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História Gotham City - Cap. 42 - Baile de Caridade


Escrita por: CodenameQueen

Capítulo 42 - Cap. 42 - Baile de Caridade


Fanfic / Fanfiction Gotham City - Cap. 42 - Baile de Caridade

Era quatro horas da tarde e embora fosse muito cedo Selina já estava de volta em seu apartamento. Dirigiu-se logo para a sala de TV, mas sentiu a ausência de Jenny e Harleen, que deveriam estar ali e foi quando escutou um barulho vindo de seu quarto. Ao abrir a porta Selina deu de cara com várias caixas de marcas caras e conhecidas espalhadas entre o chão, a cama e a cômoda, algumas estavam abertas com os vestidos totalmente desdobrados e perto do espelho Harleen e Jenny os provavam e tiravam fotos.

- Mas o que está acontecendo aqui?

- Mãeee!! – a menina tentou correr com o vestido totalmente largo se enroscando em seus pés – É tudo para você!!

- O que? – Selina a segurou para que não caísse – Eu não pedi nada disso!

- Você não, mas o papai sim! – a menina entregou um cartão na mão dela.

Selina o abriu cuidadosamente e leu as palavras escritas a mão por Bruce “Pode escolher quantos quiser, mas use apenas um a noite.”.

- Vocês duas! – ela apontou para a filha e para a amiga – Tirem agora esses vestidos e guardem tudo!

- Você vai provar?

- Isso, prova!! Prova!! Prova!! – Harleen começou a pular em cima da cama derrubando vária caixas.

- Não! Eu vou ligar para o seu pai... – ela saiu resmungando do quarto.

Jenny e Harleen arrumaram a bagunça do quarto e depois ficaram na sala de TV para não escutarem enquanto a gata falava ao telefone com o playboy. 

●●●

Selina estava terminando a maquiagem quando Bruce entrou no quarto, ao contrário dela que ainda estava de roupão ele já estava pronto em seu finíssimo traje de gala, havia optado por um simples conjunto William Fioravanti Bespoke em azul petróleo com uma gravata vermelha se descantando. Ela não se incomodou com a aproximação dele e continuou a passar o batom vermelho, pelo espelho da penteadeira viu uma caixinha retangular na cor preta que estava em sua mão.

- Achei que você iria precisar de um acessório especial para combinar com o vestido dessa noite, então... – ele abriu a caixinha e tirou um belo colar de pérolas.

- Oh não! – Selina arregalou ao ver o colar da falecida mãe de Bruce, isso a fez se levantar para o encarar – Não posso usar isso!

- Não precisa recusar, considere como um empréstimo. Afinal... – ele colocou o colar no pescoço dela e encaixou o fecho – Vou querer ele de volta.

- Obrigada. – ela lhe deu um beijo agradecendo a gentileza.

●●●

As ruas de Gotham estavam movimentadas devido ao grande evento da noite que era um grande baile de caridade que reunia pessoas poderosas, ricas e empreendedoras. A entrada para o evento tinha um clássico tapete vermelho que ao decorrer do percurso estava protegido com seguranças e estruturas que barravam a mídia.

O próximo carro a parar em frente ao carpete vermelho era um Aston Martin One-77 totalmente preto, até mesmo o vidro da frente possuía fumê, e assim que o motorista do carro desceu revelando seu Bruce Wayne, um dos manobristas foi prestar seus serviços e pegou a chave do carro. Os fotógrafos estavam extasiados tirando várias fotos e aguardando o playboy abrir a porta do lado passageiro para capturar fotos da dama que o acompanharia.

Quando Selina saiu do carro roubo os holofotes e não era para menos, vestindo um belo Chanel preto extremamente deslumbrante, na frente não bastava o enorme decote até a cintura, mas também era totalmente transparente e apesar do tecido ter pequenos cristais que o faziam brilhar, isso não tampava seus fartos seios bem cuidados. A cintura ficava bem marcada por um cinto em metal dourado e dali descia as leves camadas de tecido que formavam a longa saia não transparente, que mesmo de salto cobria-lhe os pés.

- Tinha certeza de que você iria amar esse vestido... – Bruce murmurou entre sorrisos para as câmeras – Mas, precisava ter vindo justo com esse?

- Pensei que você tinha gostado... – ela falou entre dentes também sorrindo para as câmeras.

- Eu não gostei... Eu adorei...

Eles começaram a se dirigir para dentro do enorme salão onde os convidados já se ajeitavam em seus lugares.

- Então, pode me explicar de novo o que estamos fazendo aqui? – ela sussurrou enquanto eles caminhavam e cumprimentavam de longe alguns conhecidos.

- Descobrir quem é o sócio da liga das sombras. – ele olhava ao redor analisando cada detalhe.

- E o que isso tem a ver com um baile de caridade?

- Bom, eu tenho um palpite...

- E por que você não invade a casa do seu palpite?

- Porque é muito mais fácil quando se é convidado a entrar.

- Você vai me dizer quem estamos enfrentando, sim ou não?

- Se eu te contar você não vai gostar... – ele sentiu o olhar de Selina querendo o esfolar – Se lembra da Corte das Corujas?

- Oh não... – sua cara expressou cansaço ao ouvir tais palavras, de repente a ficha lhe caiu – Espere um momento! Está me jogando para os leões?

- Não estou te jogando... – ele se retraiu com o tom de indignação dela – Você está apenas se infiltrando...

- Ei, senhor Wayne!

Eles não conseguiram continuar sua conversa com a interrupção do senhor Sanchez, o mesmo homem que Bruce havia encontrado quando foi levar Jenny ao balé.

- Senhor Sanchez, é bom revê-lo! – Bruce estendeu a mão para o cumprimentar.

- Não esperava ver Bruce Wayne aqui está noite. – O homem sorriu e depois se virou para a bela acompanhante do playboy – Senhorita Kyle, é muito bom vê-la! Vejo que está em boa companhia.

- Eu não diria exatamente isso... – ela sorriu o cumprimentando.

- Sente-se comigo, por favor! – o homem indicou as cadeiras da mesa redonda extremamente elegante – Infelizmente estou provido de companhia hoje, minha mulher não quis vir...

- E como anda os negócios, Sanchez?

- Como eu te disse antes... Está complicado... – o homem balançou a taça de vinho.

Eles ficaram na mesa conversando por um bom tempo e se servindo das entradas e bebidas que os garçons passavam servindo de mesa em mesa. Logo, fizeram alguns discursos de abertura do evento, o que era extremamente chato para o casal, e depois os representantes de cada associação que tentava arrecadar dinheiro passaram de mesa em mesa conversando com quem estivesse interessado.

- Senhorita Kyle...

Selina se virou para e viu um homem bem vestido lhe sorrindo, não o conhecia e tinha uma sensação ruim a respeito dele.

- E você é?

- Oh perdão! Estou aqui a serviço para arrecadar fundos para a associação “Uma nova Gotham” e o meu chefe gostaria muito de conversar com a senhorita, pois acreditamos que você se interessaria pelo projeto. – ele esticou a mão.

- Oh claro! Você vem Bruce?

- Acho que o senhor Wayne pode sobreviver com a falta de sua acompanhante por alguns minutos, não? – o homem não deu tempo para um resposta.

- É claro! – Bruce acenou com a cabeça sorrindo.

Selina pegou na mão do galante homem e se levantou o acompanhando para uma mesa distante da sua, onde um homem aparentemente poderoso com um anel de ouro em formato de coruja no dedo do meio. Ela se sentou de frente para o homem, que já estava degustando do jantar que havia começado a ser servido naquele momento.

- Devo dizer que é um prazer conhecer uma mulher tão bonita, senhorita Kyle.

- Obrigada, senhor...?

- Owl, pode me chamar de Owl... – ele colocou um garfada para dentro da boca.

- Bom, senhor Owl, o seu funcionário me informou que vocês tem um projeto...

- Sim e gostaríamos muito que alguém, como a senhorita Kyle, apoiasse o nosso projeto para fazer de Gotham um lugar melhor.

- E como seria essa transformação milagrosa em Gotham?

- Ora, colocando as pessoas certas no poder, Gotham pode prosperar... – ele limpou a boca delicadamente com o guardanapo – E também precisamos fazer uma limpa na cidade, se é que me entende....

- O senhor não acha que o Batman já está fazendo uma boa “limpa” em Gotham?

- Hahaha... Não me diga que simpatiza com a conduta do morcego? – o homem sorriu – Senhorita Kyle, estamos falando de uma limpa de verdade, não de um serviço ilegal prestado por um homem fantasiado...

- Apenas acredito que o Batman já faz coisas boas para Gotham...

- Batman não passa de um justiceiro que acha que realmente está fazendo algo bom por Gotham, mas na verdade é apenas mais um dos empecilhos que atormentam a cidade.

- Não posso negar que ele realmente se torna um empecilho as vezes... – ele balançou a cabeça para o lado.

- E então, senhorita Kyle, o que me diz de participar desse belo futuro?

-  Bom, agradeço o tempo perdido senhor Owl, mas irei pensar no assunto. – ela se levantou da cadeira – Pois, para ser bem sincera, já fiquei de ajudar o orfanato de crianças e adolescentes.

- Bom, espero que mude de ideia, senhorita Kyle. – o homem não esboçou nenhuma reação – A propósito, belo colar... Espero que ele não lhe traga nenhum “azar”.

- Hunf... – ela sorriu irônica – E eu espero que o gato não coma a sua língua. Boa noite, senhor Owl!

Selina voltou apressada a mesa, mas não se sentou apenas se inclinou para cochichar no ouvido de Bruce.

- Acho que já tenho o seu colega...

- Tudo bem, o toilet é por ali, querida. – Bruce disfarçou ao perceber o olhar curioso de Sanchez.

Mais uma vez ela pediu licença e se retirou da mesa para uma ida rápida ao banheiro, apenas para manter a ilusão. Assim que voltou para a mesa deu uma pequena beliscada no que havia sido servido, porém já estava aborrecida e queria ir logo embora.

- Está muito calada, senhorita Kyle...- Sanchez a questionou intrigado.

- Lamento a péssima companhia, senhor Sanchez... – ela sorriu encantadoramente – Mas, estou sendo aborrecida por uma pequena dor de cabeça...

- Oh! Pena que hoje minha esposa não veio, ela sempre carrega remédio na bolsa... – ele lamentou e depois se virou para o playboy – Bruce, não acha que deveria ter um pouco de compaixão com a sua companheira e a leva-la para casa?

- Ah, é claro! Quanta indelicadeza a minha! – Bruce se levantou e se despediu do colega – Vamos querida?

- Mande lembranças para sua esposa, Sanchez! – Selina sorriu enquanto agarrava o braço de Bruce.

- Mandarei, senhorita Kyle. – o homem disse erguendo o que seria 5ª ou 6ª taça de vinho.

Eles caminharam pelo salão educadamente dando ‘tchau’ aos colegas e assim que saíram para fora o manobrista foi buscar o carro do milionário. Já se passava das duas da madrugada e o vento estava congelando, o que fez Bruce ceder seu casaco a Selina. Assim que o carro parou novamente em frente as escadarias cobertas pelo carpete vermelho, eles desceram e agradeceram o manobrista.

- Por que demorou tanto para fingir a dor de cabeça?

- Hunf, sinta-se agradecido pela esposa de Sanchez não estar ai com remédios na bolsa! – a gata se defendeu irritada – Odeio essas ladainhas... Todos falsos, apenas fazendo doações por status...

- Que bom que se divertiu...

- Tal vez, eu divertisse mais se meu parceiro tivesse tido a decência de me convidar para dançar...

- Desculpe, estava ocupado trabalhando na investigação...

- Tudo o que eu escuto é “blá, blá, blá... Estava muito ocupado sendo o Batman” – ela repetiu tentando fazer a voz dele.

- Eu não falo assim...

- “Eu não falo assim”... – estava apenas o imitando a fim de deixa-lo irritado, o que era muito engraçado – Aliás, o senhor Owl te odeia...

- Senhor Owl?

- Sim, o seu cara... – ela deu um breve bocejo, mas voltou a resmungar – Na verdade ele odeia o Batman... Você... Batman... É tudo a mesma coisa, são iguaizinhos mesmo...

- Como é?

- É... São chatos, iguaizinhos... – ela repetiu e depois pensou um pouco antes de continuar – A única diferença é que Bruce Wayne ainda tenta ser engraçado, mas mesmo assim falha e continua sendo chato...

- Eu não sou tão chato assim... – ele reclamou aborrecido.

- Não sei como conseguia tantas mulheres... – ela resmungou – Aposto como só aceitavam sair com você, por ser rico...

- Está dizendo que a todas as mulheres com quem saí, só de fato aceitaram sair comigo por causa do meu dinheiro? – ela nem se deu ao trabalho de responder, pois ele mesmo sorriu e concordou – É, acho que tem razão... Porém, você não sai comigo apenas pelo meu dinheiro...

- Hum... Que droga! Você tem razão... – ela suspirou fundo – Eu devo ser a única que realmente aquenta sua chatice... E pior ainda, eu participo da sua chatice... – ela parou um pouco para pensar e começou a ficar ironicamente preocupada – Oh meu Deus! Será que eu também sou chata? Vou precisar perguntar a Jenny quando chegar em casa...

- Ótimo, minha filha vai começar a me chamar de “chato” também...

Eles se entre olharam e começaram a rir.

●●●

Assim que chegaram na mansão, Selina tratou de tirar a maquiagem e o vestido ficando apenas de calcinha, ela se deitou na cama de barriga para baixo. Eles já haviam conversado sobre o suposto senhor “Owl” que conversou com a gata no evento de caridade e apesar de Bruce ter procurado algo sobre o homem em seu computador, não havia achado nada.

- Ele ainda teve a audácia de me ameaçar... – ela resmungou na cama, enquanto Bruce desfazia o nó da gravata.

- E o que você fez?

- O ameacei de volta... – ela examinou suas unhas compridas.

- Ameaçou? – Bruce ficou extremamente irritado – Eu pedi para você se infiltrar! Não para ameaça-lo!

- Escuta aqui, não estou gostando do seu tom! – ela retrucou irritada – Além disso, ele me fez uma proposta que eu tive que recusar...

- Humm... – ele preferiu ficar calado a continuar a discussão.

- Eu tô morrendo de sono, mas ainda preciso voltar pro meu apartamento... – ela se espreguiçou dando um bocejo.

- Se morasse aqui, já poderia ir dormir...

- Nossa, que convite sutil... – ela sorriu de canto e voltou a se deitar de barriga para baixo – Olha, esse é o meu jeito sutil de pedir uma massagem...

Ele se sentou na cama e começou a massagear as costas dela, isso a fazia relaxar e dava muito mais sono, porém o playboy não ia deixa-la dormir até ter uma resposta.

- Você não me respondeu sobre a proposta...

- Hã? Que proposta?

- De morar aqui...

- Olha Bruce, não é porque estamos nos divertindo que eu estou lhe dando uma segunda chance...

- Você poderia pelo menos pensar no assunto, afinal seria muito mais seguro para a Jenny morar aqui.

- Não gostei dessa insinuação, mas prometo que vou conversar com a Jenny... – ela se levantou um tanto irritada e pegou as roupas que havia usado antes de se trocar para a festa – Além disso, tem a Harleen! Ela está em um momento difícil, onde ela ficaria?

- Você pode alugar o seu apartamento pra ela...

- Tá bom, senhor sabe-tudo... – ela se trocou rapidamente – Aliás, você não teria notícias da Ivy, teria?

- Ivy? A Hera Venenosa?

- Sim.

- Não. Faz muito tempo que não tenho notícias do paradeiro dela.

- Bom, se souber de alguma coisa me avise! – ela pegou sua bolsa e os sapatos na mão – Harleen está morrendo de saudades da Ivy.

Ele ficou a observando sair pela porta, estava extremamente cansado mais algumas coisas não paravam de atormentar sua mente, como a ideia da Corte das Corujas de querer fazer uma “limpa” em Gotham. 


Notas Finais


Créditos pela imagem: https://es.pinterest.com/pin/301530137530310367/
Finalmente capítulo! Aliás leitores, vamos conversar um pouco... Como vocês estão passando com esse calor dos infernos? Eu confesso que tô bem mal, 24 horas com um ventilador na cara kkkkkkkk'
Bom, espero que gostem do capítulo ♥


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