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História Graceful doll - Extasiado.


Escrita por: wwendy

Notas do Autor


Oi gente! De novo eu cheguei mais cedo! Tudo porque enfim consegui minhas férias, finalmente. ♡
Esse capítulo ficou mais curtinho que o normal, mas garanto que em relação a conteúdo, tá cheinho! haha
Espero que vocês gostem
Boa leitura!
Obs.: 324 favoritos!? Vocês são mesmo maravilhosos. Quero abraçar cada um ♡♡

Capítulo 6 - Extasiado.


Fanfic / Fanfiction Graceful doll - Extasiado.

Passou os olhos lentamente por aquele teto tão velho e manchado de mofo, sentindo o cheiro da bebida penetrar cada parte de seu corpo. Aquilo tudo continuava sendo tão... Ruim. Tossiu algumas vezes, sentindo a boca seca. Não conseguia raciocinar direito... Estava dopado? Não sabia. Não como se alguém além de si mesmo fosse se importar com isso.

- Bonequinha nova, é? – ouviu a voz grossa e rouca, juntamente daquelas mãos marcadas pelo tempo, segurando seu queixo para lhe firmar a cabeça. – Você vai obedecer cada uma das coisas que eu mandar. E sem escândalo, certo?

Aquilo era nojento. Sentia o estômago revirar, tentando desviar os olhos. Necessitava daquele dinheiro, era sua última esperança. Mas por que de todas as opções, aquela precisava ser a única viável?

Tentando ainda focalizar a visão, viu tão embaçado aquele sorriso asqueroso, para em seguida sentir a bochecha arder por conta do tapa que lhe foi desferido no rosto. Sentiu a respiração acelerar, comprimindo os lábios. Por que precisava necessitar tanto daquele dinheiro?! Por que não tinha alguém para cuidar de si fora dali, lhe dando outras opções fora essa? Era ruim. Não gostava. Não queria.

Baekhyun acordou assustado, sentindo o coração bater acelerado no peito. Guiou rapidamente o olhar por aquele quarto, enfim tendo Chanyeol em seu campo de visão. Respirou fundo, passando as mãos pelo rosto. Fora somente um sonho... Uma péssima e horrível lembrança de muito tempo atrás. Não desejava desenterrar aquilo. Engoliu seco, apertando o lençol branco da cama por entre os dedos. Era tão nítido chegar em casa e não ter ninguém para lhe receber. Aprendeu, mesmo que através do modo mais difícil e errado, a se virar sozinho. Mas não negava que começar fora o pior de tudo. Tão inocente, tão jovem, tão... Perdido. Limpou sem graça os olhos que por acaso acabaram marejando, e em um impulso, engatinhou pela cama até passar por aquele lençol e estar na de Chanyeol, sentando a sua frente, observando o rosto tranquilo que mais uma vez dormia de forma tão espalhafatosa.

Havia tirado a sorte grande. Na verdade, qualquer um que conhecesse aquele adolescente a teria. Lhe era até mesmo estranho estar ali como Byun Baekhyun, e não somente a “Bonequinha de Luxo”. Tratado com tanto carinho, cuidado... Estava se acostumando a tal tratamento.

- Chanyeol? – chamou baixo, e após o fazer mais uma vez, viu enfim Park começar a abrir os olhos, confuso.

- Baekhyun? O que foi? Já é de manhã? – questionou perdido, olhando para a janela escura, mesmo sem enxergar absolutamente nada, afinal, estava sem o óculos.

- Não, ainda está de noite. – respondeu novamente baixinho, não desejando acordar mais ninguém daquela casa. – Você... Pode me dar um espaço? Eu acho que preciso do meu travesseiro. – confessou, observando os olhos cerrados de Chanyeol que tentavam inutilmente lhe enxergar.

- Ah, c-claro! – se apressou em abrir espaço na cama, permitindo que Baekhyun se deitasse consigo ali. Mesmo sem ainda enxergar, passou como pode os braços em volta de seu corpo, ainda muito confuso. – Você... Deixe eu ver seu rosto. – pediu, se aproximando cada vez mais do rosto do prostituto, até encostar a ponta de seu nariz na do dele, enfim o enxergando direito. – V-você está triste? – perguntou, agora podendo enxergar o olhar desanimado do outro.

- Eu só tive um pesadelo ruim. – respondeu, abaixando o rosto para em seguida o esconder no peito do adolescente, sentindo a pele quente ali, acompanhada daquele cheiro bom que ele possuía. Chanyeol era como um calmante. Bastava uma mísera dose para ficar bem.

Decidindo que não seria melhor questionar mais, somente guiou sem jeito a mão para a cabeleira de Byun, passando com receio os dedos por entre os fios. Não tinha tido tantas oportunidades de ser alguém carinhoso com outra pessoa. Se sentia atrapalhado, talvez até mesmo com medo de ultrapassar um limite que não deveria. Mas como o silêncio permaneceu, se deixou ficar dessa forma pelo restante do tempo.

O cafuné era gostoso. Se quisesse, poderia facilmente dormir somente com aquilo. Tinha a tranquilidade, estava relaxado e se sentia até mesmo seguro de qualquer mal que pudesse lhe atingir. Mas tão de repente, o dinheiro parecia ser o de menos. Saindo dali, teria sua casa, largaria aquele emprego e voltaria a estudar. Depois de anos tentando, conseguiria atingir seus objetivos, que estranhamente, pareciam tão vazios. Chanyeol iria embora. Sem perceber, apertou de leve o tecido da blusa que ele vestia, engolindo seco. Não queria que ele fosse embora. Acima de qualquer pagamento, queria estar ao seu lado.

- Chanyeol? – chamou mais uma vez, dessa vez agradecendo por não precisar estar o encarando. – Você sabe... Sabe que eu sou um prostituto, certo? – indagou, e como se seguiu o silêncio do óbvio, continuou – Você não sente qualquer interesse por mim? – apesar de utilizar do título de prostituto na frase, sabia que não estava perguntando como um. Estava perguntando somente como Byun Baekhyun, como não se permitia há tanto tempo.

Ainda mergulhado no silêncio, tentou processar aquela pergunta. Aonde Baekhyun desejava chegar? Ou ainda, de onde havia vindo aquela pergunta? Mesmo sem notar, parou com o cafuné em seu cabelo, sem exatamente saber o que ou como responder.

- P-por que está perguntando isso, Baekhyun?

Respirou fundo, não desejando jamais precisar sair daquela zona de conforto que eram os seus braços. Era tão estranho, mesmo se o comparasse com alguém que conhecia há anos, ainda seria diferente. Estava se tornando até mesmo dependente de todo aquele cuidado que demorou tanto a receber. E sabia que o futuro dono de todo aquele cuidado era o melhor amigo dele... Que sequer se importava com isso.

- Não pode ser eu? – perguntou baixinho, não raciocinando tanto a que lugar desejava chegar. Nunca havia mostrado esse lado para alguém. Tão abalado e quebradiço, tão carente. Não desejava mostrar para Park, longe disso. Mas talvez seu limite estivesse realmente estourando. Se afastou, podendo enfim encarar o rosto do adolescente, que parecia mais perdido e confuso do que nunca. Passou com calma os dedos por sua bochecha, notando ele novamente cerrar os olhos para enxerga-lo, tentando inutilmente decifrar o que acontecia ali. – Eu não posso ser o seu ponto de segurança também? – questionou em um sussurro, com a voz mais falha. Chanyeol parecia hipnotizado, talvez imaginando que tudo realmente não se passava de um sonho.

Estava estragando tudo. Não era recíproco, sabia muito bem disso, e deixar claro o que pensava estragaria absolutamente tudo. Por isso fechou os olhos e após suspirar fundo, voltou a encarar a sua face ainda amassada pelo sono.

- Esqueça isso. Eu só fiquei um pouco abalado pelo pesadelo. – forçou um pequeno sorriso para parecer mais convincente, enfim escondendo mais uma vez a cabeça em seu peito. Não desejava mais falar a respeito.

Chanyeol não continuou o cafuné. Deixou o braço pousar no travesseiro, enquanto unia as sobrancelhas, perdido em todo aquele silêncio. Nunca havia o visto daquela forma, era óbvio ser um de seus lados que não conhecia. Mas não conseguia entender. E talvez nem mesmo se tentasse teria sucesso.

 

-

 

Não conseguia parar de olhar para o seu rosto, observando cada mínimo detalhe enquanto Byun mordia um pedaço daquela panqueca, aparentemente normal. Havia sonhado? Aquilo lhe deixava sem respostas, já que realmente acordou com ele em seus braços. Mas toda a conversa parecia não ter passado de um simples e confuso sonho.

- Está se alimentando da minha beleza por acaso? – Baekhyun brincou, encarando de volta Park, que imediatamente desviou o olhar. – Desde que sentamos nessa mesa você não para de me olhar. O que foi?

- É que... Eu não sei. Nós conversamos de madrugada? – questionou, ajeitando o óculos no rosto.

O prostituto se deixou silenciar por um momento, descendo os olhos para a panqueca no prato. Fez algo que não desejava noite passada. Se deixou levar até demais... Faltava tão pouco para simplesmente ferrar com tudo.

- Não. – mentiu, dando de ombros. Era melhor que Chanyeol realmente não se lembrasse. O tornaria menos ridículo, afinal, era o único carente de atenção e carinho naquela relação.

Aquela resposta só lhe serviu para ficar mais confuso ainda. Uniu as sobrancelhas, passando os dedos por entre aquele “ninho de passarinho” que carregava na cabeça. Não esperava mesmo por essa resposta, já que tudo parecia tão nítido e real.

- Isso é injusto! – resmungou feito criança, já que odiava se sentir tão perdido assim. Não podia ter sido mesmo somente um sonho. Tentou novamente olhar para o prostituto em busca de respostas, mas se arrependeu profundamente. Viu a língua passar por entre os lábios, tirando o restinho de chocolate que havia escorrido pelo lábio inferior. Uma boca... Deveria parecer assim tão macia? Não conseguia desviar o olhar. Acabou suspirando enquanto sua imaginação já fora de seu controle fluía com a cena, e mesmo sem perceber, estava se aproximando mais dele, inclinando cada vez mais seu corpo sobre a mesa que separava ambos, com os olhos fixos naquela boca.

- Chanyeol. Agora você está se alimentando da minha boca? – indagou rindo em meio a um sorriso brincalhão, vendo o adolescente se assustar, notando a situação em que estava. – Está curioso sobre algo? Já disse que o que quiser tocar ou perguntar, sinta-se à vontade. - indagou, agradecendo por dessa forma conseguir desviar o assunto do foco anterior. Realmente não desejava conversar sobre a noite passada, sobre seus medos, inseguranças e afins. 

- É que... A sua boca... Ela é macia mesmo? – soltou ainda em seus devaneios, ainda mais perdido por conta daquele sorriso. Por que Baekhyun precisava sorrir? E ainda por cima ter um sorriso desnecessariamente bonito demais!

- Não sei. Talvez. – deu de ombros, levando uma das mãos até a mão de Chanyeol, segurando-a pelo pulso para a trazer perto de seu próprio rosto. – Toque. Tire suas próprias conclusões. – sugeriu, deixando que o garoto passasse com leveza a ponta dos dedos pelo seu lábio inferior. Chanyeol era tão inocente que com algo tão simples assim já parecia perdido em outra dimensão. – E então?

- Eu não s-sei. – respondeu quase que inconsciente, com os olhos simplesmente pregados naquela boca.

- Quer tentar com outra coisa? – guiou os olhos enfim para o rosto do prostituto, se dando conta que ele se referia a sua boca. Um beijo... De verdade? Engoliu seco, sem saber o que responder enquanto observava Baekhyun se levantar daquela cadeira e por com calma as mãos na mesa, se inclinando cada vez mais em sua direção. Estava petrificado. Não conseguia se mexer, e talvez nem quisesse.

Havia prometido a si mesmo que somente faria aquilo caso Chanyeol pedisse com todas as letras. Mas até mesmo Baekhyun possuía seus limites. E ser encarado quase a manhã toda com tanta curiosidade e desejo não tornava absolutamente nada mais fácil. Sentiu levemente a respiração bater em seu rosto, deixando uma das mãos pousar com calma em sua face, podendo sentir a pele quente debaixo de seus dedos. Conseguia notar o quão nervoso Park estava.

Se aproximou mais, deixando seus lábios roçarem levemente nos do outro, guiando o olhar para os olhos dele, notando que também lhe encarava, banhado em puro nervosismo e... Ansiedade?

E enfim se deixou fechar os olhos, acariciando mais o seu rosto enquanto o beijava, deixando seus lábios colarem totalmente nos dele. Chanyeol estava completamente tenso, se esforçando para relaxar, por mais impossível que parecia estar sendo. Desceu um pouco a mão para o seu pescoço, pousando-a em seu ombro para enfim se afastar com calma, não ameaçando aprofundar o beijo. Não sabia quais limites tinha. E apesar de ser algo completamente duro e sem jeito nenhum, queria mais. O que era simplesmente ridículo, já que tinha muita experiência com beijos, e nem de longe aquele seria o melhor que já recebeu. Sabia que era tão desastrado por ter sido o primeiro, mas por que desejava tanto ter mais um? E mais um, e mais um, e mais um...

Foi se aproximar para tentar mais uma vez, deixando o corpo imóvel ao ver o adolescente sorrir e então, desatar a rir. Não se afastou e sequer fez menção de sair daquela posição, mas não negaria que passava longe de estar entendendo alguma coisa. Qual era a graça?

- Me d-desculpe. – pediu, tentando controlar o riso. – É que... Ai, desculpa. Eu não devia estar rindo agora, é que é um dos momentos mais felizes da minha vida. Eu dei o meu primeiro beijo... – murmurou, tentando inutilmente controlar aquele sorriso que insistia em permanecer ali.

“Um dos momentos mais felizes da minha vida”, talvez Chanyeol houvesse dito da boca pra fora, mas Baekhyun sentiu cada uma daquelas palavras adentrar o seu corpo, o esquentando da cabeça aos pés. Sim, o seu primeiro beijo. Talvez não seria tão especial para ele, mas para si, mesmo não sendo o primeiro, era extremamente especial.

Acabou sorrindo também, encantado por cada detalhe daquele rosto e daquela personalidade tão delicada. Não se importou em pedir uma permissão ou dar um aviso prévio, somente se inclinou mais uma vez, roubando também o seu segundo beijo.

Chanyeol sorria entre o beijo, perdido entre o que fazer e em controlar toda a tonelada de sentimento que lhe atingia feito uma avalanche. Não esperava receber um segundo. Se esforçou para relaxar mais, já que parecia extremamente duas vezes melhor do que o primeiro. Levou com receio a mão até a cabeleira de Byun, entrelaçando os dedos por entre seus fios macios.

Não sabia se estava ou não fazendo direito. Como há muito tempo havia ouvido do prostituto, deixaria ele guiar tudo. Mas ao menos para si, talvez por ser tão inédito e diferente, estava sendo absurdamente ótimo. Comprovou que seus lábios eram mesmo macios. Poderia continuar a fazer isso pelo restante do dia.

Dessa vez Baekhyun tentou aprofundar um pouco mais o contato, querendo rir de como Chanyeol simplesmente não mexia a boca. Por hora faria o trabalho sozinho, por mais impossível que parecesse. Se dependesse de si, seria um prazer lhe ensinar a como fazer aquilo da forma mais correta que conseguia. Não se importava em ser a cobaia... Novamente não compreendia como, mesmo sendo tão desajeitado, conseguia gostar tanto.

- Ual. – foi a única coisa que conseguiu deixar escapar por entre os lábios ao sentir Baekhyun se afastar, abrindo devagar os olhos, ainda extasiado. – Isso foi... Diferente. – murmurou, levando atordoado os dedos até os seus próprios lábios, deixando que a ponta deles os tocassem.

- Não sei se é uma notícia boa ou ruim, mas você ainda tem muito a aprender. – avisou, sentindo uma sensação estranha no estômago, por mais que fosse somente um beijo. – Comigo, é claro. – fez questão de avisar, sorrindo, principalmente por ver Chanyeol tão extasiado daquele jeito.

- Acho que é uma boa notícia então. – concluiu rindo, deixando aos poucos a mão que estava em sua cabeleira descer. Sentia o corpo molenga... E extremamente quente. Então aquela era a sensação de se dar um beijo? Era absurdamente boa. Não conseguia sequer por em palavras o quão bom era. Provavelmente não havia sido tão bom assim para o prostituto, era o que pensaria tomando como parâmetro a sua falta de habilidade, mas não conseguia decifrar absolutamente nada já que ele continuava sorrindo, sem fazer menção alguma de se afastar.

- Garotos? Nós já estamos saindo. Vocês irão vir também? – ouviu a voz de sua mãe da sala de estar, seguido do barulho das chaves.

- Sim... Já estamos indo. – respondeu sem tirar em momento algum os olhos daquele rosto delicado e bonito que ele possuía.

Viu Baekhyun piscar uma vez para si, para enfim se afastar, ainda carregando aquele largo sorriso no rosto. Ele estava mesmo feliz? Tanto quanto a si mesmo... Se precisasse explicar, nem em sonho seria capaz. Apesar dele ser um prostituto que seguiria a vida após três dias, não conseguia deixar de pensar que não seria tão bom, e muito menos especial se fosse com alguém diferente.

- Vamos? – chamou após se levantar daquela cadeira, dando a volta na mesa até estar o seu lado. Ainda precisavam se arrumar.

Piscou algumas vezes, garantindo que estava enxergando direito, mesmo que já estivesse usando o óculos. Baekhyun precisava mesmo ir embora?


Notas Finais


Finalmente rolou esse primeiro beijo! E de brinde um segundo também sahusahud
Na realidade estou em uma relação de amor e ódio com essa parte. Eu iria vir atualizar a fanfic ontem, já que eu pude faltar na escola por ser meu aniversário, e aproveitei pra começar a escrever... Mas mais do que escrever um lemon, eu tenho uma imensa, absuuurda dificuldade em escrever sobre um beijo <talvez por eu ainda não ter tido o meu (a cada vez mais espero o meu prêmio de atrasada do ano, sinceramente). Dei o meu melhor, de verdade >: Espero que tenha ficado bonitinho como eu queria ;^;
Espero que tenham gostado ♡
Até o próximo capítulo!


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