(Leiam escutando a música 7 Years do Lukas Graham)
Estava frio, e gelados pingos d'água despencavam do céu e se chocavam contra meu rosto, enquanto eu tentava de alguma forma me aquecer.
Toquei a campainha mais uma vez, até que finalmente a porta abriu e eu me deparei com o olhar espantado do cacheado ao me ver
Harry - Diana? - Sequei uma lágrima que escorria por minha bochecha com a manga do casaco-
- Eu posso ficar aqui? - Ele balançou a cabeça, dei um passo para frente e o abracei-
Harry - Você está com febre - Ele fechou a porta e me ergueu entrelacei as pernas em sua cintura e encostei minha cabeça em seu ombro, ele me levou até a sala onde me colocou no sofá- Eu vou pegar um lençol - Faço que sim com a cabeça-
Alguns minutos depois Harry retorna com um amontoado de panos e os joga na poltrona, puxa um moletom cinza do meio, se ajoelhou na minha frente me ajudando a tirar a blusa molhada em seguida vestindo o moletom quente. Ele parou e olhou para mim, afastou uma mecha do meu cabelo que caia em meu rosto e pegou dois lençóis.
Após me acomodar, Harry sentou ao meu lado e colocou a mão em minha testa.
Harry - Acho que já está melhorando. Por que estava La fora com essa chuva
- Eu não podia ficar em casa...
Harry – Como assim? – Fiquei calada durante algum tempo-
- Harry eu quero morrer - Ele colocou a mão por cima da minha
Harry - Todos queremos. Agora pode me falar por que está desse jeito?
- Não está me ajudando
Harry - é sério Diana - Respirei fundo
– Harry eu não consigo mais...
Harry –O céus você está tremendo.
- Não se preocupe comigo
Harry – Diana o que está acontecendo?
- Eu não sei, e-eu. Harry é o meu pai
Harry – O que ele fez dessa vez? – suspirei-
- Por favor, não quero falar no assunto
Harry – Mas Diana você está chorando, tem alguma coisa séria acontecendo, se ele fez alguma coisa eu vou aca... – O corto-
- Não Harry, esqueça isso – Falei séria e ele ficou calado-
Harry continuou calado, apenas deitou em minha perna e segurou minha mão, fiquei sem reação no momento, mas logo me acostumei com a ideia de ter Harry tão próximo.
Harry - Já reparou como a vida é confusa
- Todos os dias
Harry - Às vezes só pioramos tudo - Ele suspira- Passamos a vida toda procurando coisas que sempre estiveram tão próximas... só nunca notamos
Fiquei quieta
Harry - Você amava o Tomlinson? - Demorei um tempo até conseguir formular uma resposta aceitável-
- Não sei, talvez não fosse amor... éramos bons amigos
Harry - Não quero saber se eram amigos. Só responda sim ou não
- Sim. Ou talvez, não dá para dizer, porque ele me enganou, e aceitar isso é muito difícil.
Harry - E a sua amiga, a loirinha?
- Eu gostava muito da Perrie, ela foi a primeira pessoa que realmente se importou comigo, bom pelo menos eu achava isso
Harry – E eu achava que a minha mãe era feliz, mas ela se suicidou - Senti meu estomago revirar, e não consegui falar nada-
Harry virou e olhou para mim
- Eu a escutava chorando, eu via sua tristeza, mas eu achava que fosse passar, durou dois anos, dois longos anos que até hoje me atormentam, não só o fato dela não sair do quarto, ou então deixar de se cuidar, ela não era mais a mulher forte e feliz que sempre enxergava o lado bom das coisas, naquele momento mais que nunca ela precisava de mim, mais eu não a apoiei o suficiente, talvez se eu tivesse insistido ele ainda estivesse aqui
- Harry não foi culpa sua, você a Gemma a amavam eu sei disso, mas o problema foi que ela simplesmente não aguentou... sei bem como é isso
Harry - Gem chegou ontem da Jordânia...
- Jordânia?
Harry - Trabalho voluntário, ajuda com crianças carentes eu acho... Faz dois anos que não a vejo.
- Não sabia
Harry – Ela vai jantar na casa do Mark
- Você quer ir jantar na casa do seu pai?
Harry – Não, só quero ver minha irmã, eu sei o quanto ela fica feliz em ver a família junta, mesmo que seja pura falsidade, não quero decepciona-la
- Não sei se é uma boa ideia, eu nem fui convidada
Harry – Eu estou te convidando
- Mas Harry, vou ser uma intrusa no jantar de família de vocês, e eu não sei se estou afim de sair desse sofá
Harry –Família? – Ele bufa - é sério se você não for não vai ter ninguém para me controlar, e eu vou acabar irritado ou bêbado vou brigar com o Mark, decepcionar a Gemma que vai viajar novamente com raiva da família, que por acaso é desnaturada
- Você é muito dramático
Harry - Você vai? - respirei fundo-
- Tudo bem - Ele balançou a cabeça-
Harry - Mas... está se sentindo melhor?
- Acho que não mais eu consigo fazer isso, e vai ser bom rever a Gemma
Harry - Vocês até que eram amigas né?
- Acho que sim, quer dizer nós brincávamos juntas, mas não era nada demais, acho que ela nem lembra mais de mim
Harry – Tudo bem, eu preciso terminar de organizar uns papéis da empresa, você vai ficar bem sozinha? Eu não vou demorar
- Hazz tudo bem, eu não vim te atrapalhar, pode ir – Ele suspirou, beijou minha testa e levantou do sofá-
Harry – Se precisar de alguma coisa é só chamar, eu vou estar no escritório – Faço que sim com a cabeça-
Harry deixou a sala, respirei fundo e senti seu perfume que ainda se fazia presente, encostei a cabeça e fechei meus olhos
“Perrie - Eu não matei Louis, olha eu fui contratada para vigiar a Diana, o pai dela estava bancando o apartamento e as outras despesas, bom você realmente achou que eu me mudaria para cá sem mais nem menos? Eu não tenho ligação com nada de tráfico, eu sou inocente!!”
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