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História Gotta be Somebody - Patience


Escrita por: Tifioni-chan

Notas do Autor


OIE

SEGUINTE.
Uma palavra pra vocês. Monografia. Ok, são duas palavras. Faculdade.
Monografia. Faculdade.

Isso explica meu sumiço. Isso explica tudo.

Desculpa, sério mesmo.
Demorou, mas saiu. Toquem os sinos da igreja, os anjos cantem aleluia.

Vocês já esperaram demais, então não vou enrolar mais hahahuadhuasd
Boa leitura :D

Capítulo 5 - Patience


“Oh I think that I found myself a cheerleader, she is always right there when I need her...”

Não adiantava eu enfiar a cabeça debaixo do travesseiro; a maldita musica parecia vir do cômodo ao lado.

E vejam só. Realmente vinha.

“She walks like a model, she grants my wishes like a genie in a bottle. Yeah, Yeah”

Uma boa descrição para meu estado de espírito era putassa. Vocês me perdoem o uso da palavra, mas era isso que eu sentia. Tateei a mesa de cabeceira ao meu lado atrás do celular. 16:51. Sexta-feira. Eu havia dormido um dia todo, aparentemente.

Depois daquilo que eu batizei de O-fatídico-episódio-do-bar-onde-um-gato-voou-na-minha-cabeça-e-minha-melhor-amiga-me-ofendeu-para-defender-e-fazer-rir-o-mesmo-gato-e-seu-dono-lindo-porém-irritante-e-mal-educado, eu voltei para minha “gruta”. E Gray, mesmo depois de todos os meus protestos, ficou em casa comigo. Isso só fez com que eu me sentisse pior.

Lá vai Lucy de novo, privando seus amigos mais queridos de uma noite agradável e divertida.

— Ainda é cedo, Gray. – Eu me joguei no sofá enquanto Gray pendurava as chaves do carro no porta-chaves e tirava seu casaco. – Você trate de voltar para lá e ter uma noitada.

— Noitada na quinta-feira? – Ele riu, se jogando ao meu lado. – Amanhã eu tenho que trabalhar e também tenho aula. Além disso, tenho que mostrar a universidade para o Natsu. – Só o nome daquele garoto fez um calorzinho de raiva subir pela minha espinha. Eu fiz uma careta. – Ai meu Deus! – Gray gargalhou, percebendo a minha expressão. – Sério, Lucy, ele não é tão idiota assim. Você vai se acostumar com ele, à medida que for convivendo. E se depois disso você realmente não gostar dele, é só ignorá-lo.  

— Ignorar? – Eu bufei, cobrindo a cara com uma almofada. Por um segundo, minha irritação com Natsu me fez esquecer de Loki. Mas só por um segundo. – É meio difícil ignorar alguém que mora sob o mesmo teto que você.

— Acho que você já tem experiência nisso. – A voz de Gray foi dura e ácida, recheada de mágoa. Tirei a almofada do rosto e o encarei. Aquilo doeu, porque era a mais pura verdade. Gray mordia o lábio inferior e fitava o vazio. – Desculpe, eu não... Eu só... Nossa, que grosseiro. Eu, só...

— Tudo bem. – Eu disse, me endireitando no sofá e pousando a mão direita sob seu ombro esquerdo. – Ta todo mundo de mau humor hoje e...- Ele tentou me interromper e eu pus um dedo sob seus lábios para impedi-lo. – E vocês tem todo o direito. Eu tenho sido muito ingrata e malvada. E minha dor não justifica isso.

— Eu gostaria, Lucy... – Gray segurou a minha mão entre as dele. Seus olhos cor de noite estavam mareados de lágrimas. Quando é que eu vou parar de causar tanto estrago? – Que você ficasse bem. Só isso. Eu sentiria por você essa dor, se possível fosse.

— Mesmo que fosse possível, eu nunca deixaria você fazer isso. Eu jamais aceitaria. – Eu sussurrei, abraçando meu melhor amigo pela primeira vez desde a noite do termino com Loki. Impedi as lágrimas de caírem de meus olhos.

— Mas e jogar uma partida de Mortal Kombat, com seu amigo, você aceita? – Ele disse, fazendo cócegas em minhas costelas. Nesse momento, entre meu riso esganiçado, minhas lágrimas começaram a rolar. Eu não merecia amigos tão bons. Eu não merecia tanta amizade e carinho, porque mesmo assim, eu não me sentia amada. Gray passou uma das mãos pelo meu cabelo ainda úmido. – Admita, você só não foi com a cara do Natsu porque esta morrendo de ciúmes do seu bê-éfe-éfe aqui, né?

Comecei a chorar convulsivamente. Gray apenas me apertou contra seu peito.

— Só não nos afaste, loirinha... Shhh... – Ele me embalava como a uma criancinha. – Lucy, tá tudo bem. Vai ficar tudo bem.

Eu chorei muito naquela noite. Chorei de raiva, de ódio, de medo, de abandono. Chorei por todos os motivos e com todas as lágrimas que eu tinha. Devo ter dormido no abraço dele, pois quando acordei – com a maldita Cheerleader tocando no último volume – eu estava em meu quarto.

Bufando, eu me sentei na cama com o celular nas mãos. Desbloqueei a tela e vi uma mensagem de Gray

 

pelo menos tenta, ok? eu sei que você vai acabar se dando bem com ele. ou não kkkkkk mas tenha paciência.

Enviada às 9:45 de hoje.

 

Respirei fundo e refleti se deveria ou não sair do quarto, sabendo muito bem quem estaria ali fora. Minha cabeça doía de tanto chorar e minha boca estava seca.

Me levantei sentindo o peso de todo o universo em minha cabeça. “Isso que eu nem bebi. Imagina se tivesse bebido. Obrigada Erza por me impedir”, pensei enquanto girava a maçaneta. Cheerleader já havia acabado. Agora uma música da Kesha, eu não sei dizer qual, berrava nos auto falantes.

Assim que eu abri a porta, o volume ficou ainda mais alto. O corredor para o qual meu quarto dava estava um caos. Havia caixas e mais caixas. Coisas que eu reconheci como sendo nossa decoração de Natal e de Halloween estavam espalhadas. Parece que era dia de faxina.

Assim que cheguei na sala, meu queixo caiu. Havia ainda mais caixas. E mais coisas espalhadas. Eu não tenho certeza, mas penso ter visto uma gaiola de gato e peças de um móvel desmontado em um canto. Até minhas lanternas de Halloween estavam em cima da mesa.

No meio de toda aquela zona, Natsu – óbvio que ele era o culpado daquilo – usava um chapéu de enfermeira, provavelmente encontrado no meio das fantasias de Halloween, e dançava juntamente com Levy, que por sua vez usava orelhas de gato, em frente a TV.

— O que raios está havendo aqui? – Gritei, para ser ouvida acima da música. Os dois olharam para mim.

— Lucy! – Levy gritou para mim sorrindo, tentando retomar os passos que apareciam na TV. – Estamos jogando Just Dance!

— Isso aí! – Natsu também gritou.

— Isso eu percebi! – Eu gritei de volta. – Eu quero saber o que... Mas caramba, dá pra abaixar isso aí? – Natsu gargalhou e, sem parar de dançar, pegou o controle da TV no sofá, que havia sido arrastado de seu lugar normal, e abaixou o volume para quase o mínimo. Meu ouvido apitou com o silêncio repentino. – Obrigada! – Eu disse, irônica.

— Ganhei! Ganhei! – Levy saltitou, mostrando a língua para Natsu.

— Só ganhou porque eu parei para abaixar o volume, né Lucy?

— Que desastre natural passou por essa casa? – Eu falei, o ignorando.

— A minha mudança. – Natsu riu, jogando o chapéu de enfermeira em uma das caixas. – Minhas coisas chegaram hoje de manhã e nós estamos reorganizando pra caber tudo.

— Isso mesmo. – Levy concordou. – Daí aproveitei que já ia mexer em tudo e resolvi fazer uma faxina nas caixas que estavam em cima do armário da lavanderia e o Natsu, – Ela deu um soquinho no ombro dele. Aparentemente eles já eram melhores amigos. –  no meio das coisas de Natal, nos achamos o Just Dance. Então decidimos jogar.

— Compreendo. – Disse olhando ao redor e contemplando a magnitude daquela bagunça. Respirei fundo três vezes antes de berrar com Natsu, me lembrando das palavras de Gray. Ele e Levy haviam feito aquela baderna juntos. Obviamente, Natsu foi a má influência, mas mesmo assim. – Okay. – Eu disse bem devagar. Eu vou ajudar vocês a terminar aqui, ok? Se não vocês não acabam hoje.

— Sério Lucy? – Os dois gritaram ao mesmo tempo e vieram até mim, correndo entre tudo aquilo que estava no chão. Levy me abraçou e Natsu ameaçou fazer o mesmo, mas o olhar que eu lancei a ele o impediu.

— Errr, então. – Ele coçou a cabeça, sem envergonhado. – Por onde começamos?

— Bom. – Eu peguei um lápis que encontrei em cima da mesa de centro e prendi meu cabelo em um coque com ele. – Me deixem só comer algo antes. – Andei até a cozinha, tomando cuidado para não pisar em nada. Abri a geladeira e peguei o galão de leite. Bebi seu conteúdo sofregamente direto do gargalo.

— Santo Deus. – Suspirei, observando Natsu e Levy brincarem com as luzinhas de Natal. – Paciência Lucy. Paciência.

 

***

Após duas longas horas de trabalho, aquele apartamento finalmente começava a parecer novamente com uma casa e não com um deposito de lixo.

Modéstia a parte, eu sempre fui ótima em organizar tudo. Sem minha ajuda, Natsu e Levy provavelmente estariam até agora jogando Just Dance no meio da bagunça.

Durante todo o processo eu tentei trabalhar em silêncio, diferentemente de Levy e Natsu que ouviam musica, dançavam e brincavam com absolutamente tudo que encontravam ao mesmo tempo em que organizavam as coisas. Nós três havíamos separado três grandes categorias para organizar as coisas. A do “Sim, vamos guardar”, a do “Bem, isso vai para doação” e a do “Isso vai para o lixo, aliás, quem guardou isso, já deveria ter sido jogado fora há séculos”.

A nossa terceira categoria era, obviamente a que tinha mais coisas. E se os dois tivessem levado aquilo a sério, teríamos terminado na metade do tempo. Levy era alegre, mas era calma. Toda aquela confusão ali era pura influência de Natsu. E não fazia nem um dia que ele estava na casa.

 Pareciam duas crianças.

Aquilo que tirava do sério.

Natsu agia como se a vida fosse uma grande festa.

E eu sei muito bem que de festa, a vida não tem nada. E eu não conseguia entender porque ele enxergava as coisas assim. Pelo menos, não mais.  

Natsu sempre tentava puxar assunto comigo. Ou então, tentava me incluir nas conversas entre ele e Levy.

Eu não estava nem um pouco a fim de conversar. Ainda mais com ele.

— O que você cursa, Lucy? – Natsu me perguntou, enquanto carregava um de seus baús de mudança para dentro do quarto do Gray. Aliás, dele. Do quarto dele e de Gray. Ainda preciso me acostumar com isso.

— Nada. – Eu respondi seca, fingindo me concentrar muito em algumas mascaras de Halloween velhas. O gato gordo e azul de Natsu estava empoleirado nas costas do sofá e me observava trabalhar. Sério, aquele bicho parecia estar sorrindo! Cruzes. Sinistro demais.

— A-há. – Ele saiu do quarto em um salto, apontando para mim teatralmente. O gato se assustou e caiu de onde estava empoleirado, fazendo Levy dar sua costumeira risada de sino – Quer dizer que há uma intrusa na república de estudantes?!

— O único intruso aqui é você. – Eu disse, tentando fazer parecer uma piada. Mas todos nós sabíamos que eu não estava tentando ser engraçada.

— Lucy! – Levy gritou, indignada.

— Ela só tá brincando. – Natsu disse. Mas sua voz revelava que ele havia ficado meio chateado. – Não tá mesmo, loirinha?

— Claro, brincando assim como seu gato idiota fez comigo ontem. – Rebati, o encarando. – Até agora não entendi porque ele fez aquilo.

— O motivo é o mesmo pelo qual você é sempre tão mal-humorada e desagradável. – Ele sustentou meu olhar, me desafiando. – É da natureza dele ser assim.

— Pessoal... – Levy tentou intervir.

— Eu? Eu que sou desagradável? – Me levantei, jogando a ultima sacola na pilha “Isso vai para o lixo, aliás, quem guardou isso, já deveria ter sido jogado fora há séculos”. – Quem você pensa que é para falar assim comigo! Você nem me conhece.

— Conheço o suficiente para saber que é uma azeda, chata e de mal com a vida! – Ele disse.

— Natsu, Lucy, por favor! – A voz de Levy era de choro.

— Ah é? E bom, pelo que eu conheço de você, você é um grande monte de b...

— Cheguêei! – A porta do apartamento se abriu de supetão, e um Gray engravatado recém saído do escritório de advocacia onde trabalhava brotou pela entrada. – Arrrrrr. – Ele afrouxou a gravata e começou a desabotoar a camisa, como era de costume. – Que dia cansativo. Mas e aí, vocês conseguiram dar um jeito na mudan... – Ele parou a frase no meio assim que pôs os olhos em mim. – Ora, ora, Lucy! – Ele andou até meu lado e bagunçou meu cabelo. – Estava ajudando Natsu com a mudança?

— Eu na verdade estava ajudando a Lev...

— Claro que sim! – Natsu veio até meu lado, com o gato no colo. Não sei em que momento ele havia pegado aquela criatura, mas tenho certeza que o fez só para me irritar. – Ela é um doce. – Ele passou um dos braços ao redor dos meus ombros. – Mal levantou e já veio nos ajudar. Um tesouro essa menina. Né Happy? – Ele colocou o gato contra meu peito e eu por instinto o segurei.

— Gray, eu tentei ter calma! – Eu gritei, me desvencilhei de Natsu e entreguei o gato a Gray. Sai pisando duro, ciente do olhar confuso de Levy nas minhas costas.

Entrei no banheiro e assim que fechei a porta, ouvi os risos de Natsu e Gray. Senti raiva e vontade de voltar lá e gritar com os dois, mas me segurei.

Abri a torneira da banheira e me despi enquanto ela enchia. Me enfiei lá dentro e afundei a cabeça.

Eu não entendo qual era a graça na minha irritação. E não entendo o porquê da surpresa de Gray ao me ver na sala. Eu moro ali, afinal. Peguei uma lâmina e a espuma de barbear de Gray e me dediquei a depilar as pernas, que estavam realmente precisando. Ele odiava que eu usasse seu creme de barbear, mas ele merecia isso como punição por ter rido de mim. E principalmente, por trazer esse imbecil para morar em nossa casa.

Depois de terminar as pernas, ainda passei um bom tempo na banheira. Só sai quando a água esfriou.

Joguei minhas roupas no cesto de roupa suja e me sequei para não voltar para  o quarto molhando todo o chão. Percebi que não havia trazido roupas limpas para colocar e rezei para que Natsu não estivesse no corredor. Não me importava de ser vista de toalha pelos meus amigos. Jellal e Gray nem ligavam. Levy e Erza, não preciso nem comentar. Mas Natsu não era meu amigo.

Abri a porta cuidadosamente e ouvi a voz de Gray.

— Olha, acho que agora terminou, hein? – Ele suspirou. A voz parecia vir da sala. – Porra, quanta coisa tinha nessas caixas.

— Nem me fale. – Levy suspirou também. – Ai, ai...Cansei. Me deu até fome.  Acho que vou pedir pizza. Vou ligar para a Erza para ver que horas ele o Jellal chegam e ver se eles querem também.

— Ok. – Responderam duas vozes. Um de Gray e outra de Natsu.

Eu sai silenciosamente do banheiro. Vi a cabeça de Gray e de Natsu por cima das costas do sofá. Se ele se virasse, me veria também. Dei dois passos, tentando pisar leve e não fazer nenhum barulho.

— Ai merda! – Natsu gritou e eu quase tive um ataque cardíaco com um susto. – Faltou isso aqui, mano.

Natsu se inclinou para a lateral do sofá e pegou um objeto caído no chão. Era um porta retrato.

— Ah, isso aqui. – Pelo modo como falou, eu sabia que Gray estava sorrindo. – Isso aqui é uma tradição nossa. Todo natal nós tiramos uma foto temática e colocamos na decoração. Essa aqui foi a primeira que fizemos.

Eu nem precisava olhar a foto, pois sabia muito bem do que ele estava falando. A foto temática de Natal era uma das minhas coisas favoritas do mundo. Aquela que Natsu havia encontrado, a primeira delas, foi feita ao acaso. Jellal ainda nem morava conosco. Nós estávamos em uma festa de fim de ano no Fairy Tail. Havia uma enorme poltrona vermelha de veludo na decoração. Os funcionários estavam todos usando gorrinhos de Papai Noel. Elfman estava até com uma barba branca falsa horrorosa.

Eu me lembro que Gray, levemente alterado depois de algumas doses de tequila, pegou a barba de Elfman, tirou fora a camisa e começou a dançar ao som de “Jingle Bells” em cima da mesa da recepção.

Erza, obviamente achou aquilo um absurdo. Pegou Gray pela orelha, o sentou no cadeirão de veludo vermelho e começou a dar uma bronca nele. No meio do discurso dela, Gray dormiu. Eu e Levy rimos tanto que decidimos tirar uma foto com o Gray inconsciente de tão bêbado para imortalizar o momento. Cana e Mira emprestaram suas touquinhas para que Erza e eu usássemos. E Levy, bem, Levy estava fantasiada de rena, por algum motivo que só ela sabe explicar. A foto é maravilhosa. Nós estamos tão felizes nela... Eu estou tão feliz... Naquela época, eu gostava tanto da minha vida.

— Essa aqui é a Levy? – A voz de Natsu me despertou de meu devaneio. – Levy, porque você tá vestida de alce? – Ele gritou, gargalhando.

— É uma rena! – Levy respondeu da cozinha.

— Que seja. – Natsu continuou a rir. – Porra hein Gray, que vexame. Desmaiou de bêbado. Olha a bocona arreganhada. – Ele teve mais um acesso de riso. – Nossa. – Seu riso parou subitamente. – Essa aqui... É a...

— Essa é a Lucy. – Gray disse, apontando para algum lugar na foto, que daquela distância eu não conseguia ver.

Assim que ouvi meu nome, eu congelei. Eu estava perdendo a chance de escapar dos comentários inadequados que Natsu certamente faria se me visse de toalha, mas a curiosidade em saber o por quê do espanto dele em me ver na foto era maior.

— Nossa... – Pude ouvir Natsu engolir em seco. – Ela ta muito...

— Bonita né? – Gray disse, com algo na voz que eu não consegui identificar. – Muito gata.

— Linda, na verdade. – Natsu disse. E parecia admirado. – Caramba, olha esse sorriso! – Eu senti minhas bochechas corarem. Talvez Natsu não fosse tão ruim, afinal. – Nem parece aquela mesma azeda que tava aqui agora pouco.

 Corrigindo.

 Ele não era tão ruim. Era ainda pior.

 — Sério, nem parece a mesma pessoa. Ela era muito bonita. – Ele insistiu.

 — Ela ainda é muito bonita. – Gray disse.

 — Sei lá, pode até ser... Mas é tão antipática que fica feia. – Natsu disse, sussurrando.              

 — A Lucy... – Gray suspirou, como se aquele fosse um assunto do qual ele já estivesse cansado. – A Lucy está numa fase... Digamos, difícil.

 — Olha, eu diria mais que difícil. – Natsu deu uma risadinha irônica. – Aquela garota... É dose. Eu até tentei viu, mas ela é muito antipática.

 — Ela... Ela passou por um término muito traumático, Natsu. – Pude ouvir a voz de Levy, um pouco mais ao longe.

 — Ela ainda não conseguiu superar totalmente o fato do namorado tê-la deixado. – Gray completou com um tom de voz baixo. – Então entenda que tudo isso influência.

  — Oh... – Natsu parou por um segundo e pareceu pensar. – Mas ela já era assim antes do término? Porque, rapaz, vou te contatar, se fosse, eu dou razão pro cara que terminou com ela! Quem que aguenta uma fera dessas?

    Sai correndo do corredor ouvindo as risadas de Natsu. Nem me importei com o barulho que a porta fez quando eu a fechei com força. Não me importava se eles soubessem que eu estava lá, ouvindo tudo.

    Senti uma lágrima solitária rolar pela minha bochecha. Me joguei, de toalha mesmo, em minha cama. Eu não tinha forças nem para chorar.

     Natsu tinha razão. Quem pode culpar Loki? Quem iria querem algué como eu quando se há tantas opções melhores.

     Tateei o escuro em busca do meu travesseiro, mas o que encontrei foi outra coisa. Peludo e gordo. Eu não conseguia vê-lo, mas sabia que ele estava lá. Todo sorridente e azul, na minha cama.

      — Eu não acredito.

      — Miaye! – Ele respondeu, como que dizendo “Pode acreditar”.

      Eu pulei da cama e gritei com toda a força de meu pulmão. Paciência é uma ova. 

       — Natsu!!!

    

Eu disse: mulher, pega leve

As coisas vão ficar bem

Você e eu só temos que ter um pouco de paciência

(Patience - Guns N' Roses)


Notas Finais


E FOI ISSO YEY YEY
O que acharam? Gostaram?
Ainda não tive tempo de revisar. Vou fazendo isso durante a semana. Queria postar logo para vocês, tava me sentindo super mal de parar com as fics (DE NOVO COF COF COF).
Não vou prometer data, porque eu nunca consigo cumprir os prazos, mas espero conseguir postar o próximo cap logo.
Muito obrigada pela paciência (tendeu tendeu ba dum tss) de vocês. Vocês são uns maravilhosos suhuisdhiuasdad

Gostou da fic? Comenta aí? Não esquece de favoritar! Quer fazer uma critica construtiva ou puxar a orelha da autora? Comenta também! UHADUHUASD eu tento responder o mais rápido o possível e considero muito a opinião de vocês.

CHU~<3


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