História Gotas de chuva e fascínio - E em teu sorriso concluo tudo

São 01:22 da manhã e toda minha casa dorme. Eu senti repentinamente muita vontade de comer algum doce, qualquer um, mas chocolate me faria mais feliz.

Eu também senti vontade de te ver, bonito e feliz como você é. E essa é uma vontade muito sufocante porque não posso supri-la totalmente. 

É a mesma sensação que sinto ao perceber que não tenho chocolate em casa.

Por conta disso, sabe, eu acabo sempre no mesmo lugar ridículo e reconfortante.

Eu como um pedaço de uma fruta bem doce enquanto planejo um modo de te buscar através do mesmo de sempre e ah, eu sempre acabo naquele mesmo lugar tão incômodo. Vendo seu rosto através de uma tela. Vendo você sorrir e dançar feliz enquanto um turbilhão de sentimentos me invadem.

Nesse momento meu coração dispara e eu já pensei uma vez que fosse morrer, é muito estranho, minhas mãos tremem e meu rosto queima, imagino que não seja normal, me sinto uma tola ao suprir minha vontade de você de forma tão superficial mas mesmo assim me sentir tão terrivelmente emocionada. Você me faz querer sorrir e chorar e eu não consigo parar quieta num lugar só enquanto te vejo.

Agora chove e eu paro pra pensar se você está bem. O que faz agora, hum? Eu gostaria muito de te ver fazendo qualquer coisa aleatória, ah, tão tola...

Comparo então o que sinto por você com saudade. Mas não pode ser saudade, nunca fostes meu, nunca estive próxima de você, comparação estranha também.

Mais estranho ainda é o aperto que sinto em meu coração durante meu dia, enquanto estou no trabalho e tenho muita vontade de ter uma restiazinha de você, um rascunho do teu sorriso que seja e isso é tão estranho porque eu costumava me sentir assim pelos garotos idiotas por quem me apaixonava até uns bons meses atrás e como diria minha mãe, eles eram todos reais, estavam perto e eu provavelmente os veria pessoalmente no dia seguinte, mas você não. Não que você não seja real, as vezes eu acho que não mas, bem, você entendeu.

Diante de todas essas reações então, percebo que não quero rotular o que sinto por você, meu príncipe, pois é puro e nosso demais. É nosso, não é mais só meu. Já lhe confessei o que sinto tantas vezes que não duvido de que um passarinho verde lhe tenha falado ao ouvido "hey Jinki, existe uma garota boba e feia no outro lado do mundo que cai de amores por você".

Não quero rotular pois tudo o que sei é que te vendo sorrir tão gostoso e mover seu corpo de forma tão gostosa também - afinal tudo em você e em seu corpo é tão proporcionalmente belo e másculo, másculo de uma forma genuína e delicada - eu percebo que você é merecedor de cada gota, cada gota desse fascínio confuso.

E Jinki, te observando eu percebo também que na tua história eu quero ser só a figurante, te observando eu percebo que só desejo te olhar, enxergar tua história de longe. Imaginar esse teu sorriso sendo direcionado a mim e somente a mim me faz querer arrumar a ordem das coisas, esse sorriso não foi feito pra seu meu.

E eu também não desejo tirar tua paz, Jinki, eu quero que você seja feliz.

Você merece todo o protagonismo e eu não sou digna de você, então vá, viva, eu vou ficar aqui te amando e te observando. Sempre. Te observando. Olhando pra você. Te amando. Porque você merece, Jinki.

Os teus olhos são lindos e o teu sorriso me aquece. Eu reparo com mais avidez no teu rosto e percebo que amo até a pontinha estranha do teu nariz, Jinki, por que? Não deveria ser assim. E então me pergunto se eu deveria ser tão feliz só por te ver sorrindo.

Não chego a nenhuma conclusão além das que já tenho.

Seja feliz então Jinki, que serei feliz aqui também, acalmando todo ciúme bobo e todas as reações tolas e intensas que tenho diante de tuas atitudes. Afinal a única convicção que tenho é que será sempre eu     e    você, nunca nós e assim seremos sempre felizes.

Que seu sorriso continue iluminado e suas piadas sem graça alguma, que sua voz continue linda e seu coração também. Que você tenha uma boa noite Jinki, pois concluo que desejo isso também.