a perna esquerda do xerife.
   Caindo no chão viu o mascarado assustador correr dali. Chester, nunca foi de desistir, correu mancando em seu encalço. O homem virou uma esquina arrombando em seguida uma loja.
   - Preciso de reforços, agora mesmo! - berrou Chester em seu rádio.
   Mas o que ele não sabia é que seu parceiro Vic havia pedido para sair mais cedo, e seus recrutas estavam de vigia nas únicas festas que por teimosia não foram canceladas.
   Bennington mancava em direção á loja, sua arma em mãos, sua raiva consumindo seu ser, pois algo dizia á ele que mais alguém havia sido morto neste dia por sua incompetência.
   Chegou perto da loja e viu o estrago na porta. Marchando devagar parando de segundo em segundo por causa da dor fina que banhava sua canela, adentrou o espaço escuro.
    - Não adianta! - berrou Chester - vou te matar seu filho da puta! - ouviu algo quebrar-se no chão. Mancou na direção do barulho, respirando fundo. Ele sentia que seu osso havia se rachado, mas pegar esse filho da mãe era príncipio neste momento. Seguiu com a arma apontada, se ele aparecesse não iria escapar. Andou mais alguns centimetros, a dor em sua canela fazia-o suar.
    - Aparece - encostou a mão na prateleira - anda! Não é homem o bastante? Mas matar pessoas inos...- Chester fora acertado na cabeça por uma bandeja que estava à venda. O mascarado arrastou o corpo até o depósito da loja
    - Você sempre foi de falar de mais - disse o assassino pondo o corpo de Chester na cadeira, logo depois prendeu suas mãos em uma corda firme.
   Os parceiros do xerife arrancavam os cabelos após um deles ter ouvido o chamado de Chester. Todos corriam nas ruas, precisavam achá-lo.
   - Uau - sorriu o assassino após ver Bennington despertar tonto - não sou homem o bastante?
   Chester arregalou os olhos ao ver o rosto do tal mascarado. Ficou atônito vendo quem era esse tempo todo
   - Que foi? Surpreso? - perguntou irônico
Chester ainda sem acreditar respondeu:
   - Vi...Vic? Mas, mas...
   - Ah, por favor, parece até que fiz esses assassinatos por mal, não, não fiz, tive meus motivos - passava o dedo na faca - o que acha xerife?
   - Não, como? Como pôde? - Chester tentava se soltar
Ele riu
  - Para, não vai adiantar, solte-se que corto sua garganta e depois seu rosto, imagine, minha próxima mascara será igual sua carinha de anjo - apertou as bochechas de Bennington
   - Porque tantas mortes?
   - Ah, não, entrei nesta vida linda faz 10 anos
   - Mas...
   - Use o cérebro, tenho linhagens, mas, apenas meu bisavô e meu pai deram inicio a essa "purificação". Sabe, muitos hipócritas, muitos deste tipo humilharam meu bisavô
   Chester sentia seu estômago embrulhar
   - Imagine ser acusado de pedofilia? Não, ele queria apenas dar doces para as pequenas crianças que iam em sua porta em noite de hallowen - fez uma pausa cortando a lateral do rosto de Chester - mas os mal olhos o acusaram de pedófilo, sabe porque? - riu cravando os olhos nos de Bennington - ajudou uma menina e depois fora retribuido com um abraço, fofoqueiros mentirosos! Disseram que ele passou a mão na pequena e a garota confirmou, hipócrita! Meu bisavô foi preso ás 18h00 do outro dia. Não, isso é injustiça o que eu faço não, essas crianças mentirosas merecem comer pedaços nojentos! - berrou no meio da cara do xerife.
   Chester estava assustado com essa revelação, ficou sem piscar vendo o homem que ajudara a formar-se um de seus amigos na delegacia cuspir palavras horrorosas.
   - Sabe porque vou te matar? - ajoelhou-se para olhá-lo - você sabe que o que sempre quis foi o seu amor, não sabe? Porque me negaste? Fora um hipócrita, sabia deste amor e mesmo assim me chamava de amigo - meneou a cabeça negativamente
   - Você está fora de si - Chester finalmente conseguiu achar as palavras para tudo aquilo
   - Fora de mim?! - berrou levantando-se e chutando as mercadorias sobre o chão - porque não me amou? Formariamos o casal salvador da pátria, hum?
  Chester derramava lágrimas de medo e arrependimento por ter feito Vic confundir as coisas
   - Não, não chore, assim que te matar morrerei junto a ti, meu amor - passou a mão no rosto cortado de Chester
   - Para com isso, você não é assim, nunca sentir nada por você além de carinho amigo
   - É, eu sei, mas se não posso ficar com você ninguém fica, sabe, agradeço por você ter interferido na minha fulga - passou a faca no tecido da calça deixando uma linha de sangue marcado na mesma - hora de nos encontrarmos no além. Cada passo que Vic dava a sua frente, Chester sentia o coração acelerar, era mesmo a hora de sua morte? Morreria pelas mãos de um amigo com problemas? No fundo o xerife Bennington sentia-se culpado, talvez se não tivesse dado tanta atenção à Victor Fuentes ou não ter feito os serviços sempre ao seu lado, ele não pensaria besteiras sobre seu carinho amigo.
   Viu a faca caminhando na direção de seus olhos. Era o fim. No momento em que esta ia sendo interrada nas vistas de Chester, um carro entrou na loja e atropelou Vic de primeira. Bennington apenas caiu da cadeira, estava desmaiando, sua mente ficava lenta e seus olhos embaçavam aos poucos
    - Xerife? - ouvia fracamente - xerife? - olhou embaçado um de seus colegas retirarem as cordas de seus pulsos - vai ficar tudo bem - foi a última coisa que ouviu antes de mergulhar na escuridão.

   Porque me negaste? Porque? Meu amor... porque...?

- Não! - Chester despertou contorcendo-se na cama de um hospital
   - Calma, calma - dizia uma enfermeira
   - Fui o culpado, porque não percebi antes? Porque? - berrava descontrolavelmente.
   Para Chester a culpa era toda sua, Vic o amava, mas ele não, e tudo isso estava ocorrendo sem Bennington ter observado.
    - Meu amigo... - arregalava os olhos marejados - era... era um assassino, esse tempo todo era ele, o que aconteceu com Vic? - empurrava os médicos que entrou tentando acalma-lo, mas, isso só foi possível com medicamentos na veia, pois Chester caiu em um sono profundo.
   Sua mente ficou pesada com tudo o que ouvira de seu amigo, as revelações drásticas, seu coração carregado, não era esse sentimento que queria que Vic sentisse por ele. Chester o tinha como um filho.
   - Oi - ouviu uma voz em seu subconsciênte. Abriu os olhos lentamente e percebeu que era apenas sua colega de trabalho, pois não tinha família.
   - Você foi um herói - continuou ela sorridente
Chester moveu-se rápidamente, mas sua cabeça estava pesada fazendo-o parar e respirar fundo
  - Não faça muito esforço - pegou nas mãos de Chester
  - O que...? O que houve com Vic? Ele está aqui também? - sua voz rouca e preocupada fazia sua colega querer esperar uma outra hora para responder sua pergunta - diz! - exasperou-se
    - Chester, acho melhor....
    - Não, diga - cortou sua frase
Ela ergueu-se da cama e passou a mão na cabeça
    - Ele morreu? - Bennington preferiu arriscar na resposta
Sua colega olhou para o chão e afirmou em um balanço de cabeça
   - Ah, não
   - Calma, Vic mereceu
   - Como pode dizer isto?
   - Senhor, ele assassinou, descobrirmos por uma criança que foi vítima de mais umas de suas escrotices...
   - Como pode provar? Crianças ás vezes não sabem o que dizem...
   - Xerife, sei que era seu amigo, fazia funções junto de ti, mas, cameras não mentem, vimos as da loja, por sorte foram as únicas coisas que sobrou daquele local. Felizmente e infelizmente ele não sobreviveu, sinto muito - essas palavras atingiram Chester como uma espada, e para ele nunca mais a desinterrará do peito. Pessoas amadas nunca saiem do coração.
   - Ele era apenas uma pessoa doente, mas...
   - Xerife - disse ríspida - todos colhemos o que plantamos, ele quis assim. Agora, amanhã voltarei para buscar-lhe - retirou-se duramente.
   Chester ficou olhando para o nada, como se suas vistas não enxergassem e seus ouvidos não ouvissem.
   Este foi um halloween nunca vivido pelo Xerife Bennington.
 

  


Notas Finais


Ebaaa chegou até aqui, espero realmente que tenham gostado da história.
Deixem seus comentários sobre o que achou. Heheheh

Beijinhosss da Gates


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