1. Spirit Fanfics >
  2. Gotham City >
  3. Cap. 41 - Mini Robin

História Gotham City - Cap. 41 - Mini Robin


Escrita por: CodenameQueen

Capítulo 41 - Cap. 41 - Mini Robin


Fanfic / Fanfiction Gotham City - Cap. 41 - Mini Robin

A noite de terça em Gotham havia esfriado um pouco mais depois de chover o dia inteiro, Selina estava terminando de colocar a filha na cama lhe dando um beijinho de boa noite e a cobrindo com o cobertor. E assim que ela saiu do quarto fechando a porta, a menina abriu os olhos, se levantou e pegou sua mochila, que havia escondido em baixo da cama, jogou tudo que havia pego da caverna em cima da cama.

- Olha só, Duquesa... – a menina mostrou a roupa de Robin para a gata que continuava deitada em cima da cama – Vou ser o Robin!

A gata apenas levantou a cabeça e fez um “meow” bem baixinho, enquanto a dona começava a se trocar.

●●●

Selina subiu as escadas com uma pequena garrafa de água na mão e seguia para o quarto de Bruce, quando viu Alfred saindo do mesmo, aparentava estar meio preocupado.

- Alfred?

- Sim, senhorita Selina?

- Bruce ainda está acordado?

- Está sim, senhorita.

- Ótimo, vou levar isso aqui pra ele e...

- Ele não está no quarto, senhorita Selina.

- Como assim não está no quarto? – a expressão dela irradiava irritação.

- O patrão Bruce acredita já estar bom o suficiente para voltar aos seus afazeres. – a decepção veio carregada nas palavras de Alfred e aquela pequena afirmação apenas fez a mulher ficar ainda mais irritada.

- Eu juro que ainda vou arrancar os olhos dele, Alfred! – ela voltou a andar em direção as escadas.

- Senhorita Selina, posso sugerir um tiro na perna? – Alfred passou a acompanha-la até a uma das entradas secretas para a caverna que ficava no hall da casa – Seria mais eficaz e menos doloroso, eu acredito.

 Juntos entraram na bat-caverna onde Dick, Jason, Tim e Damian acompanhavam Bruce mexendo em seus brinquedos e assim que ouviram os passos vindo em sua direção olharam imediatamente para os dois, ambos muito sérios.

- Alfred, você viu o meu cinto? – Bruce não se dignou a olhar para eles, então continuou cabisbaixo mexendo nos batarangs.

- Não vi, senhor.

- O que vocês pensam que estão fazendo aqui? – Selina cruzou os braços a espera de respostas, os encarando com um olhar fuzilante.

- Alguém precisa patrulhar por Gotham... – Bruce respondeu sem tirar seus olhos dos batarangs que examinava cuidadosamente, afim de saber se estavam afiados.

- Já imaginou que loucura se existisse uma coisa chamada “polícia” e eles tivesse uma coisa chamada “viatura” e fizessem patrulhas? – o tom irônico de Selina não passou despercebido, principalmente pelos meninos.

- A polícia não consegue fazer o que eu faço. – ele finalmente a encarou – Além disso, Gotham ainda está mergulhada em caos.

- Gotham sempre esteve mergulhada no caos, até mesmo antes de você nascer! – ela colocou as mãos na cintura e seu tom era grosseiro – Um dia a mais ou a menos sem o Batman não vai fazer Gotham ficar pura da noite pro dia!

- Pode ser que Gotham não fique totalmente pura, mas pelo menos com o Batman nas ruas o caos vai diminuir!

- Não vai conseguir diminuir o caos se estiver morto!

- Eu estou bem...

- Não, não está! – ela se aproximou muito irritada e lhe deu um tapa bem em cima do ferimento em seu braço, o que o fez se retrair – Está vendo? Agora, você vai fazer o favor de ficar em repouso!

- Eu acho que o Batman não entende o termo “repouso”... – Tim comentou baixinho entre os meninos, mas acabou sendo escutado por Bruce e Selina.

- Então, eu vou falar na sua língua! – Selina apontou o dedo na cara de Bruce, extremamente irritada – Você vai pegar esse “bat-trazeiro” e deita naquela “bat-cama” que fica no seu “bat-quarto” e ficar de “bat-repouso”, antes que eu meta um “bat-chute” nele, entendeu agora?

- Agora até os morcegos da caverna entenderam... – Jason resmungou baixinho.

- Vamos Robin! – Bruce lhe deu as costas, começou a puxa a máscara para tampar o rosto, enquanto seguia em direção ao batmóvel.

Damian pegou a máscara de Robin e começou a segui-lo, mas assim que o teto do batmóvel se abriu um mini-Robin deu um pulinho ficando de pé em cima do banco.

- Tô pronta!

Bruce largou a máscara e demorou alguns segundos para processar Jenny vestindo a antiga roupa de Dick, que estava um pouco larga, mas mesmo assim a menina havia dado um jeito com alfinetes de bebê. Logo ele viu seu cinto sendo usado na transversal, como se fosse uma bolsa, o que fazia sentido, já que este não conseguiria ficar preso na cintura da menina.

- O que é isso?! – Damian foi o primeiro a se pronunciar diante da situação, estava irritado, como sempre.

- Essa roupa era minha! – Dick apontou para menina.

- Oh dó! O menino prodígio tá com saudades da sua roupinha de neném... – Jason gozou fazendo uma voz fina, deixando Dick extremamente furioso.

- Achei o seu cinto, patrão Bruce! – Alfred se aproximou falando num tom sério, mas estava apenas zombando.

- É a minha filha?! – Selina apontou para o mini-Robin no carro, estava pasma.

- Oi mãe! – a menina deu um tchauzinho, enquanto Bruce a levantava pela axila a fim de tira-la de cima do banco do carro e coloca-la no chão.

- Agora, você foi longe demais!! – assim que Bruce colocou a filha de pé no chão, Selina a puxou pelo braço para o seu lado – Eu não tô nem ai se você quer se matar! Mas, você não vai levar a minha filha!

Bruce ficou sem saber o que dizer, estava ainda mais surpreso que Selina em ver Jenny vestida de Robin, mas entendeu claramente que ela estava o acusando de ter vestido a filha. Damian se aproximou da irmã e a mediu de cima a baixo, não parecia nada contente em vê-la de Robin.

- Selina, eu juro que não...

- Escute aqui, Bruce! – ela o interrompeu sem dó e vontade para escuta-lo - Você pode até vestir o Damian de Robin, mas não vai vestir a minha filha de Robin!

- Mas, ninguém me vestiu de Robin! – Jenny bateu o pé no chão chamando a atenção dos pais – Eu me vesti sozinha! Eu sei trocar de roupa, tá?

- Eu sei, eu sei... – Selina respirou fundo, não podia descontar na menina – O que quero dizer é que ele te deu a roupa...

- Não deu não! – ela balançou a cabeça negando.

- Não? – Selina ficou confusa.

- Eu peguei ali naquele manequim que fica dentro do negócio de vidro! – ela apontou para o segundo andar da caverna, onde os uniformes ficavam em exposição.

- Querida, explica! – Selina se curvou para olhar nos olhos da menina – Como isso aconteceu?

- Eu tava entediada, ninguém queria brincar comigo e estava chovendo! – ela pontuou ainda um pouco irritada por ter sido ignorada – Então, eu fui até a biblioteca... – a menina parou ao se lembrar de um detalhe importante, então se voltou para o pai – Aliás, alguém deveria levar o papai para comprar uns livros melhores! Só tem livro chato, sem imagem e com palavras difíceis naquela biblioteca!

- Querida! – Selina a chamou de volta – Foco! O que aconteceu?

- Ah, sim... Voltando... Eu fui na biblioteca e pra resumir o único livro sobre contos que tinha naquela porcaria, abriu uma passagem secreta e eu entrei! – a menina percebeu que a mãe não estava muito feliz, mas achou que a animaria mostrando tudo o que havia achado na caverna – Ai, eu achei esse monte de coisas legais!

Selina estava com um bico enorme, odiava estar errada e ter uma filha tão curiosa quanto ela, trocou olhares com Bruce e depois suspirou fundo, não sabia como agir naquela situação, nunca havia imaginado que a filha fosse descobrir tudo daquele jeito. 

- E o que você pensa que está fazendo? – Damian apontou para ela.

- Eu sou o Robin! – ela disse sorrindo.

- Não, não é! – ele fechou a cara, ficando ainda mais assustador – Eu sou o Robin! E não pode ter dois Robins!!

- Tá bem... – a menina abaixou a cabeça um pouco chateada, mas depois se virou para os meninos – Que outro passarinho começa com R?

- Rouxinol!! – Tim respondeu rapidamente como se estivesse em um jogo de perguntar e respostas, enquanto todos lhe lançavam olhares de repudio.

- Então, eu sou um Rouxinol! – Jenny acreditava que o problema estava resolvido, mas Damian apenas suspirou fundo.

- Não, não é! – Selina esbravejou olhando severamente para ela – E você vai tirar essa roupa agora mesmo, mocinha!

- Mas, mãe, eu tô arrazando nesse shortinho!! – a menina se entristeceu, não queria tirar a roupa de Robin e logo depois se lembrou de algo que não estava em discussão – Aliás, vocês mentiram para mim! O papai é o Batman!

- Nós... Nós não mentimos para você... – Selina tentou consertar, enquanto observava a filha fazendo a sua cara de desconfiada com os braços cruzados – Nós apenas omitimos...

- E o que significar “omitimos”? – ela resmungou sem entender a palavra.

- Omitir significa esconder! – Tim foi mais rápido – É o famoso “deixar quieto”, ou melhor “deixar por baixo do pano”, entendeu?

- Entendi, obrigada! – a menina balançou a cabeça.

- Eu tenho uma pergunta! – Jason falou em alto e bom som, além levantar o braço como se estivesse na escola – Você perdoou ele, antes ou depois de descobrir que ele era o Batman?

- Depois né... Dãa!! – aquilo parecia tão obvio que Jenny debochou da cara de Jason, que não ficou nada feliz com o tom da criança – Acha mesmo que ia perdoar ele, só por causa dessa carinha de cachorro que ele faz?

Bruce se sentiu extremamente mal e ao mesmo tempo irritado em escutar aquilo, mas não sabia se já tinha autonomia o suficiente para repreender a própria filha, então ficou sem saber como agir diante da situação, parecendo um pouco frouxo.

- EI! Não fale assim do seu pai! – Selina a advertiu.

- Mas, você fala assim do papai! – Jenny retrucou se sentindo injustiçada.

- É... – Selina sentiu o olhar de reprovação de Bruce – Mas, eu posso! Você não!

- Que injusto! – a menina cruzou os braços e fechou a cara.

- Você disse para a nossa filha que eu tenho “carinha de cachorro”?

- Minha filha! – ela o corrigiu antes de explicar – Segundo, eu não disse para ela, disse para outra pessoa, mas ela ouviu e adotou o termo... Só isso...

- E pra quem você disse que eu tenho cara de cachorro, enquanto a NOSSA filha escutava a conversa?

- MINHA, minha filha! – ela apontou o dedo que ficou a milímetros do nariz dele – Eu a pari! Por tanto, MINHA filha!

- Mamãe falou palavra feia!! – Jenny com os olhos arregalados e a boca semiaberta, apontou para a mãe.

- Nanananão... – Jason veio se aproximando dela, ainda de muletas, fazendo “não” com o dedo – “Pari” não é uma palavra feia... Agora, se você falar “puta que pariu”...

Selina e Bruce totalmente descontentes, com os olhos explodindo de raiva, cruzaram os braços e encararam Jason de forma dura, enquanto o mesmo não entendia o motivo de estar sendo reprimido.

- Que foi, porra?

- JASON!! – Eles gritaram com o garoto que ficou irritado.

- Ah, vai se fude! Não fiz nada, caralho! – ele ficou resmungando enquanto Selina queria o matar com olhar – Faço nada e ainda ficam gritando comigo, buceta...

- Eu não entendo o que essas palavras significam... – Jenny resmungou para Damian.

- Viu!! – Jason apontou para a menina e esbravejou – Ela nem sabe o que significa “caralho”, caralho!!

- Mas não é porque ela não sabe, que você precisa ficar ensinando para ela! – Selina estava quase pulando em cima do garoto.

- Grande merda, um dia a pirralha vai aprender de qualquer jeito... – Jason ficou parado em um canto resmungando consigo mesmo.

- Já chega!! Mocinha, tire essa roupa e vá pro seu quarto!!

- Mas mãe... Eu super me arrumei para ir lutar hoje... – a menina abriu um dos compartimentos do cinto de utilidade e revelou várias balas de yogurte – Viu?! Tô levando até balinha!!

- Tá levando a bala errada, pirralha! – Jason debochou de seu canto.

- AGORA!! – Selina apontou em direção a saída da caverna.

Apesar de ficar extremamente emburrada Jenny obedeceu e foi, acompanhada de Alfred, para fora da caverna. Tim ficou observando confuso se ainda sairiam para patrulhar ou se teriam que voltar para dentro junto, então resolveu jogar um verde:

- Err... Então... A gente vai sair?

- Ninguém vai sair dessa casa! – a essa altura do campeonato Selina já estava sem paciência, se virou para Bruce e o encarou – Você vai subir agora comigo para conversar com a Jenny!

Bruce preferiu ficar em silêncio, e realmente sem dizer nenhuma palavra apenas começou a seguir para fora da caverna.

●●●

- Isso é muito injusto, Alfred! – Jenny se queixou enquanto Alfred dobrava a capa amarela, que foi a única parte que a menina concordou em tirar porque a incomodava – Não posso fazer a aula de dança junto com a mamãe na academia, não posso ter um pai normal, não posso comer doce de leite direto na lata, não posso nem ser o Robin...

- Acontece, senhorita Jenny... – Alfred suspirou fundo enquanto a escutava listar tudo que não podia fazer.

  Alguns toques na porta anunciaram a chegada dos pais da garota que entraram lentamente no quarto. Jenny cruzou os braços e os encarou irritada, enquanto sinalizavam para Alfred permanecer fazendo o que havia começado.

- Oi querida, precisamos conversar...

- Não vem com “oi querida”!! – Bruce podia ver claramente uma mini Selina falando ali sentada em cima da cama – Eu estou muito chateada!!

- O que a sua mãe quer dizer é que precisamos te pedir uma coisa. – Bruce tentou amenizar e se sentou ao lado direito da menina.

- Espero que não seja sobre tirar o meu shortinho, porque eu não vou!

- Querida, se você quiser você pode dormir com esse shorts! – Selina aliviou a pena de tirar toda a roupa de Robin, apenas para a menina parar de falar no shorts.

- Legal! – ela abriu um sorriso no rosto.

- Agora, precisamos conversar sério... – Bruce fez com que ela prestasse atenção – Agora que você já descobriu que eu sou o Batman, precisa prometer que não vai sair contando para todo mundo, porque isso é um segredo, está bem?

- Isso inclui a tia Quinzel?

- Principalmente a Arlequina! – ele disse sério.

- Tá bom né... – ela dobrou seus dedos como se fosse fechar a mão, mas deixou o mindinho esticado – Juro juradinho...

Bruce ficou olhando sem entender o que aquilo significava, então notando a expressão de estranheza do pai a menina bufou e falou:

- Você não sabe jurar juradinho né? – ela balançou a cabeça em sinal de negação, inconformada – Sabe jurar de coração?

- Que tal apenas dizer “juro”? – ele se encabulou por não saber nenhum desses juramentos, enquanto a menina revirava os olhos.

- Tá, eu juro... Mas, que isso foi muito simples e chato, foi!

Após o longo dia, eles recolocaram a filha na cama e cobriram com o cobertor dando boa noite com direito a um beijinho na bochecha. 


Notas Finais


Créditos pela imagem: http://dcanimatedmovieuniverse.wikia.com/wiki/File:Batcave.png
Finalmente capítulo novo!! Perdão pela demora queridos leitores, mas imprevistos acontecem e acabaram me deixando sem tempo. Vou tentar recompensa-los pelo tempo de espera kkkkkkkkk'
Espero que gostem!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...