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História Graceful doll - Travesseiro.


Escrita por: wwendy

Notas do Autor


Oi gente! Novamente eu aparecendo de madrugada 🌠 infelizmente é o único tempo que tenho livre :c
Eu estou muito "grogue"... Acabei ficando sem notebook e então tive que vir escrever do pc, e caramba, meus dedinhos estão congelados ⛄ E eu fiz o meu melhor pra corrigir tudinho, mas como eu disse, eu tô muito "grogue" de sono, então me perdoem novamente por qualquer erro.
Pensei muito se postaria ou não esse capítulo, de repente bateu aquela insegurança monstra, mas de toda forma, por mais que ele não seja divertido como os demais, foi necessário para a estória. Bom, eu senti bastante escrevendo ele, então espero que vocês também consigam sentir tudo enquanto fazem a leitura.
Sem mais enrolações, boa leitura! ♡
Obs: prometo fazer a capinha do capítulo amanhã, agora eu realmente não tô em condições, me perdoem t-t
Obs²: 195 favoritos! CARAMBA! isso é muita coisa, vocês são muito incríveis, ainda tô chocada. Seus amorzinhos, muitíssimo obrigada, de verdade! ♡

Capítulo 4 - Travesseiro.


Como de costume Chanyeol amanheceu esticando as pernas e, quando estava pronto para fazer o mesmo com os braços, sentiu algo lhe segurar. Confuso, tentou abrir os olhos com dificuldade, o que não resolveu nada, afinal estava sem óculos. Felizmente precisou somente apalpar um pouco o colchão para encontrar o acessório perdido, agradecendo mentalmente por não ter quebrado.

Enxergando devidamente, virou o rosto para o lado esquerdo, podendo ver uma mão por debaixo do lençol pendurado segurando a sua, parecendo não querer soltar nem tão cedo. Estava surpreso. Se lembrava que Baekhyun estava temporariamente na sua casa, mas a respeito da noite anterior sua mente se tornava um breu completo depois de começarem a assistir um filme. Havia dormido? Não se lembrava.

Na atual situação, podia sentir como a mão do outro era quentinha. Os dedos finos, a palma macia... Estava curioso. Acabou descendo com cuidado da cama, sem soltar sua mão, até estar agachado na cama de baixo, puxando o lençol lentamente para cima até poder ver o seu rosto. Byun dormia tranquilo, sem parecer se importar com absolutamente nada que acontecia à sua volta. Com a mão livre, abraçava o travesseiro e escondia o rosto nele, completamente embolado em todas as cobertas da cama. E sua curiosidade insistia em continuar. Levou a outra mão com receio até o seu rosto, tirando com calma as mechas da franja que cobriam seus olhos, se assustando ao ver ele abrir os olhos e sorrir.

- V-você estava acordado!? – exclamou, sentindo o rosto esquentar enquanto se afastava sem jeito, largando também a sua mão e desviando o olhar, sem graça. Não esperava ser pego em flagra.

- Eu acordei agora de pouco. – respondeu simples, como se nada daquilo fosse algo estranho. – Essa cama é ótima. Estou completamente descansado. Obrigado. – agradeceu, enfim pousando seus olhos no outro.

- P-Por que você segurou a minha mão?

Por um momento Baekhyun ficou sem resposta ou reação, mas ainda assim, manteve os olhos fixos no rosto do adolescente. Também não sabia a resposta para a pergunta. Não se sentia mais no direito de lhe acariciar os fios de seu cabelo, mas ao mesmo tempo queria tanto tocá-lo, por mais que não fosse exatamente especial. Sem qualquer explicação, queria tocar, sentir em suas mãos qualquer parte de si.

- Eu fiz isso inconsciente. – mentiu, já que sequer saberia como explicar de verdade. – Mas e você? Por que estava me observando? Está curioso sobre mim? – questionou, se aproximando e rindo por Chanyeol a todo momento negar com a cabeça, em um claro nervosismo. – Será que finalmente está tomando interesse por mim? – sorriu brincalhão, até estar muito próximo do outro, mantendo um espaço entre ambos como um limite delimitado por ele mesmo.

- C-claro que não! Como você pode falar sobre essas coisas com tanta facilidade!? – exclamou envergonhado, prendendo a respiração, soltando-a assim que ouviu o prostituto rir, se afastando de si. – Eu só... Fiquei curioso por você estar segurando a minha mão. E também por dormir abraçado ao travesseiro. É fofo. – soltou o elogio baixo pela boca, já que parecia ser tímido demais para pronunciar algo como aquilo em voz alta.

Guiou os olhos, mais uma dentre tantas outras vezes surpreso, pousando-os no rosto infantil e tímido de Chanyeol. “Fofo”? estava escutando adjetivos inusitados desde que colocou os pés para dentro daquela casa, em uma tão estranha festa de aniversário. Desceu com os olhos para sua própria mão, que anteriormente segurava a do adolescente, respirando fundo.

- É um costume de infância. Quando eu era criança, eu dormia abraçado com a minha mãe. Então, eu... Arrumei o travesseiro como um substituto pra isso. – respondeu com mais seriedade, por mais distante que parecesse, talvez perdido em devaneios sobre a época. – Eu tinha muito pesadelo quando criança, só conseguia me acalmar quando abraçava ela. – a voz se tornava cada vez mais suave, baixa.

Chanyeol observava com cuidado cada detalhe daquela cena. Talvez estivesse descobrindo mais um pequeno pedaço sobre o prostituto? Não negaria que achou a história bonita, principalmente por ver Baekhyun tão afundado nela, o fazendo de imediato se ajeitar no colchão, e decidido declarar:

- Eu serei o seu travesseiro! – assentiu como um soldado no exército, deixando Byun por um momento sem reação, até acabar rindo. – Q-quer dizer... – tomou conta do que havia dito, completamente sem jeito.

- Eu adoraria ter você como o meu travesseiro. – sorriu com sinceridade, encantado com tamanha inocência do outro, enfim silenciando Chanyeol que poderia a qualquer momento voltar atrás daquela oferta. Segurou então seu braço, e antes de qualquer questionamento, o puxou consigo para baixo, fazendo com que se deitasse ao seu lado naquele colchão macio. – Será que você é tão macio quanto o meu travesseiro? – brincou rindo, ainda mais pelo rosto completamente avermelhado do adolescente. Era engraçado como ele conseguia se envergonhar com qualquer coisinha.

- V-você não a-acha que estamos p-próximos demais? – indagou em meio aos seus gaguejos, podendo até mesmo sentir a respiração de Byun em seu rosto. Mas não conseguia virar o rosto, por mais próximos que estavam.

- Eu não sei. Você acha que estamos? – questionou de volta, podendo observar com calma seu rosto. Era até curioso como olhá-lo lhe trazia paz, algo que, sinceramente, raramente sentiu. Com as batidas na porta do quarto, foi trazido novamente à realidade, agora observando o rosto assustado de Chanyeol, que olhava fixamente para a porta.

- Filho? – ouviu a voz feminina ressoar, seguida de mais um toque. – Você está acordado? Eu estou entrando, ok?

Com a última sentença, a porta foi aberta. Felizmente Park já estava sentado devidamente na cama, longe dos braços ou qualquer coisa de Baekhyun, que também se sentava, notando curioso a semelhança entre os olhos dela e os de Chanyeol. Então era essa sua mãe... Ela era bonita.

- Ah, b-bom dia mãe! Esse... Esse é o Baekhyun. – apontou sem jeito para o prostituto, já tendo em mente que de forma alguma poderia revelar a sua profissão. – Ele... É um... C-colega da escola. – terminou, sorrindo torto, como se isso servisse para convencer qualquer um.

- Um colega? – repetiu, surpresa por todo o cenário. – Bom, já conversamos sobre isso Chanyeol. Você deve nos avisar quando for trazer algum colega pra dormir aqui em casa, sabe, ao menos nos apresentar. Você se esqueceu da nossa conversa? – indagou com as sobrancelhas unidas, como resposta vendo o filho negar rapidamente com a cabeça, para enfim suspirar fundo. – De qualquer forma, é um prazer te conhecer, Baekhyun. Desçam os dois para tomar o café da manhã, tudo bem? – sorriu, fechando a porta em seguida, descendo novamente para o andar debaixo.

- Eu já avisei que se você ficar segurando desse jeito a respiração, parece um defunto. – soltou de repente, vendo enfim o adolescente expirar demoradamente tudo o que havia segurado por nervosismo. – Você tem os olhos da sua mãe. – comentou enfim, recebendo aqueles mesmos olhos agora em sua direção, curiosos.

- Obrigado... Eu acho. – agradeceu confuso, já que não ouvia isso com frequência. – Você não pode deixar que ela descubra o verdadeiro propósito de você estar aqui, tudo bem? Meus pais pirariam...

- Tudo bem, eu me contento em ser o seu colega de escola. – sorriu, para enfim se levantar, ajudando em seguida o outro. Estava com fome, portanto jamais negaria um café da manhã... Por mais que não esperasse tamanho banquete quando desceu aquela escadaria e adentrou a cozinha, enxergando a mesa retangular repleta de gostosuras que jamais imaginou comer em um café da manhã. Um leite com pão estava ótimo... Não estava?

- Você deve ser o Byun Baekhyun, certo? – ouviu a voz masculina de uma figura alta sentada frente a mesa. Novamente, traços e traços de Chanyeol. – Minha esposa me contou sobre você. Mesmo que atrasado, sinta-se em casa, tudo bem? – sorriu tranquilo. Seus pais realmente pareciam ser figuras carinhosas.

Agradeceu toda a hospitalidade, para enfim se sentar diante da mesa, ao lado de Chanyeol. Não negaria que pela primeira vez em muito tempo se sentia “tímido” em pegar uma simples comida. Talvez por opções demais, até mesmo algumas que nunca havia ouvido falar. Por isso optou pelo pedaço de bolo. Parecia o mais seguro.

- Você aproveitou a sua festa de aniversário, filho? – ouviu o pai indagar, fazendo Chanyeol demorar um pouco para responder, já que não havia aproveitado nada da festa propriamente dita.

- É, foi legal sim. Eu... Me diverti. – concluiu, guiando discretamente seus olhos para Byun, que também o observava. Afinal, foi ele o responsável por toda a “diversão”.

- Sehun me contou mesmo que você gostou bastante. Ele se esforçou muito pra preparar tudo isso pra você, sabia filho? – foi a vez de sua mãe, e com isso Baekhyun novamente em silêncio guiou seus olhos para o rosto de Chanyeol, vendo mais uma vez aquele brilho nos olhos que viu durante a lanchonete. Especial... O efeito que ele possuía sobre ele era assim tão imediato?

- Ele estava planejando isso há um bom tempo? – sorriu alegre. Não estava esperando tal informação. Não imaginava que Sehun estava preocupado em planejar com cuidado tudo... O sorriso bobo nos lábios era quase que automático, não conseguia tirá-lo.

- Sim! Ele sempre vinha por telefone me perguntar sobre alguns detalhes da festa. – respondeu, também sorrindo. – Você conhece o Sehun, Baekhyun?

Retornou a realidade com a pergunta feita para si, se limitando a somente acenar com a cabeça, seguido de um “uhum” baixo.

- Chanyeol parece, hum... Gostar mesmo dele. Deve ser uma amizade muito importante. – comentou ainda baixo. Não era um campo para si. Não era um colega de escola e muito menos um conhecido de Sehun. Mas, ainda assim, não podia negar o quão perdido Chanyeol ficava na presença dele. E também não podia negar o quão desconfortável se sentia em relação a isso. Talvez não participar fosse realmente a melhor opção dentre todas as outras.

- Sim, eles são amigos desde criança. Nós até mesmo riamos de como Chanyeol não conseguia desgrudar de Sehun no fundamental, onde ele ia, nosso filho ia junto. Os dois são realmente uma graça. – a mãe riu, enfim se aproximando de Chanyeol e passando com calma a mão por entre os fios de seu cabelo, até poder lhe beijar o topo da cabeça, seguido de um abraço.

Por um breve momento, que lhe pareceu eterno, Baekhyun sentiu o corpo parar no tempo enquanto assistia a cena. Com os olhos entreabertos e sem sequer piscar, gravava cada detalhe daquilo, do carinho, do beijo, do abraço, até enfim acabar precisando abaixar a cabeça, sentindo o seu interior confuso. O que era tudo isso que estava sentindo?

– Preciso ir resolver algumas coisas sobre o trabalho, sim? Se cuide, te vejo mais tarde, meu anjo. – se despediu, enfim saindo da casa, para em seguida seu pai também fazer o mesmo.

- Baekhyun? Você está bem? – Chanyeol enfim notou a situação do outro, cutucando de leve o seu ombro, até ele levantar com calma a cabeça, podendo enxergar seus olhos marejados. – V-você está chorando!? Ai! E-eu disse algo? Você se machucou em algum lugar? – deixou as toneladas de perguntas caírem sobre o prostituto, afinal, estava preocupado.

- Eu não estou chorando. – negou rápido, limpando sem jeito os olhos com os pulsos. – É só que você tem uma família realmente muito legal. – concluiu, apertando os punhos por debaixo da mesa. Por que desde que pisou naquela casa não conseguia descrever absolutamente nada do que sentia? Sentiu então, tão de repente, braços desajeitados a sua volta, num abraço completamente sem jeito. Era quente... E confortável. – O que você está fazendo? – indagou, podendo sentir o peito de Chanyeol que subia e descia com calma, conforme a sua respiração.

- Estou sendo o seu travesseiro. Você parecia cansado. – respondeu, sem nem ameaçar tão cedo desfazer aquele abraço.

Baekhyun acabou por rir com a resposta, deixando a cabeça deitar com calma em seu ombro, retribuindo como podia aquele contato. Era tão bom. Há quanto tempo não abraçava alguém dessa forma? Envolvido em tanto carinho... Carinho que sequer sabia se era ou não merecedor. Mas por hora poderia somente aproveitar, certo?

- Sim, eu estou cansado. Obrigado. – concordou, respirando fundo enquanto cada vez mais relaxava em seus braços, como não se deixava fazer há um bom tempo.

 

-

 

Com toda a louça do café da manhã limpa, se deixou sentar no jardim da casa, ao lado de Chanyeol. Estranhamente, se sentia muito melhor, como se seu abraço fosse realmente algo instantâneo. Talvez, especial? Por mais que, com quase toda certeza, fosse especial somente para si.

- Sua casa tem até mesmo um jardim. – comentou incrédulo. No seu velho apartamento, havia alguns cactos em pequenos vasinhos, e isso era o mais próximo de “jardim” que possuía. – Na verdade, isso aqui é inclusive bem romântico. Você está tentando ter uma espécie de encontro comigo, Chanyeol? – brincou, guiando os olhos ligeiros para o rosto do outro, que acabou negando com rapidez, fazendo-o rir.

- Eu n-nunca nem... Saí para um encontro pra imaginar como é. Só tenho as minhas referências de shoujos e afins. – respondeu, dando de ombros. Parecia tímido em falar sobre a sua falta de experiência em absolutamente tudo.

- Por que será que eu não estou surpreso com isso? – o prostituto brincou, cutucando de leve com o cotovelo o seu braço. – Você ao menos já deu o seu primeiro beijo, certo?

Silêncio. Era a única coisa que se podia ouvir enquanto Chanyeol procurava colocar em qualquer outro lugar seus olhos, sem jeito.

- Mentira! Tá, agora eu realmente tô surpreso! Você é bv?! Ual! – exclamou chocado, olhando espantado para si.

- N-não fale como se eu fosse uma espécie em extinção! – exclamou de volta, sentindo o rosto lentamente esquentar. Estava se policiando para não prender a respiração, mas desse jeito realmente ficava difícil.

- Tudo bem, desculpa, mas... Eu realmente não esperava por isso. Nem um beijinho? Selinho, nem nada? – insistiu, e como esperado, recebeu a resposta negativa, o fazendo sorrir surpreso. Park Chanyeol era mesmo uma caixinha de surpresas.

- Eu tenho medo, sabe, por ser tão inexperiente assim. Quando precisar acontecer, eu vou provavelmente fazer merda. – confessou, mexendo sem jeito por entre os fios de seu cabelo, sequer notando o sorriso que Byun carregava no rosto.

- Não tem muito segredo sobre isso. – comentou, recebendo a atenção do outro. – Os meus lábios encostariam nos seus, e então... – passava com calma o indicador pelo lábio inferior de Chanyeol, sequer notando o quanto ele havia paralisado com o contato. Era macio... – Você não precisaria fazer tanto. Eu poderia guiar o beijo pra você, até você aprender como se faz. – continuou, enquanto o adolescente o observava quase que hipnotizado, perdido em cada mínima palavra que saía de sua boca. – Bom, é uma pena que nem todos são generosos como eu, e provavelmente a pessoa com quem você vá ficar também não será. – sincero, afastou a mão, também desviando o rosto enquanto se deixava observar as flores espalhadas por toda a grama verde do local.

Chanyeol levou seu momento para processar cada informação, ainda fitando o rosto de Baekhyun. Sentia o sangue ferver por seu corpo. Até comprimir os lábios de vergonha, tapando o rosto com ambas as mãos, soltando um grito que fez o outro se assustar.

- Pare de fazer isso comigo tão de repente! – exclamou, desejando ter um lugar para esconder melhor o rosto. Parecia até uma brincadeira particular para ele lhe envergonhar!

- Ah, é mesmo! Eu me esqueci que combinei de te avisar quando eu fosse fazer algo. Portanto Chanyeol, agora eu vou tirar as mãos de seu rosto e olhar bem de pertinho pra você, está bem? – riu, enquanto fazia exatamente o que disse, retirando com calma as mãos dali, até poder enxergar o seu rosto completamente quente e vermelho. – Você é uma fofura, sabia? – sorriu, rindo logo em seguida ao ver ele abaixar a cabeça, provavelmente mais uma vez sem jeito. Levantou a mão para lhe acariciar a cabeça, mas mais uma vez, não era um território para si. Por isso, fechou sem jeito ela, até a deixar dar de leve uns tapinhas em seu ombro, em uma espécie falha de carinho. – Está ficando frio. Não é melhor entrarmos?

Chanyeol se limitou somente a assentir com a cabeça baixa, se levantando logo após o outro, para enfim fechar a porta que dava para o jardim, subindo consigo novamente para o seu quarto. Se sentia estranho. Baekhyun parecia realmente possuir a habilidade de o deixar sem jeito e mexer com cada mínima parte de si. Se perguntava o por que dele conseguir fazer aquilo com tanta facilidade.

- Amanhã nós vamos sair, tudo bem? Quero te levar a alguns lugares legais. – comentou em meio a todo o silêncio que se formava entre ambos.

- Mal posso esperar por isso. – Byun sorriu, imaginando quais seriam esses lugares. E infelizmente torcendo para não encontrar com certas pessoas por lá.

- Ei, eu... Posso te perguntar uma coisa? – guiou seu olhar para ele, que estava deitado ao seu lado na cama macia, exatamente como no primeiro dia, quando assistiram um filme de suspense em seu notebook.

- Vá em frente. – respondeu simplesmente, ainda se ocupando em observar o teto branco daquele quarto, mesmo que seus pensamentos estivessem completamente em inúmeras outras coisas.

- Por que sua mãe não te dá mais abraços pra dormir? – perguntou com completa inocência, por mais que não soubesse se era ou não um campo em que era permitido pisar.

Continuou com os olhos fixos no teto do quarto, ainda remexendo um dedo no outro, pensando cada vez mais.

- Ela tinha depressão. – respondeu, unindo as sobrancelhas, já que não conseguia se lembrar com total clareza do dia em si. – Se suicidou quando eu completei os meus oito anos. Era estranho. Por mais que ela tivesse uma doença complicada, nunca me negou um carinho ou atenção, mas ela não era boa em disfarçar quando estava em uma recaída. – deu de ombros, suspirando fundo. – Eu acho que se ela ainda estivesse viva, eu não estaria onde estou. Mas de toda a forma, mesmo precisando amadurecer cedo demais, eu fico feliz por ter conseguido me virar, entende?

- Você... Com quantos anos entrou, sabe... Nessa profissão? – perguntou cauteloso, por mais sentido que estivesse com a sua resposta.

- Dezessete? Acho que foi com dezessete. Até então eu morava com uns tios. Eu só optei por isso quando realmente se tornou a última de todas as opções. Era isso ou eu ficaria à mercê da vida. – deu de ombros, balançando levemente os seus pés. Em momento algum arriscou olhar para Chanyeol. Nunca havia contado sobre tudo aquilo para alguém, portanto, não saberia o fazer cara a cara.

Sentiu o adolescente se remexer na cama, até enfim precisar guiar os olhos para si, o enxergando com os braços levantados, olhando determinado para si.

- O que está fazendo? – indagou confuso, arqueando uma das sobrancelhas.

- T-travesseiro! Você pode me usar como travesseiro de novo. – respondeu sem jeito, já que não era nada bom naquelas coisas. Mas sentiu seu peito aquecer em alívio ao ver um sorriso carinhoso aparecer nos lábios de Baekhyun, que aceitou de bom grado o contato, deitando a cabeça em seu peito, enquanto os braços pousaram com leveza em volta de seu corpo.

- Eu nunca contei nada disso pra um cliente, como também nunca nem mencionei o meu verdadeiro nome. Você é estranho, Chanyeol. Muito estranho. – concluiu, suspirando fundo enquanto novamente se deixava olhar para o teto. Compartilhar tudo àquilo com alguém era como enfim tirar um peso de suas costas. Não o conhecia... Por que confiava a si tantas e tantas informações? Ainda mais sabendo que, em menos de uma semana, nunca mais o veria.


Notas Finais


Eu ainda não sei como eu consegui estar acordada pra digitar essas notas finais djsoiafhasp. De qualquer forma, eu precisava e estava querendo muito contar um pouquinho sobre o Baekhyun, afinal, ele é muito mais do que a "bonequinha de luxo" do bordel da cidade. E que "travesseiro" se torne um bom código entre os dois! haha :p
Espero que tenham gostado
Até o próximo capítulo!
Beijos! ♡


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